A construção desta plataforma tem por objetivo consolidar e ampliar a implementação de Redes Abertas de Aprendizagem, a partir de Tecnologias de Informação e Comunicação. Faz parte do programa de pesquisa e extensão que visa a produção de conhecimento integrado e colaborativo, proposto pela Profa. PhD Themis Fagundes, em colaboração com a equipe do LabMicro, José Hélio Veríssimo Junior, contando com a participação de estudantes bolsistas. Foi implementado em caráter experimental desde 2016/2 e tem por objetivo final consolidar a integração e unificação da base de dados acadêmicos de graduação do curso com o sistema CAGR e MOODLE, incorporando funcionalidades administrativas e de gerenciamento acadêmico, em parceria com a equipe do SeTIC e do Ensino a Distância da UFSC. Coordenado pela profa. Themis, também coordenadora de TCC, no período 2016/2 a 2019/2. Seu desenvolvimento tem sido um processo dinâmico e continuado de construção, a partir dos feedbacks semestrais. Inicialmente operando como ambiente virtual de espelho e apoio, complementando e auxiliando o gerenciamento das atividades presenciais do ateliê de TCC e dos ciclos de bancas de avaliação.
A construção do acervo digital desta plataforma teve início no semestre 2016/2. Em 2019/2, a UFSC normatizou a obrigatoriedade de depósito do trabalho de conclusão de curso no formato digital no Repositório da BU. Em colaboração com a equipe da BU foi possível transferir nosso acervo, permitindo que os trabalhos ficassem disponíveis na íntegra, diretamente no Repositório da BU. A partir de 2019/2 a plataforma TCC passou a redirecionar a consulta do acervo para o repositório.
A consulta dos trabalhos no acervo anterior a esta data, digital ou analógico, pode ser feita no LDA - Laboratório de Documentação e Acervo do Curso. Atualmente também responsável pela certificação do depósito dos trabalhos pelos formando e alimentação do Repositório Institucional da BU.
Corresponde à primeira etapa do processo que avalia o desenvolvido dos trabalhos em andamento no semestre, habilitando para a avaliação final. O cronograma de bancas de qualificação fica disponível em rede aberta, para divulgação e a participação da comunidade acadêmica. Os trabalhos e bancas correspondentes encontram-se classificadas segundo os temas específicos propostos por seus autores.
Corresponde à segunda etapa do processo que avalia o desenvolvimento dos trabalhos finalizados pelos estudantes autores, que a partir desta etapa final, qualificam-se como formandos. Esta etapa é pré-requisito para a integralização e conclusão do Curso no semestre. O cronograma de bancas finais fica disponível, em rede aberta, para divulgação e a participação da comunidade acadêmica.
Trabalhos orientados por Marina Toneli Siqueira, Profa. Dra.
Foram en contrados 21 trabalhos
2023-2
Caminhar. Ato ou Efeito
Ecos do passado, desafios do presente: territórios negros em Florianópolis e o Quilombo Vidal Martins
PLANO URBANÍSTICO NA REGIÃO CONTINENTAL: Uma Operação Urbana Consorciada (OUC) Como Instrumento de Qualificação Urbana
O presente trabalho busca propor diretrizes de ocupao para o setor central da regio continental da cidade de Florianpolis (SC) atravs do instrumento urbanstico das operaes urbanas consorciadas (OUC). Partiu-se do objeto da OUC-4 Continente presente na Lei Complementar Municipal 482 de 17 de Janeiro de 2014. Para isso, realizou-se uma revsiso bibliogrfica dos principais autores que trata sobre o isntrumento das OUCs e analisou-se aspectos urbanos, sociais e ambientais do territrio para propor um plano urbanstico que atenda as demandas da regio, calcado nos preceitos do Estatuto da Cidade (2001).
