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Trabalhos sobre o tema Edifício de Uso Misto

Foram en contrados 24 trabalhos

2024-1

Novo olhar. Uma proposta de qualificação de lotes subutilizados no centro de São José dos Campos-SP.

O objetivo deste trabalho é demonstrar como espaços subutilizados no centro de São José dos Campos-SP, podem ser transformados em obras que promovam a valorização das dinâmicas urbanas locais. O projeto foca na correlação entre a densificação de áreas com infraestrutura existente e o fortalecimento das atividades e interações ao nível da rua. A habitação multifamiliar se destaca como uma mediadora dessas intenções, englobando questões como o direito à permanência nos centros urbanos e a relevância desses locais. Com o desenvolvimento das cidades, os pontos iniciais de povoamento, comércio, trocas e futuros centros urbanos tendem a passar por um processo de adensamento e apreciação, que frequentemente resulta em segregação espacial. O aumento do valor da terra impede que certas camadas da sociedade usufruam de regiões mais bem estruturadas em termos de serviços e infraestrutura, levando à dispersão da ocupação para áreas mais distantes e criando dependências de deslocamento. O desenho busca abordar temas como quadras abertas, adensamento e deslocamento nas cidades, com o intuito de qualificar o espaço e incorporar o conceito estruturante de sustentabilidade, a perpetuidade no tempo.

2023-2

República da Juventude: Rede de apoio a reinserção social de jovens adultos do acolhimento institucional

Este trabalho aborda o acolhimento de jovens em situação de vulnerabilidade, especialmente aqueles que crescem em instituições de acolhimento e, ao completarem 18 anos, deixam de ser amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O estudo enfatiza a falta de suporte para jovens que não foram adotados e enfrentam um futuro incerto ao deixar as instituições. A proposta da "República da Juventude" surge como uma alternativa inovadora, oferecendo não apenas moradia, mas também apoio psicológico, educacional e profissional para esses jovens, buscando facilitar sua reintegração à sociedade.

2023-1

Reuso da Edificação Palacete Gamborgi: Uma Nova Perspectiva para a Cidade de Lages

O trabalho em questão tem como objeto de estudo a edificação Palacete Gamborgi. Um edifício que surge em conjunto com o eixo de formação da cidade de Lages, fazendo parte de um período econômico central para a região. Sendo um dos poucos comércios da cidade para a época, e estando inserido em um contexto de ligações comerciais importantes para todo o estado. Além disso, também demonstra a sua importância através da forma que foi construído, com uso misto desde sua concepção, e com detalhes arquitetônicos que ainda não eram a realidade de Lages. Apesar disso, é um edifício que também se destaca pela sua condição atual. Com usos exclusivamente comerciais, o edifício foi exageradamente descaracterizado nas últimas décadas. A sucessão de modificações para abrigar comércios, sem qualquer cuidado à salvaguarda do edifício, faz com que ele esteja praticamente imperceptível aos olhos da população. É a partir de tal condição que tem-se o intuito de resgatar a edificação Palacete Gamborgi na rotina dos lageanos, reassumindo um protagonismo comercial e simbólico a partir de uma proposta que amplie usos e estimule apropriações em horários variados, com apelo comercial complementar e  com uma reorganização na escala de seu entorno imediato.

Uma casa longe de casa

Este trabalho aborda a import�ncia do acolhimento aos pais com filhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e prop�e o desenvolvimento de um projeto arquitet�nico com o objetivo de oferecer suporte f�sico e emocional aos acompanhantes dos pacientes da UTI do Hospital Infantil Joana de Gusm�o. Conforme mencionado por Neves (2018), o contato dos pacientes com a fam�lia contribui para a recupera��o cl�nica da crian�a e reduz a ocorr�ncia de complica��es psicol�gicas e fisiol�gicas. Al�m disso, a proposta de casa de acolhimento pode ser uma fonte de conforto emocional e suporte para os pais, permitindo que eles se conectem com outras fam�lias que enfrentem a mesma situa��o, proporcionando suporte emocional associado ao tratamento intensivo da crian�a hospitalizada. Considerando a import�ncia dos pais no sentimento de seguran�a e apoio da crian�a, tona-se�necess�rio pensar em espa�os acolhedores e humanizados que garantam a integridade f�sica e psicol�gica dos acompanhantes das UTIs. Al�m disso, o projeto tamb�m busca oferecer servi�os para a comunidade local.

