Trabalhos de Conclusão de Curso

Nos �ltimos anos, diversos grupos familiares migraram dos n�veis de menor gravidade de inseguran�a alimentar para os de maior gravidade no Brasil, indicando um ritmo progressivo de empobrecimento nos lares brasileiros (POF-IBGE, 2018). E com o cont�nuo desmonte de pol�ticas p�blicas e a crise econ�mica, al�m do aumento das desigualdades sociais impulsionadas pelo efeito da pandemia da Covid-19, atualmente 33,1 milh�es de brasileiros n�o possuem o que comer em casa (II VIGISAN, 2022). Nesse sentido, a produ��o de alimentos por uma agricultura familiar e urbana, baseadas nos princ�pios do planejamento urbano permacultural e de uma rede agroecol�gica de abastecimento alimentar, mostra-se como uma alternativa de aproxima��o da rela��o campo e cidade, do pequeno produtor e dos consumidores, contribuindo para uma soberania alimentar e no enfrentamento da grave crise social que o pa�s vive. Assim, a partir de um diagn�stico de planejamento urbano permacultural da �rea de estudo, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um Centro Agroecol�gico Urbano para promo��o da seguran�a alimentar e qualidade de vida na cidade de Florian�polis - SC.

Conhecida também como a Planície Entremares, devido a sua localização entre os mares calmos da Baía Sul e os mares agitados do Oceano Atlântico, a Planície está conectada diretamente ao mar. De balneário isolado a destino turístico, a Planície do Campeche ganhou novos moradores e novas configurações.

Até a década de 1960/1970, a Planície do Campeche era pouco conhecida, sendo vista por aqueles que a conhecia como um local de tranquilidade e que carregava fortemente a cultura açoriana. A pesca e agricultura, heranças da colonização, estavam presentes no cotidiano das famílias que moravam na região.

De cima das dunas, os conhecidos “olheiros” da pesca da tainha tinham a função de avistar e avisar aqueles que estavam próximos ao mar a direção que a canoa deveria ser lançada ao mar. Com a chegada do inverno e as baixas temperatura a praia torna ponto de encontro de muitos nativos e atraindo alguns turistas em busca do espetáculo da pesca. Entretanto, no verão, a praia torna-se ponto de encontro de muitos turistas em busca de belas paisagens e diversão, o número muitas vezes chega a dobrar.  

A Planície do Campeche vem sofrendo ao longo dos anos mudanças bruscas na sua configuração. A especulação imobiliária, a pressão urbana de ocupação em locais de preservação, as mudanças climáticas que têm se intensificando gradativamente são fatores que agravam a situação.

Com o adensamento da região central de Florianópolis e o aumento dos transtornos causados por essas ocupações, muitos optaram por ocupar as áreas interioranas, primeiramente como destino de finais de semana, as famosas casas de veraneio, e posteriormente como residências fixas.

Encantados com as belezas e paisagens da região, essas novas residências tiveram como destino a Orla da Praia do Campeche. Sérios problemas vêm surgindo devido à ocupação indevida dessas áreas. Problemas de erosão praial, privatização da orla e a redução da faixa de areia podem ser vistos na região.

O presente trabalho tem por objetivo lançar uma reflexão, bem como diretrizes de ocupação que possibilitem uma relação mais harmônica, ou menos conflituosa, entre a urbanização e as dinâmicas naturais da Orla Leste da Planície do Campeche.

Palavra-chave:  Orla, Campeche, Urbanização.

Os ambientes laborais constru�dos, em especial os corporativos, evolu�ram ao longo das d�cadasa a reflexo das organiza��es sociais e divis�es do trabalho, perdurando e transmutando-se at� os dias atuais. A din�mica urbana acelerada, juntamente �s demandas das atividades desenvolvidas nos escrit�rios, consome grande parte do tempo e dos esfor�os f�sicos e psicol�gicos, desencadeando respostas de estresse e fadiga. Em resposta a estas situa��es, encontra-se no campo interdisciplinar da Psicologia Ambiental, entre os estudos pessoa-ambiente, o conceito de “ambientes restauradores". S�o locais que permitem e/ou promovem a recupera��o dos estados psicofisiol�gicos do organismo humano, suscitando cogni��es e afetos positivamente entonados. Sob este vi�s, pretende-se abordar o conceito de ambientes restauradores na perspectiva dos ambientes corporativos, a fim de compreender e estabelecer rela��es entre as caracter�sticas f�sicas do espa�o constru�do e a sua capacidade de promo��o de bem-estar. A aproxima��o das duas �reas, Arquitetura Corporativa e Psicologia Ambiental, prov�m de experi�ncias do autor durante o curso de gradua��o; a primeira, em atividades de est�gio e, a segunda, em projeto de extens�o. O presente estudo � dividido em tr�s distintos momentos, sendo eles: a) referencial te�rico; b) pesquisa de campo e c) propostas esquem�ticas. A se��o referencial te�rico traz, a partir de uma revis�o bibliogr�fica narrativa, conceitos pertinentes � ambas as tem�ticas. A pesquisa de campo adotou perfil descritivo, com delineamento de m�todos mistos e investiga��o qualitativa e quantitativa. Ao todo, participaram 66 trabalhadores de escrit�rios, divididos em duas empresas de Florian�polis. A pesquisa foi realizada de acordo com a metodologia e aspectos �ticos aprovados em submiss�o de projeto ao Comit� de �tica em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CEPSH/UFSC). O tratamento e an�lise dos dados envolveu an�lise estat�stica descritiva e an�lise de conte�do tem�tico-categorial. A terceira se��o traz a apresenta��o, discuss�o e representa��o esquem�tica de propostas espaciais e diretrizes projetuais referente a ambientes de escrit�rios.�

Palavras-chave: arquitetura corporativa; psicologia ambiental; ambientes restauradores; ambientes de escrit�rios; bem-estar.

Pesquisas na �rea de Psicologia Ambiental geraram resultados consistentes ao longo dos anos, comprovando que o contato com a natureza � essencial na recupera��o da fadiga mental e dos malef�cios gerados pelo estresse cr�nico nos seres humanos. No entanto, diversos fatores da vida contempor�nea impedem que grande parte da popula��o possa ter acesso aos ambientes naturais adequados, com a regularidade ideal. Nesse sentido, a tecnologia pode ser uma aliada na manuten��o da sa�de mental.� A exposi��o a simula��es de natureza (atrav�s de imagens, v�deos, sons e similares) t�m demonstrado efeitos positivos na recupera��o da capacidade de aten��o plena, diminui��o nos n�veis de estresse e no tratamento de ansiedade, depress�o e at� mesmo dores agudas e cr�nicas em pacientes hospitalares. Tamb�m observa-se que fatores como realismo, imers�o, qualidade gr�fica e inclusive as esp�cies de vegeta��o presentes, influenciam diretamente no potencial restaurador das simula��es, indicando que � necess�rio um projeto cuidadoso do ambiente, a fim de obter uma restaura��o mais eficaz. Assim, esta pesquisa busca analisar se � poss�vel obter benef�cios restauradores, em profissionais e estudantes de diferentes �reas, atrav�s da imers�o por �culos de realidade virtual em um ambiente tridimensional interativo, projetado de acordo com os par�metros estabelecidos pela psicologia ambiental aplicada � arquitetura, urbanismo e paisagismo.

A lei federal 11.888 (Lei de ATHIS), decretada em 2008, tem como objetivo assegurar, �s fam�lias de baixa renda, assist�ncia t�cnica p�blica e gratuita para projeto de habita��es de interesse social, com regulamenta��o de fundos que garantam constru��es de qualidade para estas popula��es (Brasil, 2008). No entanto, o acesso ao direito � moradia digna ainda est� muito distante de grande parte da popula��o brasileira. O objetivo deste trabalho � registrar os estudos realizados para a produ��o do v�deo-document�rio “Arquitetos da Comunidade - Um Estudo sobre Assessoria T�cnica de Habita��o de Interesse Social e o Poder P�blico”. Para o desenvolvimento deste material audiovisual foram analisadas as demandas da Comunidade do Mocot�, em Florian�polis, os projetos desenvolvidos pela CODHAB/DF na Comunidade Sol Nascente, no Distrito Federal entre 2015-2018, e a cria��o de um sistema nacional de assessoria t�cnica em habita��o “Arquitectos de La Comunidad”, em Cuba, no per�odo entre 1994 e 2010. Nesse sentido, esta pesquisa tem o intuito de ampliar e difundir o debate sobre o papel arquiteto e os arranjos do poder p�blico dentro das possibilidades da lei ATHIS: tanto em rela��o aos obst�culos, quanto ao potencial de uma atua��o pr�xima �s comunidades de baixa renda no horizonte da constru��o de cidades justas e democr�ticas

O trabalho se prop�e a apresentar uma arquitetura que permita uma reflex�o a respeito da incompatibilidade dos padr�es tradicionais de ensino e as novas demandas da educa��o por meio de um projeto arquitet�nico para a cidade de Florian�polis, no distrito do Ingleses do Rio Vermelho, no norte da Ilha.

Em uma cidade que continua a crescer e se desenvolver, os distritos localizados na por��o norte da cidade foram submetidos a intensos processos de urbaniza��o e crescimento populacional, conjunto de transforma��es que surge em diversas localidades como um potencializador do caos social observado pelos moradores, com o crescimento da viol�ncia, com o enfraquecimento da sociabilidade, do car�ter comunit�rio e da consci�ncia de mem�ria coletiva.

Compreendendo que o espa�o e a educa��o podem ser no processo de desenvolvimento dessas possibilidades e tamb�m de valoriza��o da identidade, o projeto se constr�i a partir da crescente demanda por vagas na educa��o prim�ria na regi�o tendo em mente as dificuldades dos estudantes no atual contexto da educa��o brasileira, estruturada de maneira impeditiva ao desejo de transformar a realidade em que se vive.

A motiva��o para a realiza��o deste trabalho nasce na minha inf�ncia e se prolonga at� o final da minha adolesc�ncia, per�odo em que vivi em Imbituba. Entendo que nascer e crescer em uma cidade cercada pela natureza e por diversas praias faz com que certos valores da vida sejam vistos de forma mais leve e desacelerada. Imbituba abriga muitas pessoas que costumavam veranear na cidade e que, atualmente, estando aposentadas, instalaram-se de vez na cidade por prezarem pela tranquilidade. A� surgem os meus primeiros questionamentos: at� que ponto a natureza e o ar livre devem fazer todo papel do bem-estar e das atividades recreativas, de lazer ou culturais dos cidad�os de uma cidade? Ser� que s� isso supre seus anseios nesses quesitos? Portanto, este trabalho busca propor espa�os com infraestrutura adequada para promover o desenvolvimento cultural, encontros e trocas e uma maior diversidade de experi�ncias na cidade: acender o desejo de conhecer a cidade, ampliar o teatro, trazer de volta a cultura do cinema e oferecer um espa�o p�blico e adequado para grandes reuni�es e suplementar a educa��o.

