Trabalhos de Conclusão de Curso

O edif�cio e a cidade s�o partes indissoci�veis de um mesmo organismo vivo. A cidade n�o existe sem arquitetura, da mesma forma que a arquitetura n�o constitui a cidade - ambos se sobrep�em e se entretecem para criar o ambiente coletivo. � nessa intera��o que a arquitetura revela seu potencial de influenciar e enriquecer a experi�ncia urbana. O presente ensaio estuda esse organismo em um recorte no centro da cidade de Florian�polis, encontra um ponto de poss�vel interven��o e prop�e requalifica��o do espa�o urbano na Rua Victor Meirelles atrav�s dos edif�cios e de sua articula��o com a rua. No desenvolvimento do projeto, buscou-se estabelecer uma rela��o de complementaridade entre a cidade e os edif�cios, estudando a mutualidade de suas exist�ncias – para entender o edif�cio na cidade � intr�nseco reconhecer a cidade no edif�cio.

Este trabalho, cujo produto final � um projeto de habita��o de interesse social na Avenida Mauro Ramos, em Florian�polis, � realizado em um momento em que � necess�rio repensar o modo de produzir cidades. Parte-se da teoria de que ser� papel dos arquitetos e urbanistas projetar espa�os onde h� pr�-exist�ncias. Nesse contexto, entende-se como necess�rio, ainda, superar os meios convencionais de produ��o de habita��o de interesse social. O tema parte de dois interesses: intervir em estruturas existentes e o estudo da pr�-fabrica��o em concreto como t�cnica construtiva. Assim, estabeleceu-se como objetivo central do trabalho o desenvolvimento de dois blocos de habita��o de interesse social: o retrofit do edif�cio do IBAMA, ocioso desde 2015; e um novo edif�cio pr�-fabricado no lote adjacente.

Este trabalho objetivou desenvolver um projeto arquitet�nico de interven��o no edif�cio da sede central do Clube Doze de Agosto, que constitui patrim�nio moderno. Para isso foi realizada uma an�lise s�cio-hist�rica do Clube, baseada na documenta��o do projeto arquitet�nico da edifica��o, bem como numa revis�o bibliogr�fica acerca de temas envolvendo o clube, como o contexto urbano e fatores que influenciaram sua hist�ria ao longo dos anos. Foram realizadas tamb�m visitas em campo onde foi poss�vel realizar levantamento do edif�cio. O programa do projeto visa criar uma din�mica similar do funcionamento dos antigos clubes, por�m adaptando para as demandas atuais da popula��o e sugerindo equipamentos de conviv�ncia, cultura, e lazer para a popula��o, com base nos Centros Sociais Urbanos. O projeto parte ainda de diretrizes que visam criar novas conex�es com a cidade, respeitar a hist�ria e arquitetura existente, adequar a fun��o social do edif�cio ocioso � vida urbana e promover espa�os para pessoas.

Palavras-chave: Clube Doze de Agosto, Centro Social Urbano, Arquitetura Moderna, Florian�polis.

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Os munic�pios Palho�a, S�o Jos�e Bigua�u s�o os munic�pios da Grande Florian�polis que concentram a maior parte dos conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), um financiamento federal que buscou reduzir o d�ficit habitacional do Brasil.

Os bairros Bela Vista e Caminho Novo comp�em a �rea de estudo deste trabalho e encontram-se no munic�pio de Palho�a. Este recorte �apresentado tendo em vista o crescimento habitacional pela constru��o de novos condom�nios do Programa Minha Casa, Minha Vida, que faz com que haja aumento da popula��o desses bairros e consequentemente a da demanda de infraestrutura, servi�os e lazer.

A demanda no setor educacional e principalmente no ensino infantil �grande e por isso, a investiga��o deste trabalho almeja entender a situa��o do bairro dentro do contexto do munic�pio e da �rea conurbada, e busca fazer uma reflex�o acerca da rela��o entre a escola e a cidade, e seu potencial educador.