2023-1
A relação entre bens tombados e os usuários do centro de Goiânia: um estudo investigativo e uma proposta de aproximação
O presente trabalho de concluso de curso tem como objeto de estudo a investigao da relao do usurio com parte significativa do acervo patrimonial tombado no centro fundacional do municpio de Goinia-GO. Passando por um levantamento investigativo atualizado que buscou identificar a situao em que se encontra o recorte urbano escolhido, os bens patrimoniais e as prticas sociais que se do nessa mesma rea, foram percebidas causas para o distanciamento dessa relao. A leitura das urbanidades feita serviu ento de subsdio para a proposta final do trabalho, a elaborao de diretrizes capazes de aproximar usurio e patrimnio a partir da qualificao do entorno urbano.
Identidade de gênero e a produção social do espaço
O presente trabalho um estudo exploratrio acerca da relao entre gnero e a produodo espao socialmente realizada, com enfoque na populao de gnero no-normativo e o Centro de Florianpolis. Parti de uma aproximao terica atravs de reviso bibliogrfica acerca do conceito de gnero e performance de gnero, com destaque para as definies de Butler (2003), seguindopor discusses acerca da disputa de narrativa histrico-urbana estabelecida pelos diferentes gneros, bem como por discusses acerca da representao do gnero na arquitetura, e com subsequente reviso sobre as relaes de gnero e o direito cidade. Aps essa etapa, fizum levantamento sobre o histrico de ocupao LGBTQIA+ no Centro de Florianpolis, com a composio de um mapa que serviu de base para a definio da rea de estudo. Ainda, realizei conversas-cartografias e questionrios com a finalidade de entender a familiaridade ou no da populao do recorte espacial com o tema de gnero e cidade (no caso do questionrio) e de entender a relao com a cidade para pessoas de gneros no-normativos (no caso das conversas-cartografias). Nestas, tambm, foram realizadas cartografias das participantes de modo a registrar suas experincias e percepes na cidade, produzindo mapas que, alm de ricos como registros das experincias urbanas, tambm do base argumentativa ideia de que a leitura tradicional e generalista de dados urbanos no suficiente para a compreenso da urbe em sua complexidade, bem como revelam particularidades das experincias urbanas em funo das identidades, como no predomnio do uso noturno do espao pblico. Por fim, passo por uma experincia com as corpografias e sua relao corpo-cidade, sob a tica da conexo entre os "padres corporais de ao", do conceito de corpografia deBerenstein-Jacques, e a "repetio estilizada de atos", do conceito de performance de Butler. O trabalho culmina em uma cartografia que se prope a ser provocadora para a constante luta necessria conquista e permanncia do direito cidade para populaes de gneros no normativos.
2022-2
Regularização Fundiária Urbana: um estudo exploratório do Programa Lar Legal e da Reub-S em Florianópolis
Este trabalho de concluso de curso tem por objetivo estudar o acesso terra urbana atravs dos instrumentos que existem hoje no contexto brasileiro e catarinense. Parte-se, para tanto, de uma contextualizao histrica, jurdica e conceitual da trajetria da terra urbana no Brasil, dos direitos que a cercam e da segregao socioespacial que se apresenta. Por meio de uma pesquisa exploratria, pretende-se analisar e comparar dois instrumentos distintos que visam concretizar o acesso terra e suas possveis implicaes: a Reurb-S e o Programa Lar Legal. Espera-se que esse trabalho contribua para a melhor compreenso desses instrumentos, de forma a ensejar futuras reflexes crticas e, quem sabe, aprimoramentos.
2022-1
Bora pro Rolê?: Uma proposta de fortalecimento do polo noturno do Centro-Leste, em Florianópolis
O trabalho visa trazer uma proposta de fortalecimento da cena noturna do Centro-Leste, na area central de Florianopolis, trazendo maior estimulo e suporte ao lazer e trabalho noturnos, respeitando o seu valor historico para a cidade, preservando sua diversidade de usos, e procurando nao provocar um processo que possa ferir a diversidade de grupos que frequenta a area, mas que, pelo contrario, possa convidar novos publicos a ocupar o espaco.