Em mais de 40 anos ap�s inaugurado, no ano de 2022 iniciou-se o desenvolvimento do Plano Diretor do Hospital Universit�rio da Universidade Federal de Santa Catarina. Este plano objetiva tra�ar diretrizes arquitet�nicas e urbanas a fim de reestruturar espacialmente o HU consoante as demandas de amplia��es espaciais, inova��es m�dicas e tecnol�gicas. Durante o planejamento, conforme solicitado pela dire��o do hospital, surge a necessidade de projetar um novo edif�cio ambulatorial em frente ao atual. Para al�m disso, no terreno adjacente de dom�nio da Universidade, recebeu-se est�mulo de repensar e reorganizar as edifica��es existentes, conforme estimulado pelo Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia da UFSC (DPAE). A partir da combina��o dessas solicita��es, desenvolveu-se estudos com intuito de compreender a abrang�ncia territorial, a hist�ria e inser��o urbana do HU, o entorno imediato, como tamb�m as demandas do ambulat�rio, al�m de conceitos inerentes � tem�tica, como a humaniza��o e a psicologia ambiental.

Desse modo, elaborou-se o estudo preliminar arquitet�nico do ‘Centro Ambulatorial e de Acolhimento do HU-UFSC’ focado no bem-estar dos usu�rios e integrado ao contexto urbano. Espera-se que a proposta venha a ampliar a oferta de consultas ambulatoriais p�blicas a n�vel Estadual, como tamb�m acolher os pacientes, familiares e visitantes, sobretudo aqueles vindos de outros munic�pios que passam dia(s) inteiro(s) no hospital.

Nas �ltimas d�cadas, identifica-se um grande aumento nos fluxos migrat�rios em todo o mundo. Por in�meros motivos, muitas pessoas precisam deixar seu pa�s de origem em busca de prote��o e de melhores condi��es de vida, fugindo de guerras, dos desastres naturais, das epidemias, de persegui��es pol�ticas, religiosas e culturais e/ou de graves e generalizadas viola��es dos direitos humanos. Mesmo com a exist�ncia de diversos instrumentos voltados para a garantia dos direitos b�sicos dos refugiados e imigrantes, essas pessoas passam por muitas dificuldades ao chegarem em um pa�s desconhecido. Os principais obst�culos est�o relacionados ao acesso � educa��o, � sa�de e ao trabalho. Assim, considera-se necess�ria a implementa��o de pol�ticas que possibilitem a integra��o dos refugiados e imigrantes na sociedade e na economia dos pa�ses de acolhimento, facilitando seu ingresso e perman�ncia no mercado de trabalho e o acesso � educa��o, sa�de e � moradia digna.

Este trabalho tem como objetivo a constru��o de um espa�o p�blico e de qualidade que preserve a mem�ria e identidade local da comunidade de Nova Trentina, bem como proporcionar de maneira din�mica a constru��o de novas imagens e hist�rias.

O Projeto Amanhecer (PA) � uma proposta da �rea da sa�de, que contempla as Pr�ticas Integrativas Complementares (PICS), terapias que auxiliam na redu��o dos sintomas ou prevenir agravos de desgastes mentais e/ou f�sicos. Funcionou desde 1996 em instala��es cedidas pelo Hospital Universit�rio (HU). Dadas as demandas e contexto pand�mico, o Projeto Amanhecer desvinculou-se do hospital, e consequentemente viu-se sem um espa�o pr�prio, ainda que a procura por seus servi�os tenha se mantido. Dessa forma,identificou-se a oportunidade de projeto dada pela necessidade de um local pr�prio para a realiza��o das atividades que trazem grandes benef�cios para a comundidade acad�mica e externa. Al�m disso, prop�s-se a elabora��o de um passeio, com a fun��o de conectar essa nova edifica��o ao seu entorno, com o intuito de criar espa�os de deslocamento mais adequados e �reas de descanso e lazer. Dessa forma, pode-se aliar a sa�ude f�sica, mental e espiritual � necessidade de edifica��es saud�veis que propiciem esse equil�brio entre o ambiente constru�do e a natureza, oferecendo para as pessoas um ref�gio para os males e rotinas do dia-a-dia.

Em 2021, a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) caracterizou a
condi��o p�s-COVID19 como doen�a, cuja defini��o cl�nica afirma a
continuidade dos sintomas por pelo menos 2 meses depois da fase
de infec��o do v�rus e ressalta que os sintomas mais comuns s�o
fadiga, falta de ar e disfun��o cognitiva, podendo apresentar outros
(WORLD HEALTH ORGANIZATION et al, 2021).
Desse modo, por meio de revis�o bibliogr�fica, atestou-se uma s�rie
de poss�veis sequelas da COVID-19, que incluem demandas f�sicas,
cardiol�gicas, respirat�rias, neurol�gicas, psicol�gicas, entre outras,
que requerem tratamento multidisciplinar.
A partir disso, foi elaborado um programa de necessidades, uma
equipe t�cnica e um projeto arquitet�nico de um Centro de Trata-
mento e Reabilita��o Especializado no P�s-Covid.

O trabalho trata-se de uma an�lise do meio urbano de Florian�polis e sua arquitetura - ou aus�ncia dela - como objeto de fomenta��o cultural e de transforma��o social. Partindo da discuss�o acerca do que �cultura e a import�ncia do pertencimento � cidade como quest�o social, assim como por meio da observa��o das ofertas de espa�os de ensino art�stico de Florian�polis e suas principais quest�es demogr�ficas/censit�rias, apresenta-se a proposta de diretrizes para o desenvolvimento de uma rede de centros educacionais/culturais e projeto arquitet�nico visando a ressignifica��o do cen�rio de incentivo art�stico em Florian�polis.

O presente trabalho pretende analisar como as TICs (Tecnologias de Informa��oo e Comunica��o) podem ser utilizadas em plataformas colaborativas para fins de transpar�ncia e participa��oo. Parte-se da narrativa de que as TICs como parte do cen�rio urbano atual, podem ser apropriadas pela sociedade e pelo Estado e oferecer novas possibilidades no campo democr�tico. A partir disso s�o apresentadas e analisadas quatro plataformas digitais - BudgIt, Decidim Barcelona, Data_labe e Querido Di�rio - voltadas para particip��o, transpar�ncia e monitoramento cidad�o. Os resultados demonstram que todas as plataformas avan�am no sentido de criar novos canais de intera��o entre os diversos atores sociais, e a partir das an�lises, prop�e-se um prot�tipo para observat�rio de dados gerido pela Universidade por meio de pr�ticas colaborativas.

Este trabalho se prop�e a analisar e apresentar uma solu��o para car�ncias que a Universidade de Blumenau (FURB) e o SENAI possuem enquanto institui��es de ensino, costurando no mesmo programa as necessidades acad�micas, socioecon�micas e urbanas. A proposta parte inicialmente da dificuldade de conex�o vi�ria dos estudantes com o sistema urbano local e na falta de acesso direto aos eixos estruturantes da cidade, principalmente ao tratar-se de uma regi�o central de acesso facilitado sob a perspectiva do transporte privado. Com o desenvolvimento da an�lise, o foco da pesquisa se concentra em apontar solu��es para a implanta��o do projeto no contexto inserido - uma �rea comercialmente ativa, com grande fluxo de pessoas e ve�culos, conectada � universidade e pr�xima ao eixo urbano que abastece radialmente os bairros perif�ricos. O terreno escolhido para desenvolver o estudo continua atuando como um im�vel ocioso em meio �s necessidades que a universidade experiencia. E ao concentrar toda essa demanda na �rea delimitada, surge a inevitabilidade de verticaliza��o e separa��o entre dois blocos para cumprirem fun��es diferentes, pensado de forma a respeitar o entorno sem apenas reproduzir um modelo construtivo culturalmente t�pico no pa�s. O equipamento proposto abra�a a cidade e efetiva o sentido urbano do edif�cio, oferecendo um uso misto com grande amplitude de fun��es e frui��o p�blica - um complexo de suporte � universidade que n�o nega a intera��o entre o ensino, a popula��o e os ambientes edificados.

O entorno da Lagoa da Concei��o possui como caracter�stica os ambientes naturais conectados � praticidade da infraestrutura urbana. A regi�o possui atmosferas �nicas que caracterizam cada comunidade do entorno da Lagoa da Concei��o e possui ampla diversidade em suas rela��es paisag�sticas, ambientais, econ�micas e socioculturais. Dentro dessa regi�o, tem-se uma s�rie de bens variadamente valorados e o trabalho buscou fazer uma an�lise de pontos que est�o presentes de maneira mais intensa na mem�ria e no dia a dia dos moradores e visitantes da regi�o. O estudo teve como objetivo analisar por meio de relatos com residentes locais atuais e antigos, experi�ncias pessoais e observa��es in loco sobre as transforma��es e condi��es dos diferentes sistemas da regi�o, com objetivo de organiz�-los e realizar propostas projetuais que impactem de maneira positiva e equilibrada no futuro desenvolvimento da regi�o.

A Constitui��o Federal de 1988 assegura que � direito de todos o acesso ao ensino p�blico gratuito e de qualidade. Apesar disso, at� hoje o acesso � educa��o � um princ�pio desrespeitado desde a primeira etapa escolar, a creche. Entendendo a educa��o como ferramenta que gera cidadania, muda destinos cru�is e diminui o enorme abismo social que existe no pa�s, o objetivo deste trabalho � formular a proposta de um projeto arquitet�nico de uma creche localizada em uma �rea de pobreza na regi�o central de Florian�polis – o Morro do Quilombo. Soma-se a isso a inten��o de que o projeto arquitet�nico atue como um elemento pedag�gico desempenhando o papel de terceiro educador, de acordo com o preceito da filosofia de Reggio Emilia.

Este trabalho � fruto da vontade de ampliar os conhecimentos acerca da constru��o com terra crua, de compreender quais as caracter�sticas desse tipo de constru��o auxiliam na melhoria da qualidade de vida de seus usu�rios e, al�m disso, de aplicar tais conhecimentos a um determinado contexto.�
A partir do estudo de comunidades que utilizaram da terra crua na constru��o de suas resid�ncias, sendo uma delas pertencente ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), percebeu-se o enorme potencial que a t�cnica de constru��o com blocos de terra comprimida (BTC) apresenta para a autonomia na produ��o de moradias, para a melhoria da qualidade das habita��es e para a gera��o de renda dentro dos assentamentos rurais.�
Nesse trabalho, portanto, ser� explorado o uso e a fabrica��o do BTC em assentamentos rurais para constru��o de edifica��es, gera��o de renda e cria��o de um novo s�mbolo para o movimento; desenvolvidos ensaios projetuais das edifica��es presentes em assentamentos rurais e de uma f�brica de BTC, com foco no contexto da regi�o sul do pa�s; e elaborada uma cartilha did�tica sobre a constru��o com BTC, a fim de disseminar seu potencial construtivo.�

��

Sendo uma pessoa negra, vivendo no sul do Brasil, fruto de uma uni�o interracial, por�m criado apenas com a parte branca da familia, cresci com um “zumbido”, um incomodo permanentemente em plano de fundo que me lembrava que aquele n�o era o meu lugar.
Por mais que estivesse na minha fam�lia nunca me vi ali, de certa forma, essa sensa��o se expande para os arredores, n�o me vejo nas ruas, nas lojas, nos outdoors, na tv. As vezes, dependendo do hor�rio e local, me vejo nas esquinas, deitado em um papel�o estendido no ch�o �mido da cidade, pedindo por ajuda nas pra�as, vivendo amontoado em morros… Algo sempre me avisou que em alguns lugares n�o deveria estar, que minha presen�a, mesmo que passajeira n�o era bem vinda, olhos me vigiavam.

