Trabalho de  Conclusão do  Curso

O presente trabalho analisa a dimens�o da participa��o social na revis�o do Plano Diretor Participativo de Ant�nio Carlos, desenvolvida entre os anos de 2022 e 2024 atrav�s de um conv�nio de coopera��o t�cnica tripartite envolvendo o Laborat�rio de Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Prefeitura Municipal de Ant�nio Carlos e a FAPEU - Funda��o de Amparo � Pesquisa e Extens�o Universit�ria. Para tal, discutimos alguns dos principais autores que abordam a participa��o social no planejamento urbano, bem como as legisla��es urban�sticas brasileiras que regulamentam este assunto e as experi�ncias anteriores do Laborat�rio de Urbanismo que inspiraram o processo em Ant�nio Carlos. A partir da atua��o direta na revis�o do Plano Diretor enquanto bolsista do Laborat�rio de Urbanismo, apresentamos a metodologia e o desenvolvimento das atividades participativas no munic�pio. Por fim, investigamos os atores e inst�ncias desse processo a partir de quatro crit�rios: tradi��o associativa, desenho institucional, vontade pol�tica e postura dos t�cnicos de planejamento urbano, buscando apresentar tamb�m a heran�a pedag�gica deixada pela revis�o do Plano Diretor � popula��o, ao poder p�blico municipal e � comunidade universit�ria.

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Palavras-chave: Planejamento Urbano. Plano Diretor. Participa��o Popular. Laborat�rio de Urbanismo da UFSC. Ant�nio Carlos-SC

O presente trabalho prop�e um profundo mergulho na paisagem portu�ria da foz do rio Itaja�-A�u e busca entender a complexa rela��o de interdepend�ncia entre o Porto de Itaja� e as cidades de Navegantes e Itaja�. Desde sua g�nese, o porto influencia, cria e transforma� a paisagem, estabelecendo diferentes rela��es com o munic�pio ao longo dos ciclos econ�micos. Essas rela��es variaram desde um cais vivo e pulsante conectado ao centro de Itaja�, at� uma �rea marcada por r�gidas fronteiras e extensas �reas de armazenamento de cont�ineres. Para entender esse processo, a pesquisa utiliza a escrita cartogr�fica como mecanismo de combinar pesquisa hist�rica e a caminhada como ferramenta est�tica, que neste trabalho � caracterizada como deriva. Essa abordagem visa experimentar o comportamento das cidades em uma aproxima��o �s suas din�micas do cotidiano, atrav�s de uma deambula��o pelas margens do rio. Os cap�tulos do texto est�o organizados em torno de momentos-chave das caminhadas, com foco para os vest�gios da transforma��o da paisagem e as diferentes atmosferas consequentes desse processo. Diferentes partes da cidade buscam fugir da obsolesc�ncia: no centro fundacional, os casar�es de arquitetura t�pica dos imigrantes alem�es caem em desuso, at� serem demolidos ou modificados para se adequarem � falsa imagem tradicional a�oriana na cidade; nos espa�os industriais, �reas da cidade s�o desmanchadas para evitar o colapso do porto, que traz � tona o conceito de “cidade gen�rica”, onde a constante renova��o elimina as diferen�as que definem a identidade hist�rica do lugar e o homogene�za. O que resta em cada uma dessas paisagens s�o suas respectivas ru�nas, e n�o necessariamente escombros de uma ou v�rias constru��es, mas o res�duo da hist�ria na opera��o do cotidiano. A abordagem subjetiva revela cidades que coexistem e s�o invis�veis umas �s outras. Quando colocadas lado a lado, desvelam a experi�ncia est�tica de duas cidades de um rio tensionado pela necessidade de moderniza��o e suas reminisc�ncias.

O trabalho prop�e um projeto para a cria��o de um abrigo institucional para crian�as na cidade de Florian�polis. A fundamenta��o do projeto � baseada em uma pesquisa te�rica que analisa o hist�rico do sistema de acolhimento institucional no Brasil, complementada por uma an�lise de dados referentes ao panorama nacional, estadual e municipal. O objetivo do projeto � atender �s necessidades f�sicas dos abrigos institucionais, oferecendo um ambiente de qualidade que promova autonomia, desenvolvimento, seguran�a e suporte �s crian�as abrigadas.

O presente trabalho � um estudo de caso focado nas habita��es de interesse social (HIS) descritas no livro “Repensando as Habita��es e Interesse Social”. Um material constru�do pela Rede FINEP, Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo Arquiteto e Urbanista Luiz Carlos Toledo. Isto com o objetivo de fornecer subs�dios (“ferramentas”) que auxiliem profissionais arquitetos no desenvolvimento de moradias inseridas em assentamentos informais como parte do processo de reurbaniza��o.