2021-1
Caderno Cartográfico na Pedreira Prado Lopes: urbanização de favela e extensão universitária entrelaçadas pela cartografia
Com este trabalho proponho desenvolver um caderno cartogrfico no qual conta a histria da urbanizao da favela Pedreira Prado Lopes (PPL), localizada em Belo Horizonte, que ocorreu via Oramento Participativo (OP). Esta comunidade uma das mais antigas da cidade e, por se localizar ao lado do centro da capital, atravessada historicamente por diversos interesses ligados ao Estado, ao Capital e sociedade civil, que, naquele territrio, significou a consolidaoda resistncia popular na luta pelos direitos dos favelados e por urbanizaoo em assentamentos informais no municpio.
Objetivo integrar a demanda dos prprios moradores da comunidade e meus interesses enquanto estudante, pesquisadora e futura arquiteta e urbanista. Isso significa, respectivamente: (i) visibilizar a histria da favela e de seu processo de urbanizao, conquistado com muita luta, mobilizaoo, trabalho de base e resistncia popular; e (ii), abordar a importncia do papel social da Universidade a partir da minha prpria experincia em projetos de extenso universitria em que participei ao longo do percurso de graduao e o papel da extenso universitria na formao de profissionais que estejam conscientes sobre a produo espacial das cidades brasileiras.
Em meu caderno cartogrfico, produto final deste TCC, a histria da favela sercontada pelos prprios moradores com narrativas suas ao longo do texto. Busco trazer a voz dos invisibilizados, a histria baseada no cotidiano por quem vive e tem sua origem no territrio e visibilizar o “outro lado” da histria.
Parte da cartografia transescalar trazida neste trabalho - narrativas locais, linha do tempo, mapas, fotografias - tambm se relaciona aos dois anos de extenso e pesquisa universitria na PPL em que participei com base no mtodo cartogrfico Indisciplinar - mtodo em construo pelo grupo de pesquisa Indisciplinar/UFMG e que, de modo geral, imbrica a teoria e prtica. Essa atuao ocorreu junto s pesquisas extensionistas Territrios Populares e Cartografia da Percepo Popular do Oramento Participativo em Belo Horizonte, aos projetos de extenso Geopoltica e Cidades e Urbanismo Biopoltico, ligados ao programa de extenso Ind.lab, e ao Grupo de Estudos sobre a Regio da Lagoinha, ligados ao Indisciplinar, e rede nacional do BrCidades.
Da subjetividade neoliberal aos refúgios de descompressão: um estudo sobre espaços de resgate de coletividade e empatia em tempos de competição urbana e interindividual
Decolonizando a Relação Território e Preservação Natural: Aprendendo com a Comunidade Pesqueira de Naufragados/Florianópolis
A partir do s�culo XV iniciaram-se as Grande Navega��es, evento que marcou a divis�o do mundo em dominantes e dominados. Ap�s chegarem nas Am�ricas, os estados-na��es europeus come�aram o processo de domina��o e explora��o das mat�rias primas, das riquezas e dos povos que j� ocupavam esse espa�o – processo este nomeado de colonialismo. O dom�nio desse territ�rio e dessas popula��es n�o se deu apenas com a for�a e com a imposi��o. Junto a esses fatores, estabeleceu-se a estrat�gia de coloniza��o epist�mica, dada pela domin�ncia de certos conceitos, categorias, e vis�es de mundo.
Mesmo ap�s declarada a independ�ncia do Brasil, a coloniza��o epist�mica perpetuou-se, dando continuidade �s pr�ticas de colonialidade em territ�rio nacional. Dessa forma, parte significativa da produ��o te�rica e da forma��o pol�tica do nosso pa�s foi (e ainda �) constitu�da a partir de pilares etnoc�ntricos, silenciando as perspectivas e as demandas locais n�o conformantes e tidas como subalternas.
Dentre as pol�ticas arraigadas por concep��es da colonialidade temos as que definiram e orientaram as quest�es territoriais e ambientais em �mbito nacional. Essas, por muito tempo, desconsideraram o uso tradicional da terra, n�o legitimando a diversidade fundi�ria existente no Brasil, assim como definindo o ser humano, necessariamente, como ser degradador do ambiente natural.
Objetivando a preserva��o dos recursos naturais essenciais para a sobreviv�ncia, a partir da d�cada de 1970, s�o estabelecidas ao longo do globo, a partir de uma perspectiva etnoc�ntrica, ilhas de conserva��o ambiental, onde o homem pudesse reverenciar a natureza selvagem intocada. Esse processo, encontrou um embate em territ�rio nacional: as regi�es ricas em biodiversidade, as quais se tornaram unidades de preserva��o, eram as mesmas que, constantemente, abrigavam povos e comunidades tradicionais. Mesmo que a concep��o sobre essas �reas tenha se alterado com a Lei n� 9.985/2000, respons�vel em instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conserva��o da Natureza (SNUC), ainda � dif�cil perceber a concilia��o entre o ser humano e natureza e o reconhecimento do direito desses povos permanecerem em seus territ�rios origin�rios.
Nesse sentido, em 1976, a praia de Naufragados, balne�rio da capital catarinense, passou a ser englobada por uma Unidade de Conserva��o estadual. Desde ent�o, a comunidade pesqueira a�oriana que ali reside e que realiza o manejo sustent�vel de seus recursos naturais perdeu o seu direito a permanecer em seu territ�rio historicamente ocupado. O presente trabalho visa, a partir de uma reflex�o cr�tica sobre as rela��es de poder e de colonialidade no �mbito do conhecimento, compreender as percep��es da comunidade de Naufragados acerca de seu territ�rio e as rela��es que a comunidade estabelece com o mesmo. Procurando contribuir para a comunidade com um material escrito a partir da perspectiva de um trabalho de conclus�o de curso de gradua��o em arquitetura e urbanismo, o trabalho finaliza com uma explora��o de instrumentos de planejamento s�cio-espacial que poderiam ser utilizados a fim de garantir a perman�ncia da comunidade e de suas pr�ticas de subsist�ncia de forma harm�nica com o ambiente natural.
2020-1
As propriedades da terra urbana em Desterro no século XIX
2019-2
A mulher e o Centro de Florianpólis: explorando a vivência feminina no espaço público além do horário comercial
Para a mulher, negada a vida pblica, j que historicamente sua construo social de gnero lhe impe o papel da vida privada, dentro de casa, tendo a cidade como um lugar opressor ou ao menos perigoso. Este trabalho busca expor os fatores que impossibilitam a mulher de exercer seu pleno direito cidade e elaborar propostas que visam garantir a presena da mulher no espao urbano, ocupando e vivenciam o espao pblico do Centro de Florianpolis fora do horrio comercial.
Os Ismos do Urbano: ensaios para um urbanismo ativista
Conflitos insurgem na cidade e desnudam, assim, as vinculaes entre os generalismos do sistema capitalista, seu entrelao aos localismos e aos novos urbanismos decorrentes das tendncias neoliberais que desenham as cidades contemporneas. No centro de Florianpolis, na rea leste da Praa XV, so intensas as transformaes que tomam corpo, num processo singular de gentrificao em nome da ascenso da economia criativa impulsionada pelo Centro Sapiens. O alisamento das texturas da cidade, esconde sua pluralidade e diversidade, silenciando narrativas urbanas estabelecidas l h tempos. Sobrepem-se um, entre outros ismos do urbano, estes apreendidos em contra-cartografias atravs de um ensaio experimental ativista.
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Conflicts appear in the city and uncover the link between the generalisms of the capitalist system, its interlace with the localisms and new urbanisms caused by the neoliberal trends that design the contemporary cities. In Florianpolis city center, on the Praa XV east, it is intense the transformations that take shape, in a singular process of gentrification on behalf of creative economy driven by the Centro Sapiens. The smoothing of the city textures hides its plurality and diversity. It hushes urban narratives established there in a long time - overlays one, between other urban "isms", these apprehended in anti-cartographies through an activist experimental testing.
2019-1
O plano e a prática: Área de Urbanização Especial no sul da Ilha de Florianópolis
O presente trabalho é fruto do surgimento de indagações vindas próximas ao fim do curso de arquitetura e urbanismo. A quantidade de projetos arquitetônicos, projetos urbanos, planos de ações estratégicas é numerosa. Não só aqueles produzidos na academia, mas também daqueles produzidos por arquitetos e urbanistas, mesmo com equipes multidisciplinares. Apesar da quantidade de projetos e planos com qualidade técnica, a maioria não é executada, ou os princípios são deturpados no decorrer da implementação. Desde a aprovação da Constituição de 1988 os municípios têm a responsabilidade de ordenação territorial e a elaboração de diretrizes gerais para que se atinja a função social da cidade e das propriedades urbanas. Como atingir esse objetivos? Por quê os planos diretores continuam descolados da realidade? Se esses não são efetivados, como então as cidades estão sendo construídas? Dessa maneira o estudo foca-se na cidade de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, que apresenta características singulares quanto à condicionantes ambientais, economia e a crescente gentrificação na sua porção insular. Na última década houve um esforço para a criação de um novo plano diretor para o município, que mesmo sendo aprovado nas esferas municipais, trouxe diversas polêmicas. consigo. Destas destaca-se uma nova definição para o zoneamento da cidade: as Áreas de Urbanização Especial (AUE). Caracterizadas como grandes áreas urbanizáveis para criação de novas centralidades e a preservação do meio ambiente, esses espaços necessitam de projetos específicos para serem aprovados. Porém não há informação que aponte quais seriam os critérios levados em consideração na hora da elaboração destes projetos amplos, nem como esses projetos seriam avaliados e implementados. Desta maneira investigam-se as possibilidades da aplicação deste novo instrumento.
2018-2
CIDADE PARA QUEM? O centro de Florianópolis e a população LGBT
2018-1
Aproximação, Intersecção, Reverberação - Habitando e construindo narrativas pelas espacialidades do comércio de rua
Se eu pudesse pensar em uma imagem para este momento chamado TCC, ela seria uma imagem em movimento. Aproximação, Intersecção e Reverberação, são movimentos que compõem este trabalho. Ele vai se constituindo na medida em que se movimenta e não almeja um destino final. O próprio movimento/trajeto é visto como destino.
Entre montanhas e rios: Um sistema de áreas verdes e Estratégias de mobilidade para a valorização da identidade paisagística e a vida comunitária de Nova Friburgo - RJ.
Nova Friburgo é um município do Estado do Rio de Janeiro visitado, turisticamente, pelo contato com a verde e características de tranquilidade e salubridade pertencentes a sua identidade paisagística. No entanto, esses aspectos não são compartilhados em todo território da porção central. Já que o desenvolvimento desordenado nas encostas e morros, o fluxo de caminhões e caminhonetes provenientes de indústrias da região, baixos investimentos em áreas públicas de lazer durante o século XX e XXI e o Megadesastre de 2011 desconfiguraram a paisagem da cidade e consequentemente a sua identidade. Por isso, o projeto visa a valorização dessa identidade paisagística a partir de um Sistema de áreas verdes e a aplicação de estratégias de mobilidade urbana. Afinal, a identidade paisagística de Nova Friburgo deve ser valorizada para a retomada de aspectos de tranquilidade e salubridade, importantes não somente para a qualidade de vida do município e o turismo, mas também para a autoestima do cidadão friburguense. Assim, o trabalho visa aproximar o cidadão com a paisagem natural do município conjuntamente com o fortalecimento da vida comunitária, a partir de: um sistema de praças, parques e boulevares, que torne o verde e os rios mais próximos em porções onde, hoje, são inacessíveis ou são menosprezados pelo poder público; e Estratégias de mobilidade que priorizem o pedestre e os meios de circulação não motorizados sobre o veículo individual. Sendo que as estratégias de mobilidade são necessárias para se atingir os objetivos do Sistema de áreas verdes e consequentemente os do projeto em si.
Palavras-chave: paisagem cultural, patrimônio, sistema de áreas verdes, mobilidade urbana, desenho urbano.
Habitação rural: a permanência no campo e a atuação arquitetônica-urbanística
O trabalho faz um apanhado da forma como o campo é historicamente invisibilizado em nome do desenvolvimentismo e da industrialização nacional e como isso se reflete nas estatísticas oficiais; as diferenças e reflexos do agronegócio e da agroecologia; insere no debate dados que mostram um rural maior e presente na dinâmica nacional; faz a crítica às atuais formas de atuação dos arquitetos-urbanistas no meio rural, incluindo as políticas públicas que lidam com a espacialidade do campo e de seu habitar; e lança possibilidades de trabalho nesse território, desenvolvendo uma metodologia participativa de trabalho com linguagem acessível aos moradores de uma unidade rural em Turvo/SC, além de priorizar as condicionantes locais nas ações propostas.
Trabalho orientado por Marina Toneli Siqueira, professora do departamento de Arquitetura e Urbanismo, e coorientado por Sirlândia Schappo, professora do departamento de Serviço Social.
2017-1
rituais urbanos: dispositivos para o corpo (cri)ativo no bairro do Estreito
Ritual é comunicação, troca entre indivíduos. Ela é essencial aos seres sociais, e é mecanismo de adaptação ao meio de muitas espécies, que através da cooperação sobrevivem em seus habitats. Assim as abelhas fazem da dança nos ares meio de organização para produção do alimento. Assim os humanos fazem das trocas simbólicas, que vão desde formas de cumprimentar-se à festividades, meio de reconhecerem-se no outro, motivando as trocas de conhecimento e a cooperação.
A cidade é o ambiente onde estas trocas acontecem. As transformações ao longo do tempo nas dinâmicas sociais e nos espaços que habitamos, no entanto, conduzem à uma mudança no olhar ao ‘outro’. No cenário da cidade contemporânea, a segregação espacial de grupos sociais, a extrema valorização da vida íntima – passa-se mais tempo nos ambientes privados, seja a casa, o trabalho ou o automóvel – manifestam o declínio do ser público. E se o menor convívio diminui as possibilidades de cooperação e mobilização popular, o recolhimento a privacidade acaba por contribuir a passividade dos corpos.
Em Florianópolis, que segue a lógica da cidade-mercado, encontrei no bairro do Estreito exemplo dessa relação. O bairro possui poucos locais públicos de lazer e convívio – graças ao histórico de suas atividades imobiliárias – e é conhecidamente um dos bairros menos mobilizados da cidade. Pela minha familiaridade com o bairro - é onde nasci e onde vive minha família – me propus a torná-lo local de análise e de ensaio.
A proposta experimenta possibilidades para reconhecimento e cooperação na cidade atual, visando maior autonomia dos habitantes de um bairro na produção e uso dos espaços. Buscando brechas no abandono e nos vazios urbanos, procura-se formas de apropriação ativa dos espaços do bairro por seus moradores.
2016-2
LAGOA DA CONCEIÇÃO entre praça e praia
O presente Trabalho de Conclusão de Curso trata dos espaços públicos do bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis. O conflito entre pedestres e veículos foi o grande motivador e norteador do trabalho, que busca trazer o pedestre como o ponto de partida para o desenho das ambiências que compõem a proposta. O foco é aproveitar o grande potencial do bairro e, em vez de transformar os espaços de lazer existentes, usá-los como ponto de partida para a ampliação deste Sistema de Espaços Públicos. Assim procuro criar uma proposta que respeite a história do lugar, as relações históricas que aqui se criaram e as formas de apropriação que surgiram naturalmente com os anos, respeitando a vontade de quem realmente importa neste contexto: as pessoas.
Para a melhor visualização o caderno final foi hospedado na plataforma ISSU e pode ser acessado no link:
Proposta de plano de expansão urbana no Norte da Ilha Florianópolis
Caderno Disponível em alta resolução: https://www.dropbox.com/sh/9risaesvbtteo95/AABF-_kXYTUGfrEyu0lvkvVQa?dl=0