Trabalhos de Conclusão de Curso

O ditado popular de que “Gosto n�o se discute” utilizado para exprimir que tratando-se da subjetividade baseada na individualidade n�o h� discord�ncia ou argumenta��o contr�ria, sendo assim, um imperativo m�ximo, mascara a realidade de que gosto pode ser influenciado ou definido pelo mundo exterior.
Este trabalho tem como objetivo investigar o senso comum que existe diante de discursos e escolhas arquitet�nicas. Este senso comum n�o acontece ao acaso, ocorre de maneira arbitr�ria, e � constru�do socialmente pelas rela��es sociais, pol�ticas e econ�micas e influenciadas pelo consumo, meios de comunica��o e redes sociais, criando assim uma homogeneiza��o do gosto.
Deste modo, o prop�sito de tal trabalho � desenvolver uma investiga��o atrav�s de experimentos fotogr�ficos e emp�ricos, an�lise de imagens e colagens e revis�es bibliogr�ficas para evidenciar esta homogeneiza��o. Assim sendo procuro fazer uma cr�tica a essa pasteuriza��o nas cidades investigando suas consequ�ncias. �

Para a mulher, � negada a vida p�blica, j� que historicamente sua constru��o social de g�nero lhe imp�e o papel da vida privada, dentro de casa, tendo a cidade como um lugar opressor ou ao menos perigoso. Este trabalho busca expor os fatores que impossibilitam a mulher de exercer seu pleno direito � cidade e elaborar propostas que visam garantir a presen�a da mulher no espa�o urbano, ocupando e vivenciam o espa�o p�blico do Centro de Florian�polis fora do hor�rio comercial.

Resumo

O campus e seus edif�cios devem congregar pr�ticas de�sociabilidade entre a popula��o universit�ria e a comunidade�externa. Tais pr�ticas acontecem no ensino, na pesquisa e na�extens�o. Sobretudo na �rea da sa�de, essas atividades demandam�edif�cios complexos e um conjunto de estruturas de apoio, a�exemplo de espa�os livres e estacionamentos. Este trabalho consiste�no novo conjunto de Cl�nicas Odontol�gicas do Centro de Ci�ncias�da Sa�de (CCS), na UFSC. Exploram-se paralelamente programas�destinados � comunidade universit�ria de outros centros de ensino�e � popula��o de fora da universidade, compreendendo essas�pr�ticas como inerentes e ben�ficas � exist�ncia da universidade�p�blica, sobretudo em um contexto de contingenciamento de�recursos. Mesmo sendo algumas configura��es program�ticas�regulamentadas por legisla��es r�gidas, a evolu��o das�necessidades acad�micas requer edif�cios flex�veis capazes de�abrigar programas em constante substitui��o. Considera-se o�projeto como uma possibilidade de refor�ar a intera��o entre�academia e popula��o e entre a natureza e os ambientes edificados,�atitudes substanciadas pelo local de implanta��o e partido�arquitet�nico do conjunto. Explorando alternativas � produ��o atual�do espa�o de aprendizagem, busca-se aproximar o campus � sua�natureza e �s pr�ticas multidisciplinares.

palavras-chave: 1. projeto arquitet�nico. 2. edif�cios de sa�de�3.arquitetura e urbanismo. 4. educa��o. 5. campus universit�rio

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Parte I�https://issuu.com/luishpavan/docs/01_parte_1

Parte II�https://issuu.com/luishpavan/docs/02_parte

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Abstract

The campus and its buildings should bring together sociability�practices between the university population and the outside�community. Such practices happen in teaching, research and academic�extension. Especially in health facilities these activities require�organized complex buildings and a set of support structures, such�as free spaces, parking lots and specialized maintenance areas.�In this work, a new set of Dental Clinics and its support facilities is�proposed for the Universidade Federal de Santa Catarina’s dentistry�course. The programmatic organization aimed at the university’s�community of other teaching centers and the population outside�the university is explored. These practices are understood as�inherent and beneficial to the public university’s existence,�especially in a context of resource contingency. Even though some�programmatic configurations are regulated by strict legislation,�changing academic needs require flexible buildings capable�of housing ever-changing programs. The project is considered�as a possibility to reinforce the interaction between academy�and population and between nature and the built environment,�attitudes substantiated by the place of implementation and the�architectonic party of the ensemble. Exploring alternatives to the�current production of the learning space, we seek to bring the�campus closer to its nature and�multidisciplinary practices.

Keywords: 1. architectural project 2. health facilities. 3.architecture and�urban design. 4. education. 5. university campus

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A Associa��o de Pais e Amigos dos Excepcionais - Apae Brasil � uma organiza��o social sem fins lucrativos. � reconhecida como de utilidade p�blica federal e certificada como beneficente de assist�ncia social, de car�ter cultural, assistencial e educacional. Desde 1954, o movimento Apaeano vem desempenhando no pa�s um papel important�ssimo na busca pelos direitos, inclus�o social e promo��o de autonomia das pessoas com defici�ncias intelectuais e m�ltiplas.

O presente trabalho busca propor um novo espa�o para a Escola Especial Renascer - Apae de Garopaba/SC. O objetivo principal desta proposta � promover: integra��o da escola com a cidade; e uma efetiva inclus�o social das pessoas com defici�ncias intelectuais e m�ltiplas e autistas. Para chegar a uma proposta arquitet�nica que responda da melhor maneira poss�vel as demandas da escola, este trabalho pretende estudar a tem�tica – desde a rela��o hist�rica da sociedade com as defici�ncias intelectuais e m�ltiplas, passando pelo entendimento do funcionamento da institui��o e pela an�lise da influ�ncia do ambiente constru�do na vida dessas pessoas.

Link para caderno com melhor resolu��o:�https://drive.google.com/open?id=1AMUiFvxDoC4zCbsxgf8LKRV0b7bS4lx8

O sistema prisional possui os objetivos de diminui��o da viol�ncia e redu��o da reincid�ncia, atrav�s da ressocializa��o. Por�m, devido ao encarceramento em massa e �s condi��es prec�rias em que as pris�es se encontram, onde os apenados s�o privados dos seus direitos mais b�sicos, seu prop�sito tem falhado. A aus�ncia do contato com a natureza e com a sociedade tamb�m acarreta complica��es, criando indiv�duos mais propensos a rebelarem-se, fortalecendo fac��es criminosas e desestruturando fam�lias.

Por outro lado, � esquecido ou ignorado o fato de que as pessoas privadas de liberdade representam, em sua maioria, uma parcela que j� era exclu�da socialmente antes mesmo de ter sido presa e que um dia retornar� ao conv�vio em sociedade, necessitando de meios para poder seguirem com suas vidas de forma digna e saud�vel. O trabalho, a educa��o, a cultura e o lazer, entre outros, s�o itens essenciais para a ressocializa��o dos detentos, devendo ser oferecidos e incentivados nas unidades prisionais de forma integradora e com respeito aos direitos humanos.

Diante dessas an�lises e utilizando como objeto de estudo o Complexo Penitenci�rio da Agron�mica, localizado na capital de Santa Catarina, este Trabalho de Conclus�o de Curso objetiva-se na cria��o de um projeto arquitet�nico de apoio � reintegra��o social dos apenados durante o final de suas execu��es penais at� ap�s o cumprimento de suas penas, utilizando a popula��o da cidade como elemento fundamental e transformador, atrav�s de espa�os humanizados e projetados conforme as caracter�sticas e as necessidades do contexto urbano onde ser� implantado.

O tema da acessibilidade vem sendo cada vez mais discutido no �mbito da arquitetura e do urbanismo. A acessibilidade garantida por refere-se ao acesso do portador de defici�ncia aos mais variados espa�os, por�m muito ainda se tem a debater no que se refere � inclus�o do usu�rio e atendimento de suas necessidades. Segundo o IBGE, cerca de 6,5 milh�es de brasileiros t�m dificuldade ou incapacidade de enxergar. Somente em Santa Catarina, s�o quase 200 mil pessoas cegas ou com baixa vis�o.

Considerando o car�ter significativo da arquitetura, isto �, a linguagem arquitet�nica que comunica atrav�s da maneira pela qual � percebida e experienciada, prop�e-se o projeto arquitet�nico de um centro de habilita��o e reabilita��o para deficientes visuais que potencialize a percep��o do espa�o atrav�s dos sentidos. Promovendo a inclus�o, o desenvolvimento integral e o direito � cidade ao deficiente, busca-se ofertar um programa de necessidades adaptado com atividades de ensino, cultura, esportes e lazer que possam ser compartilhados tamb�m entre a comunidade e a sociedade.

Esse projeto provoca um pensamento reflexivo a respeito do papel da mulher ao longo dos anos atrav�s de um olhar da mudan�a da perspectiva da mesma em sociedade. Ao longo dos anos, a fun��o primordial da mulher estaria direcionada e relacionada pelo ser masculino, e assim conduzida ao papel de dona de casa, cuidadora e �educadora.

Os enlaces e a reviravolta dos paradigmas da mulher mudam em virtude da chegada da mulher ao mercado de trabalho e ao mesmo tempo o surgimento das discuss�es a respeito do feminismo.

Com passar dos anos a mulher resgate seu papel de decis�o no que se refere a sua vida, e passa a exigir que sua voz,atrav�s de suas demandas, seja ouvida.

Diante desse novo paradigma da luta do feminismo uma das pautas das suas discuss�es esta a reflex�o a respeito da viol�ncia conta mulher.

Esse projeto visa trazer uma nova vis�o a respeito de como hoje o sistema da rede de apoio a essas mulheres funciona e como o sistema isola ainda mais essas mulheres.

� � O mundo vive hoje a maior crise migrat�ria desde a Segunda Guerra mundial. Estima-se que a cada 1�minuto, 24 pessoas sejam deslocadas por conflitos, guerras,�persegui��es e viola��es de direitos humanos (ACNUR, 2017, p. 13). S�o 68 milh�es de pessoas que deixam para tr�s sua cultura, h�bitos, rela��es sociais e projetos de vida em busca de melhores condi��es, que nem sempre s�o conquistadas.

�� �Itaja�, munic�pio do litoral catarinense est� entre as principais cidades do estado�a acolher refugiados e solicitantes de ref�gio, mas apesar da popula��o expressiva suas pol�ticas p�blicas beiram � inexist�ncia.

�� �O presente trabalho busca compreender os desafios destas pessoas no territ�rio e responder, atrav�s do projeto arquitet�nico, a seguinte pergunta:�

� � Como criar um espa�o de refer�ncia no acolhimento e integra��o socioecon�mica para migrantes de deslocamento for�ado, que auxilie na promo��o de pol�ticas p�blicas e que ainda incentive a conscientiza��o da comunidade quanto � condi��o dos novos migrantes?

Este Trabalho de Conclus�o de Curso � um Projeto Arquitet�nico que se constitui de uma edifica��o que oferecer� suporte ao Hospital Universit�rio, onde ir� atender aqueles pacientes em processo de reabilita��o dos aspectos f�sicos, psicol�gicos e sociais perdidos pelo espa�o f�sico. Visando atender n�o somente aqueles pacientes que vivem na cidade, mas sim aqueles percorrem longas dist�ncias para tratamentos e consultas, assim como aos acompanhantes hospitalares e tamb�m aos pacientes transplantados que necessitam de todo um acompanhamento p�s-operat�rio.