Para isso, inicialmente busco entender o territ�rio no qual esse material � desenvolvido, que foi o Complexo da Rocinha. Comunidade estudada e reprojetada de maneira coletiva pelo Toledo. Em seguida me aprofundo nos projetos, que tem como base a modularidade, a integra��o com o espa�o urbano e o met�do construtivo pr�-fabricado da argamassa armada. E finalizo o trabalho trazendo outros Arquitetos como Jo�o Filgueiras Lima (Lel�) e H�ctor Vigliecca na tentativa de enriquecer as analises e decis�es de projeto.

A incorpora��o de solu��es de efici�ncia energ�tica em habita��es de interesse social pode contribuir para a redu��o do consumo energ�tico e para a melhoria do seu conforto t�rmico. Este trabalho objetiva demonstrar, atrav�s da aplica��o do m�todo simplificado da Instru��o Normativa Inmetro para a Classifica��o de Efici�ncia Energ�tica de Edifica��es Residenciais (INI-R), como medidas de efici�ncia energ�tica (MEEs) simples podem melhorar a efici�ncia energ�tica e reduzir o consumo para resfriamento da envolt�ria de habita��es de interesse social unifamiliares (HIS). Um projeto de HIS unifamiliar do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), considerado implantado em Florian�polis, foi avaliado, levando-se em conta dois padr�es de acabamento (m�nimo e b�sico), assim como sete MEEs na envolt�ria e o projeto estudo de caso adaptado �s exig�ncias obrigat�rias da Portaria n� 725/2023. No total, foram feitas 16 an�lises. O projeto padr�o m�nimo obteve classifica��o C, enquanto o projeto padr�o b�sico obteve classifica��o B. O estudo constatou que as combina��es mais eficazes para melhorar a efici�ncia energ�tica e reduzir o consumo para resfriamento da envolt�ria foram as que incorporaram MEEs relacionadas � cobertura, visto que � a mais significativa em edifica��es unifamiliares, pois � por onde ocorrem as maiores trocas de calor. A MEE de pintar a telha cer�mica de branco foi a mais efetiva, aumentando a classifica��o e reduzindo o consumo para resfriamento da envolt�ria, alcan�ando classe "A" com mais de 40% de redu��o do consumo em rela��o ao padr�o comparado. Os resultados sugerem que a redu��o da absort�ncia da cobertura � mais decisiva para aumentar a classifica��o e reduzir o consumo para resfriamento da envolt�ria do que a diminui��o da transmit�ncia e o aumento da capacidade t�rmica. No entanto, para fazer essa afirma��o, s�o necess�rias avalia��es adicionais em uma amostragem maior de casos. As combina��es que aplicaram MEEs exclusivamente em pisos, paredes externas e aberturas mostraram-se menos eficientes, possivelmente devido � aus�ncia de forro, que aumentou as trocas de ar. A combina��o que incorporou na envolt�ria todas as MEEs propostas alcan�ou a classe "A" de efici�ncia energ�tica da envolt�ria e reduziu o consumo para resfriamento da envolt�ria em mais de 50% em rela��o ao padr�o b�sico. Isso sugere que a combina��o de MEEs em diferentes componentes da envolt�ria pode ser mais eficaz do que a aplica��o isolada. O projeto estudo de caso adaptado �s exig�ncias obrigat�rias da Portaria n� 725/2023 obteve classe “A” de efici�ncia energ�tica da envolt�ria devido a j� incorporar MEEs. O trabalho conclui que mudan�as simples nas caracter�sticas da envolt�ria podem resultar melhorias consider�veis na efici�ncia energ�tica. Um folder com o resumo dos resultados foi elaborado, auxiliando a direcionar a escolha de MEEs em HIS, indicando os maiores ganhos com menores interven��es.

A presente monografia tem como objeto o WELL Building Standard e seus modos de opera��o no espa�o urbano brasileiro. O WELL Building Standard � um padr�o de certifica��o de sa�de e bem-estar, que almeja a melhoria da sa�de das pessoas por meio da qualidade dos ambientes que elas habitam. A partir da pesquisa sobre o WELL, buscou-se compreender o que � e como surgiu esse padr�o de certifica��o, suas rela��es com o capital financeiro (em especial no espa�o urbano brasileiro), onde est�o localizados os espa�os certificados no Brasil e de que forma se inserem na malha urbana no pa�s. A metodologia consistiu em levantamento bibliogr�fico (artigos cient�ficos e livros), clipping de not�cias em jornais e revistas nacionais e internacionais, dados levantados no site do certificado WELL e entrevistas com pessoas relacionadas ao certificado no Brasil e no exterior. Foram esbo�ados paralelos entre os processos urbanos caracter�sticos de �reas financeirizadas e a localiza��o dos ambientes com certifica��o WELL no Brasil. Por fim, responde-se � pergunta de pesquisa: de que forma a certifica��o WELL opera vinculada ao mercado imobili�rio no espa�o urbano brasileiro? A certifica��o WELL no Brasil acaba por inserir-se em um contexto de revaloriza��o urbana, gentrifica��o e por consequ�ncia valoriza��o imobili�ria, funcionando como motor para tais processos.

