Trabalhos de Conclusão de Curso

Trabalhos orientados por Rodrigo Almeida Bastos, Prof. Dr.

Foram en contrados 8 trabalhos

2020-1

Música Espacial - Proposta de uma escola de música para Florianópolis

O objetivo deste trabalho traar um paralelo entre arquitetura e a msica. Parece bvio relacionar estas duas matrias, afinal, desde a idade antiga so conhecidas pela sua correlao, sendo citada at mesmo como a inseparvel esfera das artes.

A vivncia da arquitetura e da msica muito atrelada experincia esttica que se constri, para o deleite daqueles que as ouvem, veem e criam, contudo no to frequentemente essas matrias so observadas levando em considerao os efeitos que produzem no plano psicolgico daqueles que as usufruem.

Mais ainda do que questionar como se recebe a msica e a arquitetura no plano individual, pode-se questionar como procede a interao destas entre si. Como os planos utilizados para traar paralelos entre estas esferas afetam os espaos criados? Como relacion-las em uma situao em que a arquitetura tem como objetivo produzir msica?

Um dos objetivos especficos deste trabalho, desenvolver um projeto arquitetnico que ter a msica como personagem principal, descobrindo, na prtica, quais so as relaes que existem entre elas e como produzir um espao de qualidade para a prtica da msica.

A importncia de um projeto como este, alm de aplicar o embasamento terico, o contexto onde est inserido. A cidade de Florianpolisno apresenta grandes incentivos produo cultural, algo intrnseco da cultura brasileira, contudo, no se pode negar que o ensino das artes capaz de transformar realidades sociais e intelectuais, sendo considerada uma grande alavanca para o conhecimento e crescimento do ser humano.

Ao entender a cultura como um bem imaterial, entende-sea necessidade de criar oportunidades para sua insero na cidade. A msica cai como luva nesse contexto, algo que no se pode ter ou tatear, contudo se mostra presente nas memrias mais saudosas daqueles que a presenciam, um bem de valor inestimvel. Outro objetivo especfico produzir um espao de uso pblico, onde sejam distribudos bens imateriais. O desafio promover este tipo de vivncia e oportunidade atravs de um lugar que seja fisco, mas que remeta a lugares psicolgicos.

caderno com imagens em maior qualidade:https://drive.google.com/file/d/14dJjRk8k-mwwwoHFjQRoNgKQNFHbQgLA/view?usp=sharing

O processo de composição de Erich Mendelsohn: da música à arquitetura

Este trabalho pretende investigar as relaes que o arquiteto Erich Mendelsohn estabelece com a msica, com destaque para o seu perodo produtivo na Alemanha entre 1917 e 1933. A partir da leitura e anlise dos croquis e cartas trocadas entre ele e sua esposa Luise, percebe-se a importncia de peas musicais de compositores como J. S. Bach e Beethoven. A relao de Mendelsohn com Schnberg tambm desperta especial curiosidade pelas numerosas semelhanas na vida e obra, sendo a conciliao entre racionalidade e expresso um trao de ambos. A proposio de novos parmetros no os impede de estarem fundamentados na tradio da msica tonal. Estimulado pela msica de Bach, Mendelsohn articula as massas construtivas por meio do contraponto entre os planos e pensa no todo (das Ganze) da sua criao. O ritmo uma das ferramentas principais que o arquiteto usa para proporcionar conexo entre as partes e o pensamento como um organismo, no qual cada parte importa e se relaciona com o todo. Tal compreenso se efetiva na anlise das fachadas das Lojas Schocken, nas quais se observam diferentes frequncias de elementos de abertura ou revestimento relacionadas entre si. A caracterstica totalizante, expressa aqui como gestalt, se mostra como uma das maiores semelhanas entre os fluxos musical –que flui no tempo –e o arquitetnico –que flui no espao. Por meio dos seus croquis fantsticos, sendo diversos estimulados e at intitulados por peas musicais, Mendelsohn represa o fluxo do tempo e reinterpreta-o com o seu prprio instrumento, o lpis 6B. Nesse processo denominado como Stauung (represamento), realiza-se a apreenso do fluxo musical de forma subjetiva, para em seguida ser materializado no desenho. Ele no representado de forma literal, mas como uma nova interpretao, um desdobramento possvel da sua impresso. Constata-se que a msica proveitosa para compreender muitas de suas decises arquitetnicas. Mendelsohn encontra na msica de Bach uma forma contrapontstica que ainda no havia sido materializada, uma msica que no s fonte de inspirao subjetiva, seno uma referncia importante na concepo da sua arquitetura.