2022-2

Complexo de apoio ao ensino de Blumenau: proposta à demanda acadêmica e integração do urbano local

Este trabalho se propõe a analisar e apresentar uma solução para carências que a Universidade de Blumenau (FURB) e o SENAI possuem enquanto instituições de ensino, costurando no mesmo programa as necessidades acadêmicas, socioeconômicas e urbanas. A proposta parte inicialmente da dificuldade de conexão viária dos estudantes com o sistema urbano local e na falta de acesso direto aos eixos estruturantes da cidade, principalmente ao tratar-se de uma região central de acesso facilitado sob a perspectiva do transporte privado. Com o desenvolvimento da análise, o foco da pesquisa se concentra em apontar soluções para a implantação do projeto no contexto inserido - uma área comercialmente ativa, com grande fluxo de pessoas e veículos, conectada à universidade e próxima ao eixo urbano que abastece radialmente os bairros periféricos. O terreno escolhido para desenvolver o estudo continua atuando como um imóvel ocioso em meio às necessidades que a universidade experiencia. E ao concentrar toda essa demanda na área delimitada, surge a inevitabilidade de verticalização e separação entre dois blocos para cumprirem funções diferentes, pensado de forma a respeitar o entorno sem apenas reproduzir um modelo construtivo culturalmente típico no país. O equipamento proposto abraça a cidade e efetiva o sentido urbano do edifício, oferecendo um uso misto com grande amplitude de funções e fruição pública - um complexo de suporte à universidade que não nega a interação entre o ensino, a população e os ambientes edificados.

Moradia Estudantil: a Habitação Como Equipamento Pedagógico

A democratização do ensino público não está relacionada apenas ao direito de frequentar a universidade, mas à permanência do estudante. A qualidade de vida é uma das frentes que rege o desempenho acadêmico e, por consequência, o desempenho na vida profissional. Educação e moradia são necessidades básicas do ser humano, cujo acesso é garantido pela Constituição e, portanto, configuram direitos, não privilégios. Nesse trabalho, a moradia estudantil é pauta de um debate que vai além do desenho arquitetônico, envolve uma discussão de cidade que visa conciliar as necessidades dos moradores com as da comunidade e criar um espaço que seja capaz de oferecer à sociedade o que a cidade ainda não foi capaz.


A intenção dessa proposta não é resolver o problema da moradia estudantil na cidade de Florianópolis por meio de um único edifício, mas tê-lo como recurso para fomentar um debate: que ideia de cidade está sendo construída diante das condições de vida às quais os estudantes estão sendo submetidos? Qual está sendo o papel da universidade na construção do estudante para além da vida acadêmica e que tipos de vivências e convivências estão sendo inibidas pelas condições atuais de moradia?


O objetivo deste trabalho é desenvolver um anteprojeto arquitetônico de edificação vertical de uso misto, localizada em área central da cidade. Procura refletir sobre a possibilidade de conceber uma moradia estudantil de alta densidade,  que contribua para enriquecer a dinâmica de múltiplos usos da cidade, bem como enriqueça o processo de formação cidadã dos estudantes. 

2022-1

Comunidade Terapêutica: Um espaço para o tratamento da dependência química em Florianópolis

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o abuso de substâncias psicoativas é um dos maiores problemas de saúde enfrentados no mundo. Além de ser uma realidade a qual muitos ignoram ou fingem não ver, existe uma grande dificuldade em métodos de combate ao uso, dependência e reinserção do indivíduo na sociedade.  Devido a isso, esse trabalho tem como proposta uma Comunidade Terapêutica na região metropolitana de Florianópolis. 

