Caminhos da inclusão - Conscientização por meio da percepção e experiência
Apresentação
“O ato de atravessar o espaço nasce da necessidade natural de mover-se para encontrar
alimento e as informações necessárias para a própria sobrevivência. Mas, uma vez satisfeitas
as exigências primárias, o caminhar transformou-se numa fórmula simbólica que tem
permitido que o homem habite o mundo. Modificando os significados do espaço atravessado,
o percurso foi a primeira ação estética que penetrou os territórios do caos, construído ai uma
nova ordem sobre a qual se tem desenvolvido a arquitetura dos objetos situados. O caminhar
é uma arte que traz em seu seio o menir, a escultura, a arquitetura e a paisagem. A partir
dessa simples ação foram desenvolvidas as mais importantes relações que o homem
travou com o território.” (Francesco Careri – Walkscapes, pag. 27)
Com a citação de Francesco Careri, o caminhar ganha força, por ser importante na
compreensão do nosso modo de percebe o mundo e evidenciar bem as indeterminações
relativa aos limites proporcionados pelo caminhar. Assim revela-se um instrumento para
a conscientização da inclusão por sua intrínseca característica, capaz de transformar símbolos
e fisicamente tanto o espaço natural como o antrópico. Portanto, ao construir um caminho
como forma de intervenção urbana que reflete as perspectivas e barreiras enfrentadas pelos
deficientes, por dimensões de abordagem que ressaltem seus cotidianos e experiências.
O projeto explora essa intervenção urbana ao utilizar estruturas itinerante que enfatizam
a dimensão da experiência sensível e afetiva do caminhar, por intermédio de elementos
lúdicos de reflexão e de jogos que promove o aprendizado mediante a percepção e
experiência sobre as condições das pessoas com deficiências.
Arquivos
Prancha - Anderson H. Rosa
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