Em 2012 fiz uma viagem para Vit�ria, capital do estado do Esp�rito Santo, j� havia sa�do do meu estado natal (SC) anteriormente, por�m ainda n�o havia experienciado as sensa��es que a capital mais ao norte do Sudeste brasileiro conseguiu me causar, o zumbido se calou, senti pertencimento.
� no minimo curioso cruzar 1300km para o norte do Brasil para finalmente, me sentir pertencente a um lugar, mas eu um jovem negro nascido no litoral catarinense, estado esse com apenas 15,5% da popula��o autodeclarada negra ou parda, segundo o censo do IBGE de 2010, vi em Vit�ria, cidade com 57% da popula��o autodeclada negra ou parda, um lugar que me reconhecia. N�o acredito que esse sentimento venha apenas pelo n�mero de pessoas negras que passavam por mim nas ruas, existia algo ali, na hist�ria daquelas ruas, um sentimento, uma camada intoc�vel, algo intang�vel que me fascinava.
O que a cidade carrega consigo? Quais as mem�rias das cidades? Como elas nos afetam? Como os diversos grupos da sociedade -ra�as, g�neros, sexualidades, classes sociais- percebem e se percebem nas ruas?
Esses s�o os questionamentos que me impulsionam nesse trabalho.

Crescendo sem um planejamento urbano adequado, o bairro do Rio Tavares e seu entorno, sofrem com graves patologias urbanas, tanto em quest�es de infraestrutura como ambientais. H� um intenso jogo de interesses p�blicos e privados em torno de uma regi�o em processo de transforma��o urbana. Tais transforma��es apresentam neglig�ncia de fiscaliza��o e cumprimento das legisla��es urban�sticas.

A presente proposta para uma nova centralidade para o bairro do Rio Tavares, busca � reconex�o da rela��o entre ser humano e natureza, e como estrategia para sua realiza��o, conecta os fios da mem�ria com o compromisso com o futuro, utilizando-se paralelamente de estrat�gias de educa��o ambiental, justi�a social e mobilidade sustent�vel.

Os espa�os f�sicos laborais, em geral, n�o s�o ambientes suportivos aos trabalhadores que os utilizam. Como consequ�ncia, verificam-se os crescentes n�meros de doen�as mentais intensificadas pelo estresse no trabalho, como a ansiedade, o burnout e outras. Para amenizar este problema, uma das vertentes que estudam a rela��o pessoa-ambiente e fatores de redu��o de estresse � o estudo dos ambientes restauradores (restorative environments), presente no campo da Psicologia Ambiental. Tr�s autores, Roger Ulrich (1984) (1992) e Rachel e Stephen Kaplan (1989) embasam esse campo com duas teorias, descrevendo caracter�siticas ambientais mais favor�veis � restaura��o do estresse ou da fadiga de aten��o.
O objetivo deste trabalho, ent�o, � descrever estrat�gias projetuais de suporte a comportamentos restauradores em escrit�rios. Para tanto, a metodologia adotada foi um estudo explorat�rio com pesquisa qualitativa e quantitativa. Foram escolhidas 04 empresas locadas em Florian�polis - SC como estudos de casos, onde foram realizadas as t�cnicas de levantamento f�sico, entrevista, fotografia e observa��o direta assistem�tica do ambiente.�
Nas entrevistas, quando convidados a responder sobre como acontecia sua restaura��o dentro do ambiente laborial, foram identificados 20 comportamentos padr�es para recupera��o do estresse e da fadiga da aten��o, sendo agrupados em 10 categorias de acordo com suas similaridades. Ainda, em 08 dessas 10 categorias foi poss�vel criar estrat�gias projetuais de suporte a realiza��o desses comportamentos, com vistas � restaura��o. A fins de exemplifica��o, foram ilustrados 03 modelos de escrit�rios na tipologia mais comum de Florian�polis - SC, utilizando tais estrat�gias projetuais.

Ferramentas, esculturas e arquiteturas, assim como festividades, tradi��es e manifesta��es art�sticas representam a capacidade humana em produzir conhecimentos materiais e imateriais, provocando em cada um de n�s um sentimento de pertencimento e identifica��o com determinada comunidade.

Os atores sociais se reconhecem em um coletivo mediante semelhan�as culturais e significativas e, por meio disso, concebe-se o senso de identidade. Assim, a manifesta��o identit�ria � representada pelos patrim�nios materiais e imateriais que se formam a partir das mem�rias coletivas dos antepassados e se ressignificam diante de novos protagonistas.

O patrim�nio imaterial � a express�o do imagin�rio social criado ao longo das experi�ncias coletivas e que se fortalece com base nas viv�ncias e sentimentos envolvidos. A partir dos v�nculos afetivos s�o concretizados os significados desses bens em rela��o � comunidade, espa�o, contexto urbano e social.

A conserva��o do patrim�nio parte da rela��o que cada indiv�duo possui e � levado no �mbito coletivo, no intuito de perdurar o senso de pertencimento. Assim, por meio da responsabilidade social e consci�ncia comum, se mant�m as mem�rias livres para se moldarem diante do tempo. Colaborando na preserva��o de saberes para o futuro, o patrim�nio herdado dos ancestrais reverbera de tal forma a compor a estrutura social do grupo conforme permeia as gera��es.

Neste sentido este trabalho traz uma valiosa contribui��o dos campos de saberes da antropologia e sociologia para provocar o campo da arquitetura e urbanismo na preserva��o dos patrim�nios, com foco naqueles de aspecto imaterial.�

Prop�em-se interven��es urbanas na cidade de Florian�polis a partir do patrim�nio imaterial e que se encarrega de um desafio incomensur�vel, pois parte do questionamento inicial de como dar visibilidade � invisibilidade dos bens intang�veis, das tradi��es, dos contos e das magias criadas ao longo do tempo de culturas diversas, antigas ou recentes.�

� o saber em movimento que mobiliza esta pesquisa, impulsionada pela arte da arquitetura em resgatar a fun��o art�stica e inclusiva na cultura imaterial

O chamado louco sempre esteve presente na hist�ria humana. A concep��o de loucura como doen�a, por outro lado, s� se fez presente recentemente. O sujeito louco, independentemente de como era entendido, se um ser m�stico ou amaldi�oado pelo divino, ou at� mais recentemente o doente, sempre esteve � margem da sociedade. O car�ter segregador com os quais os cidad�os em sofrimento ps�quico eram tratados come�ou ent�o a se modificar a partir do s�culo XX, a partir da luta antimanicomial que surgiu em defesa da inclus�o social e da garantia de direitos a estes cidad�os (AMARANTE, 1995). No Brasil, os avan�os acerca das pol�ticas de desmanicomializa��o obtiveram um marco no ano de 2001, com a san��o da Lei N 10.216, referente a reforma psiqui�trica. A lei em quest�o refere-se � desativa��o gradual dos manic�mios, a garantia de um um tratamento de qualidade, humanizado, livre de abusos, inserindo e reintegrando os pacientes na sociedade (BRASIL, 2001). Apesar dos not�rios avan�os pelos quais a psiquiatria passou nas �ltimas d�cadas, ainda se faz presente um certo grau de neglig�ncia e estigma com as pessoas em sofrimento ps�quico. No Brasil, em especial nos �ltimos anos, a partir da conjuntura pol�tica conservadora que faz-se presente no pa�s, os retrocessos e tentativas de desmonte das pol�ticas antimanicomiais t�m-se intensificado. Nesse sentido, faz-se necess�rio assegurar aos neuroat�picos que no processo terap�utico haja acolhimento, seguran�a e integra��o com a sociedade (BARROS, 2019).

Esse trabalho tenta observar sob diferentes aspectos a explora��o imobili�ria na costa leste da Ilha de Santa Catarina, sua hist�ria e sua rela��o com a popula��o local e com a popula��o flutuante tur�stica. Busca investigar as nuances da rela��o do homem com a paisagem para contextualizar as transforma��es ocorridas pela venda da imagem local. Como produ��o final ser� discutida a redistribui��o dos fluxos urbanos do recorte que se estende do in�cio da Av. das Rendeiras, na Lagoa da Concei��o, ao Projeto Tamar, na Barra da Lagoa. Tamb�m � elaborado um projeto paisag�stico com foco na preserva��o ambiental, cultural e do aspecto p�blico da, j� t�o explorada, Praia Mole.��

Para contexto, faremos uma leitura geral dos elementos apropriados na produ��o do projeto, aproximando a escala de leitura para uma tentativa de compreens�o da amplitude do tema abordado e a fragilidade do ambiente em termos de preserva��o ambiental e do acesso p�blico. Como foco problem�tico, levantaremos pontos sobre os impactos ambientais da explora��o da ind�stria imobili�ria.

Em sequ�ncia ser� examinado o hist�rico de ocupa��o, comentando os mapas em compara��o ao per�odo hist�rico e regimento legal de urbaniza��o para explorarmos os problemas estruturais no planejamento da regi�o, em reflexo ao planejamento da cidade.

Para justificar os processos utilizados no projeto, passaremos atrav�s do aprofundamento da exist�ncia do tempo de �cio na sociedade capitalista atual e subsequentes aspectos da sociedade p�s-moderna, no uso e conforma��o de espa�os simb�licos. Ser�o exemplificados estudos acerca de altera��o de uso na manuten��o do aspecto p�blico e comercial das localidades e da incorpora��o de leituras de car�ter p�s-moderno na forma��o de espa�os apropriados pela popula��o.

Com base nos par�metros de preserva��o e acesso, a proposi��o espacial surge na integra��o de parte dos estacionamentos a um circuito p�blico alinhado aos usos coletados em entrevistas e criticados a partir de manuais e da investiga��o te�rica. �

A democratiza��o do ensino p�blico n�o est� relacionada apenas ao direito de frequentar a universidade, mas � perman�ncia do estudante. A qualidade de vida � uma das frentes que rege o desempenho acad�mico e, por consequ�ncia, o desempenho na vida profissional. Educa��o e moradia s�o necessidades b�sicas do ser humano, cujo acesso � garantido pela Constitui��o e, portanto, configuram direitos, n�o privil�gios. Nesse trabalho, a moradia estudantil � pauta de um debate que vai al�m do desenho arquitet�nico, envolve uma discuss�o de cidade que visa conciliar as necessidades dos moradores com as da comunidade e criar um espa�o que seja capaz de oferecer � sociedade o que a cidade ainda n�o foi capaz.

A inten��o dessa proposta n�o � resolver o problema da moradia estudantil na cidade de Florian�polis por meio de um �nico edif�cio, mas t�-lo como recurso para fomentar um debate: que ideia de cidade est� sendo constru�da diante das condi��es de vida �s quais os estudantes est�o sendo submetidos? Qual est� sendo o papel da universidade na constru��o do estudante para al�m da vida acad�mica e que tipos de viv�ncias e conviv�ncias est�o sendo inibidas pelas condi��es atuais de moradia?