Palavras-chave: WELL Building Standard; certifica��o; opera��o urbana.

A sa�de mental, segundo a OMS, � um estado de bem-estar que permite o desenvolvimento pessoal e contribui para a comunidade, influenciada por fatores biol�gicos, psicol�gicos e sociais. No Brasil, o Sistema �nico de Sa�de (SUS) oferece tratamento para transtornos mentais atrav�s da Rede de Aten��o Psicossocial (RAPS), que inclui os Centros de Aten��o Psicossocial (CAPS). Esses centros prestam atendimento em situa��es de crise e reabilita��o, sendo divididos em diferentes categorias para atender a diversos perfis. Em Florian�polis, a distribui��o das unidades CAPS est� concentrada na �rea central, dificultando o acesso para moradores de regi�es perif�ricas. Este trabalho explora a necessidade de expandir a rede CAPS na cidade, abordando como a arquitetura pode influenciar positivamente o tratamento de pessoas com transtornos mentais. O projeto baseia-se em conceitos da psicologia ambiental para criar espa�os que promovam o bem-estar e reduzam o estresse dos usu�rios.

Este trabalho concebe um projeto arquitet�nico em n�vel preliminar de uma nova edifica��o multiuso com programa voltado ao estudante, prop�e a reativa��o do edif�cio do Centro de Conviv�ncia, assim como, projeta um tra�ado paisag�stico adaptado �s din�micas do Campus e destes novos edif�cios na Universidade Federal de Santa Catarina. A parte te�rica � setorizada em: hist�rico do local - que resgata a relev�ncia hist�ria e espacial da �rea, assim como a parte projetual prevista para a �rea -�, conviv�ncia e perman�ncia - que trata sobre o sistema de cotas e a defici�ncia do programa de assist�ncia da UFSC, al�m dos modos de conv�vio social ao redor do Campus e, aproxima��o da �rea - que indica a rela��o da �rea de interven��o com a UFSC e com os bairros do entorno. A proposta apresenta objetivos, diretrizes e todo o material gr�fico relativo � implanta��o geral desses edif�cios com o paisagismo, assim como a representa��o arquitet�nica do Centro de Apoio e Bem-Estar Estudantil, projeto destaque do trabalho.��

Muito se fala em arquitetura para sa�de. Arquitetura�dentro do espectro de recupera��o. Mas e quando a n�o h� mais cura e a morte � inevit�vel? Podemos construir um debate sobre uma arquitetura para o fim da vida? Ap�s o per�odo de pesquisa e investiga��o, no qual a troca com m�dicos paliativas refer�ncias no assunto permitiu compreender as demandas para al�m de um projeto b�sico de sa�de, pode-se compreender a necessidade por espa�os que promovam forma��o e capacita��o sobre o tema, bem como a atender diferentes n�veis de suporte � fam�lia e ao paciente. � not�ria a necessidade por atender em grande escala a rede de aten��o domiciliar na qual a maior parte dos pacientes tem acesso. Ainda assim, � importante atender a demanda por interna��o em casos especiais nos quais o direito � dignidade durante o processo de terminalidade da vida possa estar amea�ada. Por isso tamb�m, � t�o necess�rio promover ambientes de troca que promovam as a��es de comunidades compassivas locais que podem estar atreladas a um centro regional de refer�ncia de cuidados paliativos. Por fim, tamb�m foi colocado como prioridade, fazer com que o projeto tivesse espa�os de contempla��o, descanso e relaxamento associados a constru��o de mem�rias afetivas do lugar.�A escolha pelo terreno dentro da universidade, e junto ao lago do HU, motivou-se pela ideia de obter a privacidade que um projeto de arquitetura para o fim da vida necessita, mas ainda articulada com a estrutura hospitalar e acad�mica. Essas congru�ncias viabilizam o ideal do projeto como catalisador e refer�ncia para outras institui��es.�

Este trabalho apresenta um estudo preliminar para o desenvolvimento de um espa�o educacional no bairro Capivari, localizado no distrito Ingleses do Rio Vermelho, em Florian�polis. O projeto explora as potencialidades que essa infraestrutura pode oferecer, come�ando com uma an�lise te�rica sobre a rela��o entre arquitetura, esporte, lazer e educa��o. Al�m disso, foram realizados estudos de caso para estabelecer diretrizes para o desenvolvimento do projeto.