As Comunidades Terapêuticas  são um equipamento de acolhimento voluntário de pessoas em busca de um ambiente protegido, de autoconhecimento e que auxilie na melhora da dependência química. Além disso, quando bem estruturadas e planejadas, podem tornar-se um equipamento social, fortalecendo a população local e formando uma rede de apoio.

Habitar o centro de Guarulhos: Requalificação de um edifício não concluído

Produto de inquietações pessoais e
profissionais acerca da cidade contemporânea,
este Trabalho de Conclusão
de Curso propõe-se discutir sobre a
existência de alta demanda por habitação
no contexto das grandes cidades
somado a problemática da extensa
quantidade de edifícios ociosos e/ou
abandonados. Além disso, o trabalho
tem a intenção de abordar assuntos
como o morar contemporâneo e sua
conexão com a cidade. A partir de análise
bibliográfica, espacial e estudos de
caso é elaborada uma proposta, a fim
de promover função social a um edifício
abandonado, localizado no complexo
contexto urbano do território
de Guarulhos, um dos municípios do
estado de São Paulo.

2020-2

LEVANTE A BANDEIRA! Um Espaço para a Comunidade LGBTQIA+ do Oeste Catarinense

2020-1

Casa Florianópolis: Casa de Acolhimento e Capacitação LGBTQIA+

O presente trabalho tem como tema o acolhimento e a capacitação de grupos marginalizados pela sociedade e alheios à norma (dita) padrão de conduta de gênero: o recorte LGBTQIA+. Por meio de extensa pesquisa bibliográfica, fica ilustrado e problematizado as particularidades de apoio psico-social desse grupo em questão e, também, firmemente argumentada a necessidade de espaços dedicados ao grupo. O objetivo do trabalho, além disso, foi de dar suporte ao partido arquitetônico lançado para a Casa Florianópolis, que catalisa todas as problematizações teóricas em um lançamento de "espaço-ideal" para o acolhimento destes indivíduos. 

Espaço de cultura e lazer em Jaraguá do Sul

A cidade de Jaraguá do Sul, além de seu forte e reconhecido mercado industrial, possui uma atividade artística intensa, abrigando diversos grupos de caráter artístico e cultural, recebendo e promovendo eventos deste cunho com frequência. O incentivo aos promotores de cultura da cidade, entretanto, é limitado, não pela falta de espaços com estrutura adequada, mas pela frequente inacessibilidade financeira a esses. Este trabalho busca a concepção do projeto de um equipamento cultural, público, aberto, que forneça suporte adequado a atividades e práticas culturais, aproxime a produção artística e cultural regional dos moradores da cidade, além de conectar isto ao já recente incentivo municipal a espaços de lazer. Para isso, ao longo do trabalho foi realizada uma contextualização de Jaraguá do Sul, com seu histórico e atividade cultural, além de um mapa de empatia, a fim de compreender as necessidades dos moradores da cidade. Com isso, foi então proposto o conceito de um espaço de expressão artística e cultural e sua união com o lazer, um local democrático, que busca o encontro entre arte e o público em geral e o incentivo à cultura local. Foi realizada posteriormente a escolha do terreno e estudos sobre o mesmo, examinando o plano diretor e suas condicionantes, assim como as condições climáticas da cidade. Com base nas informações coletadas, foi desenvolvido o estudo preliminar do Espaço de Cultura e Lazer em Jaraguá do Sul.

2019-2

Centro de Apoio para Pacientes, Acompanhantes e Transplantados do HU-UFSC

Este Trabalho de Conclusão de Curso é um Projeto Arquitetônico que se constitui de uma edificação que oferecerá suporte ao Hospital Universitário, onde irá atender aqueles pacientes em processo de reabilitação dos aspectos físicos, psicológicos e sociais perdidos pelo espaço físico. Visando atender não somente aqueles pacientes que vivem na cidade, mas sim aqueles percorrem longas distâncias para tratamentos e consultas, assim como aos acompanhantes hospitalares e também aos pacientes transplantados que necessitam de todo um acompanhamento pós-operatório.