Palavras-chave: Erich Mendelsohn. arquitetura moderna. msica. expressionismo. esttica.

2019-1

A UFSC como parque cultural: ensaios de desconstrução expositiva

As exposições sempre ocorreram como espaços de experimentação e expressão perante o público. Revelando o contexto histórico dentro do qual tanto a história da arte quanto a história da arquitetura são protagonistas da própria história das exposições, encontramos uma situação de importação e elitização cultural em nosso país, que obviamente está presente em outros tipos de instituição, como por exemplo a universidade, que essencialmente deve ser um espaço de experimentação radical. Tratar essas instituições e o próprio sistema da arte como públicos é necessariamente uma questão a ser discutida e criticada dentro da universidade, a qual sofre atualmente uma ameaça de extinção. As formalidades desnecessárias dos espaços de arte podem ser recicladas dentro do contexto fundamental ao ensino, que são as informalidades.

A prática expositiva na arquitetura tem o potencial de explorar o processo em detrimento do produto, ou da obra de arte aurática. Isso pode ser utilizado como uma estratégia de ensino, e assim trabalho com o campus da UFSC sob uma perspectiva de instituição cultural. O que uma exposição de fato é ou pretende ser, já que a história é alternadamente revisitada e esquecida num piscar de olhos? Além de que dizem que chegamos ao fim da arte. Através da prática de exposições pode ser possível perceber de que formas a arquitetura pode se disponibilizar como uma simples extensão física da arte, na forma de espaços públicos informais com institucionalidades recicladas. Trabalho com uma hipótese de ensino artístico e arquitetônico aberto, em que essas disciplinas se tornam híbridas com outras disciplinas ofertadas na universidade - uma rede de espaços em que os estudantes aprendem através de eventos, atividades e experiências culturais conectadas com o público - a população de Florianópolis e principalmente a comunidade do entorno do campus.

Um hospital de olhos para Florianópolis

O presente trabalho propõe um hospital de olhos para Florianópolis. Localizado no bairro Agronômica, em meio a outras instituições de saúde, o projeto foi pensado para acolher os seus visitantes e também do entorno e proporcionar a eles um ambiente humanizado onde possam passar o tempo, ter atividades, locais de espera variados e, claro, seu tratamento oftalmológico.

2017-2

Cooperativa de Anitápolis - Um elo entre a comunidade rural e urbana

Inicialmente, o presente trabalho investiga o município catarinense de Anitápolis, em sua esfera sócio-espacial e sua relação particular homem/meio, com a finalidade de estimular o debate sobre estratégias que direcionam o desenvolvimento local de maneira sustentável. Após pesquisa e análise, proponho então como tal estratégia a organização coletiva do trabalho dos pequenos agricultores do município voltada para o comércio da região. Neste caso, a arquitetura se enquadra como instrumento para a criação de identidade deste projeto sócio-espacial, ao projetar os espaços que dão base a rede de produção da cooperativa. Iniciando o processo nas propriedades rurais cooperadas, logo após na convergência desta produção para agroindustrias rurais, que se encontram nos pequenos núcleos rurais do território e, por fim, a sede da cooperativa, inserida no núcleo urbano do município, sendo este o local chave para a interface entre a cooperativa e a sociedade, o espaço destinados as relações humanos e ao comércio regional.   

 

2017-1

Cidades e memórias: articulação do eiro monumental de Maringá

2016-2

Vila Itororó: reabitar a cidade

A Vila Itororó é um conjunto de casas de aluguel construídas a partir da década de 1920 onde hoje é o bairro da Bela Vista, na área central de São Paulo. É um fragmento urbano remanescente na cidade atual como “colagem” de arquiteturas e memórias de diferentes épocas.

O trabalho investiga a reintegração desse fragmento de cidade ao seu contexto urbano e aborda a locação social como forma de enfrentar a gentrificação nas áreas centrais, muitas vezes desencadeada justamente a partir da reabilitação do patrimônio histórico edificado.

Imaginar a reintegração da Vila Itororó ao seu contexto urbano possibilita questionar o imperativo do uso cultural nos projetos de reabilitação do patrimônio histórico, discutir a importância da habitação social nas áreas centrais diante da lógica “centrífuga” de expansão da cidade e, até mesmo, refletir sobre perspectivas futuras de cidade.

 

2015-1

Arte e Corpo no Espaço Educativo