A quest�o de g�nero tamb�m �levada em considera��o j�que cerca de 866 fam�lias s�o chefiadas por m�es solo no bairro Bela Vista (CRAS Bela Vista), e estas mulheres tamb�m devem ter o direito de viver e aprender com a cidade, assim como do direito �creche para suas crian�as.

Al�m desta reflex�o, como uma proposta pr�tica e que soluciona um dos problemas apresentados, prop�e-se aqui o projeto arquitet�nico de um Centro de Educa��o Infantil para atender crian�as de 4 meses a 6 anos. O projeto consiste em um prot�tipo pr�-fabricado e modular que �disposto na regi�o a fim de acompanhar o crescimento da cidade.

Para escolha do tema, procurou-se desvendar as lacunas atuais existentes nas din�micas sociais e urbanas presentes na cidade de Vit�ria, capital do Esp�rito Santo, para que o trabalho pudesse se debru�ar em como supri-las. O cen�rio cultural, em especial, se destacou por apresentar-se em uma realidade de pouca valoriza��o, com equipamentos escassos e sem uma l�gica de funcionamento integrada. Al�m disso, o descontentamento da popula��o residente�de Vit�ria em rela��o � inconclusividade do complexo cultural Cais das Artes, por Paulo Mendes da Rocha e METRO, fez com que surgisse o anseio por investigar melhor este cen�rio e preencher essas lacunas com propostas urban�sticas e arquitet�nicas. Assim, identificou-se a extrema fragilidade no �mbito cultural capixaba, com poucas garantias de acesso democratizado a esse uso, e com possibilidade de perda do que seria um important�ssimo �cone cultural para o estado, o Cais das Artes, que est� em jogo atualmente, podendo ser entregue para outros usos distintos do cultural.
Como objetivos deste trabalho, pretende-se compreender o atual funcionamento do cen�rio cultural, a fim de evidenciar as conex�es entre os equipamentos existentes para que estes funcionem em uma l�gica integrada; democratizar o acesso � cultura e tornar esta parte do cotidiano dos moradores de Vit�ria e adjac�ncias; refor�ar a conex�o da cidade com a Ba�a de Vit�ria, convidando a cidade para vivenciar a interface entre o urbano e o porto; proporcionar um local de encontro estrat�gico na cidade de Vit�ria que atenda a demanda da cultura, lazer e trabalho cotidianos.

Pretende-se com este Trabalho de Conclus�o de Curso de Arquitetura e Urbanismo desenvolver uma proposta de requalifica��o da Escola de Educa��o B�sica Lauro Muller visando a retomada do seu uso escolar, al�m de contribuir para o registro da mem�ria da escola e da sua arquitetura. Ser� abordada primeiramente a trajet�ria dos grupos escolares no Brasil e no Estado de Santa Catarina, bem como a funda��o do Grupo Escolar Lauro Muller nesse contexto. Em seguida, buscou-se fazer uma an�lise das transforma��es ocorridas na sua arquitetura e no entorno urbano ao longo dos 107 anos de funcionamento da institui��o por meio de levantamento realizado in loco e registros hist�ricos. De forma a subsidiar a proposta de interven��o, s�o discutidas tamb�m as percep��es de ex-alunos e dados do censo escolar realizados antes do fechamento da escola. Por fim, � apresentada a proposta de readequa��o do espa�o.

Localizado na cidade de Swakopmund, Nam�bia, no bairro de Mondesa, o projeto foi concebido como um destino para atividades de lazer e cultura e que possa sediar eventos nacionais, desde festivais at� oficinas de arte e artesanatos locais, permanecendo aberto � comunidade e � escola da Mondesa Youth Opportunities (MYO) localizado logo no terreno vizinho.

A sua forma e magnitude d� destaque ao O�sis como um marco na paisagem. O O�sis em si foi inspirado pelas dunas, apresentando uma elegante estrutura que simula sua forma perfeitamente adaptada a reduzir o impacto do vento. Enquanto isso, o Parque das Palmeiras, um espa�o p�blico adornado com diversas �reas de lazer, apresenta vastos espa�os verdes abertos perfeitos para tomar banhos de sol, enriquecendo a paisagem �rida da cidade com uma abund�ncia de vegeta��o e natureza. Terra, madeira e concreto foram as combina��es para criar um cen�rio quente e dur�vel para o projeto, enquanto os vidros enquadram a paisagem circundante.

A Constitui��o Federal de 1988 assegura que � direito de todos o acesso ao ensino p�blico gratuito e de qualidade. Apesar disso, at� hoje o acesso � educa��o � um princ�pio desrespeitado desde a primeira etapa escolar, a creche. Entendendo a educa��o como ferramenta que gera cidadania, muda destinos cru�is e diminui o enorme abismo social que existe no pa�s, o objetivo deste trabalho � formular a proposta de um projeto arquitet�nico de uma creche localizada em uma �rea de pobreza na regi�o central de Florian�polis – o Morro do Quilombo. Soma-se a isso a inten��o de que o projeto arquitet�nico atue como um elemento pedag�gico desempenhando o papel de terceiro educador, de acordo com o preceito da filosofia de Reggio Emilia.

A partir de uma problem�tica experienciada no local de estudo ap�s um per�odo de voluntariado, o presente trabalho busca compreender as rela��es das escolas tradicionais com as crian�as e as comunidades em que est�o inseridas.

Com o objetivo de contornar as adversidades presentes no dia a dia das crian�as da comunidade Frei Dami�o, na Palho�a,�se tem como resultado o projeto de uma escola de ensino fundamental anexa a um restaurante comunit�rio e um parque p�blico, pensados a partir de preceitos do projeto pedag�gico “Fazer a Ponte", de Jos� Pacheco.

Moradia Independente � um tema bastante recente no Brasil, apesar de ser uma proposta executada na Europa h� mais de 30 anos. Esse tipo de moradia oferece um suporte especializado para possibilitar que pessoas com defici�ncia tenham a op��o de morar sozinhas, propiciando aquisi��o de autonomia, e consequentemente melhorando a qualidade de vida dessas pessoas.�

Nos �ltimos anos tem se registrado um aumento significativo de desastres socionaturais no pa�s, quando uma amea�a natural encontra uma sociedade vulner�vel causando m�ltiplos danos, e com isso gerando um n�mero cada vez maior de pessoas necessitadas de amparo f�sico, material e psicol�gico por conta de tais eventos. Nesse contexto, muitas fam�lias se veem for�adas a recome�ar tudo o que constru�ram, e comumente t�m seu cen�rio p�s-desastre agravado pela falta de assist�ncia e recursos que auxiliem na sua reestrutura��o.�
O objetivo deste trabalho � compreender os cen�rios dos desastres socionaturais e contribuir para redu��o das demandas que surgem a partir deles, principalmente relacionadas �s perdas habitacionais. Com isso, trazer uma proposta arquitet�nica que sirva como um dos instrumentos de assist�ncia a essa popula��o, servindo como abrigos tempor�rios modulares, apresentando solu��es construtivas r�pidas, eficientes, de f�cil acesso e bom custo-benef�cio, al�m de proporcionar conforto, acolhimento e dignidade aos atingidos em fase de recupera��o.

O trabalho prop�e a implanta��o de um centro cultural e a reforma da passarela do samba Nego Quirido, a qual � oficialmente o samb�dromo de Florian�polis e o principal equipamento cultural do carnaval e do desfile das escolas de samba. Atualmente a �rea de interven��o n�o apresenta um espa�o p�blico de qualidade. N�o oferece nenhum espa�o de esporte e lazer, assim como�n�o faz conex�o com o mar e com os equipamentos existentes na regi�o, tornando-se uma �rea�isolada.�

O sistema prisional possui os objetivos de diminui��o da viol�ncia e redu��o da reincid�ncia, atrav�s da ressocializa��o. Por�m, devido ao encarceramento em massa e �s condi��es prec�rias em que as pris�es se encontram, onde os apenados s�o privados dos seus direitos mais b�sicos, seu prop�sito tem falhado. A aus�ncia do contato com a natureza e com a sociedade tamb�m acarreta complica��es, criando indiv�duos mais propensos a rebelarem-se, fortalecendo fac��es criminosas e desestruturando fam�lias.

Por outro lado, � esquecido ou ignorado o fato de que as pessoas privadas de liberdade representam, em sua maioria, uma parcela que j� era exclu�da socialmente antes mesmo de ter sido presa e que um dia retornar� ao conv�vio em sociedade, necessitando de meios para poder seguirem com suas vidas de forma digna e saud�vel. O trabalho, a educa��o, a cultura e o lazer, entre outros, s�o itens essenciais para a ressocializa��o dos detentos, devendo ser oferecidos e incentivados nas unidades prisionais de forma integradora e com respeito aos direitos humanos.

Diante dessas an�lises e utilizando como objeto de estudo o Complexo Penitenci�rio da Agron�mica, localizado na capital de Santa Catarina, este Trabalho de Conclus�o de Curso objetiva-se na cria��o de um projeto arquitet�nico de apoio � reintegra��o social dos apenados durante o final de suas execu��es penais at� ap�s o cumprimento de suas penas, utilizando a popula��o da cidade como elemento fundamental e transformador, atrav�s de espa�os humanizados e projetados conforme as caracter�sticas e as necessidades do contexto urbano onde ser� implantado.

Em meio a processos iminentes de transformação urbana, carregados de caráter gentrificador, o sul da Ilha de Santa Catarina assiste a um aumento de densidade, através da chegada de novos migrantes e empreendimentos, os quais transformam a sua paisagem. 

Esta transformação, em ritmo acelerado, acaba por resultar na privatização do solo urbano, o qual, à mercê de interesses imobiliários, induz à homogeneização de territórios, outrora carregados de peculiaridades que caracterizam e dão identidade para esta porção do território insular de Florianópolis.  

Sem a devida força do uso de instrumentos e legislações urbanísticas que garantam a criação e melhorias de espaços públicos da região, o bairro do Rio Tavares, e o distrito do Campeche, tendem a sofrer com a pasteurização dos espaços urbanos, que pelo rápido processo imobiliário, acaba por não priorizar as vivências e relações do público em prol de espaços privatizados.

Tendo em vista os processos em curso e a problemática de um empreendimento de caráter extrativista, de alto impacto ambiental e de vizinhança, em meio a um tecido urbano consolidado - a Pedreira Pedrita - estrutura-se a proposta de parque e equipamentos públicos apresentada neste trabalho.

A partir da análise do terreno e suas preexistências, elencou-se condicionantes que auxiliaram na estruturação das diretrizes, junto com as demais pesquisas e análises dos recortes urbanos.

Por restrições do site, os arquivos em alta resolução dos três materiais (Caderno de Projeto, Caderno de Pesquisa e Prancha) podem ser acessados e baixados pelo link:

CADERNO DE PESQUISA VOLUME I -  https://drive.google.com/open?id=1K6RpLditM-Y6Td3_rYk0RbC_C7FdK6aD

CADERNO DE PROJETO VOLUME II -  https://drive.google.com/file/d/1iajlaXcEe88hR_BSX_1QEsNy1tervbZl/view?usp=sharing

PRANCHA ALTA QUALIDADE -  https://drive.google.com/file/d/17vyPZvuiq596RW43qaFXRexFcpVzh16G/view?usp=sharing

PASTA COM OS 3 ARQUIVOS -  https://drive.google.com/drive/folders/1dD09xCbYd8GFwfLo3Lmx_oak8uUFHQTR?usp=sharing

Os dois cadernos, em baixa qualidade, por questões de backup, encontram-se na plataforma ISSUU, com links a seguir:

Link para o Caderno de Pesquisa vol. I : https://issuu.com/mauriciostorchi/docs/caderno_tcc_2_vol_1

Link para o Caderno de Projeto vol. II : https://issuu.com/mauriciostorchi/docs/caderno_de_projeto_vol_ii_mauricio_

A temática abordada neste trabalho de conclusão de curso tem como enfoque a criança e adolescente, condição intrínseca à evolução do ser humano, porta de entrada do desenvolvimento individual e coletivo, tempo de descobertas físicas, cognitivas, emocionais e  início do processo de sociabilização. Uma fase de construção e por consequência fragilidade, desta maneira exigem constantes cuidados. Ainda assim, a infância e adolescência nem sempre foram encaradas sob essa perspectiva de particularidades, diferente da idade adulto, com direitos inderrogáveis. A percepção histórica que havia deste grupo de pessoas estão relacionadas a “homens em miniatura”,ou seja, capazes de realizar as mais diversas funções, frequentemente explorados com trabalhos hostis e vítimas dos mais diversos abusos, naturalizados e aceitos pela maioria da sociedade brasileira entre os séculos XVI ao XIX.

