Trabalhos de Conclusão de Curso

Mesmo em uma perspectiva global de desigualdade nas cidades, as "smart cities" v�m sendo, com cada vez mais veem�ncia, discutidas e implantadas em todo o mundo. Compreendendo que o tema possui dif�cil defini��o, procuro aglutinar as principais agendas conceituais acerca da "smart city", al�m de suas cr�ticas, a fim de dar significa��o para o termo. A partir das ferramentas das Tecnologias de Informa��o e Comunica��o adotadas pelas cidades inteligentes, busco conduzir um recorte sobre o uso da Blockchain como ferramenta com potencial tecnopol�tico nos centros urbanos, visto que esta � a tecnologia que mais estamos desfamiliarizados, enquanto sociedade civil e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. A Blockchain � uma ferramenta de gest�o distribu�da de redes que pode ser utilizada para solucionar problemas urbanos. Para tanto, o objetivo deste ensaio � compreender quais s�o as potencialidades da Blockchain para as grandes cidades, mapeando usos que contemplam a organiza��o e a governan�a das cidades e seus sistemas.

Propósito

Permanência dos estudantes no espaço educacional democrático.

Objetivos pontuais

1. Propor um espaço arquitetônico democrático
2. Gerar impacto social
3. Criar um anteprojeto pensado para implantação, quando existirem as condições necessárias.
4. Integrar o espaço ao molde da nova proposta pedagógica (escolas inovadoras e democráticas)
5. Participação da Comunidade Educadora na ideação dos espaços arquitetônicos.
6. Propor espaços educacionais de baixo custo e fácil execução, com conforto ambiental.

Neste trabalho, foi realizado um anteprojeto arquitetônico de adaptação do espaço de uma escola tradicional ao modelo democrático de educação. O objetivo é gerar impacto social, a partir da iniciativa da Escola Baréa, localizada no município de Três Cachoeiras, região norte do Rio Grande do Sul, em romper com métodos monocráticos e expositivos de ensino, para implementar uma proposta de escola democrática, baseada nas ideias de Paulo Freire e na metodologia da Escola da Ponte.

Logicamente, uma proposta que busque romper com a segregação/segmentação de indivíduos no ambiente escolar pede um modelo arquitetônico atualizado. Nesse caso específico, a arquitetura de uma escola democrática. O objetivo deste trabalho de conclusão soma diversos questionamentos feitos durante o curso, diante de tantos desafios estruturais e, ao mesmo tempo, da luta de arquitetos e urbanistas em defesa de espaços funcionais, que cumpram os seus propósitos, mantendo-se fiéis aos seus princípios. Que sejam democráticos, porque dialogam com as demandas de quem usa. Por esse motivo, buscou-se aceitar desde o início o desafio de tomada de decisão, baseada em demandas coletivas e com participação da comunidade. Esse é um dos questionamentos pessoais que tive durante o curso, sobre a importância das propostas arquitetônicas conversarem com a realidade, até mesmo, para transformá-las.

A partir da leitura do Plano Político e Pedagógico (PPP) da Escola Baréa, nota-se que houve grande avanço na proposta de educação, porém, por falta de incentivo público, ou outros entraves, sobretudo financeiros, dificultam a adaptação do espaço físico a um proposta de arquitetura pensada para implantação do plano pedagógico de uma escola democrática. Nos últimos anos, as educadoras e educadores se juntaram com os diversos atores da comunidade, para lutar pelo fortalecimento do processo educativo das crianças e adolescentes, a partir de novas propostas de aprendizado. Essas novas propostas foram baseadas em pesquisas sobre escolas inovadoras e democráticas, em especial a Escola da Ponte, em Portugal.

Foram desenvolvidas, então, ideias próprias, adaptadas à realidade da comunidade onde a Escola Baréa está localizada, a fim garantir permanência dos estudantes e promover a autonomia no meio escolar. Com ajuda da Comunidade Educadora, algumas ampliações, reformas, melhorias e adaptações já foram conquistas para a Escola Baréa, porém, nunca de uma maneira estruturada, ou que tivesse como base um anteprojeto arquitetônico estruturado. Aqui, portanto, está o grande desafio deste trabalho de conclusão de curso.

Link para visualiza��o do caderno:�https://issuu.com/franciscobrum/docs/tcc_caderno_a3_�

Este trabalho argumenta a favor da necessidade de espa�os que possibilitem as a��es em conjunto — espa�os de ag�ncia e cultura —, com a inten��o de tornar mais equ�nimes os processos de produ��o de conhecimento, educa��o e cultura.��Tamb�m s�o de interesse os argumentos a partir da linguagem — instrumento essencial da cultura — aplicados � arquitetura, como a no��o de aus�ncia de linguagem privada em Wittgenstein.�As reflex�es apresentadas culminam na elabora��o de um projeto arquitet�nico e urban�stico de car�ter p�blico, cultural e ambiental, localizado no aterro da Ba�a Sul da �rea Central de Florian�polis — um jardim p�blico e espa�o cultural que ressignifica a estrutura de concreto armado do Terminal Cidade de Florian�polis; um parque ambiental, focado em regenera��o de ecossistemas da mata atl�ntica e mitiga��o de alagamentos urbanos; al�m de diretrizes para outros equipamentos de uso p�blico.�Desenhos realizados pelo paisagista Burle Marx em seu projeto paisag�stico para o aterro da Ba�a Sul e alguns aspectos da mitologia local s�o reinterpretados enquanto linguagem p�blica na proposi��o projetual.

A partir da aproxima��o com a Arquitetura Corporativa, atrav�s de um est�gio, surge o interesse de pesquisar mais sobre a tem�tica e entender como a elabora��o de um ambiente de trabalho pode favorecer a produtividade individual, e fazer a diferen�a na vida das pessoas. Al�m disso, sempre existiu o interesse de fazer uma boa arquitetura com�edifica��es j� existentes, de maneira que atrav�s do reuso adaptativo fosse poss�vel valorizar ainda mais um espa�o abandonado atualmente. Unindo os fatos, o objetivo do trabalho � projetar um Coworking para Novos Arquitetos atrav�s da requalifica��o da Escola Antonieta de Barros, em Florian�polis.

Diante da urg�ncia de solu��es � crise s�cio ambiental, emerge como responsabilidade das universidades p�blicas a promo��o de pr�ticas pol�tico-pedag�gicas que reforcem a regenera��o ambiental. O desenho do campus universit�rio e as condi��es pelas quais a comunidade acad�mica realiza seus deslocamentos podem evidenciar potencialidades ou lacunas das pol�ticas p�blicas. Subvaloriza��o da mobilidade ativa, falta de acessibilidade, congestionamentos, redu��o de margens de c�rregos protegidos para ocupa��o irregular de estacionamentos s�o retratos comuns do cotidiano acad�mico no campus Trindade da Universidade Federal de Santa Catarina e est�o diretamente relacionados � degrada��o do meio ambiente e decorrentes da l�gica rodoviarista, intr�nseca no planejamento do campus desde sua funda��o. Concomitantemente, no campo da Tecnologia e Informa��o, a capacidade em digitalizar, manipular e prever os resultados de projetos, tem alterado drasticamente a forma como os profissionais de Arquitetura e Urbanismo lidam com os problemas do cotidiano urbano. Este trabalho utiliza registros de conex�o anonimizados da rede de WI-FI do campus para visualiza��o de din�micas humanas como ocupa��o e deslocamentos, permitindo verificar aspectos do ambiente constru�do e suas correla��es com a qualidade da caminhada do campus da Universidade Federal de Santa Catarina. As an�lises e resultados da avalia��o oferecem suporte para a formula��o de ensaios propositivos que refletem sobre diferentes cen�rios de aplica��o do m�todo proposto.

Hoje, cidade de Florian�polis possui apenas uma casa de passagem, a qual a perman�ncia m�xima � de 15 dias e com capacidade para apenas 20 mulheres. Apesar de existir todo um sistema de apoio, essas fun��es s�o espalhadas pela cidade em locais diferentes e com dist�ncias consider�veis.

O questionamento referente ao tema se intensificou durante a pandemia. A viol�ncia dom�stica sempre foi um tema muito recorrente na internet, por�m neste per�odo de reclus�o foi poss�vel notar um grande aumento em not�cias sobre esse assunto, e a pergunta ficou “Para onde essas mulheres v�o quando n�o se tem para onde ir?”

Ap�s entender a situa��o de Florian�polis, e como esse acolhimento era feito, foi-se identificado a necessidade de um local que possa concentrar diversos equipamentos de suporte, al�m de tamb�m contribuir com todo esse processo de recome�o, n�o s� emocional como tamb�m de independ�ncia financeira.��

Este trabalho consiste em�efetuar uma proposta de interven��o arquitet�nica e urban�stica em uma �rea do munic�pio de Florian�polis, por meio do desenvolvimento de um projeto para um equipamento p�blico de uso coletivo. A ideia � conceptualizar uma edifica��o imersa no tecido urbano da cidade, cuja forma e fun��o contribua para fomentar o conv�vio p�blico entre pessoas diversas e o meio urbano.�

Um projeto arquitet�nico com o intuito de promover a conscientiza��o sobre a tem�tica “sa�de mental” e oportunizar um maior acesso a pr�ticas terap�uticas de forma gratuita, a partir da cria��o de locais de atendimento, encontro, e pesquisa dentro do campus da UFSC. Ademais, que o pr�prio espa�o f�sico possa contribuir para a promo��o de bem-estar, atrav�s de caracter�sticas estudadas no �mbito da psicologia ambiental, se tornando um “espa�o restaurador”, destinado a perman�ncia da comunidade acad�mica e geral.

�� �O presente trabalho desenvolve um projeto arquitet�nico para um Centro Comunit�rio no Morro do Mocot�, Florian�polis - SC. Para a elabora��o do projeto foi realizada uma breve pesquisa sobre a hist�ria do Mocot� e estudos urban�sticos do local e seu entorno imediato. Junto ao l�der comunit�rio que acompanhou e auxiliou o projeto, foi desenvolvida uma metodologia baseada no projeto participativo, visando a colabora��o dos moradores no processo de constru��o coletiva de projeta��o por meio de oficinas realizadas na comunidade. Foram estudados diferentes terrenos, realizadas visitas e uma oficina. Como produto final, foi entregue um estudo preliminar do projeto elaborado com a comunidade, que servir� de base para as pr�ximas oficinas na busca de adequar o estudo para a realidade, as demandas e desejos dos moradores do Morro do Mocot�.

Cidade Encantada tem como objetivo a leitura de elementos arquitet�nicos e urbanos relevantes aos terreiros de Almas e Angola na regi�o central de Florian�polis, SC. � necess�rio, no entanto, entender as rela��es estabelecidas pelo microcosmo religioso da religi�o em suas singularidades, assim como trazer a tona as viv�ncias e singularidades da comunidade de santo, que vivenciam cotidianamente as particularidades do Almas e Angola, sabendo, no entanto, que cada terreiro apresenta suas pr�prias especifica��es. Para tanto, utilizou-se a amostragem de im�veis de fun��o religiosa para elencar elementos comuns de vi�s arquitet�nico e urban�stico, relacionando seu uso para com o meio urbano. Traz-se tamb�m os precedentes dos tombamentos de terreiros junto aos �rg�os patrimoniais e do entendimento que se faz em rela��o � sua salvaguarda, assim como as rela��es entre espa�o e lugar a partir da experi�ncia dos integrantes da comunidade de santo, utilizando-se de question�rio online.Percebe-se uma car�ncia de dados t�cnicos entre as rela��es urbanas e arquitet�nicas dos terreiros de Almas e Angola, assim como da viv�ncia da comunidade nos lugares que tangenciam o sagrado e o profano, modificando, assim, o entendimento de espa�o e lugar. � a partir de estudos deste g�nero que a discuss�o acerca das religi�es de origem africana adquirem espa�o dentro da academia e dos �rg�os p�blicos de tombamento, possibilitando, ent�o, o entendimento do culto e, consequentemente, a possibilidade de resguardo e manuten��o da ritualista garantindo sua perpetua��o entre as gera��es que ainda vir�o.

Conforme expl�cito no Objetivo 5 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustent�vel da Agenda de 2030: “a igualdade de g�nero n�o � apenas um direito humano fundamental, mas a base necess�ria para a constru��o de um mundo pac�fico, pr�spero e sustent�vel”. Ainda assim, as mulheres experienciam diferen�as significativas no viver da cidade quando comparado aos homens que as impossibilitam de exercer seu pleno direito � cidade. Com isso, o presente trabalho busca evidenciar principais trajetos no Centro de Florian�polis sob a perspectiva de g�nero e�propor alternativas para facilitar e melhorar a vida urbana da mulher, procurando amenizar as desigualdades que enfrentam diariamente.

A cultura italiana � muito presente no estado de Santa Catarina, assim como a de outros pa�ses, principalmente europeus que, em busca de uma vida melhor, sa�ram em dire��o ao desconhecido e, no Brasil, criaram ra�zes e contribu�ram imensamente para a miscigena��o da cultura do povo. A Resid�ncia Tamanini � um relato desse processo imigrat�rio de italianos, vindos da regi�o de Trento, para o Vale do Itaja�. Com o objetivo de salvaguardar essa parte da hist�ria e cultura da cidade de Rodeio - SC, e da fam�lia Tamanini, al�m de fornecer meios para facilitar a manuten��o da edifica��o e qualificar o uso j� adotado � propriedade, foi realizado este projeto de conserva��o e restaura��o. O resultado foi um material detalhado de levantamentos hist�rico, cadastral - atrav�s de laser scanner 3D e aerofotogrametria via drone -, mapeamento de danos, propostas volum�tricas e um plano completo de conserva��o para a edifica��o. Esse material ser� entregue para a fam�lia, com o intuito de ser mais uma ferramenta para a preserva��o deste bem.

O presente trabalho�busca analisar os processos hist�ricos que conformaram a Avenida Herc�lio Luz como a conhecemos hoje, e como se d�o as disputas socioespaciais pelo territ�rio at� a atualidade. A estudo foi elaborado�atrav�s de revis�o bibliogr�fica, coleta de relatos, pesquisa em mat�rias jornal�sticas, mapeamentos e entrevistas semiestruturadas. Por fim, investigo a ocupa��o urbana atual, analisando o uso noturno da regi�o e seus frequentadores.

Este trabalho pretende trazer contribui��es acerca de poss�veis pr�ticas de desenho manual visando o desenvolvimento da autonomia em rela��o a esta habilidade. Apesar de as pr�ticas contempor�neas de projeto apontarem na dire��o oposta, o desenho feito � m�o, enquanto linguagem de cria��o e comunica��o e como recurso de assimila��o de conhecimento, pode ser uma importante ferramenta complementar aos dispositivos digitais, a qual possui essencialmente o engajamento corporal como um de seus principais potenciais.

Proposta de Habita��o de Interesse Social, estudando as rela��es entre pessoa e ambiente.

Moradia Independente � um tema bastante recente no Brasil, apesar de ser uma proposta executada na Europa h� mais de 30 anos. Esse tipo de moradia oferece um suporte especializado para possibilitar que pessoas com defici�ncia tenham a op��o de morar sozinhas, propiciando aquisi��o de autonomia, e consequentemente melhorando a qualidade de vida dessas pessoas.�

O trabalho possui como justificativa a viol�ncia contra sujeitos queer no espa�o urbano, e questiona, portanto, quem pode vir a p�blico. Inicialmente, defende-se a cultura como elemento chave do direito � cidade e busca-se entender sua utiliza��o, nas gest�es urbanas, enquanto instrumento de espetaculariza��o do culturalismo de mercado e os fundamentos deste na heteronormatividade. Em rela��o a este processo busca-se, pois, alternativas de resist�ncia, na qual se analisa suas dimens�es est�tico-pol�ticas, sujeitos, espa�os e faz-se, como recorte do ensaio, intersec��es com a teoria queer.

Encontra-se como resposta a pr�tica cr�tica de arte dissensual queer, vista como fen�meno urbano, a partir da defesa do dissenso enquanto elemento que une arte e pol�tica. Defende-se o transbordar queer como jeito de fazer cidade a partir do ressoar constante de arte queer na rua como fluxo que mant�m a tens�o na arena p�blica. A partir do transbordamento articula-se o conceito de reverbera��o atrav�s do qual se alcan�a a educa��o est�tica, o ambiente necess�rio para o alcance de uma nova coletividade poss�vel, na qual igualdade e diversidade existem enquanto valores de reconhecimento na urbanidade.

Considerando as motiva��es iniciais apresentadas no trabalho, foram iniciadas pesquisas relacionadas aos temas pertinentes, como uma an�lise hist�rica da regi�o e a busca por poss�veis locais de interven��o. E, consequentemente, come�ou a constru��o da tem�tica central do Trabalho de Conclus�o de Curso (TCC) – um parque ecol�gico e ambiental na Serra Catarinense. Trata-se de uma narrativa, que come�a entendendo a riqueza natural que a Serra Catarinense possui, em especial as atuais Unidades de Conserva��o (UC), como e por quem foram apropriadas. Al�m disso, foi analisado, conjuntamente, o ciclo da madeira de arauc�ria e os problemas ambientais que acarretaram na devasta��o de grandes extens�es dessas florestas e no massacre de grupos ind�genas, rompendo fortemente suas heran�as socioculturais.

Ademais, com o acelerado crescimento e a expans�o urbana, torna-se imprescind�vel pensar na preserva��o da natureza e no equil�brio da ocupa��o urbana. Assim, o trabalho pretende analisar como preservar a mem�ria do processo hist�rico e a riqueza ambiental do Parque Natural Municipal Jo�o Jos� Theodoro da Costa Neto (PARNAMUL) – uma Unidade de Conserva��o em Lages, Santa Catarina. Ainda assim, como transform�-lo, efetivamente, em um parque integrado com a estrutura urbana da cidade e da regi�o, com os demais equipamentos urbanos e com a sociedade. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho foi definido com o seguinte questionamento: como garantir a preserva��o ambiental do Parque Natural Municipal Jo�o Jos� Theodoro da Costa Neto e efetiv�-lo como espa�o p�blico de lazer, de obten��o de conhecimento e de integra��o com a sociedade?

E, ent�o, a partir da indaga��o, iniciou-se o processo propositivo que analisou, em diferentes escalas, como desenvolver o projeto. Desde a escala macro, que analisa o PARNAMUL e seu entorno imediato, transitando por escalas at� chegar � proposta do Parque Ambiental na Serra Catarinense.

Este trabalho consiste na proposta de diretrizes de desenho urbano para o centro da cidade de Florian�polis, em torno do Rio da Bulha, atualmente canalizado sob a Avenida Herc�lio Luz. A proposta, formulada a partir do conceito de Trama Verde e Azul,�surge ap�s uma s�rie de pesquisas e reflex�es acerca do hist�rico e forma��o da �rea, bem como, sua din�mica urbana, social e cultural atual a partir do seu eixo estruturante, o Rio.

A escolha da tem�tica � resultado de questionamentos e inquieta��es, que cresceram ao longo dos anos na gradua��o, em rela��o ao espa�o urbano e suas fun��es, tanto sociais, culturais quanto ambientais. Al�m disso, em minha viv�ncia, como moradora do centro e constante frequentadora da �rea de estudo, me intrigava o fato de um rio correr por baixo de uma das mais importantes vias da cidade e nada sequer remeter � sua exist�ncia. Como pode um espa�o, que teve sua origem a partir das margens do rio, apag�-lo completamente da mem�ria urbana?

O presente trabalho investiga aspectos centrais da ideologia dominante na arquitetura, que perpassam tanto o desenho quanto o canteiro de obras, abordando elementos acerca da espolia��o e superexplora��o dos sujeitos diretamente envolvidos no trabalho bra�al da constru��o. Para tal, foi realizada uma revis�o bibliogr�fica sobre o tema a partir dos escritos de Karl Marx (1867), Henri Lefebvre ([1974] 2000; [1968] 2008), S�rgio Ferro ([1976] 2006), bem como demais autores e autoras inseridos no campo da Teoria Marxista da Depend�ncia e da Perspectiva Racial que se destacam aqui como marco te�rico escolhido. Nesse sentido, o objetivo geral do trabalho � identificar o papel dos atores urbanos na constru��o da arquitetura e da cidade como obra e o papel dos autores hegem�nicos atrav�s do seu planejamento como mercadoria e apropria��o privada. A hip�tese inicial, confirmada ao final do trabalho, � que o processo produtivo de arquitetura na sociedade capitalista cumpre uma fun��o espec�fica para a reprodu��o do capital atrav�s da ideologia imposta pelo sistema com o objetivo de encobrir as rela��es sociais e as contradi��es entre as classes.�

Palavras-chave: ideologia na arquitetura; processo de superxplora��o e�espolia��o urbana a partir do canteiro de obras; papel dos atores urbanos na constru��o da cidade.

O presente Trabalho de Conclus�o do Curso de Gradua��o em Arquitetura e Urbanismo do Centro Tecnol�gico da Universidade Federal de Santa Catarina intitulado: “Quintais produtivos: movimentos sociais, espa�o urbano e meio ambiente, tem como objetivo compreender o processo de desenvolvimento de quintais produtivos, no espa�o urbano, configurado o Quintal da Comunidade Jos� Boiteax, localizado no Maci�o do Morro da Cruz na cidade de Florian�polis/SC, visando com isso uma investiga��o no Territ�rio do Maci�o do Morro Cruz, de como os quintais produtivos contribuem para o resgate de forma simb�lica (l�dica) da mem�ria cultural e sensorial da comunidade, buscamos tamb�m fazer uma an�lise do processo de desenvolvimento da Horta Gestus Comunit�ria, do movimento social Integrar-Gestus e suas redes, neste territ�rio, com essa a��o social, refletimos sobre a constru��o dos espa�os produtivos dos quintais urbanos, trazendo os elementos que possibilitaram o seu desenvolimento, como a forma��o de multir�es, apresentando tamb�m os fatores limitadores do processo, como a n�o continuidade do mesmo. A primeira etapa, est� ancorada no �mbito reflexivo, no qual contextualizo uma narrativa espacial e hist�rica da �rea de estudo. Neste sentido, por meio de refer�ncias bibliogr�ficas busco fundamentar o embasamento te�rico deste trabalho. O desenvolvimento metodol�gico para dar conta desta pesquisa foi, por meio de refer�ncias bibliogr�ficas, na qual busco fundamentar o embasamento te�rico deste trabalho, apresentado as categorias de movimentos sociais, quintais produtivos e lugar (as comunidades). Procurando compreender qual o potencial dos quintais para a futura produ��o de alimentos nestes espa�os vazios da comunidade, e com isso, resgatar as tradi��es ancestrais dos antepassados, cren�as religiosas, h�bitos rurais e a rela��o entre os espa�os e seu entorno imediato, foi pensado na perspectiva de um processo participativo com a comunidade, para melhor compreendermos as necessidades dos moradores, desta forma agregar ao projeto experimental o valor de pertencimento, etapa que ficou limitada devido a pandemia do covid-19 iniciada em mar�o de 2020 no Brasil. Para dar conta dessas reflex�es, utilizamos os referenciais de SANTOS (1979), BRITO (2000), ADICHIE (2010), MARICATO (2013) e SOUZA, M. A. D.; J�NIOR, H. C.(2020). O projeto da Horta Gestus Comunit�ria, nos trouxe um processo de aprendizagem intenso, pois mergulhamos nas leituras e forma��es, na qual foi poss�vel constatar que � preciso ter um maior cuidado com as interven��es nos territ�rios, trazendo sempre os moradores como protagonistas do processo, para que tenhamos mais �xito na continuidade do mesmo. Tamb�m nos faz refletir sobre o papel do arquiteto e urbanista no processo de conhecimento aliado com o compromisso social, sendo assim o paisagismo n�o � s� est�tico e decorativo, mas ele cumpre com a fun��o social e desta forma pode ser aplicado nos territ�rios. Palavras-chaves: Espa�os urbanos, Quintais produtivos, Movimentos sociais, Paisagismo.

Nos �ltimos anos tem se registrado um aumento significativo de desastres socionaturais no pa�s, quando uma amea�a natural encontra uma sociedade vulner�vel causando m�ltiplos danos, e com isso gerando um n�mero cada vez maior de pessoas necessitadas de amparo f�sico, material e psicol�gico por conta de tais eventos. Nesse contexto, muitas fam�lias se veem for�adas a recome�ar tudo o que constru�ram, e comumente t�m seu cen�rio p�s-desastre agravado pela falta de assist�ncia e recursos que auxiliem na sua reestrutura��o.�
O objetivo deste trabalho � compreender os cen�rios dos desastres socionaturais e contribuir para redu��o das demandas que surgem a partir deles, principalmente relacionadas �s perdas habitacionais. Com isso, trazer uma proposta arquitet�nica que sirva como um dos instrumentos de assist�ncia a essa popula��o, servindo como abrigos tempor�rios modulares, apresentando solu��es construtivas r�pidas, eficientes, de f�cil acesso e bom custo-benef�cio, al�m de proporcionar conforto, acolhimento e dignidade aos atingidos em fase de recupera��o.

�As constru��es hist�ricas da minha cidade natal sempre me chamaram a aten��o. Em Muzambinho, vi a possibilidade de conhecer mais sobre a identidade do meu pr�prio estado, minha pr�pria
cidade, dentro do tema que mais me encanta na arquitetura, o restauro. Foi nesse cen�rio que escolhi como tema do meu estudo a Antiga Esta��o Ferrovi�ria de Muzambinho, que traz � tona a import�ncia do caf� e da ferrovia para o crescimento econ�mico do Brasil no in�cio do s�culo XX.
O objetivo deste trabalho � requalificar o antigo pr�dio da Esta��o e seu entorno,�entendendo a necessidade da cidade como um todo e inserindo essa �rea, hoje deixada�de lado, na urbe. Com o intuito de resgatar as caracter�sticas das antigas esta��es da Mogyana�a este remanescente hist�rico de grande relev�ncia para o Patrim�nio de Minas�Gerais, ser� feita uma an�lise da tipologia do edif�cio e de como esse resgate � poss�vel.
A edifica��o tem localiza��o privilegiada na �rea central de Muzambinho e foi tombada�como patrim�nio hist�rico pelo munic�pio no final do s�culo XX, por�m passou por�v�rias modifica��es antes disso que a fez perder parte de sua linguagem arquitet�nica original.

Sabe-se que as doen�as do s�culo, como ansiedade, depress�o, obesidade e ins�nia, est�o intimamente relacionadas com o ambiente constru�do e com o per�odo que despendemos sob sua influ�ncia. Nesse contexto, as crian�as requerem especial aten��o, visto que a inf�ncia � objeto que n�o pode ser negligenciado e o�espa�o em si representa uma das principais fontes de est�mulos nessa fase da vida. Um ambiente estimulante, portanto, pode ser decret�rio no progresso de habilidades e capacidades cognitivas que v�o perdurar at� a fase de maturidade plena do sistema nervoso, demonstrando a imensa responsabilidade que � pensar o espa�o.�

Diante destas provoca��es, este trabalho tem como objetivo estabelecer diretrizes consideradas relevantes para projetar um espa�o p�blico de qualidade para crian�as, intencionando tanto a divers�o, quanto crit�rios essenciais para um desenvolvimento cognitivo efetivo. Ao final, prop�e-se equipamentos urbanos para exemplificar a transposi��o da teoria � pr�tica, resultando em oportunidades para que a crian�a se aproprie e viva a rua. As diretrizes, todavia, s�o aplic�veis a diversos tipos de espa�os p�blicos e contextos, visto que o prop�sito principal � promover uma mudan�a no paradigma da viv�ncia das crian�as na cidade.

A partir da fundamenta��o te�rica, buscou-se um aprofundamento no estudo da rela��o crian�a-ambiente, al�m de uma compreens�o aprimorada de como ocorre o progresso infantil e quais incentivos o espa�o pode fornecer para enriquecer esse processo. Em outras palavras, um discernimento sobre a influ�ncia do espa�o p�blico no desenvolvimento infantil. Indagou-se, tamb�m, sobre quais circunst�ncias nos levaram ao cen�rio atual, no qual as crian�as n�o brincam na rua, com a pretens�o de elucidar como reconquistar os v�nculos rompidos entre crian�a e cidade. Esse conjunto de informa��es foi essencial para estabelecer as diretrizes projetuais, que posteriormente foram ponderadas em um estudo de caso realizado em um playground. �Vale destacar, ainda, que o pensamento cr�tico proposto neste trabalho � idealizado a partir da interse��o de campos de conhecimento distintos aplicados ao desenho urbano. Apresenta-se aportes relacionados � psicologia ambiental, neuroci�ncia aplicada � arquitetura, design baseado em evid�ncias, planejamento urbano, sociologia da inf�ncia e pedagogia, refletindo em uma leitura transdisciplinar a respeito desta tem�tica.��

Este trabalho trata da Ba�a da Babitonga e de sua import�ncia estruturante para fomentar atividades de lazer, conectividade e economia para a regi�o, mas tamb�m para preservar a hist�ria e a riqueza da fauna e flora existente nesse meio.

Para melhor compreender as din�micas em uma escala do cotidiano das pessoas, � apresentado um pequeno recorte da comunidade Vigorelli, que faz margens a ba�a na regi�o leste de Joinville, entendendo melhor a import�ncia da ba�a para uma escala regional, mas tamb�m para uma escala de bairro.

Atualmente, constata-se que as crian�as est�o se afastando do contato com a natureza e com os espa�os p�blicos das cidades, seja pela crescente urbaniza��o, pela sensa��o de inseguran�a, pela falta de espa�os livres nas cidades ou mesmo pela mudan�a de h�bitos, brincadeiras e rotinas. O fato � que as crian�as, principalmente aquelas que vivem em contexto urbano, est�o perdendo o direito de se apropriar do espa�o p�blico como lazer, das brincadeiras ao ar livre e, consequentemente, o brincar acontece em locais fechados. Pensando nesse contexto, as escolas s�o um bom ponto de partida para se buscar a recupera��o do lugar da crian�a nas cidades, pois a integra��o da escola com a comunidade e a inser��o dos p�tios escolares na rede de espa�os p�blicos e verdes da cidade podem ser formas de quebrar as barreiras existentes entre as institui��es de ensino e o meio urbano em suas diferentes escalas.

Desta forma, este trabalho refere-se � proposta de um N�cleo de Educa��o Infantil Municipal (NEIM) no Morro do Quilombo, na cidade de Florian�polis-SC, que visa priorizar a rela��o das crian�as com os espa�os livres de edifica��o — naturais ou da cidade. Tem como premissa a utiliza��o dos p�tios como um meio de reconectar as crian�as ao meio ambiente e �s brincadeiras ao ar livre, fornecendo a possibilidade de aprendizado e socializa��o.

A constru��o civil � um dos setores da ind�stria brasileira que mais exp�e o trabalhador aos
riscos ocupacionais e consequente acidentes de trabalho. Na maioria dos canteiros n�o � oferecido
ao oper�rio um ambiente de trabalho adequado, conforme recomendam as normas t�cnicas
vigentes. As �reas de viv�ncia, que s�o instala��es provis�rias, acabam sendo muito prec�rias pois
recebem pouco investimento e dependendo do porte da obra, passam despercebidas pelos �rg�os
de fiscaliza��o.
Diante de tal cen�rio, ser� proposto uma alternativa de �rea de viv�ncia modular, de car�ter
provis�rio e que atenda �s necessidades dos trabalhadores da constru��o civil em diferentes
canteiros e tipologia de obras, proporcionando condi��es dignas de trabalho al�m de auxiliar e dar
suporte para algumas atividades realizadas no canteiro
�

Com este trabalho proponho desenvolver um caderno cartogr�fico no qual conta a hist�ria da urbaniza��o da favela Pedreira Prado Lopes (PPL), localizada em Belo Horizonte, que ocorreu via Or�amento Participativo (OP). Esta comunidade � uma das mais antigas da cidade e, por se localizar ao lado do centro da capital, � atravessada historicamente por diversos interesses ligados ao Estado, ao Capital e sociedade civil, que, naquele territ�rio, significou a consolida��o�da resist�ncia popular na luta pelos direitos dos favelados e por urbaniza��oo em assentamentos informais no munic�pio.

Objetivo integrar a demanda dos pr�prios moradores da comunidade e meus interesses enquanto estudante, pesquisadora e futura arquiteta e urbanista. Isso significa, respectivamente: (i) visibilizar a hist�ria da favela e de seu processo de urbaniza��o, conquistado com muita luta, mobiliza��oo, trabalho de base e resist�ncia popular; e (ii), abordar a import�ncia do papel social da Universidade a partir da minha pr�pria experi�ncia em projetos de extens�o universit�ria em que participei ao longo do percurso de gradua��o e o papel da extens�o universit�ria na forma��o de profissionais que estejam conscientes sobre a produ��o espacial das cidades brasileiras.

Em meu caderno cartogr�fico, produto final deste TCC, a hist�ria da favela ser�contada pelos pr�prios moradores com narrativas suas ao longo do texto. Busco trazer a voz dos invisibilizados, a hist�ria baseada no cotidiano por quem vive e tem sua origem no territ�rio e visibilizar o “outro lado” da hist�ria.

Parte da cartografia transescalar trazida neste trabalho - narrativas locais, linha do tempo, mapas, fotografias - tamb�m se relaciona aos dois anos de extens�o e pesquisa universit�ria na PPL em que participei com base no m�todo cartogr�fico Indisciplinar - m�todo em constru��o pelo grupo de pesquisa Indisciplinar/UFMG e que, de modo geral, imbrica a teoria e pr�tica. Essa atua��o ocorreu junto �s pesquisas extensionistas Territ�rios Populares e Cartografia da Percep��o Popular do Or�amento Participativo em Belo Horizonte, aos projetos de extens�o Geopol�tica e Cidades e Urbanismo Biopol�tico, ligados ao programa de extens�o Ind.lab, e ao Grupo de Estudos sobre a Regi�o da Lagoinha, ligados ao Indisciplinar, e � rede nacional do BrCidades.

A Lagoa da Concei��o � parte de um ecossistema complexo e delicado,�rica�em belezas naturais. H� algumas d�cadas esse ecossistema vem sendo agredido pela a��o humana, devido ao crescimento urbano acelerado, � falta de infraestruturas p�blicas e conscientiza��o das pessoas. Em muitos pontos a orla � ocupada por edifica��es, �reas de preserva��o s�o invadidas e o derramamento indevido de esgoto nas �guas n�o � incomum.

Pensando nisso, o Centro Ambiental Lagoa Viva busca oferecer um espa�o p�blico acess�vel e de qualidade que aproveite as potencialidades da lagoa e da natureza ao seu redor. Nele acontecer�o atividades integrando cultura, lazer e educa��o, promovendo, juntamente, a conscientiza��o ambiental. Por meio das atividades do centro ambiental pretende-se contribuir com o monitoramento da qualidade da lagoa e tamb�m promover a educa��o ambiental da popula��o e o cuidado com o ecossistema.

�O grande e desenfreado crescimento populacional somado aos comportamentos consumistas, aos modos de produ��o poluentes e a m� explora��o dos nossos recursos naturais formou um conjunto de comportamentos que conduziu a humanidade a uma grande crise socioambiental. A origem dos alimentos que chegam �s nossas mesas est� intimamente relacionada a isso. Baseada no lucro e no aumento da produ��o, a fim de garantir o fornecimento de alimentos durante o ano inteiro e em larga escala, juntamente a produ��o capitalista do espa�o urbano, expulsou quase inteiramente essas pr�ticas do contexto das nossas cidades. Nosso alimento � produzido cada vez mais longe de nossas mesas, e o ser humano, ref�m da urbaniza��o que construiu ambientes urbanos cada vez mais nocivos aos seus habitantes, se encontra cada vez mais desconectado do ambiente natural. Sendo assim, podemos considerar as pr�ticas remanescentes de agricultura urbana como uma forma de resist�ncia, porque lutam contra a sua expuls�o do solo urbanizado.
A agricultura urbana est� baseada na luta por esse solo, concentrado cada vez mais nos poderes da especula��o imobili�ria. Diante disso, a import�ncia dos movimentos sociais para a continuidade dessas pr�ticas nesse contexto, apoiados pelos princ�pios de planejamento da Permacultura e pelo modo de produ��o da Agroecologia na luta contra o modo de produ��o capitalista, por uma rela��o harm�nica e sustent�vel entre a nossa sociedade e o ambiente onde vivemos.
Compreendendo que uma maior proximidade entre a produ��o de alimentos e o consumo dos mesmos pode ser ben�fica ambientalmente, socialmente e economicamente, este trabalho tem como principal objetivo estreitar esta rela��o, e por meio dela promover a reconex�o do ser humano urbanizado com a natureza. Atrav�s da cria��o de mecanismos, em diversas escalas, viabiliza e d� suporte a apropria��o das pessoas de modo adequado pelas pr�ticas de Permacultura Urbana.
O trabalho se inicia por uma pesquisa te�rica a respeito da Agricultura, da Permacultura e da Agroecologia, bem como o enfoque dessas pr�ticas dentro do contexto de Florian�polis. Tem sua continuidade a partir do desenvolvimento de um levantamento das principais t�cnicas e diretrizes poss�veis dentro do contexto urbano, e tamb�m do desenvolvimento de mobili�rios urbanos que viabilizam a Produ��o, a Comercializa��o e o Descarte, respectivamente, de produtos da Permacultura Urbana. Por fim, a elabora��o de um equipamento comunit�rio e educativo no Jardim Bot�nico de Florian�polis voltado � dissemina��o dos conhecimentos da Permacultura e ao apoio a essas pr�ticas, de modo a coordenar essas a��es e promover o fortalecimento de uma rede de pequenas interven��es na cidade de Florian�polis.

O deslocamento for�ado � uma das experi�ncias traum�ticas mais apagadas da hist�ria da humanidade. A pessoa migrante faz parte de um grupo social e legalmente invisibilizado, para o qual muitas ONG’s destinam seus esfor�os. Entretanto, poucos espa�os f�sicos de qualidade est�o � disposi��o desse grupo vulner�vel. O objetivo deste trabalho � desenhar uma arquitetura que seja o cen�rio do amparo psicol�gico, laboral para todas as pessoas migrantes em Santa Catarina e um espa�o sede para a Organiza��o pelos Imigrantes e Refugiados (OPIR). Desse modo, ser� abordado o hist�rico da imigra��o no cen�rio mundial e brasileiro, uma an�lise cr�tica dos espa�os f�sicos j� existentes para auxiliar a chegada do imigrante em seu pa�s de destino e entrevistas com pessoas migrantes e refugiadas que vieram para o Brasil.

A morte faz parte da vida e est� presente no cotidiano de todos. No entanto, os espa�os de morte s�o negligenciados, desprezando-se a oportunidade que t�m, como arquitetura, de influenciar positivamente as rela��es e viv�ncias neles. A arquitetura pode, dentro do poss�vel, minimizar a dor e o trauma e facilitar o luto. Atrav�s da sua materialidade a vida que j� n�o existe se faz permanecer na mem�ria, transformando a arquitetura em monumento.

De forma a valorizar os espa�os de morte dando-lhes dignidade e lugar dentro da din�mica urbana se prop�e neste trabalho uma arquitetura funer�ria que tenha como ess�ncia a mem�ria, o acolhimento e a rela��o com a natureza. Ainda, inserindo-a em local estrat�gico na cidade de Florian�polis, fomentar uma reflex�o sobre nossa rela��o com a morte, os impactos negativos dos tradicionais m�todos de sepultamento e o direito de acesso da popula��o a uma despedida digna e ecologicamente mais correta.

A proposta consiste em um Cremat�rio e Parque Memorial p�blico para a cidade de Florian�polis, que navegue entre a imperman�ncia do corpo f�sico e a perman�ncia da mem�ria.

Pouco se discute a reabilita��o de edifica��es subutilizadas frente � necessidade de habita��o em �reas centrais, que se aproveita da infraestrutura, boa localiza��o, acessibilidade e presen�a de equipamentos e servi�os. Justifica-se a pouca aplica��o desta experi�ncia o valor dessas �reas centrais, um empecilho � pr�tica urbana mais sustent�vel - responsabilidade de agentes da constru��o civil -, por�m percebido que se h� uma estrutura j� estabelecida, o valor que seria investido nisso pode ser abatido no valor do im�vel, ou negociado junto ao Estado incentivos construtivos para a viabilidade da edifica��o. A falta de dom�nio t�cnico � outro item que faz com que o mercado da reabilita��o de edifica��es seja subestimado. O presente trabalho de conclus�o de curso procura observar as diversas possibilidades de usos n�o culturais do patrim�nio cultural de natureza material e sua din�mica no tecido urbano j� consolidado, como tamb�m sua ativa fun��o social na aplicabilidade em habita��o de interesse social associado a usos mistos da edifica��o. A din�mica do trabalho parte do pressuposto do entendimento pr�vio e global do significado do patrim�nio hist�rico-cultural, partindo ent�o desmembrar a ess�ncia de casos brasileiros em seus variados contextos e a legisla��o pertinente a estas edifica��es em espec�fico.

A partir do s�culo XV iniciaram-se as Grande Navega��es, evento que marcou a divis�o do mundo em dominantes e dominados. Ap�s chegarem nas Am�ricas, os estados-na��es europeus come�aram o processo de domina��o e explora��o das mat�rias primas, das riquezas e dos povos que j� ocupavam esse espa�o – processo este nomeado de colonialismo. O dom�nio desse territ�rio e dessas popula��es n�o se deu apenas com a for�a e com a imposi��o. Junto a esses fatores, estabeleceu-se a estrat�gia de coloniza��o epist�mica, dada pela domin�ncia de certos conceitos, categorias, e vis�es de mundo.

Mesmo ap�s declarada a independ�ncia do Brasil, a coloniza��o epist�mica perpetuou-se, dando continuidade �s pr�ticas de colonialidade em territ�rio nacional. Dessa forma, parte significativa da produ��o te�rica e da forma��o pol�tica do nosso pa�s foi (e ainda �) constitu�da a partir de pilares etnoc�ntricos, silenciando as perspectivas e as demandas locais n�o conformantes e tidas como subalternas.

Dentre as pol�ticas arraigadas por concep��es da colonialidade temos as que definiram e orientaram as quest�es territoriais e ambientais em �mbito nacional. Essas, por muito tempo, desconsideraram o uso tradicional da terra, n�o legitimando a diversidade fundi�ria existente no Brasil, assim como definindo o ser humano, necessariamente, como ser degradador do ambiente natural.

Objetivando a preserva��o dos recursos naturais essenciais para a sobreviv�ncia, a partir da d�cada de 1970, s�o estabelecidas ao longo do globo, a partir de uma perspectiva etnoc�ntrica, ilhas de conserva��o ambiental, onde o homem pudesse reverenciar a natureza selvagem intocada. Esse processo, encontrou um embate em territ�rio nacional: as regi�es ricas em biodiversidade, as quais se tornaram unidades de preserva��o, eram as mesmas que, constantemente, abrigavam povos e comunidades tradicionais. Mesmo que a concep��o sobre essas �reas tenha se alterado com a Lei n� 9.985/2000, respons�vel em instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conserva��o da Natureza (SNUC), ainda � dif�cil perceber a concilia��o entre o ser humano e natureza e o reconhecimento do direito desses povos permanecerem em seus territ�rios origin�rios.

Nesse sentido, em 1976, a praia de Naufragados, balne�rio da capital catarinense, passou a ser englobada por uma Unidade de Conserva��o estadual. Desde ent�o, a comunidade pesqueira a�oriana que ali reside e que realiza o manejo sustent�vel de seus recursos naturais perdeu o seu direito a permanecer em seu territ�rio historicamente ocupado. O presente trabalho visa, a partir de uma reflex�o cr�tica sobre as rela��es de poder e de colonialidade no �mbito do conhecimento, compreender as percep��es da comunidade de Naufragados acerca de seu territ�rio e as rela��es que a comunidade estabelece com o mesmo. Procurando contribuir para a comunidade com um material escrito a partir da perspectiva de um trabalho de conclus�o de curso de gradua��o em arquitetura e urbanismo, o trabalho finaliza com uma explora��o de instrumentos de planejamento s�cio-espacial que poderiam ser utilizados a fim de garantir a perman�ncia da comunidade e de suas pr�ticas de subsist�ncia de forma harm�nica com o ambiente natural.

A partir do estudo te�rico sobre diversos conceitos de educa��o e da leitura do bairro S�o Jo�o do Rio Vermelho (Florian�polis/ SC), o presente trabalho apresenta um anteprojeto que busca influenciar a transforma��o do bairro em diversas escalas e abrang�ncias, com propostas que transitam entre o urbano e o arquitet�nico. A costura dessa aproxima��o em diferentes escalas � feita atrav�s dos conceitos estudados, especialmente os de “Educa��o Cr�tica”, “Territ�rios Educativos” e de “Educa��o integral”, os quais conduzem a solu��es onde o ensino extrapola os muros das escolas e abrange toda a comunidade.

O trabalho resulta na produ��o de um projeto arquitet�nico de moradia social com uso misto, com estrutura em madeira e localizado na Avenida Beira Mar, em Florian�polis. O t�tulo do trabalho faz refer�ncia � provoca��o criada ao longo do processo: propor um edif�cio de habita��o social em uma das regi�es cujo valor do m� � o mais alto da cidade. Para justificar esta proposta, levantam-se quest�es sobre direito � cidade, desigualdade socioespacial, as infraestruturas que transformaram a regi�o, as din�micas do mercado imobili�rio com estudos de caso do local, densidade e plano diretor, desenvolvimento sustent�vel, entre outros.

Esse Trabalho de Conclus�o de Curso tem como objetivo desenvolver�um�estudo e uma proposta para a cria��o de uma nova centralidade para o norte da Ilha a partir de crit�rios de sustentabilidade e baixo impacto ambiental utilizando�o terreno p�blico do Estado onde atualmente est� sendo implantado o Sapiens Park.

Buscaremos apontar ao longo do presente trabalho a exist�ncia de um imagin�rio social dominante quanto a est�tica da arquitetura hoje, assim como apontar alternativas de atua��o e de novos padr�es est�ticos poss�veis dentro deste mesmo cen�rio. Para isso, buscaremos analisar e estudar alguns padr�es est�ticos da arquitetura contempor�nea atrav�s de uma perspectiva que parte essencialmente de estudos culturais e no��es como de o gosto sendo ele pr�prio uma constru��o social. Um imagin�rio social quando se torna dominante � uma quest�o interessante, importante
e delicada, pois ele tende, a partir da�, a se tornar real - ainda mais real -, de maneira a se materializar, ser vis�vel para al�m do mundo do imagin�rio, partindo para o mundo concreto e edific�vel - ainda mais no caso da arquitetura, uma mistura de arte com t�cnica que envolve essencialmente a constru��o de objetos s�lidos, de constru��es. Nesse sentido, na perspectiva dos estudos culturais, admitimos que a elabora��o de padr�es est�ticos, - ou, noutras palavras, admitirmos que a elabora��o de gostos e anseios individuais -, s�o embasados, a priori, por um imagin�rio social coletivo. Temos ent�o, dessa maneira, que um imagin�rio social dominante pode tender � formula��o de um gosto dominante, assim como tender a formula��o de padr�es est�ticos dominantes.

Trazendo esta reflex�o para o contexto brasileiro, segundo pesquisa de censo do CAU/BR (2015), a arquitetura no Brasil hoje pode muito ser vista como “atividade de luxo” (Pinheiro, Aroldo. Ex-presidente do CAU. 2015), considerando que apenas 15% da popula��o tem condi��es de contratar um respons�vel t�cnico por suas obras, sendo que, do total entrevistado, apenas 7% s�o arquitetos (CAU/BR. 2015). Discutiremos aqui ent�o, portanto, as implica��es de um imagin�rio social dominante para os padr�es est�ticos da arquitetura mais especificamente no caso brasileiro. Como forma de evidenciar materialmente as implica��es de um imagin�rio social dominante para os padr�es est�ticos da arquitetura contempor�nea buscaremos aqui analisar em diversas escalas arquiteturas contempor�neas nacionais. As an�lises ser�o feitas de maneira que se aprofundam da maior para a menor escala: partem de an�lises urbanas, seguem para an�lises da volumetria e plantas de edif�cios e p�r fim a an�lises na escala residencial (fachadas e ambientes de interiores). Tamb�m buscaremos analisar estas mesmas escalas em diferentes cidades, afim de investigar se existem limites geogr�ficos destes padr�es est�ticos hegem�nicos. As cidades escolhidas para analise s�o Florian�polis, - cidade da onde se escreve e reside o autor do trabalho -, e S�o Paulo, que pela condi��o de polo financeiro e econ�mico no Brasil e pela sua fama de “cidade globalizada”, julgamos ser uma cidade caricata para expressar as tend�ncias - em especial de padr�es est�ticos - do mercado tanto global quanto nacional. Ademais, se buscar� analisar tamb�m alguns ve�culos midi�ticos de arquitetura e se existem padr�es est�ticos nestes.

Por fim, nessa perspectiva, o presente trabalho acredita que intervindo em padr�es est�ticos podemos tamb�m estar intervindo, ainda que indireta e sutilmente, em processos culturais e num imagin�rio social coletivo. N�o obstante ao fim do trabalho - e sendo esse seu objetivo principal - se buscar� realizar e evidenciar propostas de formas alternativas para como atuar e intervir neste delicado e elitizado horizonte em que os arquitetos brasileiros hoje se situam (CAU/BR 2015) e que pode parecer, por diversas vezes, padronizar e limitar demasiadamente a est�tica da arquitetura.

A fome � um fen�meno mundial que participa da hist�ria do capitalismo e atinge principalmente o elo fr�gil do sistema capitalista mundial. Contudo, esse problema social estava em decl�nio nas �ltimas d�cadas.�No ano de 2020 o mundo enfrentou o in�cio de uma pandemia causada pelo COVID-19, o qual aliado com a crise econ�mica que vem sendo enfrentada, teve como consequ�ncia o aumento da fome e/ou � falta de acesso � alimenta��o adequada, gerando assim inseguran�a alimentar. O direito � alimenta��o adequada � um direito social previsto na Constitui��o Federal, sendo assim este trabalho prop�e a concep��o de um equipamento p�blico de alimenta��o e nutri��o para a cidade de Florian�polis, chamado de Restaurante Popular, afim de garantir o direito � alimenta��o adequada e a seguran�a alimentar, al�m de ser um espa�o plural aliando outros usos e outras atividades.