A proposta busca atender � demanda por educa��o p�blica e atividades de contraturno escolar no distrito, abrangendo tanto o ensino fundamental quanto o m�dio, setores que ainda dependem fortemente de outras regi�es da cidade. Mais do que isso, o projeto visa promover a integra��o dos moradores por meio da pr�tica esportiva e do lazer, fortalecendo a conex�o entre a comunidade e os espa�os educacionais no bairro Capivari.

A rela��o dos rios urbanos e das cidades passou a ser negativa com o crescimento urbano negligenciando as potencialidades desse recurso natural na paisagem das �reas urbanas. Somando-se a��es de infraestrutura pouco adequadas, como canaliza��es e obras de drenagem de m� qualidade, a percep��o da presen�a do rio na cidade passou a ser em muitos casos negativa, comumente associada � enchentes, mau cheiro e destina��o incorreta de res�duos. Em Palho�a o cen�rio n�o � diferente. Junto a essa ruptura da rela��o rio-cidade est�o alguns fatores geoambientais e sociais que criam um ambiente problem�tico para parcela consider�vel da popula��o que � exposta ao risco de inunda��es. O hist�rico do munic�pio � uma confirma��o de que existe uma problem�tica de relev�ncia relacionada �s �guas. S�o d�cadas de enchentes que causaram danos imensur�veis � popula��o palhocense. Cada vez mais, no entanto, metodologias de planejamento vinculadas aos elementos naturais, solu��es que priorizam a infiltra��o das �guas sobre seu escoamento e formas de drenagem mais sustent�veis e atentas ao contexto urbano e ambiental de maneira mais integrada v�m sendo debatidas, estudadas e aplicadas.

Dessa forma, o objetivo do trabalho em quest�o � analisar o contexto ambiental, social e urbano em que Palho�a est� inserida e como suas caracter�sticas t�m influ�ncia na problem�tica das enchentes. Para al�m da an�lise, o trabalho busca estudar abordagens e metodologias de planejamento urbano sustent�vel e aplic�-las a um recorte do munic�pio, trazendo uma proposta de planejamento que integre a esfera urbana e ambiental como forma de exerc�cio que busca entender as possibilidades dessa abordagem diante da problem�tica das enchentes. Para tanto, o trabalho se estrutura em tr�s partes: parte 1 - fundamenta��o te�rico-cr�tica; parte 2 - an�lise em tr�s escalas (municipal, recorte macro e escala da bacia hidrogr�fica); e parte 3 - proposta a n�vel da bacia hidrogr�fica e do rio Passa Vinte

O presente trabalho identifica e analisa as din�micas de produ��o arquitet�nica e os resultados espaciais de edif�cios de apartamentos realizados pelo mercado imobili�rio na �ltima d�cada, entre 2014 e 2024, que, a passos largos, esgotam as �reas edific�veis do centro de Florian�polis. A pesquisa � fundamentada por entrevistas com profissionais atuantes na ind�stria, revis�o bibliogr�fica e a an�lise de projetos e obras constru�das durante o per�odo. O estudo revisa a produ��o imobili�ria local, examinando as restri��es legais e as demandas dos diferentes agentes identificados, que determinam e moldam os produtos arquitet�nicos resultantes. A fim de estabelecer uma perspectiva abrangente sobre o cen�rio, s�o discutidas as transforma��es da atua��o do setor desde a d�cada de 1960 na cidade, com destaque ao processo de verticaliza��o e a evolu��o da legisla��o local, fatores que impactam diretamente a produ��o analisada. O estudo tamb�m explora as estrat�gias de vendas e a padroniza��o dos projetos, observando como, frequentemente, a qualidade, a experimenta��o e a variabilidade arquitet�nica s�o sacrificadas em prol da efici�ncia comercial. A partir dessa an�lise s�o identificados quatro elementos conceituais: a tematiza��o, o tratamento das superf�cies, a padroniza��o espacial e o isolamento. Estes aspectos refletem as tend�ncias arquitet�nicas na regi�o estudada e contribuem para uma compreens�o cr�tica do que � definido como projeto arquitet�nico na produ��o imobili�ria contempor�nea.

Este trabalho teve como objetivo elaborar um projeto arquitet�nico em n�vel preliminar voltado a causa do HIV, abrangendo informa��o, preven��o, tratamento e acolhimento. Com foco na promo��o da qualidade de vida e integra��o social, o projeto busca estimular debates significativos sobre o tema e contribuir para a desconstru��o do estigma associado ao HIV. A proposta visa criar um espa�o que n�o s� ofere�a recursos essenciais, mas tamb�m fomente uma vis�o positiva e inclusiva, desafiando preconceitos e promovendo uma abordagem mais informada e acolhedora.