O objetivo deste trabalho � desenvolver um anteprojeto arquitet�nico de edifica��o vertical de uso misto, localizada em �rea central da cidade. Procura refletir sobre a possibilidade de conceber uma moradia estudantil de alta densidade,� que contribua para enriquecer a din�mica de m�ltiplos usos da cidade, bem como enrique�a o processo de forma��o cidad� dos estudantes.�

A Moradia Independente, � um dos modelos de moradia para pessoas com defici�ncia, onde por meio de um suporte estabelecido, a pessoa com qualquer tipo de defici�ncia possui a op��o de morar sozinha e exercer sua autonomia. No entanto, embora j� implantado h� anos no exterior, no Brasil este modelo � recente, e s� existe uma Moradia Independente, que foi iniciada em 2021. Neste modelo de moradia, a arquitetura desempenha um papel fundamental, proporcionando espa�os que auxiliam no desenvolvimento da vida aut�noma. Assim, o presente trabalho consiste na elabora��o de um projeto arquitet�nico para uma Moradia Independente no munic�pio de S�o Jos� – SC, contribuindo para a autonomia e qualidade de vida das pessoas com defici�ncia.

Desenvolvido no ano em que se comemora o centen�rio da imigra��o alem� no distrito de Nova Teut�nia, este trabalho diz respeito � elabora��o de um museu e borbolet�rio como forma de resgate e de valoriza��o da mem�ria de Fritz Plaumann - imigrante alem�o, entom�logo e que encontrou no munic�pio de Seara/SC seu novo lar. Al�m disso, levando em considera��o a inexist�ncia de um espa�o de lazer p�blico e de qualidade no munic�pio, tem como objetivo proporcionar um espa�o p�blico que permita e promova a viv�ncia em comunidade, o estar em meio � natureza e o lazer cultural. Para tal, foi analisada inicialmente a estrutura f�sica do atual museu Fritz Plaumann e sua rela��o tanto com o distrito quanto com a esfera da representatividade no panorama regional. Constatou-se, ent�o, um certo distanciamento entre a hist�ria pessoal do entom�logo, seu legado (a maior cole��o entomol�gica da Am�rica Latina e a quinta maior do mundo) e a popula��o, por vezes caindo no esquecimento. � neste ponto que a proposta deste trabalho se desenvolve, como uma tentativa de alterar este cen�rio e unir cultura e lazer. A partir da observa��o da inefici�ncia f�sica do atual museu, a elabora��o projetual toma corpo com a proposta pela constru��o de um novo museu associado a um borbolet�rio de forma que ambos dialoguem com as pr�-exist�ncias hist�ricas, com as massas vegetais existentes preservadas e com as belas paisagens proporcionadas pela topografia acidentada do distrito.

Criado em 1977, o curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina tem sua hist�ria marcada pela rela��o com os espa�os em que ocorre, tanto dentro como fora da universidade. Em uma �poca de intensos protestos em meio � ditadura militar, o curso come�a suas atividades nos moldes de ciclo b�sico - como sugerido pela Reforma Universit�ria de 1968, sendo as aulas ministradas no CTC junto ao antigo Galp�o do departamento de Engenharia Civil e atual pr�dio do CCE. Em 1994 ocorre o primeiro momento de transforma��o desta rela��o com o espa�o, quando o departamento � instalado no terreno em que se localiza atualmente, encontrando na configura��o espacial (possibilitada pela reutiliza��o de pain�is pr� moldados de madeira, doados pela Eletrosul) uma identidade enquanto escola de arquitetura: um local onde, junto � for�a de um novo curr�culo que buscava superar o ciclo b�sico, os estudantes pudessem se perceber como colegas e futuros profissionais. J� em 2003, � iniciado um processo de constru��o que duraria seis anos, durante os quais configura��es diversas caracterizaram a coexist�ncia do novo pr�dio, projeto fruto de um concurso interno, com as instala��es anteriores. Por fim, nos �ltimos sete anos essa rela��o de coexist�ncia sofreu altera��es que, apesar de demonstrarem a intensa resili�ncia dos estudantes na busca por espa�os aut�nomos de conv�vio, tamb�m afastaram os usos informais do espa�o, bem como a hist�ria do curso, tang�vel no terreno em que se encontra, do dia a dia da comunidade acad�mica. Frente � quinta d�cada de exist�ncia do curso e �s presentes e futuras demandas da universidade brasileira, este trabalho busca resgatar e guardar esta hist�ria para, aprendendo com seus erros e acertos, propor poss�veis amplia��es da escola.

O caderno em alta resolu��o pode ser acessado em http://l1nk.dev/cadernoTCCLela.

A era digital, tamb�m conhecida como era da informa��o, est� marcada pela presen�a de dispositivos eletr�nicos em praticamente todas as atividades di�rias, que condicionam muitos dos movimentos dos usu�rios, que se deslocam diariamente entre intera��es com o mundo offline e online. O estilo de vida de grande parte da popula��o tem se transformado, e os espa�os est�o sendo reconfigurados a partir de novas significa��es.�

Este trabalho pretende analisar o habitar contempor�neo, diante das�transforma��es tecnol�gicas, mudan�as demogr�ficas e do estilo de vida emergente do n�made digital�e essa nova�forma de se relacionar com o trabalho e com o mundo.

Atualmente a regiao de Florianopolis conhecida como centro historico leste, passa por mais um processo de transicao, onde importantes historias nao tem sido reconhecidas e valorizadas, em detrimento de outras narrativas, que aliadas a outros processo em curso, tendem a potencializar o apagamento dos valores culturais que permanecem resistindo nessa parte da cidade. Num contexto de ausencia de politicas de educacao patrimonial efetivas, de limitacoes das politicas publicas de protecao e crise economica e social, a mobilizacao de atores sociais desponta como uma alternativa a esse processo, em especial aqueles que se relacionam diretamente com os espacos, como os frequentadores do centro leste. Nesse sentido, promover a visibilidade e valorizacao dos patrimonios menores dessa regiao com suas historias, significados e valores, pode fazer frente a esse processo de apagamento das memorias coletivas dessa importante parte da cidade. Um desses patrimonios menores e que corre risco de apagamento e o Instituto Arco-Iris de Direitos Humanos, que paradoxalmente e um dos lugares mais simbolicos da essencia dessa parte da cidade, e ao mesmo tempo o mais sensivel.

Este trabalho de conclus�o de curso tem por objetivo estudar o acesso � terra urbana atrav�s dos instrumentos que existem hoje no contexto brasileiro e catarinense. Parte-se, para tanto, de uma contextualiza��o hist�rica, jur�dica e conceitual da trajet�ria da terra urbana no Brasil, dos direitos que a cercam e da segrega��o socioespacial que se apresenta. Por meio de uma pesquisa explorat�ria, pretende-se analisar e comparar dois instrumentos distintos que visam concretizar o acesso � terra e suas poss�veis implica��es: a Reurb-S e o Programa Lar Legal. Espera-se que esse trabalho contribua para a melhor compreens�o desses instrumentos, de forma a ensejar futuras reflex�es cr�ticas e, quem sabe, aprimoramentos.

O espa�o f�sico � um agente modelador da sociedade e a arquitetura como principal autora deste espa�o, possui um papel social na cria��o de ambientes democr�ticos, atendendo as necessidades dos mais diversos p�blicos. Esse papel ultrapassa as quest�es f�sicas, uma vez que o espa�o, seja ele constru�do ou natural, influencia diretamente no �mbito emocional do indiv�duo e pode ser um aliado no desenvolvimento da sua psique. Logo, pode-se pressupor que a moradia e os equipamentos essenciais pensados com qualidade f�sica e psicol�gica � um direito de todos. Todavia essa n�o � a realidade para alguns grupos de pessoas. Ao estender o olhar para o sistema de acolhimento brasileiro, entende-se que o pa�s possui uma s�ria defici�ncia de pol�ticas p�blicas, especialmente para jovens egressos das institui��es de acolhimento. No momento em que atingem a maioridade, esses indiv�duos perdem a garantia de prote��o pelo Estado e s�o obrigados a deixarem as institui��es que os acolheram, em muitos casos, durante boa parte de suas vidas. Sem uma prepara��o adequada para esse momento e com a inexist�ncia de pol�ticas de p�s acolhimento, os jovens v�em-se desamparados e enfrentam uma segunda sensa��o de abandono. Mesmo com o Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA) orientando para a exist�ncia de rep�blicas que amparem jovens em situa��o de vulnerabilidade, s�o poucos os estados que atendem essa premissa e, ainda assim, mostram-se locais inapropriados e pouco convidativos para esse p�blico.
Com a crise da pandemia de COVID-19, alguns projetos de leis foram criados e outros discutidos para atender esses jovens, garantindo-lhes direitos m�nimos, como o Projeto de Lei Federal n�1118/22 (antiga PLS 507/18) que determina a responsabilidade do poder p�blico na garantia de moradia para esse p�blico. E o projeto municipal Benef�cio Desacolhimento do programa Floripa Cidade Cora��o que garante um sal�rio m�nimo para jovens desligados em situa��o de vulnerabilidade, durante seis meses.
Apesar dessas prerrogativas, entende-se que a problem�tica do desacolhimento n�o � somente as quest�es financeiras e de moradia. Jovens egressos carregam uma bagagem de traumas, oriunda da falta da rede de afeto, que atrapalham o seu desenvolvimento. Isso somado ao despreparo nas institui��es, dificultam a inser��o na vida adulta. Abra�ando os projetos de lei e se atentando �s demandas de rede apoio desconsideradas pelas pol�ticas p�blicas, o presente trabalho visa estabelecer uma rela��o entre a arquitetura e a psicologia ambiental, a fim de construir um espa�o que garanta o desligamento gradual de jovens egressos de institui��es de acolhimento, de forma a prepar�-los para a vida adulta.

O presente trabalho busca compreender as mudan�as ocorridas ao longo de uma d�cada (entre 2012 e 2022) no entorno de dois diferentes empreendimentos implementados pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) no munic�pio de Bigua�u: Condom�nios Residenciais (Condom�nio Residencial Villagio Campo Bello e Condom�nio Residencial Saudade). O objetivo principal � entender como as �reas se conectam �s cidades e se existem din�micas urbanas que se desenvolveram no entorno dos Condom�nios, trazendo novas composi��es, arranjos sociais, espaciais, econ�micos e culturais �s cidades, ou ainda, se existe a total desconex�o entre os n�cleos urbanos e as regi�es onde foram constru�dos os empreendimentos, afirmando a principal problem�tica acerca da localiza��o dos mesmos. As an�lises realizadas foram baseadas em indicadores e subindicadores de urbanidade, encontrados no relat�rio desenvolvido em 2015, coordenado pelo Prof. Dr. Elson Manoel Pereira e intitulado “Indicadores de Urbanidade como aprimoramento para o Programa Minha Casa Minha Vida”. Tamb�m foram implementados outros indicadores que n�o estavam no relat�rio citado anteriormente. A metodologia para aplica��o dos indicadores e subindicadores foi simplificada e adequada ao presente trabalho, de modo a permitir estudos comparativos e avalia��es direcionadas tamb�m para as rela��es pessoais dos moradores dos entornos estudados.

