Trabalhos de Conclusão de Curso

Trabalhos sobre o tema Paisagismo

Foram en contrados 9 trabalhos

2020-2

Espaços livres como meio de Promoção e Restauração da saúde - os jardins do Hospital Regional de Biguaçu

Como Arquitetos e Urbanistas em formao, somos constantemente estimulados a valorizar o contato com o ambiente natural das pessoas as quais, imaginamos, vivenciaro os lugares que projetamos. Seja atravs da criao de praas, corredores verdes e hortas comunitrias nos projetos urbansticos; ou ento de grandes janelas com vista para o jardim e telhados vegetados nos projetos arquitetnicos.

Os chamados espaos verdes so sempre colocados como sinnimos de qualidade de vida. Sempre encaramos isso naturalmente, sem nos perguntarmos porque esses espaos so indispensveis na vida urbana _ principalmente nos dias de hoje. possvel, mesmo, que seja algo bastante intuitivo, j que por experincia conhecemos o papel restaurador das praias, casas de campo, montanhas, florestas e plantas “suculentas” em nossos apartamentos.

E se nos aprofundssemos mais no assunto, descobrindo,ou tentando descobrir pelo menos, o motivo pelo qual anatureza nos faz bem?

Inicialmente foi isso que buscamos, e logo descobriu-se um potencial maior do que o imaginado no contato humano com os elementos naturais (apndice I - projeto de pesquisa). Diversos estudos cientficos ao redor do mundo, alm do saber milenar de diversos povos, sugerem uma relao entre a natureza e a sade humana, seja na promoo, seja na restaurao da sade.

Dentro da Psicologia Ambiental, vemos vrios estudos mostrando que o ambiente em que uma pessoa est inserida com determinadas caractersticas fsicas e sociais, influencia na sade psicolgica dela; o que por sua vez, pode influenciar na recuperao da sade fsica. Partindo disso, temos uma tendncia em todo o mundo de dar mais ateno justamente aos ambientes em que se concentram as pessoas mais frgeis tratando-se de sade: os hospitais. Tem-se, portanto, um esforo no sentido de humanizar esses espaos. Uma das formas de fazer isso atravs da incorporao de elementos da natureza, visto que o contato, seja pelo sentido da viso, do olfato, da audio ou do tato, com a natureza, tem um papel muito especial na restaurao da nossa sade. Surgiram ento, os jardins de cura!

Ao longo de todo o curso de arquitetura e Urbanismo, nas muitas viagens at a universidade, (“viagens”, numa referncia as brincadeiras, amigveis, de alguns colegas ao longo dos anos em relao a distncia que eu cruzava diariamente at a universidade) pude acompanhar o incio dos atendimentos no Hospital Regional de Biguau Helmuth Nass (HRBHN), que ficava no caminho de Antnio Carlos, minha cidade, at Florianpolis (UFSC). Observei o quo desqualificado era o espao externo da unidade e ouvi muitos comentrios, leigos e tcnicos, depreciativos sobre as edificaes do conjunto.

Nesse trabalho vou analisar as vrias alas do conjunto aos olhos da teoria dos ambientes restauradores; mas o que faz meus olhos brilharem mais, poder transformar a aridez do cascalho e da pavimentao em boa parte do terreno, em jardins de cura. Fao aqui uma ressalva, prtico como sou, de que no sou alheio s dificuldades que o Sistema nico de Sade brasileiro tem, e sei que o cascalho e a pavimentao so uma soluo bastante funcional, gerando baixos custos de manuteno. O que proponho nesse trabalho investir em estratgias que podem diminuir o tempo de internao de pacientes, diminuir o estresse e consequente desateno de funcionrios, etc, e assim economizar no tratamento dos pacientes. Alm disso, proponho uma ampliao no conceito de hospital: ao invs de atuar apenas na restaurao da sade, o HRBHN realizaria aes no intuito de promover a sade das pessoas da comunidade, principalmente. Isso geraria uma maior integrao desse grande equipamento no bairro, alm de gerar economia em tratamentos l na frente.