Ressignificação do Lixo na Arquitetura: Um Espaço de Reciclagem e Educação Ambiental no Morro do Horácio

O lixo hoje traz consigo um significado marginal, a partir do qual toda sua potencialidade é camuflada. Enquanto essa idéia perdura na cultura da sociedade, ele continua sendo apenas um problema. Neste trabalho serão exploradas formas de ressignificar o lixo, ou seja, dar um novo significado ao lixo a fim de quebrar o paradigma que o discrimina. Dentro dessa lógica, a arquitetura e o urbanismo se apresentam como ferramentas. Compreendendo a dinâmica da coleta, tratamento e disposição de lixo em Florianópolis, percebem-se diversas limitantes que tornam o processo pouco eficiente. Como alternativa a esse problema, um sistema eficiente deve ser implantado paralelamente à conscientização da população acerca do tema. A partir de um olhar aproximado na comunidade do Morro do Horácio, em Florianópolis, é proposto um espaço de reciclagem e educação ambiental, explorando os ciclos de vida lá presentes, ressignificando o lixo e a imagem da comunidade para com a cidade.

 

Palavras-chave: Lixo, Educação Ambiental, Reciclagem

 

2018-2

Centro Social: equipamentos de acolhimento voltados à população em situação de rua no centro de Florianópolis

É cada vez mais evidente o aumento da população em situação de rua no centro de Florianópolis. Esse fenômeno, que é global, expõe as desigualdades da sociedade brasileira, mostrando a pobreza extrema em que o ser humano pode chegar, muitas vezes acompanhado de falta de opções, situação de violência, abandono familiar, dependência química, problemas psiquiátricos, etc.

    De acordo com dados do Diagnóstico Social Participativo da População em Situação de Rua na Grande Florianópolis (2017), cerca de 500 pessoas vivem em situação de rua em Florianópolis. Esse número representa 0,1% da população total da cidade, que comparado com a porcentagem nacional (2008), que é de 0,015% da população total do país, demonstra que Florianópolis possui um número muito acima da média de pessoas em situação de rua.

    Esse alto índice é facilmente observado ao caminhar pelo centro da cidade, onde nos deparamos com essa população nos bancos da Praça XV, nos pilotis do prédio da Previdência Social e do prédio das Secretarias, nos bancos do chafariz da alfândega e também nos viadutos da cabeceira das pontes Colombo Sales e Pedro Ivo, e embaixo das mesmas. O número perceptível aos olhos tende a variar em épocas do ano, aumentando no verão, com a vinda de pessoas em busca de trabalho nas praias e diminuindo no inverno, em que baixas temperaturas levam a esses indivíduos a buscarem por locais mais protegidos.Ao mesmo tempo é possível identificar ações vindas de órgão públicos, que ao invés de acolher o morador de rua, tratam de expulsar esse população de espaços visíveis.

    A invisibilidade dessa população e a garantia de seus direitos, são a base deste trabalho, que busca através da arquitetura, acolher e reinserir na sociedade essa parcela da população que hoje é tão estigmatizada.

 
 

Espaço central para acolhimento de pessoas em situação de rua

          Desde a antiguidade verifica-se o acontecimento de moradia nas ruas, esta constatação se explica pelo fato histórico que aconteceu no Brasil, onde após a abolição da escravidão, por serem dependentes dos seus senhores, os escravos não tinham moradia e condições financeiras para começar uma nova vida. Atualmente a população em situação de rua tem aumentado bastante, acontece tanto no Brasil como em outros países, por este fato existem alguns órgãos públicos que tentam tratar da questão.

        Os motivos para chegar na situação de rua são diversos, como: ilusão de trabalho, problemas psicológicos, vícios, problemas familiares, desemprego, entre outros, porém o fator predominante é o desemprego, que está tão vigente no tempo atual, então necessitam de condições para ter uma vida efetiva e independente.            

