Caderno Cartográfico na Pedreira Prado Lopes: urbanização de favela e extensão universitária entrelaçadas pela cartografia
Apresentação
Com este trabalho proponho desenvolver um caderno cartográfico no qual conta a história da urbanização da favela Pedreira Prado Lopes (PPL), localizada em Belo Horizonte, que ocorreu via Orçamento Participativo (OP). Esta comunidade é uma das mais antigas da cidade e, por se localizar ao lado do centro da capital, é atravessada historicamente por diversos interesses ligados ao Estado, ao Capital e sociedade civil, que, naquele território, significou a consolidação da resistência popular na luta pelos direitos dos favelados e por urbanizaçãoo em assentamentos informais no município.
Objetivo integrar a demanda dos próprios moradores da comunidade e meus interesses enquanto estudante, pesquisadora e futura arquiteta e urbanista. Isso significa, respectivamente: (i) visibilizar a história da favela e de seu processo de urbanização, conquistado com muita luta, mobilizaçãoo, trabalho de base e resistência popular; e (ii), abordar a importância do papel social da Universidade a partir da minha própria experiência em projetos de extensão universitária em que participei ao longo do percurso de graduação e o papel da extensão universitária na formação de profissionais que estejam conscientes sobre a produção espacial das cidades brasileiras.
Em meu caderno cartográfico, produto final deste TCC, a história da favela serácontada pelos próprios moradores com narrativas suas ao longo do texto. Busco trazer a voz dos invisibilizados, a história baseada no cotidiano por quem vive e tem sua origem no território e visibilizar o “outro lado” da história.
Parte da cartografia transescalar trazida neste trabalho - narrativas locais, linha do tempo, mapas, fotografias - também se relaciona aos dois anos de extensão e pesquisa universitária na PPL em que participei com base no método cartográfico Indisciplinar - método em construção pelo grupo de pesquisa Indisciplinar/UFMG e que, de modo geral, imbrica a teoria e prática. Essa atuação ocorreu junto às pesquisas extensionistas Territórios Populares e Cartografia da Percepção Popular do Orçamento Participativo em Belo Horizonte, aos projetos de extensão Geopolítica e Cidades e Urbanismo Biopolítico, ligados ao programa de extensão Ind.lab, e ao Grupo de Estudos sobre a Região da Lagoinha, ligados ao Indisciplinar, e à rede nacional do BrCidades.
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