Mercado de peixes
Apresentação
Este trabalho busca por meio da implementação de um mercado de peixes localizado na cidade de Palhoça, Santa Catarina nas margens do Rio Imaruí mais especificamente no deságue do rio a Baía da Palhoça.
O mercado de peixes e hortifruti desempenha um papel fundamental na economia de diversas comunidades, especialmente em regiões costeiras e ribeirinhas, onde a pesca artesanal e a agricultura familiar são atividades centenárias. No Brasil, essas práticas não apenas garantem a alimentação de milhares de pessoas, mas também mantêm vivas tradições culturais e práticas sustentáveis de manejo de recursos naturais.
“A pesca artesanal representa não só uma prática econômica, mas também uma forma de resistência cultural e social. Em muitos contextos, as comunidades pesqueiras se organizam para garantir a preservação de suas tradições e a continuidade de suas atividades de pesca, que são transmitidas por gerações.”
M. A. M. Ribeiro (2017),
O comércio direto de peixes e produtos hortícolas, muitas vezes realizado de forma local e sem intermediários, proporciona um acesso mais imediato e justo aos consumidores, ao mesmo tempo em que valoriza a produção local e fortalece as relações comunitárias.
A importância da cultura pesqueira local vai além de uma simples atividade econômica: ela é uma expressão de identidade, resistência e conexão com a terra e o mar.
“O comércio direto de produtos alimentícios, como peixes e hortifruti, oferece uma alternativa mais justa e transparente, beneficiando diretamente os produtores locais e aproximando o consumidor da origem dos produtos. A venda sem intermediários fortalece as economias locais e permite que as comunidades se tornem mais autossuficientes.” D. A. Souza (2020)
Souza (2020) aponta que a comercialização direta tem um grande potencial de melhorar a renda de pequenos produtores, como pescadores e agricultores familiares, além de contribuir para a redução de custos e perdas na cadeia produtiva.
O mercado de peixes, quando alimentado por práticas pesqueiras sustentáveis, tem o potencial de fomentar o desenvolvimento regional, impulsionar a segurança alimentar e, ao mesmo tempo, preservar ecossistemas essenciais. Este trabalho tem como objetivo explorar as dinâmicas desse mercado, analisar os desafios e as oportunidades do comércio direto de peixes e hortifruti e destacar a relevância da pesca artesanal para as comunidades locais, que muitas vezes se veem ameaçadas pela concorrência de grandes indústrias e pela degradação ambiental.
“O espaço é um produto social, uma representação que envolve não apenas os lugares, mas as práticas sociais que os produzem” Henri Lefebvre (1974)
“A vida cotidiana é o lugar onde se forma a relação entre o indivíduo e o social, entre o sujeito e o espaço” Henri Lefebvre (1968)
Essas reflexões podem ser usadas par analisar o espaço urbano e suas trocas, mais precisamente podemos analisar o mercado como uma destas fontes de troca, não se limitando apenas a trocas economicas; Eles são espaços de interação social, cultura e vivencia comunitária, refletindo as dinâmicas sociais e politicas de uma determinada sociedade.
A falta de um equipamento identitário do que já foi uma região ribeirinha, e com o tempo vem perdendo sua identidade devido a urbanização, juntamente com a perda histórico cultural regional influenciaram para que este projeto surgisse.
Trata-se de um projeto arquitetônico e urbanistico que visa valorizar principalmente o local em que está inserido, dando a devida importância ao seus aspectos históricos, vivências cotidianas e a valorização da comunidade pesqueira regional.
Se tratando também de uma região costeira, a implementação de um porto aquaviário para transporte público inserido na imediações do Mercado de peixes, acrescente na vida urbana deste local, dando vida, possibilidades e alternativas tanto aos comerciantes quanto aos visitantes. Será utilizado com normativa para este equipamento os desejos e decisões do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (PLAMUS) trata-se estudo técnico financiado pelo BNDES para planejar a mobilidade urbana de 13 municípios da região metropolitana de Florianópolis.
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