       A proposta é integrar os serviços existentes atualmente que são necessários e importantes, modificando de forma qualificada e efetiva tanto para a vida como profissionalmente, também possuindo resgate da inclusão na sociedade e que tenham as mesmas oportunidades por direito de cidadão, possibilitando encontros onde consigam se expressar, mostrar suas habilidades e tendo o sentimento de utilidade. Contando com apoio dos órgãos públicos que tratam da situação de rua, pois seria complexo acolher todas as pessoas que estão nessa situação em Florianópolis no mesmo prédio, necessitam de outros equipamentos que ajudem, mas a edificação serviria de referência para o acolhimento.

Gestar o Bem Social - A Mãe e a Criança como Protagonistas na Arquitetura

Nessa compilação estudei a fundo teoricamente a mudança de vida que ter um filho traz a vida de uma mulher. A maternidade não é fácil, a pintura que temos da mãe super heroína que deve se submeter a qualquer coisa com um sorriso no rosto é antiquada e distorcida. Ser difícil é diferente de ser ruim, e nessa análise tento aproximar um pouco de quem não conhece, as dificuldades que a maternidade traz a vida de uma mulher.

Junto de uma mãe, em algum momento, haverá uma criança. E apesar da maternidade ser um caminho difícil, ser capaz de formar um ser humano pleno é uma dádiva. Uma criança precisa de afeto, atenção e carinho para atingir sua máxima capacidade de desenvolvimento. Uma criança desenvolvida plenamente se tornará um adulto pleno, que vai retornar de alguma forma, mesmo que inconsciente, a dedicação que alguém teve com ele na infância.

O anteprojeto que nasce dessa compilação teórica, portanto, é uma edificação que acolhe as mães e proporciona um ambiente físico e emocionalmente saudável para o desenvolvimento pleno das crianças.

 

Moinho Joinville - memória, arte e lazer

A proposta arquitetônica e urbanística tem por objeto oferecer à discussão a possibilidade de produção de um espaço voltado à cultura, lazer e bem-estar na cidade de Jonville, suportada por três pilares: a memória, o espaço público e a dança.

2018-1

Novos Começos: Integração dos Novos Imigrantes na Cidade de Criciúma/SC

Até o final de 2016, segundo o CONARE, o Brasil reconheceu um total de 9.552 refugiados de 82 nacionalidades. Especificamente na cidade de Criciúma, região Sul do estado de Santa Catarina, no ano de 2014 segundo a Secretaria de Assistência Social, entraram no município cerca de 3.000 pessoas advindas principalmente do Haiti, Gana e Senegal.

O tema das migrações não é conhecido nem abordado nas disciplinas de Arquitetura e Urbanismo, mas o arquiteto pode entrar em diversas questões de importância social com o  seu conhecimento específico da arquitetura, que é traduzir em forma e logo organizar em forma de proposta a esse problema.

Uma das perguntas que este trabalho pretende abordar é como a diversidade é reconhecida, respeitada e acomodada pelo ambiente construído. A cidade de Criciúma, escolhida para estudo, é o ambiente urbano onde essas diferentes culturas já entraram em choque e como essa tensão entre culturas distintas pode ser amenizada por meio de um espaço que contribua na integração dos novos imigrantes e da população local.

Neste trabalho considera-se pertinente repensar o processo projetual e o papel do arquiteto como gerador de mudança, envolvendo-se em temas de abordagem multidisciplinares que transbordam os limites da arquitetura, e o arquiteto como agente facilitador de processos que tendem a levar a um objetivo maior: o bem estar e a qualidade de vida das populaçoes.

A proposta do projeto visa conceber uma arquitetura que ofereça desde o  acolhimento temporário, segurança e o atendimento das necessidades básicas dos imigrantes e refugiados enquanto aguarda  a retirada de documentos, a procura por um emprego e moradia. Além de um espaço onde possam expressar a sua identidade, proporcionar o acesso ao reconhecimento profissional e ao sistema educacional, expor a diversidade cultural promovendo atividades de apoio e culturais.