2019-2

Jardim Psique: cidade para a mente

A relao da mente humana, seus conflitos e a cidade de alta complexidade. Alm dos estigmas construdos ao longo da histria e gerados pela desinformao em torno do tema, vivemos em uma sociedade cada vez mais conectada. Nossos centros urbanos concentram e proporcionam diversos encontros e desencontros, colidindo mentes e ideias diferentes a todo momento. A cidade , alm de um aglomerado de materiais e servios, uma ideia construda atravs do coletivo. Os espaos urbanos, alm de possurem um objetivo declarado quando projetados, so entendidos e utilizados de acordo com nossos instintos, motivaes e percepes. Toda via, com registros alarmantes e crescentes, o indivduo de mente doente - aquele que possui dificuldade em se adequar a realidade - tem se tornado cada vez mais frequente na construo e entendimento destes espaos. Com centros cada vez mais inchados e doentes, a cidade tem ignorado a natureza de seus usurios, transformando-se em um lugar por vezes incoerente e pobre de oportunidade para as conexes e bem-estar do indivduo. Como cenrio de inmeros momentos e experincias de nossas vidas, o meio urbano palco da nossa rotina - da a importncia e compromisso com o usurio. Buscar atender o coletivo tarefa complexa, mas fundamental e necessria. A cidade para a mente torna-se relevante quando entendemos que a partir da mente que uma cidade se mantm de p, e no necessariamente aglomerando edificaes.

2019-1

Parque Amanhecer: Uma rota de fuga diante das armadilhas psicológicas da urbanização

     

            A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, o processo de crescimento das cidades se intensificou, atingindo o ápice nos dias atuais, em que se verificam altos índices de migração da população das zonas rurais para as áreas urbanas. A urbanização permitiu avanços e desenvolvimento tecnológico, mas também gerou problemas sociais e ambientais. Um dos efeitos colaterais da vida na cidade é o impacto sobre a saúde mental dos habitantes, que acabam vivendo sob fatores estressores peculiares, como estímulos auditivos e visuais em exagero, a segregação e exclusão social, assim como a pouca coesão social.

             Sob essas condições, a urbanização afeta a mente das pessoas em diferentes escalas e situações, podendo ter influência tanto sobre uma crise de estresse momentânea como sobre transtornos mais sérios, caso da depressão e da ansiedade, doenças que se tornam cada vez mais comuns. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas – mais do que a população inteira do Brasil - sofrem com depressão no mundo atualmente e, no entanto, menos de metade delas recebe tratamento adequado.

              O propósito central do presente trabalho é compreender a relação entre a vida urbana e as suas adversidades psicológicas e projetar um parque no interior do campus da Universidade Federal de Santa Catarina que possa funcionar como um espaço restaurador e desestressante, tanto para os alunos como para a comunidade em seu entorno, uma rota de fuga diante das armadilhas da urbanização. 

 

Palavras-chave: urbanismo; saúde mental; parque. 

2018-2

Paisagem no Tempo: intervenções na Fortaleza de Araçatuba e seu entorno

A Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba foi construída em 1742, na pequena ilha de difícil acesso ao sul da Ilha de Santa Catarina. Atualmente, do seu complexo, restam apenas ruínas.

Este projeto propõe intervenções, as quais permeiam diferentes escalas, a fim de revelar a complexidade do conjunto que é formado pela Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba e sua paisagem envoltória, composta pela Barra Sul (Naufragados) e Baixada do Massiambu (Praia do Sonho e Ponta do Papagaio). Foram feitos estudos de visualização do objeto arquitetônico, a partir das porções terrestres, que resultaram em um plano geral para área. Na grande escala, a intenção é valorizar e trazer à luz o monumento esquecido no imaginário e itinerário da cidade, ao passo que propõe a unidade do entorno como parque. No projeto, leva-se em conta as trilhas já existentes, a proposição de interligações entre elas, além de indicações para locais de apreciação da paisagem, equipamentos que ampliem a permanência e bases de apoio nas duas porções terrestres, para gestão do parque.

Adentrando na escala que contempla a ilha de Araçatuba e as ruínas da fortaleza, as intervenções são divididas em seções: permanentes e efêmeras. Primeiramente admite-se o sítio como uma base para diversas manifestações. No entanto deve-se prever itens de infraestrutura mínima para apoiar a visitação, que devem seguir padrões de segurança, durabilidade e formalmente serem elementos com certa neutralidade. As intervenções efêmeras, por outro lado, são proposições artísticas que, funcionais ou não, recontam parte da história da ocupação e da leitura do lugar, de maneira lúdica e não literal. Tais ações são idealizadas a fim de intensificar a percepção da passagem do tempo na fortaleza, assim como foram seus ápices e declínios enquanto unidade funcional.