A democratiza��o dos espa�os e o combate contra atitudes e ambientes discriminat�rios s�o ideais cada vez mais recorrentes para a concep��o de produtos, servi�os, arquiteturas e cidades. Felizmente, hoje compreende-se muito mais que a ativa presen�a e participa��o de pessoas diferentes, com experi�ncias �nicas e individuais, pode agregar imenso valor para a evolu��o da nossa sociedade. Para tal, uma s�rie de profissionais como arquitetos, designers e�engenheiros atuam diretamente na cria��o e adapta��o de espa�os e produtos para uma mais intensa universaliza��o das coisas.

Como arquitetos, criamos ou adaptamos ambientes habitacionais, educacionais, comerciais, de sa�de, de trabalho, culturais e de lazer para pessoas com defici�ncias f�sicas ou mobilidade reduzida. Enquanto isso,�h� uma outra s�rie de profissionais que trabalham diretamente e pessoalmente com esse p�blico, como�s�o m�dicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psic�logos, psiquiatras, professores, pesquisadores e cientistas, respons�veis por curar, educar, gerar conhecimento e proporcionar o suporte necess�rio para que essa parcela de usu�rios possa melhor se adaptar ao mundo onde vivem.�

Este trabalho de conclus�o de curso�prop�e�o projeto de uma edifica��o de atendimento particular e por meio do SUS, capaz de exercer plenamente as atividades necess�rias para a recupera��o f�sico-motora de pacientes com defici�ncias e impedimentos f�sicos. O foco est� no p�blico�"paciente"�(jovem a idoso), de forma a promover a reabilita��o f�sica em um ambiente menos hostil, nos seus funcion�rios e profissionais da sa�de, al�m de eventuais alunos de gradua��o.

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Ao longo do processo de planifica��o urbana, convergem grupos maiorit�rios e minorit�rios nos interesses de ocupa��o das cidades, criando pol�ticas p�blicas que estabelecem o poder social. Assim, a burocratiza��o espacial torna-se uma ferramenta dos grupos que definem a dire��o do desenvolvimento sociocultural da cidade. Para os grupos minorit�rios, a identifica��o dos seus semelhantes tornou-se um processo fundamental para a consolida��o deles dentro do espa�o urbano, sendo, os espa�os de encontro, os lugares de cria��o socio-identit�ria dos seus indiv�duos e o reflexo das suas particularidades. Simbologias, mitifica��es e corpos insurgentes se revelam nos espa�os gays do bairro de Miraflores em Lima (Peru) e a necessidade de uma leitura fenomenol�gica e reflex�o, baseado nos seus frequentadores � precisa para decodificar os espa�os invis�veis onde s�o realizadas as suas pr�ticas identit�rias.

No trabalho apresentado ser� realizada uma an�lise e diagn�stico da cidade de Araquari, SC, visando a elabora��o de uma proposta de desenho urbano voltada para a quest�o educacional da cidade. Tal enfoque deriva do d�ficit que a mesma passa tanto na quest�o da infraestrutura escolar, como na assist�ncia e apoio � crian�a e ao adolescente.

Ao longo dos anos, a cidade sofreu um grande aumento populacional, decorrente da chegada da f�brica da BMW, que trouxe uma nova demanda de trabalho e moradia. Tal caracter�stica gerou uma car�ncia nos servi�os oferecidos, principalmente na esfera educacional e de infraestrutura urbana, afetando a popula��o de baixa renda. Dessa forma, percebe-se uma estrutura de ensino fragilizada, com superlota��es nas salas de aula e estudantes sem suporte fora da escola.

�Paralelo ao crescimento urbano, n�o h� um sistema de controle de expans�o da ocupa��o, gerando um impacto significativo na quest�o ambiental. Isso mostra que a cidade ainda carece de uma pol�tica estruturadora que abranja os diferentes aspectos de composi��o espacial, social e ambiental, bem como as inter-rela��es entre estes.�

Dessa forma, foi realizado um estudo da cidade, verificando os principais pontos de interesse relacionados ao sistema educacional, e suas principais problem�ticas. Al�m disso, realizou-se uma pesquisa sobre o hist�rico da educa��o e de pr�ticas pedag�gicas, onde foi poss�vel perceber que muitas das defici�ncias presentes nas escolas atualmente adv�m de uma metodologia de ensino que carece de pontos humanizadores.

Muito mais que construir escolas, � necess�rio perceber as individualidades de seus usu�rios, criando uma arquitetura que estimule a crian�a e ao adolescente a experienciar o ambiente escolar, otimizando assim as rela��es dos mesmos com o meio. A partir de tal l�gica, a proposta de projeto surge como um centro que trabalhe como uma esp�cie de contra turno escolar, onde os alunos iriam ap�s ou antes de suas aulas para ter atividades aos quais o mesmo normalmente n�o teria acesso. Para isso, o projeto n�o estaria associado a uma �nica institui��o de ensino, mas a um conjunto destas, atendendo a um n�mero maior de usu�rios.

Tal centro teria como objetivo oferecer n�o s� suporte ao aluno, mas a comunidade local tamb�m, criando um ambiente prop�cio para tais intera��es. Isso visaria reduzir os limites impostos pela educa��o tradicional, onde a escola tem como objetivo prim�rio a passagem met�dica de um conhecimento padr�o sem considerar as individualidades de cada aluno. Dessa forma, a proposta traria a escola como uma extens�o da sociedade, onde n�o s� as crian�as aprendem com os adultos, mas tamb�m o contr�rio.

CADERNO TCC 1-�https://issuu.com/suelem0802/docs/caderno_tcc_1_a4_-_suelem_schier_de_fran_a

No �mbito social, a discuss�o acerca do termo acessibilidade vem ganhando for�a e mais espa�o. Esse debate tamb�m se estendeu para o campo da Arquitetura e Urbanismo, tendo em vista que, atualmente, os arquitetos e urbanistas se preocupam em adequar seus projetos ao par�metros de�acessibilidade, concebendo edif�cios inclusivos.�De fato, sendo a Arquitetura respons�vel por criar e organizar os espa�os f�sicos e projetar ambientes que abriguem os diversos tipos de atividades humanas, � natural que o processo de elabora��o de um projeto se modifique ao mesmo tempo em que nossa sociedade muda seu pensamento quanto aos indiv�duos que a ela pertencem . Deste modo, busca-se agora n�o se abrigar a�“maioria”, mas a todos; incluindo tamb�m aqueles que h� muito eram ignorados como parte integrante dessa sociedade, tais como os deficientes f�sicos, deficientes auditivos, surdos, deficientes visuais, cegos e etc.

Neste sentido, este trabalho aborda a rela��o dos surdos com o espa�o constru�do, buscando investigar como a arquitetura pode auxiliar no cotidiano destas pessoas e compreender as suas viv�ncia e percep��es sobre o ambiente constru�do. Tamb�m aborda o conceito�de DeafSpace, criado pelo arquiteto Hansel Bauman em conjunto com o Departamento de Estudos de Surdos da Universidade de Gallaudet -institui��o de ensino superior para surdos e deficientes auditivos, localizada em Washigton/DC-; o qual estabeleceu diretrizes b�sicas para o desenvolvimento de projetos voltados para a comunidade surda.�A partir desses estudos e da participa��o ativa da comunidade surda do curso de Libras, pretende-se aplicar o conhecimento adquirido em um projeto de Reestrutura��o do Departamento de Libras da UFSC e na cria��o de um Espa�o de Conviv�ncia Inclusiva�em anexo.

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Palavras - chave: Acessilidade; DeafSpace; Educacional; Projeto Arquitet�nico;�Surdos

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RESUMO:

Centros hist�ricos por vezes acabam por perder-se nas gl�rias de outros tempos e n�o conseguem caminhar com as necessidades das cidades atuais. O embate entre crescimento e preserva��o dos bens � figura constante dentro da �rea de patrim�nio hist�rico. Tendo em vista tais problem�ticas, o presente trabalho busca revisar o atual per�metro de tombamento do n�cleo fundacional do distrito da Enseada de Brito, no mun�cipio de Palho�a, al�m de criar uma s�rie de diretrizes que possam guiar o crescimento do local de modo que o mesmo n�o perca sua hist�ria mas que tamb�m receba novas significa��es e usos. Com tais indica��es, o objetivo � que o trabalho em constru��o possa contribuir para que a comunidade se reaproprie do espa�o tombado pois entende-se que esta � uma maneira de preserva-lo. Al�m disso, as diretrizes urban�sticas e projetuais propostas poder�o guiar as autoridades competentes a buscarem solu��es que a longo prazo n�o descaracterizem o espa�o e sua hist�ria.

PALAVRAS-CHAVE:

Patrim�nio - Preserva��o - Urbano

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O trabalho se prop�e a analisar e projetar um edif�cio p�blico para um terreno em disputa judicial entre o Estado e a Associa��o de Moradores da Agron�mica junto ao Direto do Campo no bairro da Agron�mica na Beira-mar Norte em Florian�polis. Esse terreno inclui atualmente diversos usos que demonstram o potencial da �rea como o varejo hortifrutigranjeiro (Direto do campo), campos de futebol, �reas de perman�ncia -mesmo que desqualificadas-, caminhos p�blicos que permitem a conex�o dos moradores do Morro da Cruz com a infraestrutura urbana e os equipamentos p�blicos da Beira-mar norte e o baixo gabarito que permite a leitura da paisagem tanto da orla para o morro quanto do morro para orla.

A partir disso, prop�e-se um equipamento p�blico de abastecimento alimentar e esporte que permite a conex�o f�sica e visual entre o morro e a orla. Esse equipamento possibilita a conviv�ncia e perman�ncia de diferentes classes sociais a partir da reorganiza��o de din�micas j� existentes no terreno em disputa e da adi��o de usos que intensifiquem o car�ter p�blico.�O edif�cio respeita o hist�rico, os conflitos, as din�micas, os usos e as for�as j� existentes no local como forma de resist�ncia do car�ter popular da �rea. Junto a isso mantem a perman�ncia, as vistas e as conex�es sempre abertas e p�blicas, tornando-se uma ant�tese a orla verticalizada e privatizada da Beira-mar norte.

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Palavras-chave: Abastecimento alimentar urbano; Direto do campo; Morro da Cruz; Beira-mar norte; Edif�cio P�blico.

A cidade de Florian�polis possui uma �ntima rela��o com a �gua e o mar. Essa rela��o desempenhou importante papel no seu processo de desenvolvimento, n�o apenas territorial e urbano, mas tamb�m de sua popula��o e comunidades locais, se refletindo em h�bitos, tradi��es, em formas de subsist�ncia e viv�ncia. Ao longo das gera��es essa conex�o foi se alterando, transformando e adaptando � l�gica de crescimento da cidade e dos bairros.�

Tendo como enfoque a regi�o sul da ilha, mais especificamente as comunidades do Ribeir�o da Ilha e da Tapera, o presente trabalho tem como tem�tica a rela��o de tais comunidades com o mar, partindo de um olhar do passado, de valoriza��o da tradi��o, passando por um entendimento das din�micas atuais e enfim uma prospec��o do futuro e suas potencialidades.� Escolheu-se trabalhar no Ribeir�o por j� haver uma demanda comunit�ria pela instala��o de uma Escola T�cnica do Mar no distrito, levantada durante o processo de constru��o das diretrizes distritais, em 2008, para a realiza��o do Plano Diretor Participativo e pela importante paisagem cultural que simboliza para a cidade como um todo - representativos da cultura a�oriana e do patrim�nio imaterial ligado ao mar, que ainda se faz presente atrav�s das atividades dos pescadores e maricultores - e devido ao crescimento urbano que se dirige para tal distrito.�

A espacializa��o de um equipamento urbano, de car�ter comunit�rio e educativo, voltado para as comunidades locais e para a cidade, que continua a crescer e se desenvolver, mas que deve sempre ter consci�ncia da sua mem�ria coletiva e do ambiente em que se insere, surge como objeto do presente trabalho.

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Palavras-chave: Arquitetura educacional, patrim�nio imaterial, paisagem cultural

Cada vez se torna mais comum a discuss�o em como o projeto de arquitetura interfere no usu�rio, sendo um fator determinante em seu comportamento e modo de vida. Essa aspecto se intensifica quando falamos de projetos arquitet�nicos voltados ao parto e nascimento uma vez que a ambi�ncia contribui com o processo de recupera��o do paciente pois melhora a sa�de deste atrav�s de elementos como a cor, a forma, a rela��o com a natureza, a luz natural e a prote��o da intimidade. Fatores que estimulam sensa��es e comportamentos positivos dos usu�rios. Humanizar o ambiente do nascer � reconhecer a arquitetura como elemento terap�utico. Ao propor um centro de parto escola vinculado com um hospital universit�rio buscou-se a introdu��o do atendimento humanizado desde a forma��o acad�mica, prezando pela multidisciplinaridade e a constru��o de uma comunidade acad�mica mais envolvida no assunto. A pesquisa desenvolvida foca no atendimento gestacional de baixo risco e parto humanizado, analisando as necessidades e expectativas das gr�vidas e familiares em rela��o ao nascimento. O projeto arquitet�nico proposto� � uma revis�o das Casas de parto vinculadas a Rede cegonhas, com a inten��o de retomar o sentido mais humano do ato de nascer.

Segundo a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) estima-se que o Brasil possua cerca de 12% da disponibilidade de �gua doce do planeta, isso nos leva para a signific�ncia que os recursos h�dricos possuem no pa�s. A sua import�ncia � hist�rica se manifestando atrav�s da cria��o dos n�cleos urbanos em torno das �guas superficiais, vindo a ser utilizados dessa maneira de modo estrat�gico, uma vez que se pretendia facilitar o abastecimento de �gua por toda a cidade para higiene, nas atividades extrativistas, agr�colas, artesanais e locomo��o que com isso desenvolvia o com�rcio e criava rela��es �nicas com o territ�rio.

Os corpos d’�gua passaram a sofrer inexoravelmente e frequentemente de forma dram�tica, os impactos hidrol�gicos e ambientais do crescimento urbano, ao mesmo tempo que perderam, gradativamente, seu papel como elemento da paisagem. (Baptista & Cardoso, 2013)

Com o grande avan�o de desenvolvimento no pa�s ocorrido na d�cada de 50 as cidades brasileiras come�aram a crescer, e convivendo com o per�odo desenvolvimentista est�o inseridos os rios, c�rregos e lagos, que num primeiro momento s�o canalizados, encobertos ou n�o s�o levados em considera��o, sobrecarregando-os com a polui��o proveniente do descaso do poder p�blico atrav�s da n�o preocupa��o com o saneamento, n�o conscientiza��o e perda de rela��es da popula��o com a �gua urbana, resultando em problemas inerentes a tal per�odo e que favoreceram a aliena��o dos rios, principalmente de c�rregos.

Atualmente os rios e c�rregos possuem car�ter desagrad�vel perante os moradores dos n�cleos urbanos que os abrigam, uma vez que o mau cheiro, as inunda��es e a �gua turva n�o oferecem est�mulos para apropria��o do espa�o fazendo com que a cidade d� as costas para os rios e interpretam os c�rregos como “esgoto”.

Com isto em mente, o presente trabalho pretende criar estrat�gias de recupera��o e reintegra��o do Rio Cambori� atrav�s de parque linear ecol�gico, rio este que hoje sofre com constante polui��o, segrega��o e privatiza��o de suas margens, numa tentativa de trazer um novo olhar da popula��o e do poder p�blico sobre os recursos h�dricos dispon�veis nas nossas cidades.

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Palavras- Chave:��corpos d’�gua, parque, fitorremedia��o, wetland constru�do e urbanismo.

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Edif�cios com fachadas envidra�adas tem se popularizado no mundo entre os mais variados contextos clim�ticos. Para controlar o ganho de calor atrav�s destas envolt�rias, a ind�stria vidreira diversificou seus produtos com vidros que potencializam as reflex�es dos raios solares para o exterior, flexibilizando a inser��o destes edif�cios em climas tropicais. Sabe-se que os raios solares s�o compostos por uma s�rie de raios n�o vis�veis e tamb�m raios luminosos, cuja reflex�o excessiva pode contribuir com o ofuscamento. Nesse contexto, considerando que o ofuscamento pode interferir ou incapacitar que um indiv�duo desempenhe suas tarefas e/ou comprometer seu bem-estar, com o intuito de controlar a reflex�o oriunda das fachadas, alguns pa�ses j� disp�e de normaliza��es que delimitam a reflet�ncia destas superf�cies. Entretanto, al�m de limitar a aplica��o de materiais, coloca-se a legisla��o em questionamento, pois mesmo um vidro incolor simples com 8% de reflex�o de luz vis�vel pode causar ofuscamento, uma vez que a ocorr�ncia depende do �ngulo de incid�ncia do raio luminoso na superf�cie. Assim, este trabalho prop�e um estudo de impacto de fachadas sobre o entorno, atrav�s de simula��o computacional que avalie a ocorr�ncia de ofuscamento. A inten��o � que atrav�s desta ferramenta, o projetista seja capaz de avaliar a interfer�ncia de seu projeto sobre o entorno, e proponha medidas mitigadoras, quando necess�rio, em prol da qualidade do contexto urbano, evitando gastos futuros.� �

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Palavras-chave: Fachadas envidra�adas. Ofuscamento. Contexto urbano. Pr�dios vizinhos.

O TCC enquanto espa�o/tempo de conclus�o de uma etapa nos traz um importante convite a revisitar os processos, intentos e questionamentos que nos trouxeram at� o aqui e agora. Ao reviver essa trajet�ria pude me deparar com qualidades latentes ao meu fazer e olhar sobre a cidade e o espa�o constru�do, como elas consolidam a minha postura enquanto estudante de arquitetura e urbanismo, e que est�mulos me levam�a melhor me relacionar enquanto indiv�duo propositivo no�meio coletivo.

De um percurso a princ�pio despretensioso vieram � tona novas e fundamentais indaga��es sobre a condi��o contempor�nea desses espa�os e a nossa rela��o com eles. Frestas, brechas e espa�os entre-dois inerentes n�o s� � materialidade urbana, mas tamb�m �s rela��es interpessoais que se desenvolvem atrav�s dela, surgem enquanto uma leitura outra desse espa�o corriqueiro e vulgar. O que � aquilo que existe para al�m dos tijolos e pedras que transforma constru��es em arquiteturas e arquiteturas em cidades por excel�ncia? Quais outras cidades em potencial se escondem nas entranhas daquela que nos compreende em nossas rotinas e afazeres cotidianos?

Deixo aqui o convite � imers�o neste processo de indaga��es, inquieta��es e proposi��es, bem como � sua apropria��o e�expans�o enquanto um percurso pertinente a todos n�s.

A rela��o da mente humana, seus conflitos e a cidade � de alta complexidade. Al�m dos estigmas constru�dos ao longo da hist�ria e gerados pela desinforma��o em torno do tema, vivemos em uma sociedade cada vez mais conectada. Nossos centros urbanos concentram e proporcionam diversos encontros e desencontros, colidindo mentes e ideias diferentes a todo momento. A cidade �, al�m de um aglomerado de materiais e servi�os, uma ideia constru�da atrav�s do coletivo. Os espa�os urbanos, al�m de possu�rem um objetivo declarado quando projetados, s�o entendidos e utilizados de acordo com nossos instintos, motiva��es e percep��es. Toda via, com registros alarmantes e crescentes, o indiv�duo de mente doente - aquele que possui dificuldade em se adequar a realidade - tem se tornado cada vez mais frequente na constru��o e entendimento destes espa�os. Com centros cada vez mais inchados e doentes, a cidade tem ignorado a natureza de seus usu�rios, transformando-se em um lugar por vezes incoerente e pobre de oportunidade para as conex�es e bem-estar do indiv�duo. Como cen�rio de in�meros momentos e experi�ncias de nossas vidas, o meio urbano � palco da nossa rotina - da� a import�ncia e compromisso com o usu�rio. Buscar atender o coletivo � tarefa complexa, mas fundamental e necess�ria. A cidade para a mente torna-se relevante quando entendemos que � a partir da mente que uma cidade se mant�m de p�, e n�o necessariamente aglomerando edifica��es.

Os manguezais s�o considerados ber��rios naturais da vida marinha e desempenham importante papel na manuten��o da biodiversidade das regi�es costeiras tropicais e subtropicais. Entretanto, somente no Brasil estima-se que 25% dos manguezais tenham sido destru�dos em consequ�ncia do crescimento urbano e da explora��o de seus recursos. O Manguezal do Itacorub�,�considerado o segundo maior manguezal urbano do pa�s, no qual foi institu�do, em 2002, o�Parque Municipal do Manguezal do Itacorub�,�� apresentado neste trabalho com o intuito de ilustrar o processo de degrada��o ambiental causado�pela especula��o imobili�ria nos manguezais do munic�pio de Florian�polis e do Brasil.�Para isso, estudou-se os processos naturais e antr�picos na Bacia do Rio Itacorub� e analisou-se o hist�rico da ocupa��o urbana ao longo das �ltimas d�cadas a fim de compreender as rela��es estabelecidas entre o manguezal e seu entorno. A partir deste estudo � apresentada uma proposta de interven��o que considera a incorpora��o do Jardim Bot�nico Ant�nio Jos� de Freitas Noronha ao Parque Municipal do Manguezal do Itacorub�, na qual s�o�tra�adas novas conex�es entre os bairros Itacorub�, Santa M�nica e Trindade, no intuito de�promover atividades de lazer e de�educa��o ambiental e resgatar o protagonismo do manguezal na Bacia do Itacorub�.

Palavras-chave: manguezal, educa��o ambiental, parque urbano.

Tema: Desenho Urbano

ex�pe�ri��n�ci�a sf
1 ato ou efeito de experimentar(-se);
2 ensaio pr�tico para descobrir ou�determinar um fen�meno, um fato ou�uma teoria;
3 Conhecimento das coisas pela pr�tica�ou observa��o.

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Munidas de d�vidas, cr�ticas e curiosidade adentramos esse estudo. Incomoda a sensa��o de vivermos um cotidiano t�o dependente da imagem e da vis�o, num tal ponto de parecer estarmos perdendo cada vez mais a habilidade de sentir, comover, perceber, num processo de mecaniza��o dos corpos e das vidas. Isso nos leva a questionar ainda o modo como os afetos entre corpo-espa�o e corpo-corpo se d�o em meio a essa din�mica de anestesiamento.

Assim, s�o constru�das pr�ticas investigativas buscando explorar os espa�os de modo incorporado, despertando e ativando o corpo e os sentidos no intuito de reconhecer tamb�m as camadas sens�veis e invis�veis do territ�rio.�

Adotamos o estudo da experi�ncia. O estudo enquanto processo. O trabalho como caminho. Sem esperar por um certo fim. Dando margem �s diversas possibilidades de exist�ncias, experi�ncias, estudos, considera��es. A cidade tamb�m � entendida como esse corpo-em-processo. Sempre sendo, estando, acontecendo. Sendo acontecida pelos corpos que a comp�em. Acontecendo nos corpos que a comp�em.�

Assim constitui-se ent�o um processo de pesquisa��o atrav�s da experi�ncia corpo-situada, elaborando leituras senso-perceptivas do territ�rio e dos corpos que o habitam, que sirvam de fonte de recurso para constru��o de pensamento cr�tico. Procuramos intervir no espa�o no intuito de causar perturba��es nas din�micas pr�-estabelecidas, ou, contratadas de maneira formal ou informal, buscando explorar de que maneira os corpos s�o agentes e tamb�m espectadores nessa din�mica.

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O trabalho completo com seu percurso de leitura est� dispon�vel no link: https://ondedesvio.wixsite.com/olga

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Opus Urbanus � uma pesquisa que tem como objetivo investigar se a urbanidade de determinados espa�os da cidade se transforma perante uma performance de sapateado. Por meio desta, busca-se colaborar com o papel da Arquitetura e do Urbanismo, verificando a transforma��o da urbanidade a partir da interdisciplinaridade com a dan�a. Nesta pesquisa, acredita-se que o corpo pode ser uma ferramenta do arquiteto e do urbanista a ser explorada na sociedade contempor�nea, durante um processo de diagn�stico, de projeto ou de simples interven��o pontual em espa�os da cidade.

Trabalhou-se com um grupo de dan�arinas, com o qual foram realizadas interven��es de sapateado registradas por diversos tipos de c�mera com o intuito de se captar os acontecimentos nos espa�os que passaram por esses ensaios experimentais. Como resultados, observou-se que estas interven��es realizam transforma��es na urbanidade dos espa�os, atuando na experi�ncia das pessoas que o comp�em, mostrando a dan�a e o corpo como formas de resist�ncia em problem�ticas contempor�neas apresentadas na cidade.

Palavras-Chave: urbanismo, urbanidade, dan�a

Conflitos insurgem na cidade e desnudam, assim, as vincula��es entre os generalismos do sistema capitalista, seu entrela�o aos localismos e aos novos urbanismos decorrentes das tend�ncias neoliberais que desenham as cidades contempor�neas. No centro de Florian�polis, na �rea leste da Pra�a XV, s�o intensas as transforma��es que tomam corpo, num processo singular de gentrifica��o em nome da ascens�o da economia criativa impulsionada pelo Centro Sapiens. O alisamento das texturas da cidade, esconde sua pluralidade e diversidade, silenciando narrativas urbanas estabelecidas l� h� tempos. Sobrep�em-se um, entre outros ismos do urbano, estes apreendidos em contra-cartografias atrav�s de um ensaio experimental ativista.

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Conflicts appear in the city and uncover the link between the generalisms of the capitalist system, its interlace with the localisms and new urbanisms caused by the neoliberal trends that design the contemporary cities. In Florian�polis city center, on the Pra�a XV east, it is intense the transformations that take shape, in a singular process of gentrification on behalf of creative economy driven by the Centro Sapiens. The smoothing of the city textures hides its plurality and diversity. It hushes urban narratives established there in a long time - overlays one, between other urban "isms",� these apprehended in anti-cartographies through an activist experimental testing.

Em uma popula��o urbana constitu�da tanto de homens quanto de mulheres – no caso de Florian�polis, mais mulheres que homens – a aplica��o de pol�ticas p�blicas n�o reconhece o fato de que os modos como homens e mulheres vivenciam a cidade s�o muito distintos.

Este trabalho � focado na presen�a da mulher no espa�o p�blico, levando em considera��o, principalmente, quest�es de caminhabilidade, pertencimento � cidade e seguran�a. Para isso, foi escolhida uma �rea entre os bairros Agron�mica e Trindade – mais especificamente na Rua Lauro Linhares e suas adjac�ncias – na qual se fez um recorte para estudo. A partir de uma an�lise inicial, pretende-se explorar possibilidades de melhoria do espa�o urbano com enfoque na mulher e propor estrat�gias para requalifica��o da �rea dentro das diretrizes iniciais.

Portal do Maci�o � um projeto idealizado pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e representantes de comunidades do Maci�o do Morro da Cruz em Florian�polis-SC�com o intuito de aproximar as popula��es carentes residentes do entorno dos espa�os e servi�os oferecidos no campus. O Portal consiste na constru��o de uma sede para a Coordenadoria de Atividades Art�sticas do IFSC que realiza um importante trabalho de extens�o de cursos de m�sica, teatro e artes visuais. O presente trabalho apresenta uma proposta arquitet�nica para o Portal do Maci�o que busca atender �s necessidades espaciais da Coordenadoria de Atividades Art�sticas e�no atendimento, com o intuito de facilitar o contato entre os moradores do Maci�o do Morro da Cruz e o IFSC. Busca ainda trazer visibilidade e resgatar a import�ncia do projeto Portal do Maci�o para as comunidades locais e para o Instituto Federal, visto que o mesmo encontra-se paralisado desde sua idealiza��o em 2010.

A educa��o p�blica � um compromisso da sociedade que atravessa uma crise, devido ao pouco incentivo financeiro do Estado, � degrada��o das estruturas, � falta de vagas, � falta de acessibilidade, dentre outros fatores. Nota-se, portanto, que o espa�o escolar p�blico est� abandonado. Este trabalho de Conclus�o de Curso abordar� aspectos sobre as rela��es entre educa��o infanto-juvenil em escolas p�blicas e seus processos de aprendizagem e a arquitetura e o urbanismo. Mais especificamente, ser� descrita a Escola de Ensino B�sico Porto do Rio Tavares (EEB Porto do Rio Tavares), localizada em Florian�polis (SC), suas estruturas f�sicas e seu contexto. Por fim, o objetivo � planejar um espa�o escolar que se torne um equipamento comunit�rio e ofere�a diversos tipos de atividades em todos os hor�rios e que seja sustent�vel. Portanto, pretende-se que o espa�o incentive pr�ticas sustent�veis, al�m de que se relacione com o seu entorno, aproximando-se e preservando o ecossistema em que est� inserido, caracterizado pela a mata atl�ntica (Morro do Lampi�o, proximidade visual) e pelo mangue (Manguezal do Rio Tavares, proximidade f�sica).

Palavras chave: educa��o sustent�vel, educa��o b�sica, arquitetura escolar

S�o Jos� � minha casa, por�m nem sempre me senti parte dela.

Moro no Bairro Jardim Cidade. Nasci, cresci e estudei aqui. Sempre na mesma casa. Viv�ncias.

Um processo muito natural de conhecer os vizinhos, os pequenos com�rcios e ir na padaria da esquina.

A conex�o com Florian�polis sempre foi muito forte tamb�m. Entretanto, havia uma clara divis�o entre S�o Jos�: casa, lazer, fam�lia e amigos; e Capital: necessidades.

Minha cidade se desenvolveu muito. Esse car�ter de bairro vivo e popular foi se perdendo aos poucos: verticaliza��o, muros altos e opacos, n�o conhecer quem reside ao seu lado e o perigo de brincar na rua.

O tempo passou e me encontrei estudando, trabalhando e convivendo na ilha. Logo eu, que sempre gostei de viver no continente, agora atravesso a ponte a procura de um gramado para passar a tarde com os amigos.�

Por ter se desenvolvido entre duas importantes vias na escala da macrorregi�o de Florian�polis, o bairro ainda apresenta algumas caracter�sticas de quando era tratado apenas como uma passagem: heterog�neo e mon�tono, sem a presen�a de uma centralidade.

A n�o apropria��o dos poucos espa�os p�blicos existentes tamb�m � resultado desse processo de cidade-dormit�rio, onde os moradores j� est�o condicionados a procurar atividades de lazer fora de seu munic�pio.

A divis�o foi alterada e me percebi apenas repousando no bairro. Outro processo muito natural. Ao olhar cr�tico de quase-arquiteto, percebi neste trabalho a oportunidade de propor algo que desperte o bairro e que se transforme em um local de encontro e lazer dos moradores.��

Este Trabalho de Conclus�o de Curso trata-se de uma requalifica��o urbana em um recorte da �rea central de Florian�polis. A �rea escolhida trata-se da Passarela Nego Quirido e de parte do Parque Urbano Francisco Dias Velho e de seu entorno. O enfoque do trabalho � a reintegra��o do carnaval de passarela ao centro da cidade de Florian�polis, local em que acontecia essa festa tradicionalmente.

Historicamente, na cidade de�Florian�polis - SC, o desfile de�carnaval acontecia em torno da Pra�a XV de Novembro, no centro da cidade. Com a grande expans�o deste evento, houve a necessidade de uma �rea maior e assim os desfiles passaram a ocorrer na Avenida Paulo Fontes, em frente ao Mercado P�blico e Pra�a da Alf�ndega. Mais tarde, a interrup��o do tr�nsito na Av. Paulo Fontes tornou-se um inc�modo muito grande para a locomo��o na cidade, ent�o, com os desfiles de carnaval cada vez mais especializados, viu-se a necessidade da cria��o de uma �rea espec�fica para a realiza��o desses eventos, a Passarela Nego Quirido. No entanto, a cria��o dessa passarela - quase que exclusivamente para os desfiles de carnaval - acaba por segregar o carnaval de passarela da pr�pria vida da cidade. Al�m disso, a passarela atual � uma constru��o que cria barreira visual e contribui para o afastamento da cidade em rela��o ao mar, dentre outros problemas existentes.

O projeto busca criar um parque que possa, tanto dar apoio para a realiza��o de desfiles na �poca do carnaval, quanto ser suporte para diversos eventos e qualificar o dia a dia de quem utiliza o centro da cidade. Para isso, prop�e-se eixos de conex�o, pra�as, espa�os de estar, esporte e lazer, visando uma rede para fortalecer os v�nculos entre as partes do centro e, principalmente, entre sua �rea de ocupa��o consolidada e o restante do aterro da Ba�a Sul.

O lixo hoje traz consigo um significado marginal, a partir do qual toda sua potencialidade � camuflada. Enquanto essa id�ia perdura na cultura da sociedade, ele continua sendo apenas um problema.�Neste trabalho ser�o exploradas formas de ressignificar o lixo, ou seja, dar um novo significado ao lixo a fim de quebrar o paradigma que o discrimina. Dentro dessa l�gica, a arquitetura e o urbanismo se apresentam como ferramentas.�Compreendendo a din�mica da coleta, tratamento e disposi��o de lixo em Florian�polis, percebem-se diversas limitantes que tornam o processo pouco eficiente. Como alternativa a esse problema, um sistema eficiente deve ser implantado paralelamente � conscientiza��o da popula��o acerca do tema. A partir de um olhar aproximado na comunidade do Morro do Hor�cio, em Florian�polis, � proposto um espa�o de reciclagem e educa��o ambiental, explorando os ciclos de vida l� presentes, ressignificando o lixo e a imagem da comunidade para com a cidade.

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Palavras-chave: Lixo, Educa��o Ambiental, Reciclagem

O papel do Bombeiro na sociedade est� estigmatizado pela vis�o de "apagar inc�ndios", por�m esses profissionais representam muito al�m do simples combate ao fogo. Com a vis�o de que um inc�ndio � melhor quando for evitado do que quando for combatido os Bombeiros expandiram sua �rea de atua��o mais pr�xima dos arquitetos atrav�s de normas de preven��o contra inc�ndios. Apesar de bastante relevante, o assunto de Projeto Preventivo Contra Inc�ndio (PPCI) � ainda pouco abordado, deixando uma vala de conhecimento num assunto imprescind�vel quando se trata de seguran�a p�blica. Em conjunto com a demanda de uma nova sede para o 1� Batalh�o de Bombeiros Militar de SC, pretende-se desenvolver um projeto arquitet�nico que integre o programa de necessidades previsto com um sistema de rede de ensino e aprendizagem sobre a preven��o contra inc�ndios.

A demanda � proveniente do fato que a sede atual n�o comporta mais todas as atividades da sede do Batalh�o, resultando na descentraliza��o de tais atividades em outros quart�is. Com um terreno indicado pelo pr�prio Corpo de Bombeiros no aterro da Ba�a Sul, � proposto um projeto que reunifique as atividades b�sicas de Sede do Batalh�o, al�m de incluir outras atividades como apoio ao SAMU, ao atendimento a�reo e mar�timo, e �s atividades de reeduca��o da sociedade quanto a import�ncia da preven��o contra inc�ndio. O projeto � integrado � um parque linear onde conecta-se e conversa com o seu entorno e com a cidade. Espera-se que tal estudo responda �s necessidades e demandas atuais do Corpo de Bombeiros Militar, al�m de enfatizar e trazer ao interesse da comunidade�a import�ncia da preven��o contra inc�ndios e do PPCI.

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Caderno TCC 1 dispon�vel em:

https://issuu.com/yasminherden/docs/tcc_i_yas_issuu

Semin�rio Tem�tico TCC 2 – 2019.2

�REA TEM�TICA: Planejamento Urbano

T�TULO: Trindade Ao N�vel Dos Olhos

AUTOR(A): Amanda Camargo Martendal

Objetivo: Atrav�s da inser��o de infraestrutura adequada para os modais ativos e integra��o com os modais motorizados, aliado ao desenho urbano voltado para escala humana e � diversifica��o de usos na regi�o, procuro tornar o pedestre o grande protagonista neste espa�o de cidade.

Pergunta de investiga��o: Como um bairro com tamanho potencial para caminhabilidade ainda se estrutura em torno de uma �nica via destinada aos autom�veis? Como podemos transformar essa realidade com recursos simples e acess�veis?

M�todo: Este trabalho foi estruturado a partir de uma pesquisa te�rica que abrange conceitos de caminhabilidade, escala do pedestre, bairros sustent�veis, t�rreos ativos, papel do autom�vel no desenho urbano, ato de caminhar, aspectos sensoriais da caminhada, caminhada como transporte ativo, mobilidade, transporte p�blico, densidade, uso do solo e mais. A partir disso, um diagn�stico do bairro foi realizado, levantando aspectos socioecon�micos, f�sicos e sensoriais, visando contextualiza��o para ent�o elaborar uma proposta com as melhores estrat�gias e, principalmente, as estrat�gias que podem ser aplicadas sem muito esfor�o.

O trabalho se prop�e a ser um estudo da paisagem na Ilha de Santa Catarina, com recorte espec�fico no loteamento Novo Campeche. Mais precisamente, busca-se apontar a ideologiza��o da imagem da cidade atrav�s deste recorte e como o processo de acumula��o de terras, num estudo historiogr�fico, abriu espa�o para a constru��o de um lugar dentro do outro. A partir disso, trazem-se elementos d�spares entre a cidade real - com express�o no Rio Tavares e nas urbanidades lim�trofes ao loteamento- e a cidade ideologizada, de padr�es e comportamentos urban�sticos refinados. Nesse sentido, primeiramente � demarcado um referencial te�rico de onde parte-se para uma an�lise do territ�rio - na plan�cie do Campeche- que transita entre escalas:� daquela que olha pros elementos f�sicos e naturais, com base no pensamento geogr�fico, at� aquela que enxerga as ambi�ncias urbanas j� na escala humana, com base nos discursos paisag�sticos e na espetaculariza��o urbana. A an�lise , como um todo, � permeada pela exerc�cio da cr�tica do pensamento do arquiteto sobre a paisagem, trazendo elementos que questionam o fazer arquitetura para novos espa�os, sem julgamento moral de suas escolhas model�sticas, mas buscando apontar contradi��es e tentando propor um novo discurso para aquele espa�o.

O presente trabalho surgiu de algumas experi�ncias pessoais com o Projeto Impacto Vivo Turno Inverso de contraturno escolar, desenvolvido no bairro do Rio Vermelho no munic�pio de Florian�polis. O mesmo � realizado dentro da Igreja Palavra viva, a qual localiza-se na avenida principal do bairro, sendo mantido financeiramente por esta institui��o n�o governamental, bem como contando com o apoio da prefeitura da cidade. Desse contato com o projeto, surgiu o desejo pessoal de apontar uma nova proposta arquitet�nica ao desenvolvimento das atividades de Educa��o Integral deste projeto.Concebida por uma equipe multidisciplinar, a aprendizagem no supracitado projeto tem o objetivo de alcan�ar o ser humano em sua ampla integralidade, e dar oportunidades para que crian�as e adolescentes com problemas sociais e de aprendizado, possam desenvolver-se em suas mais variadas formas, o que faz do projeto ser de grande import�ncia �s escolas e fam�lias da regi�o.

Link para o caderno:

https://drive.google.com/open?id=1u9ZQ1lPjiSVtfidxNDoP_YjsWmnwrywt

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O ensino público básico transcende seu papel educativo tradicional no instante em que sua qualidade afeta de maneira diferente os educandos de acordo com sua classe social. A instituição escolar pública passou a assumir responsabilidades para além das tipicamente escolares ao incorporar papéis sociais que, se não garantidos, prejudicam o trabalho pedagógico. Além disso, a distribuição de escolas públicas por toda a cidade contém o potencial para a formação de uma rede de "articuladores urbanos" em escala de bairro (LIMA,1989), que pode atender e fortalecer comunidades como um todo.

Em atenção ao papel social, político e pedagógico de uma instituição de ensino pública, bem como seu potencial de transformação em um equipamento articulador do bairro, este trabalho propõe a elaboração de novo projeto arquitetônico para a Escola Estadual Intendente José Fernandes, integrado a atividades de uso comunitário, na comunidade Capivari no distrito Ingleses, em Florianópolis/SC. A comunidade, que abrange uma área predominantemente residencial, conta com apenas uma escola de ensino básico pública e nenhuma área de lazer qualificada, apesar de ser uma das áreas mais populosas da cidade. Apresenta, ainda, uma das menores rendas per capita (abaixo de um salário mínimo), e apresenta um dos maiores índices de imigração do município, estimulado pelos períodos de alta temporada turística. 

A proposta é desenvolver uma escola pública que comporte atividades em período integral e que subsidie um tipo de ensino mais completo e abrangente, que incorpore o ensino formal e o complementar, que fomente a autonomia do aluno e sua formação cidadã, incluindo uma ampla gama de atividades, de cunho teórico e prático. São propostos ambientes de ensino motivadores, que valorizem o saber popular e a educação informal, aproximem a realidade política e social, e estimulem o ensino para além da instituição escolar formal, articulando a escola e a comunidade em que está inserida. 

Links:

Livreto I - Educação, Política e Sociedade: https://issuu.com/viniciusmariot/docs/livreto_1

Livreto II - Espaço e Pedagogia: https://issuu.com/viniciusmariot/docs/livreto_2_62f5cf72b6a940

Livreto III - Cidade, Bairro e Escola: https://issuu.com/viniciusmariot/docs/livreto_3_0c5b79fdbb5738

As exposições sempre ocorreram como espaços de experimentação e expressão perante o público. Revelando o contexto histórico dentro do qual tanto a história da arte quanto a história da arquitetura são protagonistas da própria história das exposições, encontramos uma situação de importação e elitização cultural em nosso país, que obviamente está presente em outros tipos de instituição, como por exemplo a universidade, que essencialmente deve ser um espaço de experimentação radical. Tratar essas instituições e o próprio sistema da arte como públicos é necessariamente uma questão a ser discutida e criticada dentro da universidade, a qual sofre atualmente uma ameaça de extinção. As formalidades desnecessárias dos espaços de arte podem ser recicladas dentro do contexto fundamental ao ensino, que são as informalidades.

A prática expositiva na arquitetura tem o potencial de explorar o processo em detrimento do produto, ou da obra de arte aurática. Isso pode ser utilizado como uma estratégia de ensino, e assim trabalho com o campus da UFSC sob uma perspectiva de instituição cultural. O que uma exposição de fato é ou pretende ser, já que a história é alternadamente revisitada e esquecida num piscar de olhos? Além de que dizem que chegamos ao fim da arte. Através da prática de exposições pode ser possível perceber de que formas a arquitetura pode se disponibilizar como uma simples extensão física da arte, na forma de espaços públicos informais com institucionalidades recicladas. Trabalho com uma hipótese de ensino artístico e arquitetônico aberto, em que essas disciplinas se tornam híbridas com outras disciplinas ofertadas na universidade - uma rede de espaços em que os estudantes aprendem através de eventos, atividades e experiências culturais conectadas com o público - a população de Florianópolis e principalmente a comunidade do entorno do campus.

O Morro da Lagoa da Conceição é sem duvida um dos pontos turísticos mais conhecidos da ilha, principalmente por possuir um dos mirantes mais belos e visitados de Florianópolis. Porém, pela falta de planejamento é apenas um local de passagem, sem qualquer elemento que convide o visitante em estender sua visita por mais de 15min, com caminhos que privilegiam exclusivamente os automóveis, inexistindo qualquer espaço destinado aos transportes não motorizados. O principal objetivo do trabalho é justamente requalificar essa região, de modo que o meio de transporte não motorizado, juntamente com o transporte coletivo, seja valorizado como forma de se locomover na região. Sendo assim, foram criados espaços que sirvam diretamente aos pedestres e ciclistas ao longo do morro e pensadas estratégias viárias que promovam a segurança para quem visita o local, além de criar novos percursos e espaços ao longo do caminho até o mirante.

A região do centro de Florianópolis ao leste da praça XV, conhecida como Pedreira, teve sua história marcada pela extração das rochas para as construções da cidade e pelo convívio entre diferentes classes sociais. Hoje, a região é rica em patrimônio arquitetônico e cultural, diversidade de usuários e é palco de atividades de caráter popular. Por outro lado, Florianópolis segue para ser uma cidade tecnológica, criando oportunidades de trabalho e crescimento na área, porém a oferta de qualificação gratuita é bastante limitada. Foram realizados levantamentos onde verificou-se que no bairro Centro, hoje, existem 35 instituições de ensino (fundamental, médio, técnico e superior), sendo 10 públicas e 25 privadas, e apenas uma instituição oferece cursos gratuitos voltados à tecnologia.

Nesse contexto e através do entendimento da situação atual e do passado da Pedreira, busca-se um projeto que possa caminhar para o futuro, sem perder a identidade do local e a função social da arquitetura. Tendo a educação e qualificação como ferramenta de mobilidade social, o projeto é voltado para aprendizagem em tecnologia. O programa de atividades se baseia em 4 eixos: Aprender, Produzir, Expressar e Socializar. As atividades relacionadas ao “Aprender” compreendem os cursos e oficinas, e como apoio, são propostos os espaços de estudo. No eixo “Produzir”, os alunos poderão criar e desenvolver suas ideias e negócios, em uma incubadora social e no laboratório de fabricação digital e analógica. As áreas de "Expressar "e "Socializar" servem para a troca de ideias e contato entre diferentes pessoas, oferecendo ambientes para expor as ideias dos estudantes e espaços públicos para apropriação da comunidade. Os usos e espaços se relacionam com as instituições já atuantes na área, como o Renapsi (Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração) e o IEE (Instituto Estadual de Educação), como forma de garantir a apropriação do público alvo desejado. Além disso, busca-se realizar um projeto em que a arquitetura seja consciente às condicionantes ambientais do local de implantação e que valorize as estratégias passivas de conforto ambiental, como ventilação e iluminação natural.

Palavras chave: Tecnologia, Capacitação, Conforto ambiental 

Com a institucionalização da educação como direito universal, formalizam-se espaços destinados unicamente em educar e formar cidadãos - a escola. Os ambientes educacionais tem responsabilidade social inquestionável, considerados o elemento base para desenvolvimento e transformação, principalmente na esfera infantil, que se constroem os primeiras relações sociais e cognitivas.  

Ainda assim, muitas são as inquietações referentes às respostas destes espaços, principalmente na esfera pública. A falta de planejamento a partir de uma escala abrangente aliada aos recursos insuficientes leva a construção de espaços que limitam-se precariamente ao ensino formal e obrigatório. As escolas não necessariamente respondem às demandas dos alunos e da comunidade, principalmente de menor renda, que se vê carente de equipamentos educativos de suporte. Como consequência, depara-se com o desinteresse ou abandono por partes dos alunos em ir a escola, assim como a falta de envolvimento de família ou de outros tantos agentes importantes na formação de jovens e crianças.

Apesar da visão crítica quanto ao sistema, a linha de pesquisa de arquitetura educacional vem justamente com o olhar otimista de reverter o quadro. O presente caderno refere-se ao trabalho de conclusão de curso de arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina - Brasil. O trabalho busca refletir sobre o papel da arquitetura nos espaços de aprendizagem e como agente transformador social. Como resultado, apresenta-se o projeto arquitetônico de um Centro de Educação Integrado para o bairro Monte Cristo, em Florianópolis, materializando diversos conceitos abordados durante a pesquisa. A escolha da área de estudo se deu por um vínculo já existente como voluntária em uma das instituições mais importantes de medidas sócio-educativas da região: O CEDEP - Centro de Educação Popular. A iniciativa, uma organização não-governamental sem fins lucrativos que oferece atividades de contra-turno e suporte ao desenvolvimento escolar para as principais comunidades.

A partir de um “olhar de dentro” e um “olhar de fora”, viu-se na região do Monte Cristo uma grande potencialidade de intervenção. O bairro, uma das regiões mais carentes de Florianópolis, tomada pela informalidade, sem planejamento urbano e com limitados espaços educativos e de sociabilidade, apresenta a maior concentração de crianças, demanda de escolas, e instituições que batalham constantemente para transformar a realidade social do bairro. Em meio a esse cenário, e reestruturando espaços mal aproveitados do bairro, propõe se a Cidade Educadora como um espaço de aprendizagem, convívio e desenvolvimento.

Arquivos PDF em alta resolução:

• Caderno de pesquisa e projeto: https://drive.google.com/open?id=1BX3AJfe2G3tbSbMhiToG6LrLHxtV_eIk 
• Prancha síntese: https://drive.google.com/file/d/1RbYZGevuVcZz3gY46QocOruE-yjAyh8Q/view?usp=sharing

 

Este trabalho apresenta a dinâmica socioespacial do município de Francisco Beltrão – PR e propõe diretrizes para a ocupação de um vazio urbano localizado entre a área central e os bairros localizados na região norte do município. Busca-se com isso proporcionar uma maior conexão na malha urbana, promovendo o desenvolvimento de uma cidade sustentável e menos segregada, onde os acessos aos serviços e equipamentos públicos sejam democratizados.

São objetivos deste trabalho: 

Em meio a processos iminentes de transformação urbana, carregados de caráter gentrificador, o sul da Ilha de Santa Catarina assiste a um aumento de densidade, através da chegada de novos migrantes e empreendimentos, os quais transformam a sua paisagem. 

Esta transformação, em ritmo acelerado, acaba por resultar na privatização do solo urbano, o qual, à mercê de interesses imobiliários, induz à homogeneização de territórios, outrora carregados de peculiaridades que caracterizam e dão identidade para esta porção do território insular de Florianópolis.  

Sem a devida força do uso de instrumentos e legislações urbanísticas que garantam a criação e melhorias de espaços públicos da região, o bairro do Rio Tavares, e o distrito do Campeche, tendem a sofrer com a pasteurização dos espaços urbanos, que pelo rápido processo imobiliário, acaba por não priorizar as vivências e relações do público em prol de espaços privatizados.

Tendo em vista os processos em curso e a problemática de um empreendimento de caráter extrativista, de alto impacto ambiental e de vizinhança, em meio a um tecido urbano consolidado - a Pedreira Pedrita - estrutura-se a proposta de parque e equipamentos públicos apresentada neste trabalho.

A partir da análise do terreno e suas preexistências, elencou-se condicionantes que auxiliaram na estruturação das diretrizes, junto com as demais pesquisas e análises dos recortes urbanos.

Por restrições do site, os arquivos em alta resolução dos três materiais (Caderno de Projeto, Caderno de Pesquisa e Prancha) podem ser acessados e baixados pelo link:

CADERNO DE PESQUISA VOLUME I -  https://drive.google.com/open?id=1K6RpLditM-Y6Td3_rYk0RbC_C7FdK6aD

CADERNO DE PROJETO VOLUME II -  https://drive.google.com/file/d/1iajlaXcEe88hR_BSX_1QEsNy1tervbZl/view?usp=sharing

PRANCHA ALTA QUALIDADE -  https://drive.google.com/file/d/17vyPZvuiq596RW43qaFXRexFcpVzh16G/view?usp=sharing

PASTA COM OS 3 ARQUIVOS -  https://drive.google.com/drive/folders/1dD09xCbYd8GFwfLo3Lmx_oak8uUFHQTR?usp=sharing

Os dois cadernos, em baixa qualidade, por questões de backup, encontram-se na plataforma ISSUU, com links a seguir:

Link para o Caderno de Pesquisa vol. I : https://issuu.com/mauriciostorchi/docs/caderno_tcc_2_vol_1

Link para o Caderno de Projeto vol. II : https://issuu.com/mauriciostorchi/docs/caderno_de_projeto_vol_ii_mauricio_

Desde os primórdio dos tempos a educação é pauta de discussão em todas as culturas, com o passar do tempo foram sendo desenvolvidos novos métodos de ensino conforme a sociedade ia se modificando. Sob um olhar crítico em cima desses métodos, questionamentos em relação à eles foram surgindo e gerando novas discussões sobre a forma de se ensinar e a importância da relação entre as pedagogias aplicadas e o desenvolvimento das crianças. Atualmente a educação no mundo é algo feito em um sistema bem semelhante ao Fordismo, um modelo de produção em massa, onde todos entram “crus” e se moldam de forma semelhante, entrando por fim numa caixa fechada e saindo todos com pensamentos iguais.

“A criança está, finalmente, formada, isto é, transformada num produto igual a milhares de outros ISO-12.000: está formada, isto é, de acordo com a fôrma.” (ALVES, 2001 - pág. 26)

Diante disso e por considerar a educação uma saída para os problemas atuais da nossa sociedade, resolvi desenvolver neste trabalho um estudo sobre as metodologias de ensino não tradicionais, com enfoque na metodologia Waldorf e na  aplicação prática desta na criação de um projeto de uma escola com esse método na região norte da Ilha de Florianópolis. Demonstrando a partir deste como a arquitetura influencia e pode ser um agente impulsionador no processo de desenvolvimento da criança.
 

A implantação de um campus universitário na cidade é geradora de uma série de impactos significativos, influenciando na conformação espacial do tecido urbano e nas relações existentes com a cidade.  O projeto de um campus universitário deve ser criteriosamente pensado para propiciar a interação e relações harmoniosas tanto com o entorno imediato quanto com a cidade.

A Universidade Nacional de Concepción, na cidade de Concepción, Paraguai, foi implantada em 2007 em um terreno doado pelo Ministério de Defesa Nacional do Paraguai, afastado aproximadamente 2,0 km do ponto de chegada da cidade. A pré-existência de edificações militares dentro do campus propiciou a ocupação dispersa e pulverizada das estruturas e instalações físicas da universidade.

O plano de desenvolvimento atual da UNC se limita a responder a demandas imediatas pontuais ignorando a necessidade de um plano integrador de relações do campus como um todo e da sua articulação com a cidade.

A partir do questionamento do papel do campus e sua relação com a cidade, foi lançada uma proposta com base em projetos de campi universitários sustentáveis que propiciam encontros para além dos estritamente acadêmicos, entendendo o espaço do campus como locus gerador de conhecimentos, debates e convívio de diversidades.

Palavras-chave: Campus Universitário, Planejamento de campus universitário, Paraguai.

Com o intuito de controlar a radiação solar e a admissão da luz natural nas edificações, os elementos de controle solar podem ser excelentes aliados na conquista do conforto ambiental, garantindo a satisfação do usuário. A iluminação natural e o ganho de radiação solar no ambiente construído são processos dinâmicos que apresentam alterações temporais e espaciais. Este trabalho trata da análise projetual de diferentes estratégias de elementos de proteção solar com foco na quantificação das condições de conforto ambiental de edificações. Um dos objetivos iniciais do trabalho era confrontar as técnicas tradicionais usadas na concepção do desenho de brises com ferramentas de simulação computacional. Dessa forma, foram analisadas diferentes soluções de produtos existentes no mercado, e suas aplicações em cada orientação solar. Avaliou-se o efeito no ganho de calor interno e no controle da iluminação natural. Como resultado, foram identificadas as estratégias mais eficientes para cada orientação solar, com quantificação do grau de economia de energia e qualidade do ambiente lumínico. Observa-se que a análise por meio da Carta Solar e Máscara de Sombras pode gerar soluções com resultados inconsistentes. Por fim, um estudo de caso, o projeto de um edifício de escritórios, será proposto com aplicações de dispositivos tecnicamente viáveis, avaliandose a possibilidade de elaboração de uma ferramenta de suporte às decisões de projeto. 

O presente trabalho se propõe a estimular o desenvolvimento de um polo de economia criativa em Florianópolis através do projeto arquitetônico de requalificação de um espaço subutilizado em área central da cidade. Em um momento onde o país teve 1,7 milhão de postos de trabalho encerrados entre 2015 e 2017, nesse mesmo período o número de profissões criativas apresentou crescimento tendo em vista o contexto mundial de transformação digital e a valorização da experiência do consumidor. Além disso, a ideia vai de acordo com o atual slogan que a prefeitura municipal utiliza para divulgar a cidade em peças publicitárias: “Floripa: Cidade Criativa”. Dessa maneira, têm-se como objetivo projetar um espaço onde se possibilite a participação, experimentação, criação coletiva e inovação através de produtos, serviços e manifestações artísticas.

A principal causa do abandono de animais é o modo como nós seres humanos os enxergamos. Por serem animais domesticados, muitas vezes nos esquecemos que esses ainda possuem instintos naturais e consequentemente necessidades específicas em relação ao ambiente em que vivem e seu modo de vida. Com isso, acabamos por oferecer a eles espaços totalmente humanizados, esquecendo-nos que nesse caso a arquitetura deveria ser voltada principalmente  para o usuário primário - o animal. A arquitetura pode então ser uma ferramenta para aliviar problemas sociais como o dos animais em situação de rua. O projeto apresenta isso através de um centro de acolhimento para animais domésticos, constituído por um abrigo animal e um conjunto de serviços que facilitam a vida daqueles que os possuem, buscando agir na raiz do problema e diminuir assim o abandono desses animais. O projeto traz em sua essência uma arquitetura que busca o natural e proprõe uma condição de moradia que não reprima os instintos desses animais, mas ainda possibilite sua integração com a sociedade urbana. Através da localização, o centro de acolhimento objetiva unir as diversas classes sociais existentes em nossa cidade através de um interesse em comum que seriam esses animais, resultando assim em um espaço acessível à todos.

Tem como objetivo propor diretrizes de planejamento urbano para a Lagoa da Conceição que articule os conceitos de autossufiência e sustentabilidade, aqui pensadas em termos sociais, econômicos e ambientais. Busca-se praticar diretrizes de desenvolvimento urbano baseadas nos princípios da Economia Circular e do Urbanismo Sustentável. Para tal, há a apresentação de recursos que dão suporte à conclusão dos ciclos de consumo, produção e descarte das diferentes camadas que interferem na fluidez do meio urbano, tais como os resíduos sólidos, a água, a comida, a energia, a mobilidade, entre outros.

    O presente trabalho é fruto do surgimento de indagações vindas próximas ao fim do curso de arquitetura e urbanismo. A quantidade de projetos arquitetônicos, projetos urbanos, planos de ações estratégicas é numerosa. Não só aqueles produzidos na academia, mas também daqueles produzidos por arquitetos e urbanistas, mesmo com equipes multidisciplinares. Apesar da quantidade de projetos e planos com qualidade técnica, a maioria não é executada, ou os princípios são deturpados no decorrer da implementação. Desde a aprovação da Constituição de 1988 os municípios têm a responsabilidade de ordenação territorial e a elaboração de diretrizes gerais para que se atinja a função social da cidade e das propriedades urbanas. Como atingir esse objetivos? Por quê os planos diretores continuam descolados da realidade? Se esses não são efetivados, como então as cidades estão sendo construídas? Dessa maneira o estudo foca-se na cidade de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, que apresenta características singulares quanto à condicionantes ambientais, economia e a crescente gentrificação na sua porção insular. Na última década houve um esforço para a criação de um novo plano diretor para o município, que mesmo sendo aprovado nas esferas municipais, trouxe diversas polêmicas. consigo. Destas destaca-se uma nova definição para o zoneamento da cidade: as Áreas de Urbanização Especial (AUE). Caracterizadas como grandes áreas urbanizáveis para criação de novas centralidades e a preservação do meio ambiente, esses espaços necessitam de projetos específicos para serem aprovados. Porém não há informação que aponte quais seriam os critérios levados em consideração na hora da elaboração destes projetos amplos, nem como esses projetos seriam avaliados e implementados. Desta maneira investigam-se as possibilidades da aplicação deste novo instrumento. 

Através do presente ensaio busca-se melhor compreender as possibilidades de apropriação a nível do pedestre oferecidas pela atual conformação do espaço público da área central correspondente ao núcleo fundacional da cidade de Florianópolis, atentando para os seus reflexos sobre as dinâmicas humanas e o papel que desempenham na formação da identidade da região. A área - que corresponde a uma das mais consolidadas centralidades da cidade e concentra de modo expressivo atividades relacionadas a comércio, serviços e oferta de equipamentos institucionais - atrai diariamente usuários a nível metropolitano, e é caracterizada pelos seus contrastes, uma vez que exibe uma ocupação extremamente intensa de seu território nos horários comerciais e um gradativo esvaziamento nos demais períodos do dia. Fatores como a predominância de usos comerciais, pequena oferta de atividades culturais e de lazer, pouca representatividade e qualidade nos espaços de praças e parques na região acabam reforçando o caráter de passagem que o espaço público tem, servindo quase que exclusivamente para funções relacionadas a circulação. Não bastando, observa-se também, ao olhar cuidadoso, uma tendência a degradação do ambiente construído, sendo cada vez mais comum a existência de edificações ociosas e terrenos sem uso em pleno solo central, este que é o mais bem servido de infraestrutura urbana na cidade.  Busca-se compreender as razões e impactos que tais tendências têm sobre o espaço público.

Observa-se nos espaços vazios das mais diversas escalas - entendidos como os ambientes físicos ociosos ou com usos incapazes de dar suporte às dinâmicas humanas, espaços residuais ou ainda locais não construídos - a oportunidade de reimaginar o papel do espaço público na área central. Propõe-se uma requalificação urbana a partir da reestruturação destes espaços, reconfigurando dos mesmos de modo a promover, através de intervenções simples e de caráter qualificador dos elementos que constituem o espaço público, uma maior identificação e permanência do usuário no espaço público oferecido pela área central de Florianópolis. Procura-se estabelecer intervenções nas mais diversas situações e escalas de vazios identificados ao longo dos principais e mais movimentados fluxos da região, tendo como resultado então uma rede de espaços públicos de menor porte, contínuos e mais regularmente distruibuídos através do território, com propostas que buscam criar relações com o contexto imediato de cada espaço expectante, explorar suas potencialidades e conferir novas possibilidades de apropriação no centro.

Palavras-chave: desenho urbano, requalificação, rede de espaços públicos.

            A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, o processo de crescimento das cidades se intensificou, atingindo o ápice nos dias atuais, em que se verificam altos índices de migração da população das zonas rurais para as áreas urbanas. A urbanização permitiu avanços e desenvolvimento tecnológico, mas também gerou problemas sociais e ambientais. Um dos efeitos colaterais da vida na cidade é o impacto sobre a saúde mental dos habitantes, que acabam vivendo sob fatores estressores peculiares, como estímulos auditivos e visuais em exagero, a segregação e exclusão social, assim como a pouca coesão social.

             Sob essas condições, a urbanização afeta a mente das pessoas em diferentes escalas e situações, podendo ter influência tanto sobre uma crise de estresse momentânea como sobre transtornos mais sérios, caso da depressão e da ansiedade, doenças que se tornam cada vez mais comuns. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas – mais do que a população inteira do Brasil - sofrem com depressão no mundo atualmente e, no entanto, menos de metade delas recebe tratamento adequado.

              O propósito central do presente trabalho é compreender a relação entre a vida urbana e as suas adversidades psicológicas e projetar um parque no interior do campus da Universidade Federal de Santa Catarina que possa funcionar como um espaço restaurador e desestressante, tanto para os alunos como para a comunidade em seu entorno, uma rota de fuga diante das armadilhas da urbanização. 

Palavras-chave: urbanismo; saúde mental; parque. 

Pela Banda do Ribeirão

A colonização açoriana trouxe diversos aspectos culturais para as freguesias da Ilha de Santa Catarina. Assim, a implantação geográfica das freguesias mais a população de imigrantes nos rendeu uma rica identidade cultural, que somada à entidade - objeto de estudo desta pesquisa - nos mostra a importância destes elementos como patrimônio cultural.

Porém, antes de situar o objeto,  tratarei de alguns conceitos que influenciam diretamente na compreensão do assunto: a cidade contemporânea, espaço, paisagem, lugar e patrimônio cultural. O estudo foi  dirigido em três escalas. Na primeira, sobre a imigração açoriana no Ribeirão da Ilha. Na segunda escala, o foco será a freguesia. A partir disso, iremos verificar a importância da entidade ligada às práticas da comunidade, que é a terceira escala - das pessoas - como patrimônio cultural imaterial.

O objetivo é verificar a importância dessa instituição como patrimônio imaterial, com base nos conceitos citados anteriormente, já que em seu núcleo há uma sobreposição de tempos históricos, evidentes influenciadores de traçados culturais. A entidade escolhida é extremamente ligada à dinâmica social do bairro e se chama Sociedade Musical Recreativa Lapa.

Como método utilizei história oral, realizando cinco entrevistas com moradores e, acima de tudo, produtores da cultura que permeia tanto o Ribeirão como a entidade escolhida. Análise de documentos, como fotos históricas, livros e textos escritos pelos entrevistados também fizeram parte do método. E para ilustrar e entender as práticas do objeto no espaço público, foram feitos croquis a partir de fotos, a fim de explicitar os dois planos banda-paisagem, variando de urbana ao natural.

A Banda da Lapa, como é conhecida, é analisada neste trabalho a partir de cinco grandes faces. Começando com a interface pública, sua prática e suas relações com o lugar. A partir disso, ramifico em suas ligações com a Igreja, o carnaval, a comunidade e a música ilhoa. Terminando a parte teórica numa breve justificativa para registro desta entidade centenária como patrimônio imaterial de Florianópolis.

O Processo de Registro

Araranguá nasceu do rio que a corta e leva consigo seu nome.  Seu curso definiu  suas primeiras aglomerações, suas áreas cheias e vazias, seu modo de vida e papel na região. Mesmo assim, diante de todos os papéis já representados por ele,  a cidade  lhe virou as costas. Um relação difícil de compreender e justificar que se repete de variadas formas por outros símbolos locais.

Tem-se que a decadência de espaços simbólicos é um processo natural quando as dinâmicas ali presentes esvaem-se ou alteram-se,  perdendo o significado que carregavam. Entretanto o descaso e perda de muitos eventos simbólicos  e pouca formação de outros demonstra, entre outros aspectos,  uma supervalorização do que é individual em substituição do que é coletivo.

Esse desequilíbrio refletiu-se na qualidade do  espaço público e na percepção que as pessoas têm deles,  tornando-os muitas vezes  invisíveis. Esse espaço que é suporte das relações humanas reverbera nelas suas fragilidades, não estimulando e até mesmo impossibilitando  a formação de valores e trocas essenciais entre as pessoas.

Dessa forma busca-se trabalhar com propostas para o fortalecimento da identidade de Araranguá,  estimulando a apropriação dos espaços públicos através de sua ressignificação, tornando-os espaços de produção e reprodução de narrativas e de convívio entre as pessoas.  

Saberes ancestrais como a construção e o reparo de embarcações, o cerco da tainha com canoa à remo, o entendimento sobre as dinâmicas de ventos e marés, os métodos de manipulação do pescado e a culinária local constituem uma herança cultural da Barra da Lagoa enquanto bairro de origem pesqueira. As orlas da Ilha de Santa Catarina gradativamente vêm sendo transformadas de espaços rurais em balneários de veraneio pela expansão turística, encarecendo o modo de vida e dificultando a permanência de pescadores e agricultores. Nesse processo, questiona-se sobre o futuro não apenas da pesca e dos pescadores, mas da história e cultura locais como partícipes na construção do espaço. Abordando-se a pesca artesanal como modo de vida sustentável e elemento-chave da paisagem cultural da Barra da Lagoa, assumindo suas transformações frente à contemporaneidade e almejando sua continuidade no futuro, propõe-se uma intervenção no espaço: ocupar um vazio urbano em localização estratégica com um complexo que tornaria viável e visível o ciclo da pesca e a produção orgânica. A proposta busca ofertar moradia e equipamentos de suporte para famílias pescadoras e produtoras no intuito de possibilitar sua autonomia, subsistência e segurança alimentar. O projeto prevê centro comunitário, mercado de pescados e orgânicos, oficinas de barcos, moradia acessível, espaços de plantio, tratamento ecológico de esgoto e estratégias para expansão do manguezal remanescente e da restinga, no intuito de costurar natureza e memória e colaborar com uma reflexão sobre o futuro da cultura local e dos espaços de orla.

A temática abordada neste trabalho de conclusão de curso tem como enfoque a criança e adolescente, condição intrínseca à evolução do ser humano, porta de entrada do desenvolvimento individual e coletivo, tempo de descobertas físicas, cognitivas, emocionais e  início do processo de sociabilização. Uma fase de construção e por consequência fragilidade, desta maneira exigem constantes cuidados. Ainda assim, a infância e adolescência nem sempre foram encaradas sob essa perspectiva de particularidades, diferente da idade adulto, com direitos inderrogáveis. A percepção histórica que havia deste grupo de pessoas estão relacionadas a “homens em miniatura”,ou seja, capazes de realizar as mais diversas funções, frequentemente explorados com trabalhos hostis e vítimas dos mais diversos abusos, naturalizados e aceitos pela maioria da sociedade brasileira entre os séculos XVI ao XIX.

Apesar dos avanços inquestionáveis e implantação de leis regulamentadoras de direitos humanos da criança e adolescente, o público alvo ainda está sujeito a violência e exploração infantil. Uma das principais medidas protetivas, estabelecida pelo (ECA) - Estatuto da Criança e do Adolescente, para combater casos de direitos ameaçados ou violados, refere-se à possibilidade da aplicação de abrigo (artigo. 101, parágrafo único). A medida de proteção em abrigo é considerada um caso especial, e deve ser aplicado de modo excepcional e transitório, pois acarretará na ruptura de vínculos familiares e comunitários.  Porém, em casos extremos representam uma ação cautelar importante na garantia da preservação dos direitos das crianças e adolescentes, sendo um dispositivo de distanciamento de situações de risco, que prejudique ou ameacem a integridade física e emocional de indivíduos em processo de formação.

O presente projeto de graduação se dispõe a compreender a realidade atual do acolhimento infantojuvenil, elaborando através de um caso específico na região central de Florianópolis, uma rede de apoio a crianças e adolescentes, em todas as etapas: ingresso à entidade institucional, permanência e desligamento. Apesar da arquitetura não ser o único elemento que envolve este complexo cenário gerado pelo distanciamento do núcleo familiar, é fundamental fomentar o sentimento de pertencimento na moradia temporária, que pode ser atingido concomitantemente com organização físico-espacial, abrangendo duas escalas fundamentais da vida: a esfera pública, através da articulação com a comunidade local; e a esfera privada, na defesa da individualidade de cada criança ou adolescente acolhido.

Palavras-chave: Acolhimento Institucional; Crianças e Adolescentes; Inclusão Social.

A intervenção proposta consiste na produção de um conjunto habitacional como uma centralidade para o bairro, inserindo-o na cidade formal e localizado em meio a uma infraestrutura presente,  garantindo além de moradias dignas e de qualidade, a oferta de comércio, lazer e cultura, além de assegurar a principal fonte de renda da comunidade: A reciclagem.

Desta forma, pretende-se que além dos moradores, a comunidade também frequente o local, diminuindo o sentimento atual dos moradores do Jardim Coruja: A exclusão. Assim garantindo a eles o direito a cidade e oferecendo qualidade de vida à população como um todo. Tudo isso, sem restringir as habitações a muros e cercas, a restrições de entrada com guaritas, e sim, promover as relações de rua, de vizinhança e o sentimento de pertencimento, com um espaço democrático e inclusivo. Utilizando-se apenas de técnicas de implantação e desenho do espaço público para garantir privacidade as unidades habitacionais. 

Como poderá ser visto, o terreno possui uma estrutura de galpões as quais permanecem integras, desta forma, o projeto tem como partido manter os galpões e reutilizar a estrutura presente refuncionalizando-a para HIS. Tudo isso, ligado a premissa a cerca da sustentabilidade, onde dispõem-se de uma estrutura presente e integra, a qual será mantida e aliada a outras 

estratégias, como a criação de um centro de reciclagem e escolha do materiais que proporcionem obras mais limpas, tudo ligado a ideia principal de reutilizar e reaproveitar, evitando desperdícios, aderindo a sustentabilidade não somente com técnicas como de reuso de água e painéis solares, mas sim, aplicando o termo a própria forma de construção e projeto.

Desta forma, o projeto matem e valoriza a linguagem industrial no conjunto, proposta em sua linguagem arquitetônica e escolha dos materiais.  

LINK DE ACESSO PARA O CADERNO EM ALTA RESOLUÇÃO (DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD) https://drive.google.com/drive/folders/1OwUaat-ZNogBJ_ZtLrZMp8lgenC3tpmL?usp=sharing

Mediante o estudo da percepção humana de espaço e a história habitacional brasileira é possível encontrar lacunas que evidenciam a falta de coerência entre a produção de residências e seu uso habitacional. Em alguns casos gerados por uma tradição construtiva, em outros perante uma pressão imobiliária e mercadológica mais atual, comumente negligenciando a saúde mental e psicológica espacial do indivíduo, da família, ou até mesmo um bairro inteiro.

O estudo se atenta ao desenvolvimento da habitação nacional para tentar compreender como se estabeleceu essa relação entre as residências brasileiras e seu modo de morar, através de uma abordagem interdisciplinar, observou-se como diferentes atores interagem para a formação dessa relação e qual seu impacto na qualidade da vida domiciliar atual.

O presente trabalho propõe um hospital de olhos para Florianópolis. Localizado no bairro Agronômica, em meio a outras instituições de saúde, o projeto foi pensado para acolher os seus visitantes e também do entorno e proporcionar a eles um ambiente humanizado onde possam passar o tempo, ter atividades, locais de espera variados e, claro, seu tratamento oftalmológico.

Segundo o relatório global do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, 2016), o gasto energético das edificações representa mais de um terço da energia final consumida globalmente, e contribui em cerca de um quarto das emissões de gases estufa em todo o mundo.

Edifícios com consumo energético mais eficiente são uma resposta sustentável aos desafios ambientais e econômicos da atualidade.

Além dos ganhos financeiros e ecológicos agregados pelo uso da ventilação natural no projeto de novas edificações, a exploração deste recurso propicia espaços mais agradáveis e saudáveis à ocupação humana.

Para que o arquiteto possa projetar edifícios com ventilação natural eficiente, é necessário que sejam de seu conhecimento as características climáticas do local de implantação da edificação, visto que cada localidade apresenta características específicas.

Com o intuito de otimizar o desempenho térmico das edificações em cada uma das regiões, as normas vigentes propõem uma divisão do território brasileiro em oito zonas climáticas.

Lamberts, Dutra e Pereira (2014), afirmam que para a maior parte das capitais brasileiras a ventilação natural é indicada como principal estratégia bioclimática em mais de 4.380 horas  durante o ano para melhoria do desempenho térmico, com isto, pressupõe-se que uma maior área de ventilação pode promover maior ganho e perda de calor, logo, é necessário buscar o equilíbrio entre esses requisitos, visando economia de energia.

Tendo em vista, identificar se os parâmetros mínimos das normas em relação ao tamanho de esquadrias e da rotina de abertura garantem qualidade nas habitações de interesse social, procedeu-se à análise crítica das normas vigentes comparando-as com resultados obtidos através de simulações computacionais.

O que você quer ser quando envelhecer? Como você imagina sua casa, suas atividades e seus relacionamentos quando chegar a melhor idade?

Este trabalho tem como personagem principal o idoso no papel de novo ator social, mais presente e mais ativo, que traz para a sociedade a experiência de quem tem muitas histórias para contar, e as necessidades especiais que o passar dos tantos anos lhe impôs. Focando na esfera da moradia, sem deixar de lado as relações com a cidade e outros usuários, trago a proposta de um projeto arquitetônico de um novo Lar de Idosos para a SERTE: Sociedade Espírita de Recuperação, Trabalho e Educação, uma instituição focada no acolhimento e atendimento de idosos e crianças carentes no norte da Ilha. 

A criação do novo projeto implica ainda na transformação do ambiente à sua volta, organizando um complexo de edificações mais funcional e economicamente rentável. O grande terreno é aberto como um parque e a casa que abriga o Lar de Idosos atual é transformada no Centro Cultural Leonel Pereira, convidando a comunidade a conhecer melhor a instituição, e proporcionando espaços de encontro e convivência entre diferentes gerações.