O local para a implantação deste trabalho é o Bairro da Próspera, na porção leste do município de Criciúma/SC, tem sua história vinculada diretamente à exploração do carvão. Essa atividade econômica deixou marcas na paisagem urbana  através do abandono de suas instalações e da degradação do meio ambiente, atualmente esses terrenos subutilizados constituem os chamados vazios urbanos industriais.    

Através de uma requalificação da área, poderia ser reinserida no contexto urbano com o uso voltado ao acolhimento e integração de imigrantes. E assim, reincorporar este espaço à produtividade da cidade, resgatando a memória e identidade do lugar, contribuindo para melhoria do ambiente urbano, do cumprimento da função social da propriedade e da qualidade de vida do cidadão.

 
 

O Espaço Entre: Uma proposta de incentivo ao convívio intergeracional

O presente trabalho tem como cunho a relação da arquitetura com o fator geracional, questionando a tendência atual de se projetar espaços exclusivos para cada faixa etária. Aliado a este cenário segregativo, temos a questão da alteração dos indicadores sociais, os quais apontam um crescimento vertiginoso da população idosa. Considerando que há um alto índice de sintomas depressivos perante este grupo devido a um rareamento dos contatos sociais e a um esvaziamento de papeis, deparamo-nos com a necessidade de criação de estratégias para amparo e inserção social a esta faixa etária.

Após estudos referentes as particularidades de cada grupo geracional, propõe-se realizar a integração entre as fases extremas – a infância e a velhice – através de um projeto que incentive o convívio e a co-educação entre as mesmas.

O local escolhido para o projeto localiza-se no bairro da Coloninha, onde propõe-se a reestruturação de equipamentos existentes na quadra de intervenção (Creche Professora Maria Barreiros e Centro Social Urbano da Coloninha) e a instauração de uma habitação para idosos a fim de oferecer suporte ao envelhecimento.

2017-2

Casa de Acolhimento LGBT

Preconceitos e violências estruturais marcam o cotidiano da população LGBT. Em muitas cidades ao redor do globo, vivem em situação de marginalidade e invisibilidade. Possuem seus direitos tolhidos, sendo por vezes excluídos da vida pública se optam por expor sua sexualidade e afetividade. São constantemente colocados à margem de uma sociedade por pressões sociais, ou então criam espaços específicos para convivência, gerando microcosmos dentro da urbe. Ao longo de meus estudos descrevi e contextualizei a situação brasileira e florianopolitana dessas pessoas, às quais nossa sociedade nega condições de vida e de tratamento humanas. A Casa de Acolhimento surge aqui como a possibilidade de dar estrutura básica para estas pessoas terem uma vida plena, saudável, integrada e até mesmo criarem laços afetivos que fortaleçam seu movimento de resistência. O projeto localiza-se em um lote de esquina ao lado da Casa da Divina Providência, no bairro Trindade. A Casa traz em seu programa uma gama de atividades que visam tanto capacitar seus acolhidos, como integrá-los com o restante da cidade funcionando como um grande equipamento de uso comunitário. Além disso, cria espaços e costuras urbanas a nível peatonal, também demarcando a presença da população LGBT na cidade através da expressividade da composição arquitetônica. 

Palavras-chave: Casa; Acolhimento; LGBT; Gênero;