2018-1

Histórias Cruzadas: Paisagem, Cultura e Espaços Públicos na Barra da Lagoa

2017-2

Novo olhar sobre o parque da luz: uma intervenção física e virtual

A evolução e adaptação da arquitetura ao longo do tempo tem uma forte relação com os recursos e tecnologia disponível em determinada época, bem como às transformações sociais que ocorrem estando intimamente ligada com os progressos sociais, econômicos, científicos, técnicos, etnológicos, psicológicos, entre outros (NAVARRETE, 1998). Exemplo disso a Revolução Industrial foi onde se deu início ao desenvolvimento de técnicas e elementos que viriam a influenciar a produção arquitetônica, como a pré-fabricação de componentes construtivos, alterando a forma que os projetistas trabalhavam até então através de uma nova tecnologia. Silva (2002, p. 3) nos diz que podemos conceituar a tecnologia de forma geral como “um sistema através do qual a sociedade satisfaz as necessidades e desejos de seus membros“, seguindo esta linha de raciocínio, é possível imaginar que o surgimento de novas tecnologias que facilitam a captação, armazenamento e compartilhamento de informações tem gerado um certo impacto em todas as áreas do conhecimento e, mais importante, influenciado a sociedade contemporânea. Pois “todos passam a estar envolvidos também com as mudanças sociais impostas por tais tecnologias” (DARODA, 2012, p.12).

Conforme Fox (2016) a partir do momento que participamos de um mundo onde as linhas entre o físico e o digital tem vem se tornando cada vez mais indistinguíveis, é possível ter uma visão ainda em processo de amadurecimento de uma arquitetura que participa ativamente das nossas vidas. Esta nova vertente de uma arquitetura dinâmica pode ser denominada como arquitetura interativa ou responsiva, tendo como uma questão importante para que se torne um sistema não-estático a interdisciplinaridade, utilizando técnicas e estudos de outras áreas de conhecimento, de modo a adquirir características que antes não poderiam estar presentes.

Portanto, este trabalho procura dar um passo em direção ao estudo da arquitetura dentro desta nova realidade tecnológica, utilizando conceitos de arquitetura interativa/responsiva na revitalização de um espaço público com grande potencial para a cidade de Florianópolis, o Parque da Luz. Também tem o objetivo de apresentar uma proposta para sua integração com a Ponte Hercílio Luz, devido a sua provável abertura para o público em um futuro próximo. Buscando aproximar as duas áreas, do parque e da ponte ao cotidiano dos cidadãos, melhorando a sua relação com o entorno e, consequentemente, com a cidade. O Parque da Luz possui uma localização privilegiada próxima ao centro de Florianópolis, entretanto tem se tornado um espaço cada vez menos adequado para que os moradores da cidade o frequentem, por não receber um tratamento adequado pelo poder público apesar dos esforços da Associação Amigos do Parque da Luz.

Devido ao avanço das tecnologias móveis as pessoas não costumam possuir uma conexão mais direta com o espaço de vivência, isso faz com que deem menos atenção ao seus arredores e consequentemente negligenciem a paisagem. Todavia, este mesmo tipo de tecnologia - da informação e comunicação, sensores e atuadores - pode servir de estímulo para que um espaço público seja utilizado de forma diferente e, aliada à arquitetura, pode permitir que o ambiente torne-se interativo ou responsivo de modo que proporcione novos tipos de sensações e assim fazer com que o lugar seja mais atraente para àqueles que passam próximo ao local. Dessa forma, utilizando esta abordagem e levando em consideração a reabertura da Ponte Hercilio Luz para a travessia de transporte público e pedestres, seria possível pensar uma outra forma de se projetar para adequar o espaço do parque de maneira a responder às necessidades dessa realidade social mais dinâmica que nos encontramos atualmente.

2017-1

Cidades e memórias: articulação do eiro monumental de Maringá

Recuperando a Paisagem das Araucárias

Curitibanos é uma cidade que ao longo dos últimos anos vem recebendo uma série de investimentos que têm impulsionado o desenvolvimento da cidade e, consequentemente, atraído um número maior de moradores. Algumas das causas desse crescimento deve-se ao fato da chegada da Universidade Federal de Santa Catarina na cidade, com a abertura de um novo campus que é resultado de um processo de descentralização da universidade no estado, e também a chegada de uma grande fábrica da indústria madeireira, que emprega e traz novos profissionais a cada ano.
É no contexto desse processo de expansão das cidades que se torna necessário e relevante o papel do Arquiteto e Urbanista de planejar a cidade de forma que ela cresça de maneira ordenada e democrática. E parte importante desse planejamento urbano é a reserva de espaços para áreas verdes de lazer. Áreas que se destinam as atividades de lazer e entretenimento já se mostra- ram essenciais para a qualidade da vida urbana dos cidadãos como refúgios da vida tumultuada das cidades, e, assim como em quase todas as cidades brasileiras, Curitibanos é uma que possui carência desse tipo de espaço.
A temática desse TCC nasce com o interesse de transformação do Parque do Pinho (antiga área de reflorestamento de pinus no perímetro urbano da cidade) em área pública, através da aquisição do terreno pela Prefeitura de Curitibanos e a proposta de transformá-lo em um novo espaço de lazer para a cidade.

2015-2

Proposta de recuperação ambiental da Lagoa das Capivaras: o viveiro do saber plantar