A natureza desta pesquisa partiu diretamente de inquieta��es trazidas sobre as �reas de implementa��o das constru��es do PMCMV. A localiza��o � dada como principal quest�o a ser debatida, enquanto ainda carecem estudos pautados a an�lises perenes de como as localidades dos conjuntos habitacionais advindos do Programa se anexam - ou n�o - em suas �reas de aplica��o. A motiva��o central deste estudo � compreender as interconex�es e mudan�as que ocorreram ao longo do tempo, referente �s din�micas urbanas conduzidas no decorrer de 10 anos e se estas mudan�as objetivaram maiores �ndices de urbanidade para os entornos estudados. Para o ano de 2012, as an�lises foram obtidas atrav�s de informa��es, pesquisas, relat�rios, imagens e levantamentos, muitos deles encontrados atrav�s de programas como Google Earth e Google Maps. Os diagn�sticos levantados para o ano de 2022 , foram levantados posteriormente atrav�s desta pesquisa e a possibilidade de comparativos que permitam entender as transforma��es urbanas e sociais nos entornos das constru��es. Esta pesquisa possibilita identificar um retrato socioecon�mico e demogr�fico do recorte estudado e do perfil dos moradores destas �reas, al�m de an�lises comparativas que indicam se as mudan�as decorrentes contribu�ram para a forma��o de cidades mais conexas e responsivas, com maiores �ndices de urbanidade, oferta de equipamentos e servi�os e consequente melhor qualidade de vida aos moradores, mitigando problem�ticas acerca da habita��o, como o d�ficit habitacional e a segrega��o socioespacial.�

O presente trabalho aborda a tem�tica da implanta��o da infraestrutura urbana em n�cleos urbanos informais ap�s o processo de Regulariza��o Fundi�ria Urbana de Interesse Social (REURB-S). O n�cleo utilizado para o desenvolvimento do trabalho � a comunidade do Ara��, localizada na cidade de Imbituba-Santa Catarina, e aborda a perspectiva da comunidade acerca dos conflitos urbanos e sociais que enfrentam por serem um n�cleo urbano informal implantado em uma zona de prote��o ambiental e de interesse imobili�rio.�

A partir de uma problem�tica experienciada no local de estudo ap�s um per�odo de voluntariado, o presente trabalho busca compreender as rela��es das escolas tradicionais com as crian�as e as comunidades em que est�o inseridas.

Com o objetivo de contornar as adversidades presentes no dia a dia das crian�as da comunidade Frei Dami�o, na Palho�a,�se tem como resultado o projeto de uma escola de ensino fundamental anexa a um restaurante comunit�rio e um parque p�blico, pensados a partir de preceitos do projeto pedag�gico “Fazer a Ponte", de Jos� Pacheco.

Este trabalho � o resultado de uma pesquisa de campo sobre como � feita a leitura sexual do ambiente, e como nossa identidade sexual pode ser relevante nesse processo.

O entendimento de Patrim�nio Industrial � relativamente recente nas entidades patrimoniais, e para correta conserva��o e preserva��o, � necess�rio reconhecer suas individualidades e garantir um plano de uso coerente com a hist�ria e rela��o com a cidade.

Diante das recentes not�cias que acercam o patrim�nio cultural de Joinville, este trabalho tem por objeto de estudo o Complexo Cidadela Cultural Ant�rctica, situado no bairro Am�rica desde 1889 com suas primeiras instala��es da f�brica de cerveja Tiede at� a 1998 com o encerramento das atividades da Cia. Sulina de Bebidas Antarctica. Posteriormente, foi comprado pela prefeitura municipal de Joinville para ser um espa�o de destaque cultural na cidade. O complexo industrial � considerado um patrim�nio tombado desde 2010 em �mbito municipal, mas mant�m grande parte dos seus galp�es fechados e em condi��es prec�rias, com funcionamento em apenas dois dos dezesseis blocos considerados na proposta de tombamento da f�brica. Os blocos ocupados abrigam as associa��es Associa��o de Artistas Pl�sticos de Joinville (AAPLAJ) e a Associa��o Joinvilense de Teatro (AJOTE).

O espa�o de uma das f�bricas que j� teve seus produtos considerados os melhores do Brasil, � o resqu�cio de um patrim�nio industrial inviabilizado por burocracia e falta de gest�o pol�tica. Este trabalho procura ent�o, consolidar a Cidadela Cultural Antarctica como um espa�o de lazer junto ao Parque das �guas e estabelecer um zoneamento de atividades que incluam a hist�ria do espa�o e atenda aos moradores e entidades culturais, sem prejudicar e prevalecendo a identidade do patrim�nio industrial.

�

PALAVRAS-CHAVE: Patrim�nio Industrial; Centro Cultural; Antarctica; Catharinense, Requalifica��o; Parque das �guas

O presente trabalho surgiu atrav�s de um inc�modo da autora com a necessidade de a sede do Projeto “Adote um Ronrom” ser pensada especificamente para os principais sujeitos do ambiente: os felinos. Atrav�s de pesquisa bibliogr�fica e entrevistas pessoais, o projeto para a nova sede do “Adote um Ronrom”, pensado em uma escala felina, leva em considera��o aspectos pr�ticos capazes de influenciar no comportamento e na qualidade de vida dos felinos, tendo como principal base o enriquecimento ambiental.�

Este trabalho prop�e a cria��o de uma espa�o tridimensional virtual para exposi��o dos Trabalhos de Conclus�o de Curso (TCC) de arquitetura e urbanismo do semestre 2022.2 que ocorrer� em Mar�o de 2023. � poss�vel adicionar as pranchas, v�deos e modelos em escala dos projetos, combinando a tradicional exposi��o f�sica com a tecnologia digital, permitindo a realiza��o de uma exposi��o h�brida que introduz a ARQ&URB UFSC ao metaverso.

As intera��es no ciberespa�o vem ganhando import�ncia em rela��o � intera��es da vida real , e o metaverso, que � um espa�o complexos com camadas de significa��o cujas rela��es com outros lugares n�o s�o vistas de imediato (MERWE, 2021), adapta��o �s mudan�as do clima social e t�cnico de hoje apresenta desafios e oportunidades para arquitetos (SUN, 2021; BALL, 2021).�

Para elaborar a proposta foi analisado o acervo digital de TCCs, buscando diretrizes para curadoria da exposi��o e cria��o do espa�o expositivo. O acervo apresenta diversas incongru�ncias e a aus�ncia de categorias tem�ticas, o que dificulta o trabalho de curadoria baseado no acervo. Portanto, o projeto focou em criar um espa�o vers�til, atendendo ao programa: hall de acesso com apresenta��o da exposi��o, percurso de apresenta��o das pranchas, painel para stream de v�deos e live e p�tio para modelos 3D e confraterniza��o.�

A tecnologia utilizada e as condicionantes ambientais foram definidas pela escolha da plataforma de hospedagem do espa�o. Foi escolhida a plataforma de metaverso OnCyber, que permite a publica��o de salas multi-usu�rios com acesso pelo navegador, promovendo a acessibilidade de diversos dispositivos.

O processo criativo se baseou na busca de uma arquitetura fluida inspirada no ensaio te�rico de Greg Lynn (KEYES, 2015) com poucos elementos dobrados que se moldam �s necessidades do programa. Tamb�m bucou-se criar um percurso de sensibiliza��o da percep��o inspirado na White U de Toyo Ito (Kogan, 2020), partindo de um plano branco, restornando-se ao in�cio e finalizando na abertura ao c�u, p�tio e ao conv�vio

O trabalho visa trazer uma proposta de fortalecimento da cena noturna do Centro-Leste, na area central de Florianopolis, trazendo maior estimulo e suporte ao lazer e trabalho noturnos, respeitando o seu valor historico para a cidade, preservando sua diversidade de usos, e procurando nao provocar um processo que possa ferir a diversidade de grupos que frequenta a area, mas que, pelo contrario, possa convidar novos publicos a ocupar o espaco.

O presente Trabalho de Conclus�o de Curso consiste em um projeto de uma institui��o p�blica de promo��o de conviv�ncias di�rias, estimulando a inclus�o da Pessoas
com Defici�ncia. O estabelecimento ser� implantado no Municipio de Bom Retiro, na regi�o da Serra Catarinense, localizado entre Capital, Florian�polis, e a cidade de Lages.

Este Trabalho � um estudo anal�tico de percep��es acerca do territ�rio urbano com enfoque na dicotomia entre cidades grandes e pequenas.� Al�m de um estudo sobre os conceitos existentes, busca-se um ponto de condensa��o a partir da viv�ncia e das experi�ncias de indiv�duos inseridos nesse contexto, de forma que determinados estigmas e pr�-conceitos sejam melhor explorados

A proposta desse trabalho foi a de desenvolver o projeto de uma edifica��o que funcione como um Centro de Apoio � Comunidade Acad�mica na UFSC, que possibilite maior desenvolvimento e intera��o entre a comunidade universit�ria e promova a conscientizal��o sobre a import�ncia da tem�tica da sa�de mental no meio acad�mico, criando espa�os que proporcionem encontros e trocas de conhecimento entre os usu�rios. Buscando integrar o projeto �s edifica��es e equipamentos existentes e ao local de inser��o, o projeto tem como p�blico alvo a comunidade acad�mica em geral, incluindo alunos, professores e servidores, com o intuito de proporcionar uma atmosfera de conex�o entre esses usu�rios e destes com o ambiente acad�mico. A proposta vem como resposta para as demandas observadas ao longo da pesquisa te�rica e levantamento realizado atrav�s do question�rio, com enfoque na necessidade de complementar os atendimentos e espa�os existentes na �rea de apoio psicol�gico para a comunidade acad�mica, na car�ncia de �reas cobertas de conviv�ncia e estar no campus e car�ncia de �reas de estudo que satisfa�am usu�rios com diferentes perfis, assim como na necessidade de dar maior visibilidade aos trabalhos realizados e �s atividades de pesquisa e extens�o desenvolvidas na universidade. Os conceitos estudados no referencial te�rico, como o papel dos ambientes, a influ�ncia dos espa�os e o potencial restaurador de determinados ambientes, foram amplamente aplicados no desenvolvimento da proposta e no planejamento dos espa�os do projeto.

No Brasil, a Reforma Psiqui�trica teve como resultado uma transforma��o nas pol�ticas p�blicas para melhorar os servi�os de atendimento psicol�gico e psiqui�trico pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS). Assim, foram criadas as Redes de Aten��o Psicossocial, com o objetivo de oferecer um atendimento integrado, com recursos afetivos, sanit�rios, sociais, culturais e de lazer, para todas as pessoas em sofrimento ps�quico. Por�m, apesar das reformas e das boas pol�ticas estabelecidas, ainda existem muitos estigmas e neglig�ncias com rela��o ao cuidado com a sa�de mental, especialmente quando falamos de crian�as e adolescentes. Este trabalho busca, por meio�da�arquitetura e do urbanismo, refor�ar a relev�ncia de�oferecer acolhimento, cuidado e integra��o social para pessoas que sofrem com quest�es de sa�de mental. Primeiro, observando a necessidade de garantir o lugar e a integra��o das pessoas em sofrimento ps�quico na cidade. E em seguida estudando os conceitos da psicologia ambiental, com enfoque nos ambientes restauradores. Por fim, criando um projeto de um espa�o�para um CAPSi�que possa contribuir para o bem estar e�auxiliar�em um tratamento humanizado e de qualidade.