2017-1

Casa de Acolhimento ao Migrante

A migração e o refúgio são assuntos recorrentes na mídia e nas cidades. Segundo a ONU, até o final de 2016, 65,6 milhões de pessoas se viram forçadas a deixar seus locais de origem por diferentes tipos de conflito (Relatório ACNUR, 2016). O migrante quando chega ao novo lugar precisa de um tempo de luto, para superar todas as suas perdas, compreender os choques culturais, que muitas vezes abalam a sua identidade, além da necessidade de se conectar e entender a dinâmica da nova cidade. Buscando atender todas as necessidades desse público, o projeto proposto visa conceber uma Casa de Acolhimento, com o objetivo de ser um espaço de acolhida e recepção para esses migrantes e refugiados, proporcionando-lhes uma primeira morada, ainda que temporária. O local escolhido foi o centro da cidade – a região da Pedreira – que conta com diversas facilidades e recursos necessários para a instalação dos migrantes, bem como atividades complementares - Terminais de transporte, instituições ligadas a este público específico e instituições de ensino, por exemplo. Da mesma forma, a Casa pretende contribuir com a região, que carece de vida noturna permanente, como o caso da moradia; ou seja, visa usufruir da estrutura que a cidade lhe oferece, mas também gerar nova dinâmica àquela área. Nesse sentido, a proposta insere-se num terreno entre as Ruas Hercílio Luz e General Bittencourt, criando uma rua interna (galeria) com comercio e serviços, convidando a cidade a adentrar aquele espaço. O projeto estabelece claras hierarquias espaciais: o térreo se destina ao publico em geral, com comercio e serviços, feiras e uma ampla “sala de estar” urbana, ao mesmo tempo em que provê espaços de uso mais específicos para os migrantes, como as salas de atendimento psicológico e assistência social, que se voltam para um pátio interno que atua como um “filtro” do público para o semi-público. No terraço estão dispostos os espaços coletivos de uso específico para os migrantes, como refeitório, horta e espaço para crianças. Por fim, no terceiro e quarto pavimentos localizam-se os espaços privativos dos migrantes, os dormitórios femininos e familiares, e masculinos, respectivamente.

Projeto de Vida - Nova forma dos idosos viverem a cidade

A partir da constatação de que a população Brasileira vem apresentando um processo de envelhecimento progressivo (IBGE, 2013) questiono se a infraestrutura e conformação das cidades estão preparadas para receber indivíduos com mais de 60 anos. Dessa forma, ao buscar uma alternativa ao modo como os idosos se relacionam com o meio urbano, é proposto um complexo de convivência e habitação social para idosos independentes a fim de valorizar essa faixa etária e, ao mesmo tempo, estimular sua integração com a sociedade.

2016-2

Habitação Coletiva: Condomínio para Idosos Independentes em Criciúma

Ponto incentivador de cultura - Proposta de integração entre a escola e a cidade

Este trabalho se oferece como uma contribuição para o florescimento cultural de São José. Não se trata de um equipamento de cultura isolado, mas disposto a se inserir no cotidiano do município e se conectar a outras instituições suas. A proposta é despertar os habitantes locais para a valorização da vida artística e um maior engajamento com atividades cultuais. Entende-se que a cultura não se faz separadamente em um edifício intitulado Centro Cultural, e sim que resulta de costumes, modo de vida, convivência e distintas realidades da população. Se aqui se optou pelo projeto de edificação desse centro, é porque nele se vê uma contribuição relevante para o fomento da cultura josefende. 
 
O que se propõe? Que oficinas, dinâmicas e atividades culturais realizadas com os alunos de ensino integral, assim como cursos livres abertos à comunidade e demais ações, que nada disso ficasse restrito aos limites do terreno de 4.500 m² usado para o edifício. A intenção é que essa realidade cultural flua para o território de São José, marcando o caminho diário percorrido pelos alunos das escolas vinculadas ao projeto com intervenções, esculturas e pinturas localizadas em pontos estratégicos, tornando o espaço da cidade mais acolhedor e estimulante. Já a edificação cultural em si se pretende um local de encontro combinado ou ocasional, um lugar de se consumir e se produzir arte, um espaço de conectar as pessoas porque são elas, evidentemente, que configuram as cidades. 

Espaços assim são necessários para compor os bairros, junto com residências, comércios e serviços. São eles que tornam um bairro realmente agradável e de convivência comunitária. Desde de o inicio, a intenção foi buscar um desenho que se configurasse como um destes “terceiros lugares”, portanto a ambição era propor um espaço que facilitasse o encontro dos moradores e estimulasse a vida comunitária, gerando cultura e impulsionando a diversidade.
 
O caderno de TCC2, por se encontrar com tamanho um pouco superior ao permitido para upload no site, pode ser acessado no link abaixo: