Trabalhos de Conclusão de Curso

Trabalhos do ano 2018

Foram en contrados 67 trabalhos

2018-2

(RE)VIVER O CENTRO - Intervenção no Centro Histórico de São José

   O Centro de São José, ao contrário de sua situação atual, já foi palco de uma intensa vida cultural e urbana, principalmente nas décadas do seu auge econômico e enquanto sua posição de centralidade municipal ainda prevalecia.

  O processo de expansão urbana do município ao contrário de muitas cidades não se deu a partir do crescimento do seu núcleo original, mas sim baseado em sua relação com Florianópolis, sua função na escala metropolitana e intervenções imobiliárias. Essa reestruturação na urbanização levou a um processo de distanciamento do seu centro fundacional, tanto por parte da população quanto dos investimentos públicos. 

A situação atual é de um centro esvaziado de pessoas, lotes vazios, edificações abandonadas, equipamentos culturais subutilizados que não conseguem por si só atrair novamente a população além de espaços públicos desconexos entre si e pouco qualificados. Características que se refletem em em espaços áridos e a presença predominante do automóvel em suas ruas. Onde São José viveu seu auge cultural hoje existe apenas marcas de uma urbanidade já inexistente

Esse trabalho objetiva propor diretrizes de intervenção no bairro Centro Histórico na escala da sua centralidade e lançamento de anteprojeto para requalificação das suas praças centrais de modo a melhorar os espaços públicos e intensificar a relação com seu entorno imediato e a paisagem. Para completar o conjunto de intervenções é proposto um ensaio de implantação de dois equipamentos culturais e de lazer de forma a diversificar e dinamizar o movimento local e atração da população de volta ao seu centro. Tais propostas visam o transformar novamente em ponto de referência na escala da cidade de modo a resgatar traços da memória e identidade josefense possibilitando a retomada da sua identificação e apropriação dos seus espaços pela população.

"Eu sou cria do 25": um resgate da identidade coletiva do Morro do 25

link para o flipbook do caderno: https://www.flipsnack.com/anale24/eu-sou-cria-do-25.html

A água na cidade e a cidade na água: Planejamento urbano na escala da Bacia Hidrográfica

Rios são vida, são água, são fontes de energia, são playgrounds: são um universo de possibilidades. São soluções e são riquezas, mas também podem ser vistos como problema. No Brasil e no mundo, cidades sofrem com a ausência de saneamento básico, com a insuficiência da drenagem urbana, a escassez de abastecimento, a poluição e a destinação incorreta dos resíduos sólidos; problemas urbanos, mas que impactam diretamente na saúde dos ecossistemas fluviais e distorcem a imagem dos rios perante a população. Insalubridade, enchentes e secas ressignificam os cursos d’água que cruzam as cidades, afastando-os de seus usos culturais e das pessoas.

Na contramão desse processo, propostas de recuperação de rios urbanos têm despontado como conciliadoras dos conflitos rio-cidade, tendo nos Parque Lineares Fluviais seu produto mais visado. Congregando finalidades de drenagem, lazer, circulação e biodiversidade, estas áreas multifuncionais da malha urbana ganham notoriedade dentro de um conjunto muito mais amplo de ações que qualificam ambiental, social e estruturalmente as bacias hidrográficas, possibilitando a recuperação do curso d’água e da relação rio-cidade. Ou seja, o resgate dos rios urbanos demanda projetos de diversas especialidades e que incidem não apenas no seu entorno imediato, mas ao longo da bacia hidrográfica como um todo, promovendo a regeneração de cada área contribuinte afim de possibilitar a recuperação e a sobreposição das dinâmicas urbanas e ambientais de maneira simbiótica.

Nesse cenário, o planejamento urbano-ambiental assume um papel fundamental no processo de recuperação de rios urbanos, atuando tanto na estruturação das propostas como na articulação e viabilização dos projetos. Através de instrumentos de controle de uso e ocupação, direcionamento da densificação e implantação de infraestruturas, o planejamento coordena os sistemas e as demandas incidentes na bacia, enquanto com instrumentos de resgate de custos e benefícios da urbanização, possibilita o sequenciamento estratégico dos projetos.

Dessa forma, o objetivo deste trabalho é estruturar a reconquista das dimensões ambiental e cultural da água, através do planejamento urbano, tomando como estudo de caso o Rio Três Henriques, no município de São José.

PALAVRAS CHAVE

Bacia Hidrográfica; Planejamento urbano; Planejamento urbano-ambiental; Instrumentos urbanos; Dimensão cultural do rio; Rio-Cidade; São José, Rio Três Henriques

A escala do cotidiano, bordas d’agua e espaços públicos: o caso da Barra da Lagoa em Florianópolis (SC)

A Barra da Lagoa é um dos destinos turísticos mais procurados e conhecidos da Ilha de Santa Catarina. Com sua paisagem única composta pelas belezas naturais em conjunto com os barcos pesqueiros e tarrafas artesanais, o distrito da Barra da Lagoa recebe milhares de visitantes durante o verão. Entretanto, muito mais que um balneário, a Barra é o maior núcleo de pescadores de Florianópolis e muitos moradores vivem da pesca artesanal. Na sua beleza, estão as singularidades, o que torna o local ainda mais especial.

Considerando as especificidades culturais do lugar bem como suas características geomorfológicas e ambientais o trabalho visa fortalecer a relações cotidianas que se estabelecem no espaço público e propor medidas que facilitem e incentivem a relação do ser humano com a natureza através de intervenções urbanas e paisagísticas na orla do canal. Para isso, busca conhecer o bairro, sua história e a dinâmica existente afim de definir a problemática e, em seguida, apresentar as estratégias que serão adotadas para que se alcance o objetivo esperado.

Arquitetura do vínculo: Caminhos para a socioeducação

A questão do adolescente em conflito com a lei e seu passado é um tema recorrente na história do mundo e do Brasil, mas é recente a preocupação com seu presente e futuro. Este trabalho, a partir de estudos, dados oficiais, documentos, leis, entrevistas e reflexões, busca fazer um apanhado geral sobre a situação do adolescente infrator no Brasil, bem como de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e os espaços em que são aplicas as medidas socioeducativas. A ideia central do presente Trabalho de Conclusão de Curso é criar base teórica e reflexiva para idealização de um Equipamento que contribua para a efetiva consolidação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente almejados pelo ECA, além de garantir a eficácia da aplicação de medidas socioeducativas e acompanhamento profissional aos adolescentes em conflito com a Lei e da população em vulnerabilidade social num geral. E, ainda, a partir de comparações, estudos e vivências em alguns modelos de espaços e políticas 
que lidam com esses atores, como Centros de Internação, ONGs e Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, foram traçados novos parâmetros arquitetônicos, pedagógicos e de abordagem da comunidade, que foram aplicados a projeto com o intuito de criar um lugar de despertar de novas possibilidades  e criação de vínculos, visando, principalmente, garantir que o mínimo de crianças e adolescentes venha a estar na situação de infrator.  

Arquitetura solidaria: recuperando prédios e vidas abandonadas

Caminhos da inclusão - Conscientização por meio da percepção e experiência

“O ato de atravessar o espaço nasce da necessidade natural de mover-se para encontrar 
alimento e as informações necessárias para a própria sobrevivência. Mas, uma vez satisfeitas 
as exigências primárias, o caminhar transformou-se numa fórmula simbólica que tem 
permitido que o homem habite o mundo. Modificando os significados do espaço atravessado, 
o percurso foi a primeira ação estética que penetrou os territórios do caos, construído ai uma 
nova ordem sobre a qual se tem desenvolvido a arquitetura dos objetos situados. O caminhar
 é uma arte que traz em seu seio o menir, a escultura, a arquitetura e a paisagem. A partir 
dessa simples ação foram desenvolvidas as mais importantes relações que o homem 
travou com o território.” (Francesco Careri – Walkscapes, pag. 27)

        Com a citação de Francesco Careri, o caminhar ganha força, por ser importante na 
compreensão do nosso modo de percebe o mundo e evidenciar bem as indeterminações 
relativa aos limites proporcionados pelo caminhar.  Assim revela-se um instrumento para 
a conscientização da inclusão por sua intrínseca característica, capaz de transformar símbolos
e fisicamente tanto o espaço natural como o antrópico. Portanto, ao construir um caminho 
como forma de intervenção urbana que reflete as perspectivas e barreiras enfrentadas pelos
deficientes, por dimensões de abordagem que ressaltem seus cotidianos e experiências. 
O projeto explora essa intervenção urbana ao utilizar estruturas itinerante que enfatizam
 a dimensão da experiência sensível e afetiva do caminhar, por intermédio de elementos 
lúdicos de reflexão e de jogos que promove o aprendizado mediante a percepção e
 experiência sobre as condições das pessoas com deficiências. 

Cegueira moral: a invisibilidade da população em situação de rua

Centro de Terapias Alternativas e Meditação na Lagoa

Centro Feminino de Reintegração Social em São José: uma alternativa para o sistema prisional

    O presente trabalho de conclusão de curso propõe uma edificação penal voltada às mulheres e fundamentada em uma nova alternativa para o sistema, onde o principal objetivo é recuperar o detento através da restauração da estima psicológica, social e profissional do infrator. Assim, propõe-se a criação de um Centro de Reintegração Social com o uso da metodologia APAC, destinado a acolher exclusivamente mulheres condenadas da Grande Florianópolis e atendendo aos três regimes do sistema penal.

    O universo feminino foi a abordagem escolhida pois a criminalidade feminina é tratada de forma genérica, sem uma individualização das causas e consequências sobre a mulher privada de liberdade. A maioria dos estabelecimentos penais destinados ao recebimento de detentas não foram construídos para esse fim. As alas femininas são adaptações das antigas alas masculinas e, em muitos casos, nenhuma adaptação é feita.

    A atual arquitetura penal deve se desenvolver de maneira oposta aos métodos adotados no passado, de segregação total e castigo. É necessário discutir novas alternativas de aplicação da pena, como desenvolver um planejamento que relacione a prisão e a cidade.

    A unidade penal proposta contará com 50 vagas e será alocada no Centro Empresarial Forquilhas, no bairro Forquilhas, no município de São José.

 

Centro Intergeracional: Convivência e Aprendizado no Centro de Palhoça

 

Este trabalho apresenta um estudo sobre o ciclo de vida e sobre os espaços de convivência entre gerações. O estudo fundamenta uma proposta projetual que visa atender  indicadores sociais, os quais apontam o crescimento da população idosa e a falta de espaços de lazer disponíveis para as pessoas, principalmente aquelas socialmente mais vulneráveis. O sítio escolhido localiza-se no município de Palhoça, que não possui local planejado para convivência integeracional. Para melhor inserir a arquitetura proposta no entorno social, urbano e natural, propõe-se ainda a requalificação de equipamentos existentes na borda do terreno de implantação, integrando ao Centro Intergeracional uma praça existente.

Centro Social: equipamentos de acolhimento voltados à população em situação de rua no centro de Florianópolis

É cada vez mais evidente o aumento da população em situação de rua no centro de Florianópolis. Esse fenômeno, que é global, expõe as desigualdades da sociedade brasileira, mostrando a pobreza extrema em que o ser humano pode chegar, muitas vezes acompanhado de falta de opções, situação de violência, abandono familiar, dependência química, problemas psiquiátricos, etc.

    De acordo com dados do Diagnóstico Social Participativo da População em Situação de Rua na Grande Florianópolis (2017), cerca de 500 pessoas vivem em situação de rua em Florianópolis. Esse número representa 0,1% da população total da cidade, que comparado com a porcentagem nacional (2008), que é de 0,015% da população total do país, demonstra que Florianópolis possui um número muito acima da média de pessoas em situação de rua.

    Esse alto índice é facilmente observado ao caminhar pelo centro da cidade, onde nos deparamos com essa população nos bancos da Praça XV, nos pilotis do prédio da Previdência Social e do prédio das Secretarias, nos bancos do chafariz da alfândega e também nos viadutos da cabeceira das pontes Colombo Sales e Pedro Ivo, e embaixo das mesmas. O número perceptível aos olhos tende a variar em épocas do ano, aumentando no verão, com a vinda de pessoas em busca de trabalho nas praias e diminuindo no inverno, em que baixas temperaturas levam a esses indivíduos a buscarem por locais mais protegidos.Ao mesmo tempo é possível identificar ações vindas de órgão públicos, que ao invés de acolher o morador de rua, tratam de expulsar esse população de espaços visíveis.

    A invisibilidade dessa população e a garantia de seus direitos, são a base deste trabalho, que busca através da arquitetura, acolher e reinserir na sociedade essa parcela da população que hoje é tão estigmatizada.

 
 

CIDADE PARA QUEM? O centro de Florianópolis e a população LGBT

Conectando memórias, construindo o futuro: um novo olhar para o espaço público

O recorte espacial deste trabalho é a Praça XV de Novembro localizada em Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo. A praça se constitui como o espaço fundador da cidade; largo da primeira Igreja Matriz do município que se reconfigurou e se reconstituiu passando por diversas transformações e diferentes dinâmicas para chegar nos tempos de hoje como a principal e mais antiga praça da cidade.

O trabalho busca entender como a cidade se estruturou e o papel da praça como espaço fundador da cidade e como espaço simbólico e de memória. Analisa de forma crítica e investigativa as grandes transformações e diferentes conformações que ocorreram no espaço para, a partir disso, estabelecer diretrizes para lançar a proposta arquitetônica e urbanística no espaço da praça. O trabalho visa a criar um percurso com programas interligados funcionando em rede, de modo utilizar a praça como espaço conector desses programas.

A proposta arquitetônica se desenvolve através da construção de uma edificação institucional e multifuncional que apresenta como programa principal a biblioteca municipal da cidade.

 

Desdobrar Cidade: Leituras da Cidade Acervo

A cidade acervo

A cidade é um apanhado de documentos materiais e imateriais: em especial, os núcleos antigos podem ser entendidos e explorados como verdadeiros acervos da evolução da cidade, por serem lugares com maior acúmulo de tempos (SANTOS, 1997). Mais ainda, os centros fundacionais também podem ser considerados acervos vivos, pois os objetos acumulados em seu território são continuamente atualizados e reinseridos na vida cotidiana a partir das práticas do lugar, o que os mantém no devir histórico.

Nesse sentido, para este trabalho, a cidade acervo (vivo) é aquela na qual se aprecia a continuidade da vida urbana – se entende por vida urbana aquela que abraça as atividades e camadas populares, prin­cipalmente porque estas são marcas dos núcleos antigos das cidades deste país. Mantida essa vocação, fica resguardado um sentido que apenas esses centros fundacionais tem para as suas cida­des. Assim, a cidade acervo também cumpre com uma missão educadora, sendo capaz de ampliar o sentido de cidadania justamente por ser lugar de resistência e de garantia do direito à vida urbana.

 

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Desdobrar cidade é um movimento de decupagem da cidade acervo. Esse movimento se realiza no ato de desdobrar ele­mentos e objetos da paisagem – em fotografias – do centro funda­cional de Florianópolis, revelando narrativas vinculadas às dobras. Com isto, busco mostrar a paisagem em evolução, cujas transformações – processos de ruptura, atualização, continuidade, resistência – paradoxalmente permitiram a manutenção do sentido do lugar e a sua contínua reinserção no curso do tempo. Busco também mostrar a vida que anima tais paisagens; o urbano rico e complexo sendo desvelado por entre as dobras da cidade acervo.

Há uma parte do material que é analógica, podendo ser acessada na prancha física

 

Diretrizes urbanísticas para preservação do patrimônio histórico na Enseada de Brito

ECO HUB: Núcleo de ensino compartilhado no âmbito do empreendedorismo social

O ECO HUB é um espaço que conecta, transforma e transmite novas ideias, projetos e pessoas engajadas em causas sociais e ecológicas. Abriga conhecimento sem hierarquias, onde os professores são os próprios alunos. É um local onde se criam e se vendem produtos procupados com um planeta vivo, de consumo consciente, de menos lixo. Por fim, suporta e alavanca iniciativas que visam uma sociedade mais justa, sustentável e humana.

Ensaios para uma cidade aberta: multissensorialidade e a forma-tipo

Na competência de arquitetos, nosso maior objeto de estudo é o espaço da cidade. Precisamos, ainda, compreender e contemplar os usuários de nossos projetos. Mais complexo, porém, - e ainda mais imprescindível - é interpretar a relação entre as pessoas e o espaço.

Quando incorporamos esses dois fatores, estamos lidando com inúmeras camadas invisíveis sobrepostas, tornando visível apenas a camada a qual denominamos realidade.  Para essa investigação, é preciso nos colocarmos também papel de citadinos, para melhor perceber o que o espaço urbano nos oferece e de que formas ele nos afeta.

É necessário, portanto, que analisemos também o contexto em que nos vemos inseridos. A sociedade atual, do ponto de vista histórico, vive momentos nunca antes imaginados, com a era do acúmulo de informação através de múltiplas mídias, e é inegável perceber o quanto isso se traduz na apropriação da cidade pelas pessoas.

A arquitetura, antes representada por monumentos feitos para durar, hoje se torna facilmente obsoleta e anacrônica, estática e fechada em si diante de um modo de vida completamente dinâmico e acompanhado de novas necessidades.

Nos dias de hoje, ao caminhar pelas cidades, o sentido da visão não se mostra suficiente para compreender os espaços em sua totalidade, o que demonstra quase um contrassenso na era do bombardeio de informações visuais. Os espaços carregam, - mais do que um cenário às atividades cotidianas, - memória, sentido, registros e outros diversos estratos de imaterialidade que nos passam despercebidos. Entretanto, tampouco é fundamental que tenhamos tal compreensão, pois seguimos em um fluxo que exige de nós apenas o imediato, tornando superficial nossa experiência no espaço urbano.

Como as cidades invisíveis de Calvino, nossas cidades estão repletas de fragmentos de realidades, que como um mosaico, se organizam no imaginário de cada um a partir de suas vivências, formando uma imagem esfacelada e mutável.

Ao longo dos anos estudando arquitetura e urbanismo, no entanto, percebi que este campo tem um grande potencial de transformação: mais do que transformação dos espaços, transformação das pessoas - sem as quais não existiria espaço qualificado. Essa transformação em si não está diretamente ligada somente ao projeto enquanto tectônica, estrutura materializada, mas à sua imaterialidade, que carrega consigo a construção das possibilidades. O vazio que é preenchido com os valores humanos de cada um, capaz, assim, de proporcionar experiências e tornar-se parte da memória de alguém.   

Os presentes ensaios serviram como método de experimentação da cidade, e serviram na elaboração de uma forma-tipo visando uma cidade mais aberta, incorporando ferramentas contemporâneas como a virtualidade para ampliar as noções de tempo e espaço. 

Espaço central para acolhimento de pessoas em situação de rua

          Desde a antiguidade verifica-se o acontecimento de moradia nas ruas, esta constatação se explica pelo fato histórico que aconteceu no Brasil, onde após a abolição da escravidão, por serem dependentes dos seus senhores, os escravos não tinham moradia e condições financeiras para começar uma nova vida. Atualmente a população em situação de rua tem aumentado bastante, acontece tanto no Brasil como em outros países, por este fato existem alguns órgãos públicos que tentam tratar da questão.

        Os motivos para chegar na situação de rua são diversos, como: ilusão de trabalho, problemas psicológicos, vícios, problemas familiares, desemprego, entre outros, porém o fator predominante é o desemprego, que está tão vigente no tempo atual, então necessitam de condições para ter uma vida efetiva e independente.            

       A proposta é integrar os serviços existentes atualmente que são necessários e importantes, modificando de forma qualificada e efetiva tanto para a vida como profissionalmente, também possuindo resgate da inclusão na sociedade e que tenham as mesmas oportunidades por direito de cidadão, possibilitando encontros onde consigam se expressar, mostrar suas habilidades e tendo o sentimento de utilidade. Contando com apoio dos órgãos públicos que tratam da situação de rua, pois seria complexo acolher todas as pessoas que estão nessa situação em Florianópolis no mesmo prédio, necessitam de outros equipamentos que ajudem, mas a edificação serviria de referência para o acolhimento.

Espaço de Integração Sócio Cognitivo: O olhar para a subjetividade

Desenvolver uma estrutura humanizada para inclusão e tratamento dos sujeitos com deficiência cognitiva, físico-motora, múltiplas e sensoriais, bem como de formação para os profissionais da aérea, para proporcionar uma melhor qualidade de vida na perspectiva da sociedade inclusiva para os sujeitos com transtorno mental e uma formação humanizada para os profissionais que trabalharão com esses sujeitos tão estigmatizados e com espaços de integração com a comunidade e manifestações culturais e artísticas.

Caderno:

https://pt.calameo.com/read/0057488616d03519dee1d

Gestar o Bem Social - A Mãe e a Criança como Protagonistas na Arquitetura

Nessa compilação estudei a fundo teoricamente a mudança de vida que ter um filho traz a vida de uma mulher. A maternidade não é fácil, a pintura que temos da mãe super heroína que deve se submeter a qualquer coisa com um sorriso no rosto é antiquada e distorcida. Ser difícil é diferente de ser ruim, e nessa análise tento aproximar um pouco de quem não conhece, as dificuldades que a maternidade traz a vida de uma mulher.

Junto de uma mãe, em algum momento, haverá uma criança. E apesar da maternidade ser um caminho difícil, ser capaz de formar um ser humano pleno é uma dádiva. Uma criança precisa de afeto, atenção e carinho para atingir sua máxima capacidade de desenvolvimento. Uma criança desenvolvida plenamente se tornará um adulto pleno, que vai retornar de alguma forma, mesmo que inconsciente, a dedicação que alguém teve com ele na infância.

O anteprojeto que nasce dessa compilação teórica, portanto, é uma edificação que acolhe as mães e proporciona um ambiente físico e emocionalmente saudável para o desenvolvimento pleno das crianças.

 

Habitação popular e mercado: racionalização, tecnologia e planejamento

Diante do alto nível do féficit habitacional no país, necessitamos trabalhar em ferramentas para tornar mais eficiente a industria da construção, visto que a produção de habitação popular não está sendo suficiente para atender a demanda. A estratégia é usar as ferramentas disponiveis pela politica de habitação atual, principalmente o programa Minha Casa Minha vida.

Minha proposta é estruturada pelo limite no orçamento, baseada no valor do financiamento oferecido pela Caixa Economica Federal aos compradores. Trago destaque também para um dos agentes do mercado privado da construção civil:   o setor que entra com o investimento. Nossa atmosfera urbana mostra que eles tem poder aquisitivo, mas tem pouco interesse por habitação de baixo custo.A tese que eu defendo é de que nossa cultura tecnologica na construção, não permite que seja rentavel sua produção.

Nesse trabalho se desenvolveu um projeto de residencia unifamiliar, inserida em um contexto urbano central. A principal tarefa é tornar mais eficiente o centeiro de obra. Portanto o que norteou o projeto, foram escolhas tecnologicas, para além do menor custo possivel, a eficácia em sua aplicação. Estrutura em concreto pré-moldado, divisórias em materiais secos, e fechameno com paineis, foram decisões tomadas que buscam balanço entre custo e tempo de execução.

Esse TCC terá como resultado, o orçamento e o cronograma do projeto proposto, para que se possa analisar o tempo de retorno do investimento em comparação com a taxa de lucro da empreitada. Espera-se que mesmo baixando a taxa de lucro do agente investidor na categoria (estado ou privado), ainda seja interessante em detrimento do rapido retorno. Dessa maneira atrair o maximo de agentes possivel para campo da habitação de interesse social.

 

 

in memoriam - Morte, Arquitetura e a Necrópole Contempôranea

Há algo que incomoda na morte, como um constrangimento.
Parece incoerente, no entanto. Ignoramos a única certeza em nossas vidas - sem eufemismos - vamos todos morrer. Ainda assim, o sentimento de “imortalidade” toma forma. Não temos consciência de nossa própria finitude e, ainda, não sabemos lidar com quem sofre uma perda ao nosso redor.
Nos meus encontros com a morte, percebi esse constrangimento. Percebi que, muito mais que o fato de eu não me permitir lidar com as minhas próprias perdas, a minha presença causava uma certa tensão - como se a qualquer momento eu pudesse desmoronar. Em um momento tão sensível, me sentia compelido a me fechar.
Consequentemente, a morte não tem espaço na cidade. Os cemitérios, ao meu ver, são grandes vazios. Espaços dotados de uma energia negativa, locais de chorar, de experiências frias, impessoais e pesadas.
Essas sensações me contagiaram ao ponto que proponho, neste trabalho de conclusão de curso, o projeto de uma necrópole que, ao mesmo tempo que traz dignidade aos que partem, traz conforto aos corações dos ficam. Um espaço que é, muito antes de pertencente aos mortos, de ocupação dos vivos.
A morte trata da finitude do homem, certeza de um fim. Ainda que não se saiba o que há depois deste fim, as arquiteturas funerárias tratam de um ponto de inflexão entre esses dois mundos: material e imaterial. O projeto que aqui toma forma, muito mais do que espacialidade, tratará a discussão sobre este fenômeno que negamos. Propõem-se uma soleira, um local de transição entre duas realidades, que faz pensar e refletir a certeza do fim da vida.

MEMORIAL LUZ

A proposta apresentada neste trabalho de conclusão de curso teve como parâmetro elementar preestabelecido, o reaproveitamento da estrutura de aço provisória de reforma da Ponte Hercílio Luz que foi adquirida pelo Governo do Estado de Santa Catarina e será desmontada após a conclusão das obras, porém, sem destino definido de uso.

 Por tratar-se de um grande volume de peças de um material nobre da construção civil,  flexível ao reuso e que não havendo projetos formalizados no Governo levará a sua venda como ferro-velho a valor irrisório ao adquirido e somados a real demanda para construção de um espaço abrigue o Memorial da ponte, foi avaliado como pertinente e atual o tema por tanger frentes de discussão como: gestão de recursos públicos, patrimônio, sustentabilidade e a abordagem espacial urbana nas orlas na cidade de Florianópolis. Além de inserir-se num momento especial próximo da conclusão de uma reforma com quase 30 anos de duração.  

 Sendo assim, foram desenvolvidos a partir de uma logística construtiva que utiliza como instrumento de viabilização técnica a própria estrutura de desmonte, quatro etapas de intervenção que formalizam a proposta global para edificação do Memorial da Ponte Hercílio Luz, tendo como objeto especial de detalhe aprofundado o Memorial.

 

Moinho Joinville - memória, arte e lazer

A proposta arquitetônica e urbanística tem por objeto oferecer à discussão a possibilidade de produção de um espaço voltado à cultura, lazer e bem-estar na cidade de Jonville, suportada por três pilares: a memória, o espaço público e a dança.

Monte Verde: o rio, a paisagem e a urbanidade.

O presente trabalho busca desenvolver cenários para o bairro Monte Verde, cuja essência seja a harônia com as águas, consequentemente, com a natureza. Proposta que visa atender demandas de macrodrenagem, a fim de reduzir os impactos ocasionados pelas cheias do rio Vadik. O estudo funda-se com o princípio de visão sistémica da bacia hidrográfica, neste sentido se faz jus a necessidade de elaborar uma proposta em conjunto para toda a bacia. Diversificando soluções e combinando alternativas para recuperar processos naturais de infiltração, como também conter os escoamentos. 

Proposta de recuperação e renaturalização do principal curso d’água da Bacia Hidrográfica do Manguezal do Saco Grande - rio Vadik. Uma alternativa diferente do moldelo existente, cujo rio é visto como obstáculo a ser vencido, removido, afastado ou coberto. Redescobrindo os rios e sua função e papel na cidade e na vida. Reconectar as pessoas com as águas da cidade, desenvolvendo bem estar-social atráves de uma relação harmônica com o meio ambiente.

Desenvolvimento e valorização da identidade do bairro a partir dos rios, constituindo uma nova relação , revertendo a problemática do  sanemaneto básico (esgoto sanitário e drenagem urbana) no símbolo da transformação do Monte Verde. Através da combinação dos  serviços, equipamentos e sistemas públicos /urbanos, como também da regulação do uso e ocupação do solo.

Moradia Estudantil

O dilema do arquiteto: do projeto ao canteiro de obras

Este trabalho pretende levantar as questões relativas ao papel do Arquiteto diante do projeto e da dinâmica do canteiro de obras, bem como das inferências de novas tecnologias sobre o gesto do desenho arquitetônico, passando pela análise das questões técnicas e cognitivas de todo o processo.

Serão comparados dois projetos para uma mesma edificação com o intuito de avaliar duas formas díspares de processos construtivos, fazendo as devidas referências aos levantamentos teóricos realizados para o trabalho. Um dos projetos será desenvolvido utilizando processo construtivo inovador, construção industrializada, totalmente customizada e modular, que utiliza mão de obra preparada e especializada. Em contraponto, o outro projeto se apresentará sob o modo construtivo tradicional usual. Dentro dos dois projetos apresentarei de forma prática a aplicabilidade tanto das ferramentas de comunicabilidade mais eficientes no desenho arquitetônico e de como elas podem ajudar a minimizar o afastamento do desenho ao canteiro de obras; quanto de como poderia funcionar um projeto voltado a uma construção civil inteligente, ecologicamente correta e eficiente.

Ao final, pretendo chegar a um panorama bem definido de ambos os processos projetuais/construtivos nos aspectos técnico, social e produtivo; comparando-os e levantando questões pertinentes ao tema deste trabalho para a reflexão dos pares, comunidade acadêmica e profissionais Arquitetos e Urbanistas.


Seria o Arquiteto capaz de ser efetivamente propositivo diante da realização de sua obra?


               Patrícia Wayne Chimiti Fernandes

O porto e a cidade. Costura urbana no centro fundador de Manaus

O devido trabalho é a proposição de enaltecimento da Identidade e da História de Manaus. A unificação das diversas manifestações socioculturais que o organismo da cidade possui. A proposta de uma espacialidade que una todas as identidades e personalidades da cidade, unindo ao único espaço comum a todos, o seu centro fundador. O centro fundador que se encontra na área portuária da cidade e que hoje se percebe um forte processo de gentrificação. O projeto consiste em unir as diversas manifestações culturais de Manaus, transmitidas através das artes (teatro, música, dança, arquitetura) com a espacialidade histórica do patrimônio portuário e arqueológico do centro fundador, percebidos no quarteirão da borracha, uma quadra com edificações em ruínas que estão na administração do porto e que estão na área de transição entre o porto e o centro fundador. O trabalho se propõe combater os processos de privatização da área e expulsão da população residencial e em condições de rua do entorno, unindo processos de incentivo à moradia, assistência social e de produção de conhecimento e reconhecimento cultural na cidade.

Ofício, oficina e o artífice marceneiro atual

A importância da produção de móveis para a economia estadual e nacional é incontestável, e o anseio de vender mais e produzir mais rapidamente os produtos é eminente para a manutenção e o crescimento do setor moveleiro. O sistema que se forma em volta da movelaria - que compreende desde o plantio de madeira certificada exótica e de rápido crescimento, de fábricas de chapas derivadas deste tipo de madeira, até cursos de formação para atender a indústria - tem total apoio do estado e da população, pois resulta em benefícios financeiros para ambos os lados.  Por outro lado vemos que a produção em massa com foco na exportação e até na venda interna dos produtos se desconecta cada vez mais de um processo produtivo mais ligado à qualidade dos produtos e da real formação de mestres artífices desta área. Este sistema - principalmente em Santa Catarina - também tem grande influência na formação de paisagem dos campos e florestas que outrora eram cobertos de mata nativa, ricos em fauna e flora, e agora contam com paisagens homogêneas e inóspitas. Pouca é a relevância do plantio e reflorestamento, seja para o manejo ou não, de mata nativa.
A ideia de uma marcenaria com trabalho voltado à qualidade dos produtos e a perpetuação do conhecimento, desenvolvido por centenas de anos de prática, parece ser bastante coerente com questões da nossa sociedade atual. O uso com cuidado de suas matérias primas, o entendimento das técnicas, a qualidade dos produtos, o descarte dos resíduos de forma adequada, a passagem de conhecimento, entre outras peculiaridades que estão presentes no trabalho de um artífice marceneiro, leva-nos a considerar a sua importância para um resgate cultural, com potenciais sociais, econômicos e para o meio ambiente.  

Como forma de resgatar e dar força aos artífices marceneiros, este trabalho será dedicado a pensar o espaço de trabalho de um marcenaria, entendendo os processos envolvidos na produção das peças, traduzindo as necessidades espaciais em um projeto que englobe a chegada de materiais, produção, descarte, estoque, atendimento ao público/exposição e ao ensino do ofício.
    O programa assim foi dividido em 3 partes:

1° Oficina;

2° Atendimento;

3° Hospedagem e ensino.

    A primeira parte está relacionada a oficina propriamente dita. O espaço de máquinas, ferramentas, acabamentos, recebimento e estocagem de madeira, descartes e assim por diante. A segunda parte se preocupa com o atendimento ao público e exposição das peças, que contaria com estacionamento, escritório, sala expositiva e banheiros. A terceira e última parte busca o incentivo na parte de ensino do ofício. Como os cursos seriam ministrados dentro do próprio ambiente de trabalho, a ideia é de possibilitar questões como hospedagem de oficiantes e mestres que vêm de outras cidades para estes eventos, criando assim ambiente que valorize as trocas e intensifique os momentos que envolvem o dia-a-dia de trabalho.

 

Paisagem no Tempo: intervenções na Fortaleza de Araçatuba e seu entorno

A Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba foi construída em 1742, na pequena ilha de difícil acesso ao sul da Ilha de Santa Catarina. Atualmente, do seu complexo, restam apenas ruínas.

Este projeto propõe intervenções, as quais permeiam diferentes escalas, a fim de revelar a complexidade do conjunto que é formado pela Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba e sua paisagem envoltória, composta pela Barra Sul (Naufragados) e Baixada do Massiambu (Praia do Sonho e Ponta do Papagaio). Foram feitos estudos de visualização do objeto arquitetônico, a partir das porções terrestres, que resultaram em um plano geral para área. Na grande escala, a intenção é valorizar e trazer à luz o monumento esquecido no imaginário e itinerário da cidade, ao passo que propõe a unidade do entorno como parque. No projeto, leva-se em conta as trilhas já existentes, a proposição de interligações entre elas, além de indicações para locais de apreciação da paisagem, equipamentos que ampliem a permanência e bases de apoio nas duas porções terrestres, para gestão do parque.

Adentrando na escala que contempla a ilha de Araçatuba e as ruínas da fortaleza, as intervenções são divididas em seções: permanentes e efêmeras. Primeiramente admite-se o sítio como uma base para diversas manifestações. No entanto deve-se prever itens de infraestrutura mínima para apoiar a visitação, que devem seguir padrões de segurança, durabilidade e formalmente serem elementos com certa neutralidade. As intervenções efêmeras, por outro lado, são proposições artísticas que, funcionais ou não, recontam parte da história da ocupação e da leitura do lugar, de maneira lúdica e não literal. Tais ações são idealizadas a fim de intensificar a percepção da passagem do tempo na fortaleza, assim como foram seus ápices e declínios enquanto unidade funcional.

Parque Iriringuá: Uma proposta de conexão urbana para a cidade de Araranguá - Santa Catarina

Este trabalho de conclusão de graduação apresenta um anteprojeto de um parque urbano para a cidade de Araranguá, no extremo sul de Santa Catarina.

A implantação do parque é proposta em um grande vazio urbano, localizado na área central da cidade que sofre com alagamentos, inundações e pressão da crescente ocupação do seu entorno.

O anteprojeto visa um parque que conecte pontos da cidade onde hoje há um obstáculo, além de propor equipamentos de lazer, esportes e encontro e educação ambiental e patrimonial.

PARQUE UNIDADE. Espaço de resgate das relações de comunidade e interação com a paisagem local. Campos UFSC, Sul da Ilha.

O trabalho terá como objeto de estudo parte do campos da UFSC, do sul da Ilha de Florianópolis, conhecido como campo da Tapera.
O local, que antes era o centro de treinamento da Celesc, contempla uma extensa área verde, campo de futebol, quadras esportivas, cancha de bocha, alojamentos, área de confraternização entre outras edificações subutilizadas. A proposta para este trabalho de conclusão de curso será uma maneira de reorganizar esse espaço para uso da cidade, tendo em vista que um importante projeto está sendo implantado no seu entorno, o novo Aeroporto Internacional de Florianópolis. 

PARQUE URBANO DA SERRINHA: Espaço de integração entre a cidade formal e informal

O presente trabalho, “PARQUE URBANO DA SERRINHA: Espaço de integração entre a cidade formal e informal” é resultado de um processo de análise e proposição projetual. O trabalho discorre sobre uma área ao lado da moradia estudantil pertencente à Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC que, atualmente, não se destina função específica. Situada no Maciço Central do Morro da Cruz, a área de estudo possui ao seu entorno uma configuração urbana singular. Nas porções elevadas, a existência de comunidades informais segregadas do contexto urbano; nas cotas baixas, a própria presença da universidade, da moradia estudantil, seus alunos e moradores; e a perceptiva local de desenvolvimento urbano fazem desta uma área significativa para a integração urbana local. Como o título já se refere, busca-se que o parque não apenas conceba a costura entra a área informal e a formal, mas seja ele palco de tal integração.

Planejamento urbano - O cenário de atuação do urbanista no contexto municipal

Reconstruindo o Envelhecer: Uma nova arquitetura para o Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC.

Neste trabalho ressalto o papel fundamental das universidades públicas na transformação social necessária na inserção da Terceira Idade na comunidade. A extensão universitária é um importante instrumento de desenvolvimento social. O idoso precisa ser valorizado como agente participativo e incluído no âmbito universitário. Portanto decidi trabalhar com o Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC (NETI), valorizando o programa proposto por eles. Esse programa vem revolucionando a vida de muitos idosos, contribuindo para a área da gerontologia e levando conhecimento e cultura para a comunidade.

O projeto é um novo edifício para o NETI, localizado na "Praça do Convivência", área atualmente ocupada pelo prédio da Imprensa Gráfica. Com uma dimensão muito maior do que o prédio atual do NETI, a nova sede conseguirá abrigar em seus ambientes todas as demandas do programa. O edifício proposto atende às funções administrativas e diretivas do NETI, porém possui também diversos ambientes abertos à comunidade da UFSC. A construção prioriza a acessibilidade, qualidade de aprendizado, permanência dos usuários, descobertas e integração dos alunos. Além dos espaços de aula e administração do NETI o edifício apresenta uma infraestrutura abundante, com espaços de uso coletivo amplos e abertos. Possui salas flexíveis que poderão ser utilizadas, também, por outros centros da UFSC. O edifício funciona como uma extensão da “Praça do Convivência” e busca por uma conexão direta com o entorno, requalificando os espaços e revitalizando a Praça.

 

 

Ressignificando o patrimônio: uma alternativa para a Fábrica de tecidos Renaux de Brusque

    Quando transitava pela avenida Primeiro de Maio em minha cidade, Brusque, Santa Catarina, a imponência da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux era algo que me chamava a atenção. Desde o ano de 2013 a fábrica decretou falência e eu assisti seu espaço físico ser entregue aos efeitos do tempo e da degradação. Sempre imaginei o que poderia vir a ser esse espaço já que seu uso original não lhe servia mais, e dessa curiosidade nasceu o tema para esse trabalho de conclusão de curso. 

    Em busca de uma melhor compreensão sobre o tema e de forma a preservar a integridade da memória acima de qualquer inserção, estudei a história não só da fábrica mas também da cidade em que está inserida e entendi que uma é diretamente influência da outra. Logo, repensar esse parque fabril não seria só uma ânsia pessoal, mas também uma maneira de manter viva a memória da população brusquense.

    A cidade complexa, aquela que mantém sua história preservada ao mesmo passo em que investe em seu futuro é o foco em que este trabalho embasa, buscando criar uma mentalidade voltada à preservação, e mostrando maneiras de se lidar com esse legado arquitetônico. A fábrica de tecidos Carlos Renaux é apenas um caso em uma cidade em que as fábricas por vezes centenárias deixaram de se tornar parte atuante da economia e que o espaço físico tem tamanha proporção que sua demolição seria insustentável. O trabalho que começou como uma vontade de desconstruir pensamentos daqueles que acreditam que a solução é a demolição, acabou por tornar-se um exemplo de como esse pensamento poderia ser empregado. Dando à uma fábrica uma diretriz e inserções, sejam elas arquitetônicas ou intencionais de forma a torná-la presente no cotidiano da cidade e não somente uma observadora passiva.

Rise in peace: Proposta de verticalização do Cemitério São Cristóvão e sua integração a um parque urbano

O problema da superlotação e subvalorização dos cemitérios da Grande Florianópolis evidenciam a relevância de novas abordagens na concepção do espaço cemiterial, atualmente relegado pela cidade. Nesse contexto, o Cemitério São Cristóvão no bairro Capoeiras deve ser compreendido como um local com características e dinâmicas urbanas que refletem a realidade de diversos cemitérios na região da Grande Florianópolis, mas que também possui características próprias decorrentes de sua localização. Nesse caso, a verticalização é adotada como uma iniciativa de projeto para resolver questões de restrições de áreas de expansão, além de possibilitar melhor aproveitamento das áreas do térreo para a implementação de um parque urbano. Esse cenário contempla questões delicadas as quais ultrapassam o rito da despedida, abrangendo também um espaço urbano mais sensível e receptivo à memória. Essa abordagem proporciona melhores ambiências e maior conforto aos visitantes, integrando o cemitério à comunidade e desmistificando os juízos pré-concebidos sobre os cemitérios e o seu papel dentro da cidade.

Sistema prisional e a cidade

O estudo permeia um pouco a perplexidade acerca do encarceramento em massa. A abordagem vai de encontro à  falta de um planejamento urbano inclusivo, por onde a cidade vai se desenhando e se desenvolvendo de maneira segregacionista. Ao mesmo tempo, com essa análise tento fazer uma conexão com o modo de produção ocidental, capitalista, neoliberal da sociedade, na qual existe uma necessidade de certas camadas sociais, as menos favorecidas, serem estrategicamente distanciadas da vivência da cidade. Por meio de estigmas, medos, estereótipos, entre vários outros aspectos, tal forma de (des)planejamento urbano acaba por demandar ambientes construídos que cerceiam a liberdade de indivíduos, então conhecidos como de "segunda classe", como forma de punição àqueles que não se encaixam aos parâmetros de convivência injustamente estabelecidos.  

Transcaeira: recontextualizando o Maciço do Morro da Cruz

   A rápida urbanização das cidades brasileiras acarretou na formação de centros urbanos que refletem espacialmente a desigualdade econômica de sua população. Na cidade de Florianópolis, a tendência nacional se confirma ao analisarmos a distribuição territorial da renda nas áreas da cidade - ainda que os índices apontem o município como detentor de uma das menores taxas de desigualdade do estado. A área conurbada da capital possui em seu espaço intraurbano diversas regiões com características periféricas: infraestrutura precária, dificuldade de mobilidade e falta de integração com a cidade. Em tais lugares se concentra grande parte da população de baixa renda.
   O espaço urbano de Florianópolis possui a particularidade de concentrar algumas dessas comunidades em um mesmo aglomerado, o Maciço do Morro da Cruz (MMC). Os habitantes informais do Maciço se situam nas adjacências da área central da cidade, representando cerca de 45% da população de baixa renda do município (IPUF, 2000) e, apesar da proximidade física, ainda residem pouco articulados com a cidade formal. As comunidades do Morro da Cruz representaram por muito tempo um “território-fim”, com poucos acessos nas menores cotas do Morro, pelos quais se desenvolvem e ramificam as comunidades morro acima.
   Os investimentos do PAC no Maciço na última década transformaram a qualidade de vida das comunidades, promovendo melhor infraestrutura urbana e sanitária . Além de criar novas conexões urbanas, ligando algumas comunidades que não possuiam vínculos rodoviários entre si e abrindo uma nova e importante rota para a cidade, a via Transcaeira. Esse acesso cruza transversalmente
o Morro da Cruz, conectando o Centro e a região da Trindade através das comunidades do Maciço.
   A transformação recente deste espaço é o ponto de partida deste trabalho, que busca promover uma melhor articulação do Morro da Cruz através de um plano de intervenção local.

Caderno

Prancha

2018-1

Do lugar ao não lugar: Reflexos da cidade contemporânea no Mercado Público

Os não lugares estiveram corriqueiramente presentes em minha vida, e talvez esse seja um dos motivos pelos quais esse tema me intriga. Eu percebi isso mais precisamente depois que fui apresentada a essa definição. Assim, o interesse pelos não lugares surge um pouco ao acaso, da curiosidade de entender melhor os espaços e suas relações humanas.
Alguns conceitos estudados por mim, tal como espaço, lugar antropológico e não lugar, me permitiram tomar consciência das transformações que surgem na cidade e vão modificando o espaço. Tomo como estudo de caso o Mercado Público de Florianópolis e o seu entorno, por acreditar que o mesmo esteja em processo de se tornar um não lugar.
No contexto da atual sociedade consumista contemporânea, entendo que as mudanças ocorridas no Mercado e seu entorno, como seu último projeto de revitalização geram a mercantilização da cidade contemporânea, contribuindo para uma higienização espacial e social. O atual Mercado Público possui elementos que aparecem como genéricos e homogeneizadores. E que impõem normas e padrões “estranhos” ao lugar, fragmentando e desfigurando o território e caracterizando uma perda de relação subjetiva com o espaço. Por outro lado, ainda existem alguns elementos que caracterizam resistência a esse processo e representam as singularidades produzidas no território, com caráter plural, identitário e histórico.
Este trabalho propõe uma leitura da cidade a partir da sistematização do conceito de não lugar. De modo a investigar e apontar o processo de espetacularização e mudanças que acontecem na cidade contemporânea de modo geral e como ela se apresenta no Mercado Público atualmente. E assim, a ideia é estimular um outro olhar e um pensamento crítico sobre o espaço.

 

 

Percepções sobre uma urbe texturizada: devaneios em sombras, sobras e dobras no espaço

O movimento, na verdade, pode ser uma impresso. A fragmentao do tempo faz com que percebamos os momentos de imobilidade, que apreendidos continuamente causam a iluso do movimento. Os corpos que se agitam e se mexem o tempo todo na urbe texturizam-na, num eterno jogo de ranhurar as superfcies, que acumulam essas marcas, feitas pelas massas corpreas que se acumulam e se desmaterializam enquanto parecem se movimentar. Sombras, sobras e dobras acontecem o tempo todo na cidade e dependem da relao corprea entre corpo cidado e corpo cidade, numa mistura de massas (corpreas e edificadas) que ocasiona a impresso de movimentos sobre suas superfcies. Os movimentos dos corpos cidados ficam embebidos em tintas, que escorrem e se acumulam no potencial texturizado das paredes, sendo esta uma urbe texturizada.

Antônio Carlos: do rural ao urbano

Este é um trabalho experimental que apresenta uma possiblidade de estratégia política de emancipação dos agricultores das dinâmicas às quais eles se inserem atualmente, aproximando-os do mercado consumidor e colocando-os como agentes que controlam a sua produção e a sua venda. Esta emancipação política dos agricultores só é atingida a partir de uma política pública de valorização destas pessoas como classe e como grupo social. Por isso se busca expandir a dinâmica que hoje se restringe ao rural também para a parcela urbana de Antônio Carlos; para que este também seja um lugar de valorização dos agricultores.
Baseado nesta realidade, se propõe a criação de uma Cooperativa agrícola em Antônio Carlos, não como objeto isolado e descolado da dinâmica do município - que se fundamenta na relação do núcleo urbano com a parcela rural. A Cooperativa Agroecológica proposta se espacializa sobre o território em dois equipamentos principais, um na parcela rural do município e outro na parcela urbana, sendo este último o objeto de aproximação e de desenvolvimento projetual deste Trabalho. Este equipamento, portanto, surge como possibilidade de uma estratégia política de organização dos agricultores sobre o território, a fim de que estes tenham domínio sobre as diversas escalaridades da relação produção-venda do que eles cultivam.
Antônio Carlos é um município agrícola, com uma dinâmica rural predominante, onde o núcleo urbano do município tem como função a de suporte e de apoio à parcela rural – é uma cidade no rural (SANTOS, 1993). Desta maneira, se propõe que a Cooperativa se territorialize também naquele espaço, aproximando o agricultor - como grupo social - da dinâmica urbana. Esta é a dimensão política deste trabalho, ao buscar a valorização do agricultor dentro da dinâmica do município como um todo. Porém esta valorização só será atingida ao se fortalecer Instituições já existentes, como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Antônio Carlos: é nesta instituição que o agricultor pode se ver representado politicamente como classe social.
A venda da produção agrícola pelos pequenos produtores rurais do município de Antônio Carlos é a principal temática de estudo deste Trabalho, assim como a territorialização dos distintos tipos de produção agrícola, as especificidades de cada microbacia e as urbanidades no rural, tomando o rural como um território heterogêneo. Este trabalho também busca uma alternativa às relações de produção e venda existentes, que atualmente se centralizam na Ceasa - Central de Abastecimento de Santa Catarina - e são totalmente dependentes da sua dinâmica. 

Caderno de TCC disponível em: <https://issuu.com/leonardopauli/docs/tcc2-caderno_de_tcc-r02> 

Aproximação, Intersecção, Reverberação - Habitando e construindo narrativas pelas espacialidades do comércio de rua

Se eu pudesse pensar em uma imagem para este momento chamado TCC, ela seria uma imagem em movimento. Aproximação, Intersecção e Reverberação, são movimentos que compõem este trabalho. Ele vai se constituindo na medida em que se movimenta e não almeja um destino final. O próprio movimento/trajeto é visto como destino. 

Aproximação:
O movimento de aproximação tenta me aproximar de um pensar e fazer Arquitetura e Urbanismo. Cada corpo contém (e é) uma espiral em movimento. O processo TCC busca me aproximar dessa espiral: investigar, questionar e compreender quais valores e condições humanas compõem seus movimentos. . O grande acerto, seria condicionar a espiral aos movimentos mais familiares e prazerosos, potencializando-os. O TCC é este momento: uma busca por um equilíbrio dinâmico que dá intensidade a uma espiral que já se encontra em movimento antes mesmo do próprio TCC começar.   
Durante este processo de aproximação, o Fotografar, o Dançar e o Desenhar revelaram o Construir e o Habitar como valores humanos fundamentais na construção dos movimentos desta espiral. 
 
Intersecção:
A intersecção o movimento que me impulsiona ao encontro das espirais e dos valores das(os) comerciantes de rua. É quando o meu estado de espirito encontra o estado de espirito do outro. Neste trajeto de encontros e desencontros - um constante encontrando- surgem pontos (e manchas) de intersecção que contém valores humanos que nos são comuns.
As intersecções se sustentavam na forma de narrativas. A narrativa da Espacialidade da Troca inicia os movimentos deste trabalho. Uma outra, revela a espacialidade dos comerciantes não só enquanto troca, mas também enquanto o Habitar e Construir o espaço-tempo da rua. As duas narrativas espelham valores e condições humanas da vida nas cidades. 
 
Reverberação
Ao potencializar os movimentos de intersecção acontece a possibilidade de expandir este movimento e reverbera-lo. O que se reverbera são os movimentos percebidos nas intersecções. Reverberar significa tentar contribuir para que o universo de uma pessoa (e o meu) possa se ampliar por um instante. Talvez, nesse reverberar, essa pessoa também se reconheça nas espacialidades do comércio de rua, em determinadas condições de espaço e tempo.
A reverberação é o movimento em que o trabalho faz sentido e refaz seus sentidos, procurando expandir os sentidos do próprio TCC.
Ainda que limitado, o caderno de TCC já é uma reverberação.

 

BiblioParque - Redefinindo a busca pelo conhecimento

O Projeto de uma biblioteca em uma área verde buscando conceitos da "slowcity", tem como objetivo, oferecer um espaço que desacelere e desconecte do caos das cidades de hoje em dia, para que os usuários possam buscar conhecimento em contato com a natureza.

Espaços pensados em pessoas reais baseados no "makerspaces", oferecendo conhecimento não só em livros, mas através de ateliês. oficinas, laboratórios, entre outros. Onde existam trocas de conhecimento entre as pessoas.

O Projeto consiste basicamente pelos percursos que contemplam uma variedade de interação com a natureza: Uma entre o edifício e o meio ambiente em volta e o outro seria o contato diretamente com a ambiente natural, seja por caminhos no solo, passarelas na copa das árvores e estares que conectam as pessoas com o verde, trazendo um sossêgo, paz de espírito e mehorando cognição e a criatividade.

Essa ideia tem a finalidade de "plantar uma semente" e que possa gerar outras ideias que busquem resgatar a velocidade do Ser Humano e não do automóvel.

Blumenau espetacular: ensaios de resistência

O título deste trabalho faz referência à obra “A Sociedade do Espetáculo” (1967) do escritor francês Guy Debord, onde é feita uma crítica às relações sociais na contemporaneidade, que segundo o autor, passaram a ser mediadas por imagens e representações em forma de espetáculos. Sob esta ótica, explora-se o sentido de espetáculo debordiano ao encarar a imagem germânica atribuída à cidade de Blumenau nas últimas décadas como uma forma de espetacularização urbana. A competição por turistas e investimentos, motivou o poder público a construir e vender uma imagem da cidade. A partir do final da década de 1960, buscou-se na colonização germânica a justificativa para a construção de uma imagem identitária cenográfica para a cidade, mesmo que Blumenau já fosse etnicamente miscigenada devido aos fluxos migratórios provenientes da sua industrialização. Este paradigma se materializou na cidade através dos projetos ditos de “revitalização urbana”, que através de uma estratégia homogeneizadora, espetacular e consensual buscaram transformar o espaço público em cenários. Contudo, um processo de resistência coexiste com o espetáculo: na cidade, proliferam-se movimentos contraditórios, não sendo um campo de operações programadas e controladas.Segundo a autora Paola Jacques, a cidade deixa de ser uma cenografia no momento em que é vivida. As experiências do corpo na cidade formam um contraponto à imagem rasa da cenografia urbana e da cidade espetacularizada, através da enorme potencia da vida coletiva. Partindo de uma leitura sensível da cidade de Blumenau, buscou-se apreender e mapear ações desviatórias do espetáculo como uma forma de resistência. A partir desta análise, este trabalho rumou para ações propositivas em forma de ensaios. Estes ensaios são propostas de intervenções que exploram o campo da possibilidade, objetivando catalisar movimentos de resistência ao espetáculo no centro fundacional de Blumenau, possibilitando e potencializando usos efêmeros, ligados à arte, à cultura e a vida cotidiana dos moradores da cidade. Consistem em intervenções em diferentes locais e escalas, onde juntas, formam um circuito de espaços públicos contra-hegemônicos.

Brinquedoteca-Aprender Brincando-Uma proposta para Jaraguá do Sul-SC

A Brinquedoteca é uma nova instituição que nasceu para garantir à criança um espaço destinado a facilitar o ato de brincar e aprender.
É um espaço que se caracteriza por possuir um conjunto de brinquedos, jogos e brincadeiras.
O projeto da Brinquedoteca busca ser um espaço de apoio as práticas de ensino tradicionais,trazendo o lúdico como principal forma de fazer com que o processo de aprendizado seja algo interessante e divertido para as crianças.

Palavras-chave: lúdico;brincar;aprender.

Cartografia da percepção: a cidade em vistas parciais

Durante a infância somos constantemente estimulados a desvendar nossos sentidos, ampliar nossas percepções, “conhecer o mundo”. Sob a assertiva de que já absorvemos o suficiente, vamos, pouco a pouco, desconhecendo-nos. Não tiramos mais os sapatos para pisar a areia, nem pintamos com os dedos para não sujar os pés ou as mãos. Por julgar já conhecer, não nos permitimos  sentir, mais uma vez, o aroma da flor, a textura áspera da pedra. Ao acompanhar a produção arquitetônica atual, seus rumos e tendências, deparo-me com uma Arquitetura sobretudo visual, que visa sua propagação nas mídias de massa através de fotos - vistas parciais - que, por sua vez, são estáticas, ainda que a Arquitetura manifeste-se, essencialmente, em sua fruição dinâmica. O que compreendemos como determinado objeto é, na verdade, uma coletânea de diferentes vistas - adumbrações - as quais nos conferem uma ideia do todo. A cidade é, portanto, "um objeto que nunca foi e nunca será visto em sua inteireza por ninguém" (ARNHEIM). A vivacidade altera constantemente a conformação do espaço público, por intervenção das pessoas, dos eventos e de suas respectivas apropriações. Na proposta, criam-se novas vistas parciais à cidade por meio das experiências.

 

 

Cenografia - Uma Atividade Interdisciplinar

CESOL FLORIPA - Centro Público de Economia Solidária em Florianópolis - SC

O presente trabalho pretende abordar o tema “Economia Solidária” através do projeto de uma edificação que atenda as necessidades práticas de um Centro Público de Economia Solidária em Florianópolis. A edificação pode ser caracterizada como um espaço multifuncional público de caráter comunitário que se destina a articular oportunidades de geração, promoção e fortalecimento do trabalho coletivo baseado na Economia Solidária, contando com ambientes administrativos, educacionais, de capacitação e de comercialização, gerando renda, troca de saberes, interação e consequente inclusão social dos usuários do local.

Costurando Memórias

O assunto a ser abordado no presente trabalho de conclusão de curso refere-se a memória residual presente em espaços desocupados e negligenciados no ambiente urbano, utilizando de exemplo e estudo de caso uma edificação que permanece sem uso por mais de 20 anos após sua finalização: o Caravelas Praia Shopping. O edifício com quatro pavimentos localiza-se no bairro de Ingleses/ Florianópolis-SC, e apesar de não representar uma arquitetura singular e com grande apelo estético, foi o pivô da inquietação acerca do tema. Inquietação esta acarretada pelo vazio aparente: de uso, de memórias e de significado. Um corpo sem alma e sem vida que permaneceu assim por mais de 20 anos em meio a principal e mais movimentada via do bairro. Mas será que estes espaços aparentemente inabitados de memórias e de significado não abrigam em sua carcaça deteriorada histórias, vidas e memórias? Sob tal perspectiva, o tema busca abranger uma discussão sobre memória, patrimônio e valores e como esses conceitos ecoam no espaço urbano e no ambiente da cidade. Com base nessas memórias será elaborado um projeto de intervenção arquitetônica nesse espaço, incorporando recordações, lembranças e desejos dos moradores do bairro.    
Link Pranha: https://issuu.com/stefaniamedeirosstakonski/docs/prancha_tcc_final_impress_o
Link Caderno:https://drive.google.com/file/d/1MpldDQxq-KbGR2udvGu-8Hswxgp1fr1h/view?usp=sharing

CULTURA SERRANA: Um Resgate do Campo na Cidade

Este trabalho aborda os temas comuns do dia a dia do povo serrano, com destaque para as relações urbanas estabelecidas desde o crescimento do turismo, nos últimos 10 anos. O que pode ser resgatado para proporcionar uma cidade mais democratica para todos.

Entre montanhas e rios: Um sistema de áreas verdes e Estratégias de mobilidade para a valorização da identidade paisagística e a vida comunitária de Nova Friburgo - RJ.

Nova Friburgo é um município do Estado do Rio de Janeiro visitado, turisticamente, pelo contato com a verde e características de tranquilidade e salubridade pertencentes a sua identidade paisagística. No entanto, esses aspectos não são compartilhados em todo território da porção central. Já que o desenvolvimento desordenado nas encostas e morros,  o fluxo de caminhões e caminhonetes provenientes de indústrias da região, baixos investimentos em áreas públicas de lazer durante o século XX e XXI e o Megadesastre de 2011 desconfiguraram a paisagem da cidade e consequentemente a sua identidade. Por isso, o projeto visa a valorização dessa identidade paisagística a partir de um Sistema de áreas verdes e a aplicação de estratégias de mobilidade urbana. Afinal, a identidade paisagística de Nova Friburgo deve ser valorizada para a retomada de aspectos de tranquilidade e salubridade, importantes não somente para a qualidade de vida do município e o turismo, mas também para a autoestima do cidadão friburguense. Assim, o trabalho visa aproximar o cidadão com a paisagem natural do município conjuntamente com o fortalecimento da vida comunitária, a partir de: um sistema de praças, parques e boulevares, que torne o verde e os rios mais próximos em porções onde, hoje, são inacessíveis ou são menosprezados pelo poder público; e Estratégias de mobilidade que priorizem o pedestre e os meios de circulação não motorizados sobre o veículo individual. Sendo que as estratégias de mobilidade são necessárias para se atingir os objetivos do Sistema de áreas verdes e consequentemente os do projeto em si.

Palavras-chave: paisagem cultural, patrimônio, sistema de áreas verdes, mobilidade urbana, desenho urbano.

Escola para crianças, benefícios para a sociedade: Investigação sobre o papel edifícios educacionais para a comunidade.

A proposta pretende espacializar uma escola estadual no bairro da Barrada Lagoa, no local da existente, com diretrizes de maior integração com a comunidade e articulação espacial integradora das diversas e novas atividades, com pressupostos de sustenbtabilidade e flexibilidade espacial a partir de técnica construtiva adequada.

Estratégias de Ocupação de Áreas Próximas à Corpos d'Água em Joinville Utilizando Áreas de Lazer e Equipamentos Urbanos

Estudos Sobre a Cidade e a Arte Urbana | Hip Hop um respiro em meio ao cinza

Este trabalho se constitui em um estudo sobre a cidade e a arte urbana, tendo como recorte as manifestações artísticas vinculadas à cultura Hip Hop e a cidade de Florianópolis. A partir de uma leitura crítica sobre os mecanismos de espetacularização e segregação urbana que compõe as cidades contemporâneas verifica-se a necessidade de valorização dos instrumentos de resistência que contrariam esta lógica higienista de ocupação dos espaços. Por isso, este trabalho traz as práticas artísticas do RAP, Breaking e Graffiti enquanto ferramentas para o uso e a apropriação do espaço público de forma a incentivar a democratização dos mesmos, e a possibilidade autonomia por parte dos usuários.

Com este trabalho espero disseminar o conhecimento sobre a cultura Hip Hop, valorizando esta forma de manifestação artística e contribuir para uma leitura mais sensível sobre a cidade e seus mecanismos de repressão social.

Link para acesso do caderno: https://issuu.com/j_milan/docs/caderno

Link para vídeo de introdução sobre a Cultura Hip Hop: https://www.youtube.com/watch?v=_IoroC3bnEs&t=8s

Habitação rural: a permanência no campo e a atuação arquitetônica-urbanística

O trabalho faz um apanhado da forma como o campo é historicamente invisibilizado em nome do desenvolvimentismo e da industrialização nacional e como isso se reflete nas estatísticas oficiais; as diferenças e reflexos do agronegócio e da agroecologia; insere no debate dados que mostram um rural maior e presente na dinâmica nacional; faz a crítica às atuais formas de atuação dos arquitetos-urbanistas no meio rural, incluindo as políticas públicas que lidam com a espacialidade do campo e de seu habitar; e lança possibilidades de trabalho nesse território, desenvolvendo uma metodologia participativa de trabalho com linguagem acessível aos moradores de uma unidade rural em Turvo/SC, além de priorizar as condicionantes locais nas ações propostas.

Trabalho orientado por Marina Toneli Siqueira, professora do departamento de Arquitetura e Urbanismo, e coorientado por Sirlândia Schappo, professora do departamento de Serviço Social.

Histórias Cruzadas: Paisagem, Cultura e Espaços Públicos na Barra da Lagoa

Ilha das Bruxas - Gênero, Cidade e Ocupação feminina

O trabalho se propõe, primeiramente, a estabelecer uma reflexão acerca da mulher e dos espaços de Florianópolis (SC), sob a perspectiva das personagens mais emblemáticas do folclore do município: as bruxas. Essa temática surgiu como um ponto de partida de investigação e pretendeu-se torná-la ferramenta para entender a questão de gênero e cidade.

A partir das pesquisas realizadas, concluiu-se que as personagens bruxas representam não só um paradigma de ocupação de resistência feminina, mas também um potencial de legitimação da mulher nos espaços públicos. Além disso, foi possível estabelecer uma analogia entre as personagens e diversas iniciativas independentes de ocupação feminina que atualmente acontecem na cidade.

A proposta, então, é um projeto de edifício público no centro da cidade, somado a diretrizes urbanas que possibilitem um uso mais igualitário dos espaços, no intuito de dar suporte e fomentar diferentes tipos de ocupação feminina em Florianópolis.

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[link para leitura online do caderno] bit.ly/ilhadasbruxas

[link para download da prancha em alta resolução] bit.ly/bruxas_prancha

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Memória e Imaginação: Ensaios sobre o “Parque da Cidade Roberto Burle Marx”

 

O presente trabalho, motivado pela memória afetiva que carrego de minha cidade natal, se define por um ensaio propositivo para o Parque da Cidade Roberto Burle Marx, maior parque público de São José dos Campos-SP. A paisagem do parque é composta pela sobreposição de diferentes momentos históricos: as instalações de uma antiga fazenda, um complexo fabril desativado, jardins projetados por Roberto Burle Marx e diversos edifícios modernistas de autoria de Rino Levi, muitos destes subutilizados. Desse modo, o ensaio é o resultado de um debruçar-se sobre o existente, tomando-o como substrato fértil para a imaginação das possibilidades contidas condição atual.  Este se comunica-se por meio de aquarelas, que se tornam a substância que dá forma à imaginação e expressa qualidades e dimensões que não poderiam ser contemplados pela representação técnica. Pretende-se aqui, antes de planejar e demonstrar a exequibilidade de tais ações, estimular e convidar o leitor a co-imaginar estes possíveis, envolvendo-os com a singularidade do Parque. 

Link para o caderno: 
https://issuu.com/arqmariaeduardalima/docs/terceiro_teste_caderno_issu​

 
 
 

Momentos de uma rua: Ressignificando a Felipe Schmidt

Link para acesso ao caderno de TCC 2

https://issuu.com/gabriellevaz/docs/caderno_final

Novo Morar no Campeche

Esta proposta envolve a concepção de uma nova forma de habitação sustentável para Florianópolis, na região do Campeche. Parte do conceito de áreas mínimas de módulos habitacionais voltados à máxima utilização da energia solar e conforto ambiental, com ênfase na preservação da cultura local, que possui grande riqueza natural e um estilo de vida voltado ao contato com o meio-ambiente. Busca o resgate das raízes ecológicas do bairro, incorporando estratégias construtivas e tecnológicas que possibilitem constituir uma nova forma de morar conectando a história da região com as vantagens da moradia urbana do século XXI, rumo à um futuro mais sustentável.

Novos Começos: Integração dos Novos Imigrantes na Cidade de Criciúma/SC

Até o final de 2016, segundo o CONARE, o Brasil reconheceu um total de 9.552 refugiados de 82 nacionalidades. Especificamente na cidade de Criciúma, região Sul do estado de Santa Catarina, no ano de 2014 segundo a Secretaria de Assistência Social, entraram no município cerca de 3.000 pessoas advindas principalmente do Haiti, Gana e Senegal.

O tema das migrações não é conhecido nem abordado nas disciplinas de Arquitetura e Urbanismo, mas o arquiteto pode entrar em diversas questões de importância social com o  seu conhecimento específico da arquitetura, que é traduzir em forma e logo organizar em forma de proposta a esse problema.

Uma das perguntas que este trabalho pretende abordar é como a diversidade é reconhecida, respeitada e acomodada pelo ambiente construído. A cidade de Criciúma, escolhida para estudo, é o ambiente urbano onde essas diferentes culturas já entraram em choque e como essa tensão entre culturas distintas pode ser amenizada por meio de um espaço que contribua na integração dos novos imigrantes e da população local.

Neste trabalho considera-se pertinente repensar o processo projetual e o papel do arquiteto como gerador de mudança, envolvendo-se em temas de abordagem multidisciplinares que transbordam os limites da arquitetura, e o arquiteto como agente facilitador de processos que tendem a levar a um objetivo maior: o bem estar e a qualidade de vida das populaçoes.

A proposta do projeto visa conceber uma arquitetura que ofereça desde o  acolhimento temporário, segurança e o atendimento das necessidades básicas dos imigrantes e refugiados enquanto aguarda  a retirada de documentos, a procura por um emprego e moradia. Além de um espaço onde possam expressar a sua identidade, proporcionar o acesso ao reconhecimento profissional e ao sistema educacional, expor a diversidade cultural promovendo atividades de apoio e culturais.

O local para a implantação deste trabalho é o Bairro da Próspera, na porção leste do município de Criciúma/SC, tem sua história vinculada diretamente à exploração do carvão. Essa atividade econômica deixou marcas na paisagem urbana  através do abandono de suas instalações e da degradação do meio ambiente, atualmente esses terrenos subutilizados constituem os chamados vazios urbanos industriais.    

Através de uma requalificação da área, poderia ser reinserida no contexto urbano com o uso voltado ao acolhimento e integração de imigrantes. E assim, reincorporar este espaço à produtividade da cidade, resgatando a memória e identidade do lugar, contribuindo para melhoria do ambiente urbano, do cumprimento da função social da propriedade e da qualidade de vida do cidadão.

 
 

O Caminhar e o permanecer em suas diversas perspectivas: Propostas de renovação dos mirantes e trilhas no Norte da Ilha de Florianópolis

O trabalho se refere ao estudo de espaços livres em Florianópolis e a utilização dos existentes como espaços públicos e locais para a visualização do entorno. A proposta é de requalificação da trilha da Lagoinha do Norte para a Praia Brava (Trilha do Morro do Rapa) e a construção de mirantes em alguns pontos. 

Palavras chave:

Mirantes, Trilhas, Requalificação, Florianópolis

O Espaço Entre: Uma proposta de incentivo ao convívio intergeracional

O presente trabalho tem como cunho a relação da arquitetura com o fator geracional, questionando a tendência atual de se projetar espaços exclusivos para cada faixa etária. Aliado a este cenário segregativo, temos a questão da alteração dos indicadores sociais, os quais apontam um crescimento vertiginoso da população idosa. Considerando que há um alto índice de sintomas depressivos perante este grupo devido a um rareamento dos contatos sociais e a um esvaziamento de papeis, deparamo-nos com a necessidade de criação de estratégias para amparo e inserção social a esta faixa etária.

Após estudos referentes as particularidades de cada grupo geracional, propõe-se realizar a integração entre as fases extremas – a infância e a velhice – através de um projeto que incentive o convívio e a co-educação entre as mesmas.

O local escolhido para o projeto localiza-se no bairro da Coloninha, onde propõe-se a reestruturação de equipamentos existentes na quadra de intervenção (Creche Professora Maria Barreiros e Centro Social Urbano da Coloninha) e a instauração de uma habitação para idosos a fim de oferecer suporte ao envelhecimento.

O Fenômeno da vida na terceira idade - ILPI no município de Biguaçu

Este trabalho apresenta uma análise sobre a vida na terceira idade e a moradia em instituições. Partindo da constatação de mudança no perfil da população brasileira e do consequente aumento na demanda por locais que possam oferecer moradia e cuidado ao público idoso, decidiu-se propor uma Instituição de Longa Permanência para Idosos no município de Biguaçu, onde atualmente não existe a oferta desse serviço com caráter público. Para além da demanda de moradia e cuidado, existe uma série de outros fatores que precisam ser tratados com relação aos estigmas que envolvem as instituições e seus moradores. Dessa forma, a proposta deverá incluir um Centro de Convivência Intergeracional que promova integração social entre diferentes faixas etárias a fim de tornar comum a toda a população o processo de envelhecimento e da valorização da pessoa idosa.

Requalificação do acesso à escadaria do Quebra-Pote: Uma (re)visão sobre as escadarias em encosta de morro no centro de Florianópolis

O trabalho retrata o desenvolvimento urbano e os níveis de urbanidade na comunidade do Mont Serrat, no centro de Florianópolis, a percepção das escadarias como forma de se deslocar comum a comunidades em encosta de morro no centro da cidade; suas especificidades urbanas positivas e negativas, propõe a requalificação do acesso à escadaria da Servidão Quebra-Pote na base da comunidade, através de uma Praça pública multifuncional em patamares, configurando um caminho diferente para o desenvolvimento urbano da região a partir de abordagens culturais, teóricas e urbanísticas.