Com o intuito de proporcionar experi�ncias esportivas, juntamente com os benef�cios advindos da mesma, como a sa�de, a qualidade de vida, a socializa��o, o crescimento e o desenvolvimento humano, � crian�as e adolescentes em situa��o de vulnerabilidade social, foi desenvolvido o anteprojeto de um Centro de Incentivo ao Esporte, com foco no Lazer, Educa��o e Inclus�o Social, assim como, foi realizada uma proposta preliminar dos espa�os livres. O projeto, localizado no bairro do Monte Cristo, conta com um programa extenso, separado em tr�s eixos, s�o eles o eixo Esportivo, o eixo Pedag�gico e o eixo Administrativo, e ainda, engloba uma pra�a existente, a qual comporta atualmente atividades esportivas. Com o conceito de Integra��o, dois partidos foram definidos, o primeiro diz respeito � uma cobertura que conecta todos os ambientes constru�dos, e o segundo se refere � distribui��o de patamares ao longo do terreno, a fim de integrar a diferen�a de n�veis caracter�stica de 7 metros do terreno. Por fim, a projeto conta com �reas de perman�ncia e conviv�ncia, assim como espa�os para interven��es culturais e art�sticas.

Os benef�cios do esporte na vida do indiv�duo extrapolam os relacionados � manuten��o da sa�de, e t�m grande impacto no desenvolvimento social, motor e cognitivo. Entretanto, a insufici�ncia ativa entre jovens no Brasil e no mundo e a falta de infraestrutura nas escolas no Brasil evidenciam a necessidade de um espa�o que possibilite a pr�tica esportiva e o consequente desenvolvimento integral por meio do esporte. Dessa forma, o presente trabalho visa democratizar o acesso com um modelo adequado de desenvolvimento, fundamentado nos estudos acerca dos est�gios de forma��o e nos elementos din�micos. Localizado na cidade de Florian�polis/SC, o centro de inicia��o esportiva, com foco na experimenta��o de modalidades diversas, tem o intuito de maximizar a cria��o de v�nculo e identifica��o com o esporte, sobretudo por parte das crian�as e adolescentes. Nesse sentido, oferece aulas de inicia��o esportiva, com orienta��o de professores, para jovens entre 06 e 14 anos, onde h� predom�nio de atividades l�dicas e recreativas - e ocorrem no contraturno escolar. Com car�ter educacional e p�blico, o projeto incentiva tamb�m a participa��o da fam�lia e da comunidade, para possibilitar a coexist�ncia das mais diversas gera��es, uma vez que s�o agentes do desenvolvimento da crian�a e essenciais nesse processo. Sendo assim, o centro oferece para acesso da comunidade �reas de estar, lazer, recrea��o e de atividades esportivas, permeadas com �reas de vegeta��o e natureza, de modo que se busca criar um grande espa�o de integra��o, perman�ncia, conviv�ncia e aprendizado atrav�s da promo��o de experi�ncias m�ltiplas.�

De acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de, o abuso de subst�ncias psicoativas � um dos maiores problemas de sa�de enfrentados no mundo. Al�m de ser uma realidade a qual muitos ignoram ou fingem n�o ver, existe uma grande dificuldade em m�todos de combate ao uso, depend�ncia e reinser��o do indiv�duo na sociedade.� Devido a isso, esse trabalho tem como proposta uma Comunidade Terap�utica na regi�o metropolitana de Florian�polis.�

As Comunidades Terap�uticas� s�o um equipamento de acolhimento volunt�rio de pessoas em busca de um ambiente protegido, de autoconhecimento e que auxilie na melhora da depend�ncia qu�mica. Al�m disso, quando bem estruturadas e planejadas, podem tornar-se um equipamento social, fortalecendo a popula��o local e formando uma rede de apoio.

RESUMO

�

�� �O presente trabalho trata sobre o relacionamento intergeracional entre idosos, crian�as e adolescentes. A partir da an�lise das caracter�sticas das Comunidades de Aprendizagem e da compreens�o da teoria da Docilidade Ambiental, este trabalho visa demonstrar como a rela��o entre esses dois grandes conceitos pode influenciar nas propostas projetuais de espa�os que permitam a ocorr�ncia de contatos intergeracionais. O objetivo � buscar respostas de como deve ser o ambiente para a realiza��o de atividades que beneficiem as rela��es intergeracionais. A pesquisa realizada teve car�ter bibliogr�fico, descritivo e explorat�rio. Com a compreens�o do conceito formador das Comunidades de Aprendizagem, percebeu-se que o mesmo pode ser aplicado a qualquer tipo de ambiente e que sendo aplicados a espa�os em que a Docilidade Ambiental se faz presente, torna-se muito mais f�cil a ocorr�ncia de rela��es intergeracionais entre crian�as e idosos. E a partir desse entendimento formulam-se Condi��es Espaciais Facilitadoras que servir�o de guias para futuros projetos arquitet�nicos.

�

Palavras-chave: "rela��es intergeracionais", "co-educa��o entre idosos", "narrativas intergeracionais", "pr�ticas coeducativas intergeracionais", "contato intergeracional", "fazenda infantil intergeracional", "socializa��o", "docilidade ambiental"

�

O trabalho visa analisar, de forma explorat�ria, o projeto do BRT proposto para a regi�o central de Florian�polis, identificando os�poss�veis�impactos negativos e positivos, utilizando como�par�metro de refer�ncia o Estudo de Impacto de Vizinhan�a - EIV.

�

O presente�foca na primeira inf�ncia, per�odo que vai de 0 a 06 anos de idade, fase de descobertas, crescimento e aprendizagem, em que s�o formadas�caracter�sticas e habilidades importantes para o desenvolvimento f�sico e psicol�gico que moldar�o o indiv�duo e a forma como ele interage com a sociedade em que est� inserido.

Este trabalho busca entender como ocorre o desenvolvimento cognitivo das cria�as nessa fase e a forma como o ambiente pode influenciar esse processo. Utilizando-se de ferramentas projetuais e baseando-se em princ�pios de biofilia, ergonomia e psicologia ambiental, objetiva-se o projeto de um N�cleo de Educa��o Infantil Municipal (NEIM) com ambientes que, al�m de pensados no bem-estar e nas viv�ncias do aluno, tamb�m auxiliam e otimizam seu desenvolvimento da melhor maneira, propiciando acesso a um local�de educa��o p�blico�de qualidade para crian�as que dependem da rede municipal de educa��o do munic�pio de Florian�polis.

Este trabalho se intenciona numa aproxima��o da arquitetura Japonesa, buscando desvendar de modo explorativo algumas caracter�sticas presentes na sua cultura e sociedade e como se expressam arquitetonicamente. Para isto ele foi desenvolvido em tr�s etapas, sendo a primeira um estudo hist�rico-geogr�fico, mapeando a forma��o da cultura japonesa; o segundo um recorte de um aspecto da sua cultura de relevante presen�a no cotidiano do povo japon�s, a saber o “Ma” (間), e o terceiro na an�lise de alguns arquitetos japoneses e seus trabalhos, buscando identificar se e de que maneira esse aspecto est� presente na arquitetura que desenvolvem.

O presente trabalho de conclus�o de curso prop�e a constitui��o de uma rede de apoio a diversifica��o e � agricultura familiar no munic�pio de Ven�ncio Aires, no Rio Grande do Sul. Tem como objetivo principal, o desenvolvimento do projeto arquitet�nico de um centro municipal voltado a servi�os para as pessoas do campo, localizado no centro da cidade. Esse Centro Municipal abrigar� institui��es como a Secretaria municipal de Agricultura, a Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural (EMATER), atividades de com�rcio realizadas por cooperativas e um centro de forma��o e pesquisas relacionadas ao meio ambiente. A proposta surge atrav�s da reflex�o da realidade vivenciada nesse munic�pio, uma vez que, por anos, foi o maior munic�pio produtor de tabaco do Brasil. Entre as problem�ticas dessa produ��o est�o quest�es relacionadas a sa�de dos agricultores, endividamento das fam�lias e a inseguran�a alimentar. Dessa forma, h� a necessidade de apoio e constru��o de iniciativas que visam a diversifica��o agr�cola. A rede de apoio proposta baseia-se nos princ�pios da ATER (Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural), economia solid�ria, assist�ncia social e organiza��o pol�tica. Esses princ�pios servem como base para a constru��o do programa de necessidades e para o desenvolvimento da proposta arquitet�nica.

�

Palavras-chaves: Cidade e Campo, Produ��o de Tabaco, Diversifica��o agr�cola e Equipamento P�blico.��

O presente trabalho se prop�e a apresentar um projeto de fase preliminar para o Centro de Educa��o Especial, Terapia Ocupacional e Viv�ncia - CEETOV, que � uma institui��o que tem como miss�o ser refer�ncia no atendimento especializado aos portadores de necessidades especiais no Estado de Santa Catarina, especificamente na Regi�o da Grande Florian�polis. Foi realizada uma revis�o bibliogr�fica da produ��o cient�fica nacional e internacional, acrescido da viv�ncia da autora, sobre o tema que abrange a rela��o da pessoa autista ou com defici�ncia intelectual com a arquitetura e o ambiente constru�do para a defini��o de crit�rios norteadores de projeto. A partir das informa��es obtidas, foi estudada e selecionada uma nova localiza��o e concebido um projeto arquitet�nico e de paisagismo preliminar que contempla as necessidades do CEETOV e que convida e incentiva a popula��o geral a se aproximar e participar das atividades do centro, o que possibilita a reeduca��o da sociedade uma vez que a promo��o de atividades no centro e no seu entorno promovem a sensibiliza��o, conscientiza��o e estimulam a conviv�ncia com os indiv�duos ali frequentadores.

Palavras-Chave: Autismo; Defici�ncia Intelectual; CEETOV; Inclus�o.

Em “As mais belas coisas do mundo”, Valter Hugo M�e, escritor angolano radicado em Portugal, usa a voz de uma crian�a para contar o que aprendeu com os av�s. Quando li a hist�ria, foi inevit�vel n�o pensar sobre tudo o que aprendi com os meus velhinhos ao longo da vida e sobre tudo que ainda quero ensinar aos meus netos. O autor tamb�m fala com muito carinho sobre a import�ncia da mem�ria e do respeito por quem j� experimenta a vida h� bastante tempo em seu livro “Serei sempre teu abrigo”. Para al�m das rela��es de avosidade que permeiam nossas vidas, acredito que a conviv�ncia intergeracional, seja ela com pessoas da nossa fam�lia ou n�o, pode ser uma forma de construirmos uma cidade mais solid�ria.
Valter Hugo M�e tamb�m escreveu “A m�quina de fazer espanh�is”, que conta a hist�ria de um rec�m vi�vo amargurado que vai morar no “Asilo Feliz Idade” contra seu desejo. Lendo o livro, lembrei da minha av�, que uma vez me disse que n�o gostaria de ser “uma velha asilada”. Para ela, “asilo” � sin�nimo de ex�lio e morar em um significa viver fora da sociedade. De fato, n�o existem muitas op��es de moradia para idosos que sejam atraentes aos nossos velhos e contribuam para seu conv�vio social. Tratando-se de iniciativas p�blicas, o n�mero de moradias que n�o possuem um car�ter exclusivamente assistencialista e hospitalar � ainda menor.
Ainda, quando somos jovens, pouco pensamos sobre o fato de que um dia seremos velhos. Ao longo dos meus vinte e tantos anos de vida, n�o refleti muito sobre o envelhecer e as consequ�ncias que esse processo ter� sobre meu corpo e minha mente. Confesso, inclusive, que sempre tive um certo receio em encarar os estere�tipos de decad�ncia, depend�ncia e melancolia que o envelhecimento carrega. Simone de Beauvoir (1990) bem disse: a velhice s� concerne aos outros at� o dia em que ela se abate sobre n�s.
No mundo em que vivemos, marcado pela desobriga��o do Estado em rela��o �s quest�es sociais, acredita-se na ideia de que o envelhecimento � resultado de uma op��o individual e que, portanto, envelhecer bem � uma escolha de cada um. Na verdade, acredito que as coisas n�o funcionam bem assim. Como arquiteta, quero propor um equipamento p�blico que, de alguma maneira, propicie condi��es melhores de envelhecimento para a popula��o florianopolitana.
Movida a essas reflex�es, decidi projetar um Centro de Conviv�ncia e Lazer Intergeracional, que estimula a conviv�ncia e a coeduca��o entre as gera��es, prov� a cidade com uma op��o digna de moradia para idosos e oferece ferramentas para a inser��o dos velhos, crian�as e adolescentes na vida social. Creio que, encorajando a pr�tica intergeracional, tamb�m conseguimos enxergar novas perspectivas e aprender a se colocar no lugar do outro.

Os incont�veis espa�os de culto presentes nas �reas urbanas se apresentam como locais capazes de abrigar e proporcionar o encontro humano com a transcend�ncia espiritual e simultaneamente s�o locais de desenvolvimento pessoal e comunit�rio dos indiv�duos. Entretanto, o crescimento exponencial do n�mero de igrejas sem a devida qualifica��o dos espa�os e a cultura midi�tica nas igrejas evang�licas, com sua tend�ncia a excessivos est�mulos visuais, desqualificam esses ambientes de serem um lugar de descanso, paz, encontro e transcend�ncia. Assim, prop�e-se o estudo de um espa�o lit�rgico dentro do contexto da Igreja Adventista do S�timo Dia, atrav�s de uma concep��o projetual, entendendo quest�es hist�ricas, teol�gicas e lit�rgicas da comunidade religiosa que se reunir� no ambiente projetado e tamb�m quais s�o os aspectos subjetivos capazes de enriquecer a experi�ncia espiritual de cada indiv�duo. E uma vez que esta proposta projetual procura ser uma resposta para diversas inquieta��es sobre os espa�os de culto modernos, � tamb�m a motiva��o para reflex�es sobre a qualidade desses templos em terrenos pequenos, flexibiliza��o e adequa��o do programa de necessidades, entre outras quest�es.

Diante do aumento da popula��o de idosos no Brasil e no mundo, a Organiza��o das Na��es Unidas declarou os anos de 2021-2030 como a "D�cada do Envelhecimento Saud�vel", marcando a discuss�o de temas relacionados �s novas formas de pensar e sentir o envelhecimento e o acesso a cuidados de longa dura��o (ONU, 2020). Considerando essas mudan�as no modo e no sujeito do envelhecimento, esse trabalho apresenta o cen�rio das Institui��es de Longa Perman�ncia no Brasil, com foco no dia a dia dos residentes e, a partir disso, elabora um edif�cio de habita��o e lazer para os idosos da cidade de Presidente Prudente, no Estado de S�o Paulo, com diretrizes relacionadas ao incentivo da socializa��o, resgate ou conserva��o da autonomia e bem estar.

Produto de inquieta��es pessoais e
profissionais acerca da cidade contempor�nea,
este Trabalho de Conclus�o
de Curso prop�e-se discutir sobre a
exist�ncia de alta demanda por habita��o
no contexto das grandes cidades
somado a problem�tica da extensa
quantidade de edif�cios ociosos e/ou
abandonados. Al�m disso, o trabalho
tem a inten��o de abordar assuntos
como o morar contempor�neo e sua
conex�o com a cidade. A partir de an�lise
bibliogr�fica, espacial e estudos de
caso � elaborada uma proposta, a fim
de promover fun��o social a um edif�cio
abandonado, localizado no complexo
contexto urbano do territ�rio
de Guarulhos, um dos munic�pios do
estado de S�o Paulo.

Interven��o em uma edifica��o central e subutilizada, visando a refuncionaliza��o para habita��o de interesse social no centro de Florian�polis, neste sentido al�m de atender as demandas da sociedade por habita��o social, utilizar e menor quantidade de recursos p�blicos para fornecimento de infraestrutura, al�m de reciclar e otimizar os recursos existentes.

Este trabalho de conclus�o de curso retoma a ideia da implanta��o de um campus da Universidade Federal do Grande ABC em Mau�, cidade que possui quase meio milh�o de habitantes e � localizada na regi�o do ABC Paulista. A proposta tem a inten��o de mitigar os problemas da cidade acerca da falta de espa�os p�blicos de refer�ncia e do problema com enchentes decorrente das intensas chuvas de ver�o por meio de uma proposta que, al�m do campus, � composta tamb�m por um parque alag�vel, uma pra�a de eventos e um horto florestal, todos integrados por passarelas. O complexo mescla-se com o seu entorno e favorece as liga��es entre o Parque S�o Vicente e a �rea central. Ao resgatar os planos de implanta��o de campus da UFABC em Mau�, o projeto dota a cidade de um espa�o democr�tico, diverso e indutor de grandes mudan�as na busca de espa�os urbanos de qualidade.

Tudo na vida precisa de equil�brio. Em toda ideia, a��o, pr�tica, trabalho, o que quer que seja, existe um aspecto intuitivo, criativo, sens�vel, inconsciente e outro pr�tico, t�cnico, l�gico, consciente. Em nosso processo de forma��o como sociedade, passamos a priorizar o segundo aspecto e a negligenciar o primeiro. Na pr�tica projetual, isso tamb�m se faz notar: o processo criativo e intuitivo � apenas uma pequena por��o em meio a m�todos sistem�ticos e lineares, com fases pr�-definidas e checklists de requisitos t�cnicos a serem contemplados pelo projetista. No entanto, h� de se reconhecer que um aspecto � t�o importante quanto o outro e, neste sentido, o presente trabalho de conclus�o surge de uma inquieta��o: Como podemos aprimorar e contribuir para o processo criativo e intuitivo de projetos em arquitetura? Ser� que grandes ideias e uma arquitetura de qualidade surgem de um insight aleat�rio, fadado ao acaso ou dependente da “genialidade” ou “dom criativo” de um arquiteto? Ou ainda, ser� que podemos criar instrumentos que auxiliem a trazer mais clareza para tal momento, caracter�stico das primeiras etapas de projeto, que guiem a n�s, arquitetos, a transmitir de forma mais clara e expressiva os valores, sentimentos e desejos abstratos trazidos muitas vezes pelo cliente ou como partido conceitual? A partir do estudo da teoria junguiana, da semi�tica – �rea que estuda sistemas lingu�sticos e simb�licos – da percep��o ambiental, da fenomenologia e do branding, buscou-se criar uma ferramenta-guia para projetos de arquitetura comercial, que permita ao projetista visualizar diferentes vari�veis de projeto com a inten��o de denotar um significado profundo ao lugar. Com aux�lio da pesquisa bibliogr�fica, de estudos de caso, de visitas de observa��o in loco e de um question�rio de pesquisa, obteve-se a cria��o de um instrumento-guia da primeira fase de projeto – do briefing ao partido arquitet�nico – no formato de mandala dividida em quatro grupos gerais, os quatro elementos (inquieta��es e aspira��es humanas coletivas e primordiais), subdivididos em doze arqu�tipos que representam aspectos ambientais. Espera-se, com o material apresentado a seguir, contribuir para uma maior compreens�o das rela��es entre as necessidades psicol�gicas b�sicas e primitivas, os significados atrelados ao ambiente e os padr�es de comportamento e satisfa��o de seus usu�rios, trazendo tais aspectos para o primeiro plano do processo de projetos de arquitetura, neste caso, comercial.�

Santo Amaro da Imperatriz � um munic�pio, localizado na Regi�o da Grande Florian�polis, que vem passando por um processo de crescimento urbano acelerado. E que de acordo com o estudo�realizado pela Prefeitura Municipal de Florian�polis, a tend�ncia � que praticamente dobre a quantidade de habitantes e agrave os problemas sociais que hoje j� existem. O munic�pio j� sofre atualmente com a falta de insfraestrutura ligada a cultura, lazer e esporte. Os espa�os existentes dentro destes temas s�o escassos, vazios e insuficientes, al�m de excludentes. O prop�sito deste presente trabalho � tentar de alguma forma planejar e sonhar com um espa�o aberto para todos, que estimule a criatividade, as artes, a sa�de, al�m�de cultivar�e valorizar�a natureza e a hist�ria t�o admir�vel da cidade.

As rela��es de hierarquia e opress�o expressas pela sociedade patriarcal na qual estamos inseridas(os) s�o indissoci�veis da produ��o e reprodu��o das cidades e dessa forma, a disciplina de planejamento urbano se orienta de forma a beneficiar alguns indiv�duos em rela��o a outros. A l�gica atual de organiza��o da paisagem urbana privilegia os homens e seu ritmo de vida, relegando figuras femininas a uma condi��o de exclus�o e invisibilidade.

Considerando isso, o seguinte trabalho apresenta solu��es, atrav�s de ensaios de caminhabilidade, que buscam transformar a cidade em um ambiente caminh�vel, inclusivo e seguro para meninas e mulheres em suas diferentes capacidades e individualidades.�

Frente ao aumento da autonomia feminina e ao crescente n�mero de mulheres viajantes, assim como �s condi��es de vulnerabilidade, risco e inseguran�a atrelados �s mulheres nos diferentes espa�os que ocupam na sociedade, o presente trabalho tem como objetivo buscar compreender se seria poss�vel, por meio de altera��es arquitet�nicas, aumentar a percep��o de seguran�a das mulheres enquanto hospedadas nos hostels. Para tal fez-se uso de duas estrat�gias de pesquisa, sendo a primeira a disponibiliza��o de um question�rio destinado �s mulheres de forma online e a segunda a an�lise arquitet�nica de hostels da cidade de Florian�polis, juntamente com a an�lise dos coment�rios deixados pelas mulheres nas plataformas online de reserva de hospedagem. A an�lise, jun��o e sistematiza��o dos resultados de ambas as metodologia de pesquisa resultaram em estrat�gias arquitet�nicas que podem ser aplicadas nesta tipologia de hospedagem, aumentando a percep��o de seguran�a e a seguran�a f�sica das mulheres viajantes, refor�ando assim a import�ncia de uma arquitetura sens�vel �s necessidades e percep��es dos diferentes grupos sociais.