Como inserir habita��o popular nos centros urbanos consolidados? Esta � a pergunta que norteia o desenvolvimento deste trabalho e a busca em respond�-la se d� atrav�s do desenho e do projeto como ferramenta de investiga��o. A habita��o, encarada aqui como problema social, � reflexo da sociedade que a produz e deve, portanto, ser encarada de maneira coletiva. Nota-se, ainda, que os centros urbanos s�o espa�os munidos de infraestrutura e servi�os e que estes poderiam ser habitados e acessados de maneira mais democr�tica. � baseada nessas duas premissas que s�o escolhidas seis propriedades p�blicas com caracter�sticas distintas entre si no centro de Florian�polis, onde se explora o desenvolvimento de um sistema modular de habita��o que se encaixa nas brechas deixadas pela cidade e se adapta ao que j� existe. Pela localiza��o central dos estudos, exploram-se, em conjunto com o programa da habita��o, a inser��o de programas comunit�rios que garantam a perman�ncia dos novos moradores no centro, ao mesmo tempo em que consolidam uma cidade de ocupa��o mais plural. Desenha-se, assim, uma rede de habita��o popular com edif�cios modulares e racionais em sua estrutura��o, mas adapt�veis e �nicos em cada uma de suas repeti��es.

O seguinte trabalho busca compreender as moradias populares constru�das atrav�s de pol�ticas habitacionais para a classe de agricultores familiares e as complexidades do ambiente rural a partir da an�lise de unidades constru�das pelo Plano Nacional de Habita��o Rural no munic�pio de Ituporanga, Santa Catarina.
O texto aborda a import�ncia dos pequenos trabalhadores do campo, buscando por meio da revis�o de literatura refletir sobre a classe social, sobre sua cultura, na legisla��o brasileira e nas pol�ticas p�blicas de valoriza��o do agricultor familiar, fixar uma base te�rica para a discuss�o do tema do habitar no campo, analisando ent�o como estas caracter�sticas s�o consideradas na execu��o destas pol�ticas.
Para isso, s�o realizados estudos de caso em unidades habitacionais constru�das pelo PNHR no munic�pio de Ituporanga, no estado de Santa Catarina. Como suporte � compreens�o do espa�o constru�do e suas transforma��es, utiliza-se como base o m�todo de An�lise P�s Ocupacional (APO) adaptado para o ambiente rural, em conjunto com a integra��o de duas diferentes escalas de an�lise, quais sejam: as rela��es espaciais da unidade produtiva e a unidade habitacional. A moradia, por sua vez, � avaliada em duas diferentes temporalidades: o projeto inicial e as modifica��es feitas no mesmo.
A partir desta metodologia podemos cruzar informa��es entre as unidades produtivas e discutir sobre a casa camponesa constru�da por pol�ticas p�blicas, concluindo a investiga��o observando como este espa�o � tratado pelo estado brasileiro e o que poder�amos fazer para obter um melhor resultado dentro da aplica��o destas pol�ticas.

Este trabalho de conclus�o de curso prop�e a cria��o de uma Institui��o de Longa Perman�ncia para Idosos na cidade de Garopaba, SC. A pesquisa envolveu a an�lise do envelhecimento populacional brasileiro, que est� ocorrendo de maneira acelerada em meio a mudan�as sociais, culturais e econ�micas. Atrav�s de estudos e desenhos, o projeto foi desenvolvido com foco no campo arquitet�nico e urban�stico, visando atender �s necessidades espec�ficas dos futuros residentes. A proposta da institui��o � oferecer um ambiente que funcione como um verdadeiro lar para os idosos que precisam de cuidados cont�nuos ou buscam companhia no seu dia a dia. A institui��o visa melhorar a qualidade de vida dos residentes por meio da oferta de atividades f�sicas e cognitivas, al�m de servi�os essenciais como alimenta��o e seguran�a. O objetivo � criar um espa�o que n�o apenas atenda �s necessidades b�sicas, mas que tamb�m motive os usu�rios a estabelecerem novos la�os, prop�sitos e alcan�ar novas realiza��es.

Este trabalho visa atender � demanda levantada pela ocupa��o Anita Garibaldi, que surgiu no contexto da pandemia de COVID-19 devido ao aumento da fragilidade social de fam�lias que perderam total ou parcialmente suas fontes de renda. Organizadas pelo MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), as fam�lias ocuparam um pr�dio p�blico abandonado ou subutilizado, de tr�s pavimentos, localizado em uma das principais vias do bairro Capoeiras, Florian�polis. Constru�do para servir como dep�sito de m�veis, com espa�o comercial em parte do t�rreo, o edif�cio atualmente n�o oferece condi��es dignas aos seus habitantes, que, de forma provis�ria, criaram uma cozinha coletiva e delimitaram o espa�o de cada fam�lia com tecidos e placas reaproveitadas. Considerando a import�ncia da localiza��o no espa�o urbano para garantir a qualidade de vida das pessoas e o direito � cidade, especialmente para as popula��es mais vulner�veis socioeconomicamente, este trabalho consiste na proposi��o de um projeto habitacional baseado no programa Minha Casa Minha Vida, aproveitando a estrutura existente para uso comercial e coletivo e ampliando o n�mero de pavimentos para abrigar as unidades habitacionais necess�rias. O projeto visa, al�m de garantir a unidade habitacional, assegurar a qualidade de vida atrav�s do acesso �s infraestruturas b�sicas, equipamentos urbanos de educa��o, sa�de e lazer, bem como � proximidade de fontes de trabalho.

Neste trabalho, buscou-se estudar e desvendar as din�micas da cidade de Florian�polis, visando suprir as lacunas existentes no cen�rio urbano. O cen�rio cultural, em especial, apresenta uma realidade de pouca valoriza��o, com poucos equipamentos e �reas voltadas para a cultura e lazer al�m das praias. Nesse contexto, identificamos a �rea continental da Beira-Mar Norte, uma regi�o com localiza��o privilegiada em rela��o � ponte Herc�lio Luz, principal cart�o-postal e patrim�nio material da cidade. Atualmente, a �rea j� � sede de atividades esportivas e frequentada pela popula��o local; entretanto, o espa�o encontra-se degradado, sem a devida aten��o do poder p�blico.

O terreno � fruto de um dos aterros criados na cidade, justificado pelo estado n�o apenas como uma melhoria das conex�es urbanas, mas tamb�m como espa�o para construi��o de �reas p�blicas. No entanto, essa promessa n�o se concretizou; tais interven��es acabam criando espa�os vazios e lacunas na cidade, priorizando o carro e o transporte individual. Elas modificam a din�mica e a conex�o direta que a cidade e os indiv�duos teriam com o mar, rompendo com o tra�ado urbano original da cidade.

Como objetivo deste trabalho, pretende-se resgatar a fun��o social de uma �rea com grande potencial de uso coletivo e democratizar o acesso �cultura com a constru��o de uma edifica��o de conv�vio m�ltiplo, juntamente com a requalifica��o do parque da Beira-Mar Continental, apoiando as atividades esportivas j� presentes no local.

Este trabalho de conclus�o de curso desenvolve estudos relacionados ao direito constitucional � moradia digna para toda a popula��o, o que abrange n�o apenas o direito � qualidade habitacional, mas tamb�m a garantia da localiza��o urbana adequada por meio da regulariza��o fundi�ria e do acesso � terra urbanizada.�O recorte espacial de estudo corresponde ao Morro da B�n��o, uma comunidade localizada no Bairro Vargem do Bom Jesus, ao Norte da Ilha de Florian�polis-SC. Composta por aproximadamente 90 fam�lias, a situa��o atual da comunidade denuncia a realidade nacional de desigualdade socioambiental no acesso � terra urbana, em que os moradores se submetem a situa��es prec�rias de moradia em preval�ncia � proximidade do emprego digno e da infraestrutura urbana. Dentre os desafios que os moradores enfrentam, est�o aqueles impostos pela declividade do terreno, em suas curvas de n�vel concentradas, e as condicionantes colocadas pelo�risco enfrentado. Para al�m da cruel injusti�a social, existe um cen�rio de neglig�ncia por parte do Poder Executivo Municipal e, sob a perspectiva cient�fica, n�o foram encontrados trabalhos acad�micos anteriores que contivessem levantamentos da �rea e de seu hist�rico de ocupa��o. Assim, o�trabalho teve�como objetivo incentivar o reconhecimento do territ�rio do Morro da Ben��o, atrav�s do estabelecimento de la�os com os moradores em entrevistas e visitas,�e desenvolve�propostas e diretrizes para contribuir com a regulariza��o fundi�ria da comunidade e a urbaniza��o da �rea, a fim de promover a seguran�a habitacional e a melhoria das condi��es de vida de seus moradores, bem como seu equil�brio socioambiental.

Entender no projeto o potencial de imaginar possibilidades para uma cidade pautada na apropria��o dos espa�os pela popula��o, de maneira plural e democr�tica, � o caminho pelo qual este trabalho percorre. Partindo do pressuposto que os centros urbanos j� se encontram altamente consolidados, ao mesmo tempo que possuem in�meros edif�cios e espa�os abandonados ou subutilizados, faz-se necess�ria uma arquitetura que proponha um re�so dessas infraestruturas. Dessa forma, obt�m-se como objeto de estudo o antigo edif�cio de estacionamentos verticais I-Park Catedral, que se encontra ao lado da Catedral Metropolitana de Florian�polis e que est� atualmente abandonado. A partir de uma an�lise de sua estrutura e do contexto imediato, prop�e-se um programa misto, com atividades culturais e educativas, que visam replicar a experi�ncia urbana para dentro do edif�cio. O cerne, dessa forma, � uma discuss�o sobre a obsolesc�ncia das infraestruturas urbanas e como o projeto pode se desenvolver como uma estrat�gia para promover espa�os que possam ser ressignificados cotidianamente, produzindo uma arquitetura que se comporte como anteparo do cotidiano.

O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto de arquitetura – a n�vel de estudo preliminar – para a nova sede da Igreja Assembleia de Deus na cidade de Garopaba, em Santa Catarina, pois o templo atual, al�m de n�o comportar mais a quantidade de membros que possui, apresenta muitos problemas construtivos, tais como a acessibilidade e a ac�stica inadequadas. Este trabalho foi desenvolvido com base em uma pesquisa documental e bibliogr�fica, utilizando fontes hist�ricas, registros de ata, e relatos de membros da igreja para reconstituir a hist�ria da Igreja Assembleia de Deus em Garopaba. A pesquisa envolveu a coleta de informa��es sobre o processo de constru��o do templo principal, incluindo entrevistas com pessoas envolvidas na obra e an�lise de registros fotogr�ficos, junto com um levantamento com a evolu��o dos aspectos arquitet�nicos ao longo dos anos.

O trabalho apresenta uma demanda real, funcionando como um “Plano Piloto” da parceria UFSC-IPHAN no munic�pio de S�o Francisco do Sul (SC), com uma poligonal de tombamento no Centro Hist�rico e Paisag�stico. Tem o objetivo de contribuir para a sua preserva��o a partir do registro documental de um bem tombado - primeiro produto do trabalho - e com uma proposta de projeto de restaura��o/interven��o neste bem. Essa proposta alinha-se aos valores hist�ricos e com a ambi�ncia urbana e paisag�stica que a cidade guarda e busca preservar.

Este trabalho abordara questao da dimensao humana e a requalificacao dos espacos urbanos no centro historico de Florianopolis, por meio de analises pessoais sobre os usos e configuracoes do local, baseadas nos metodos de estudo de Jan Gehl. Com um direcionamento para a promocao da caminhabilidade na cidade, da permanancia e das conexoes com os equipamentos urbanos, edificios historicos, pracas e parques, utilizando a linguagem da fotografia, mapas e propostas graficas.

Este trabalho prop�e uma contraproposta arquitet�nica para a constru��o de uma nova unidade do Sesc (Servi�o Social do Com�rcio) no bairro Jos� Mendes, em Florian�polis. O terreno foi adquirido pela institui��o em 2013 e durante uma d�cada tentaram viabilizar a constru��o de uma escola da sua rede de ensino no local. Sem sucesso, o Sesc desistiu da constru��o para aquela �rea e a autora se permitiu mudar igualmente a rota. As pesquisas dela demostram que a comunidade local e o terreno possuem potencial e complementariedade para os projetos j� desenvolvidos pelo Sesc. Deste modo, a contraproposta visa apresentar � comundade local e � institui��o uma possibilidade de unidade ainda n�o planejada. O projeto visa integrar os moradores atrav�s das promo��es de cultura, lazer e socioeduca��o fomentados pela institui��o e contribuir para a revitaliza��o do bairro e o fortalecimento do turismo comunit�rio j� existente. A implementa��o da proposta pode transformar um espa�o subutilizado h� uma d�cada em um centro cultural que melhora a qualidade de vida local, promove o engajamento social e apoia iniciativas culturais existentes.

Palavras-chave: contraproposta; Sesc; Jos� Mendes; revitaliza��o urbana; turismo comunit�rio.

O trabalho apresenta uma proposta projetual de novos usos para a �rea da Pedrita, uma pedreira localizada no bairro Rio Tavares, na regi�o Sul da Ilha de Florian�polis.

A �rea em quest�o � envolta por unidades de conserva��o municipais e outros elementos naturais fr�geis. Por�m, nela s�o desenvolvidas opera��es extrativistas de alto impacto ambiental.

Tamb�m s�o desenvolvidas e apresentadas an�lises territoriais e ambientais acerca do entorno da �rea, fundamentadas na teoria da trama verde e azul e outros conceitos ligados � ecologia e � sustentabilidade. S�o levantadas problem�ticas e indicadas diretrizes para melhoria do cen�rio analisado.