Este TCC surge da vontade de continuar o trabalho realizado na disciplina de Ateli� Livre - Processos Art�sticos. A partir de uma deriva pelo centro da cidade, surgiram alguns questionamentos sobre g�nero e espa�o p�blico. Afinal, a rua � do homem cis-h�tero? As mulheres ficam restringidas ao espa�o privado, o espa�o destinado aos servi�os dom�sticos e a extens�o dele, como por exemplo, padarias, supermercados, creches, escolas, farm�cias? Aos homens fica permitido estar na rua simplesmente por estar, n�o importa o motivo. J� as mulheres e pessoas LGBTQIAP+, n�o conseguem andar na rua sem ser assediadas, importunadas, abordadas, agredidas…

O presente trabalho tem como justificativa os desafios existentes no engajamento da popula��o em torno dos processos participativos no planejamento e em projetos urbanos. Assim, se discute a import�ncia de agentes articuladores dentro dos bairros - com foco nas escolas - para estimular a participa��o da comunidade. Para isso s�o estudadas e analisadas tr�s iniciativas que atuaram nesse sentido. Por fim, � proposto um modelo conceitual de engajamento, a partir de diretrizes.

�

Palavras Chave: planejamento participativo; agentes articuladores; interven��es no bairro; tecnologias da informa��o e comunica��o; planejamento urbano; pol�ticas p�blicas; or�amento participativo.

�

As disputas pelo acesso � terra urbanizada s�o quest�es hist�ricas e estruturais profundamente enraizadas em nossas cidades, com uma hist�ria e estrutura complexas. O processo de constru��o de uma cidade n�o � cont�nuo, os pontos que ligam os bairros e formam os munic�pios t�m entre eles o que se conhece por vazios urbanos, dispersos e fragmentados territorialmente, regidos essencialmente pelo mercado especulativo. Essa reten��o de terra � um dos principais pilares da origem dos vazios urbanos, frutos de uma ideia de algo que pode acontecer, a valoriza��o do lote.No que diz respeito aos terrenos p�blicos, espera-se uma iniciativa que seja contr�ria � exist�ncia desses vazios (SILVA, 2017), por�m, depara-se tamb�m com a aus�ncia de atua��o do Estado e muitas vezes, um comportamento similar com o do mercado imobili�rio, que ignora os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade.

Concomitantemente, cada vez mais � visto o crescimento mundial da conectividade tecnol�gica incorporado pelas popula��es e a ado��o das TICs (Tecnologias da Informa��o e Comunica��o), com o uso dessas ferramentas para aumentar o engajamento social sobre as pol�ticas urbanas. Essa conectividade, quando integrada a uma gest�o municipal bem estruturada e interessada em incluir a popula��o nas tomadas de decis�es, proporciona aos cidad�os uma maior compreens�o da cidade em que vivem. A integra��o dessas pessoas na gest�o e planejamento aumenta a transpar�ncia das institui��es e fortalece sua autonomia, fornecendo-lhes mais informa��es para a tomada de decis�es e a cria��o de conte�do pr�prio (SIM�O, 2019).�

� nesse cruzamento de ideias, entre a tem�tica dos vazios urbanos e das possibilidades do uso das TICs aplicadas � participa��o popular, que se encontra o escopo do presente estudo. Em torno desse contexto, acrescentam-se elementos fundamentais a serem considerados �s delibera��es do trabalho, como o mapeamento de iniciativas envolvendo plataformas digitais, a sociedade civil e os agentes p�blicos respons�veis pela administra��o de cidades, como a sociedade convive com essa democracia (ciberdemocracia) e esse espa�o (ciberespa�o) e com as disparidades na inclus�o digital.

Nesse sentido, este trabalho tem como ponto de partida uma apresenta��o te�rica sobre a amplitude do conceito de vazio urbano, a vis�o sobre esses espa�os e as suas contribui��es nos dias atuais, al�m de apresentar legisla��es e marcos de extrema relev�ncia na discuss�o da quest�o. Em seguida, discute-se sobre como a nova gera��o, com o uso de TICs em conjunto com uma democracia participativa, podem incentivar processos coletivos entre a sociedade civil e a esfera p�blica. Para evidenciar essas possibilidades, s�o mapeadas duas iniciativas envolvendo democracia digital aplicada � gest�o do governo de duas cidades, uma em Canoas, na regi�o metropolitana de Porto Alegre, no Brasil, e outra em Barcelona, na Espanha.

Ap�s isso, analisa-se qualitativamente uma plataforma comunit�ria voltada ao acesso a vazios urbanos em Nova York, que facilita a intera��o entre os residentes e fornece informa��es e recursos necess�rios para que a comunidade participe ativamente na constru��o do espa�o urbano.

Por fim, � feita uma s�ntese dessas iniciativas com considera��es, an�lises e discuss�es, a partir do que foi debatido na primeira parte do trabalho. Com isso, um plano conceitual ser� tra�ado com instru��es para a constru��o de uma plataforma colaborativa para mapeamento de vazios urbanos.

�

A arquitetura pode agir como uma ferramenta de compreens�o e valoriza��o da hist�ria e da mem�ria de um lugar e a materializa��o destes espa�os contribuem para a preserva��o e perpetua��o da mem�ria coletiva e social, por essa raz�o � de suma import�ncia criar equipamentos institucionais que contenham em seu cerne a preserva��o da mem�ria, este trabalho busca esse objetivo com a proposta de um desenho de parque e um memorial que nada mais � uma met�fora, que tem como desafio ter caracter�sticas mnem�nicas, que transcreva uma narrativa din�mica e objetiva que fa�a o visitante compreender e conhecer a mem�ria sem antes mesmo ter conhecimento da hist�ria. Outro aspecto importante que este trabalho aponta � que os espa�os de mem�rias arquitetados tenham uma rela��o direta com a ess�ncia e exist�ncia do local, pois n�o h� mem�ria coletiva que se desenvolva fora um marco espacial, esse � um dos motivos do s�tio escolhido, o PACUCA, pois em sua vasta extens�o ele carrega por d�cadas essa ess�ncia e exist�ncia e que para comunidade local hoje, � motivo de resist�ncia.

Como exerc�cio para conclus�o do curso em Arquitetura e Urbanismo, o presente trabalho busca desenvolver uma proposta de moradia rural modelo que possa atender �s demandas dos assentamentos da reforma agr�ria na microrregi�o de Canoinhas/SC. Para tanto, parto da an�lise do pr�-assentamento Terra Livre, vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o objetivo de contribuir com o processo emancipat�rio dos futuros assentados no que concerne � produ��o habitacional e projeto de assentamento qualificados.

O trabalho tem sua origem em tr�s motiva��es principais. A primeira, de valorizar minha origem, tanto do ponto de vista regional como pela viv�ncia no campo, pois durante a inf�ncia acompanhei meus pais na transi��o de trabalhadores rurais para trabalhadores urbanos, dada a dificuldade em produzir renda apenas do cultivo da terra. A segunda, de construir um projeto calcado na realidade e que contribua na interlocu��o sociedade-universidade, exercendo a fun��o social da arquitetura. Por fim, a terceira surge pelo contato com assentados do MST no ano de 2020 na UFSC, quando conheci a luta do movimento e a sua import�ncia para a conquista de direitos dos trabalhadores rurais, com um processo formativo e emancipat�rio.

Essas motiva��es foram paulatinamente aprimoradas no decorrer dos 6 anos de gradua��o que moldaram um entendimento sobre a fun��o social da arquitetura. Destaco o papel do Programa de Educa��o Tutorial da Arquitetura e Urbanismo (PET/ARQ) que me proporcionou o contato com experi�ncias focadas na habita��o de interesse social n�o urbana, sobretudo na experi�ncia de constru��o de 22 Unidades Habitacionais junto � comunidade de remanescentes do quilombo Santa Cruz, em Paulo Lopes/SC. O trabalho junto � Comiss�o de Assist�ncia T�cnica de Habita��o de Interesse Social (CATHIS), no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina, durante meu est�gio, aproximou as quest�es jur�dicas e administrativas da profiss�o e dos conflitos fundi�rios e habitacionais no estado. O debate sobre os conflitos de classe e sua correla��o com a produ��o do espa�o, a participa��o de extens�es universit�rias, o aprofundamento sobre os aspectos construtivos, hist�ricos e jur�dicos da arquitetura social e, principalmente, o contato com professores, pesquisadores, lideran�as comunit�rias e movimentos sociais tamb�m contribu�ram para o entendimento que a arquitetura possui uma fun��o social, na qual este trabalho se ampara.

Uma Ilha e Suas baias � um trabalho que permeando por diversas escalas procurar buscar as origens da cidade com sua baia, suas potencialidades limitante busca debater solu��es para problemas log�sticos e de mobilidade da ilha. Na busca de alternativas de caminhos mar�timos visando um ordenamento n�utico e di�logo com o zoneamento urbano e costeiro da Grande Florian�polis.

O presente trabalho de conclus�o de curso trata-se de um estudo de requalifica��o urbana e objetivou compreender a �rea central de Florian�polis, bem como a cria��o de um circuito hist�rico-cultural dentro desta regi�o. Por tanto, foi utilizado o conceito de espa�os de ancoragem, ou seja, �reas com algum tipo de import�ncia e/ou significado, para a realiza��o de an�lises e escolha de um trajeto para desenvolver uma requalifica��o urbana no �mbito da mobilidade, ambiental, cultural e hist�rico. Al�m de mudan�as urban�sticas em �reas j� consolidadas, o presente trabalho prop�e a inser��o de dois terminais de transporte mar�timos para pedestres e ciclistas com o objetivo de auxiliar na mobilidade de pessoas entre o continente e a ilha e, desse modo, diminuir a utiliza��o de autom�veis individuais na regi�o central de Florian�polis e exercitar o transporte mar�timo na ilha para fomentar mais projetos de mobilidade mar�tima na regi�o. O estudo foi desenvolvido em conjunto com o projeto de extens�o Coqueiros-Luz do grupo GIPEDU da Universidade Federal de Santa Catarina e as associa��es Amigos do Parque da Luz e Pr�-Coqueiros.

A hist�ria da humanidade � rica nas mais diferentes e complexas culturas, saberes, costumes e ritos. Contudo, observamos que a hist�ria “oficial”, quase sempre contada a partir de uma perspectiva euroc�ntrica, funciona muitas vezes como um instrumento de silenciamento e domina��o sobre as culturas subjugadas ao longo do tempo. Nesse sentido, a oralidade se posta como uma ferramenta capaz de emergir certos elementos da vida humana que foram esquecidos das narrativas oficiais, mas que seguem vivos nas mem�rias daqueles que os vivenciaram. Este trabalho busca discursar sobre os efeitos da coloniza��o para o apagamento das epstemologias sul-americanas, assim como as consequ�ncias desta durante os processos de forma��o das favelas brasileiras. Como estudo de caso, em um primeiro momento analiso a rela��o das comunidades do Maci�o do Morro da Cruz com a pr�pria evolu��o do centro de Florian�polis, com foco na comunidade do Morro do Mocot�. Em um segundo momento, apresento o resultado das conversas e entrevistas que tive com os moradores do Mocot�, de forma a registrar, valorizar e divulgar suas hist�rias e saberes.