As desigualdades fundi�rias e a concentra��o da propriedade da terra s�o pontos fundamentais na an�lise da significativa desigualdade social, econ�mica e territorial no Brasil. A quest�o agr�ria brasileira mostra que o pa�s se constituiu estruturalmente sobre a desigualdade, de forma que a estrutura fundi�ria � um reflexo das rela��es de classe sobre o territ�rio.

Nas �ltimas d�cadas, identificou-se novas formas de luta, nas quais o campo e a cidade s�o pensados juntos e a base social passa a ser composta por camponeses e trabalhadores pauperizados do per�metro urbano. Fruto da uni�o das bandeiras de luta do campo e da cidade e com reivindica��es por “Terra, Trabalho e Teto” na Regi�o Metropolitana de Florian�polis, o movimento Amarildo entrou no cen�rio pol�tico em 2013 ao promover a ocupa��o de um terreno localizado �s margens da SC-401, no norte da ilha de catarinense, sendo considerada a maior ocupa��o rururbana do estado de Santa Catarina. A ocupa��o durou apenas 120 dias, mas contou com um n�mero impressionante de mais de 1500 pessoas organizadas e o cadastro de 489 fam�lias no Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra). A conquista da terra aconteceu no ano seguinte, e as fam�lias remanescentes da Ocupa��o Amarildo de Souza comp�em um assentamento de reforma agr�ria localizado no munic�pio de �guas Mornas, na Regi�o Metropolitana de Florian�polis.

Este trabalho aborda a luta pela terra produtiva e a produ��o e reprodu��o da pequena propriedade rural, compreendendo as rela��es pr�prias do campesinato e a import�ncia de criar referenciais de territ�rio e arquitetura para o campo. Objetiva-se desenvolver uma proposta de uso e ocupa��o do Assentamento Comuna Amarildo de Souza no munic�pio de �guas Mornas/SC considerando as possibilidades de distribui��o territorial das demandas por espa�os coletivos, de produ��o e de moradia dos assentados de reforma agr�ria; ademais, objetiva-se�o desenvolvimento de uma proposta habitacional e de edifica��es de uso coletivo nos moldes do Programa Minha Casa, Minha Vida - Rural (MCMV-Rural).

O presente trabalho se prop�e analisar e apresentar uma solu��o quanto � dificuldade de acesso de equipamentos de sa�de em regi�es classificadas como rural remoto �� �e emergentes no Rio Grande do Sul. Dessa forma, realizou-se um recorte desses munic�pios rurais remotos (MRR) e a partir das pesquisas realizadas necessitou-se criar uma proposta de Unidade B�sica de Sa�de (UBS) modular com objetivo de promover um espa�o de alta qualidade, visto que os MRR possui recursos limitados que por consequ�ncia acabam dependendo de equipamentos urbanos essenciais de outros centros regionais. Al�m disso, analisou-se que os equipamentos existentes nos MRR s�o muitas vezes espa�os improvisados e possuem servi�os limitados para a sa�de b�sica. O projeto desenvolvido trata-se de uma UBS modular em que as alternativas projetuais adotadas podem ser adaptadas para outras regi�es do Estado, o objetivo deste trabalho � promover uma solu��o em que promova os valores da sustentabilidade e efici�ncia energ�tica e ainda propicie acesso democratico a essa estrutura de sa�de b�sica com espa�os de qualidade.

No cen�rio atual, as mudan�as no clima e o r�pido avan�o da urbaniza��o est�o muando a vida nas cidades e para quem nelas vive. Desastres naturais, como inunda��es, inc�ndios florestais, terremotos e furac�es est�o se tornando mais frequentes e mais destrutivos.�

Isso n�o afeta apenas a estrutura das cidades, mas tamb�m coloca em risco a seguran�a e o bem-estar das pessoas. Esses eventos extremos mostram que precisamos urgentemente de estrat�gias que ajudem a reduzir os impactos e a fortalecer as comunidades.

� necess�rio usar o planejamento urbano e o desenho de cidades como ferramentas essenciais para enfrentar estes desafios. Claro, nem a arquitetura, nem o urbanismo conseguem impedir que desastres naturais aconte�am, mas � poss�vel criar estrat�gias tanto preventivas para diminuir a exposi��o a riscos, quanto p�s-evento, auxiliando na r�pida recupera��o da cidade, priorizando ao m�ximo as comunidades mais vulner�veis � � � � � � � � �

Ao adotar uma abordagem integrada e proativa nos quesitos infraestruturas fortes, bons sistemas de drenagem e �reas verdes funcionais, se garante resultados muito eficazes na hora de enfrentar desastres naturais.