Apesar dos avanços inquestionáveis e implantação de leis regulamentadoras de direitos humanos da criança e adolescente, o público alvo ainda está sujeito a violência e exploração infantil. Uma das principais medidas protetivas, estabelecida pelo (ECA) - Estatuto da Criança e do Adolescente, para combater casos de direitos ameaçados ou violados, refere-se à possibilidade da aplicação de abrigo (artigo. 101, parágrafo único). A medida de proteção em abrigo é considerada um caso especial, e deve ser aplicado de modo excepcional e transitório, pois acarretará na ruptura de vínculos familiares e comunitários.  Porém, em casos extremos representam uma ação cautelar importante na garantia da preservação dos direitos das crianças e adolescentes, sendo um dispositivo de distanciamento de situações de risco, que prejudique ou ameacem a integridade física e emocional de indivíduos em processo de formação.

O presente projeto de graduação se dispõe a compreender a realidade atual do acolhimento infantojuvenil, elaborando através de um caso específico na região central de Florianópolis, uma rede de apoio a crianças e adolescentes, em todas as etapas: ingresso à entidade institucional, permanência e desligamento. Apesar da arquitetura não ser o único elemento que envolve este complexo cenário gerado pelo distanciamento do núcleo familiar, é fundamental fomentar o sentimento de pertencimento na moradia temporária, que pode ser atingido concomitantemente com organização físico-espacial, abrangendo duas escalas fundamentais da vida: a esfera pública, através da articulação com a comunidade local; e a esfera privada, na defesa da individualidade de cada criança ou adolescente acolhido.

Palavras-chave: Acolhimento Institucional; Crianças e Adolescentes; Inclusão Social.

          Desde a antiguidade verifica-se o acontecimento de moradia nas ruas, esta constatação se explica pelo fato histórico que aconteceu no Brasil, onde após a abolição da escravidão, por serem dependentes dos seus senhores, os escravos não tinham moradia e condições financeiras para começar uma nova vida. Atualmente a população em situação de rua tem aumentado bastante, acontece tanto no Brasil como em outros países, por este fato existem alguns órgãos públicos que tentam tratar da questão.

        Os motivos para chegar na situação de rua são diversos, como: ilusão de trabalho, problemas psicológicos, vícios, problemas familiares, desemprego, entre outros, porém o fator predominante é o desemprego, que está tão vigente no tempo atual, então necessitam de condições para ter uma vida efetiva e independente.            

       A proposta é integrar os serviços existentes atualmente que são necessários e importantes, modificando de forma qualificada e efetiva tanto para a vida como profissionalmente, também possuindo resgate da inclusão na sociedade e que tenham as mesmas oportunidades por direito de cidadão, possibilitando encontros onde consigam se expressar, mostrar suas habilidades e tendo o sentimento de utilidade. Contando com apoio dos órgãos públicos que tratam da situação de rua, pois seria complexo acolher todas as pessoas que estão nessa situação em Florianópolis no mesmo prédio, necessitam de outros equipamentos que ajudem, mas a edificação serviria de referência para o acolhimento.

Há algo que incomoda na morte, como um constrangimento.
Parece incoerente, no entanto. Ignoramos a única certeza em nossas vidas - sem eufemismos - vamos todos morrer. Ainda assim, o sentimento de “imortalidade” toma forma. Não temos consciência de nossa própria finitude e, ainda, não sabemos lidar com quem sofre uma perda ao nosso redor.
Nos meus encontros com a morte, percebi esse constrangimento. Percebi que, muito mais que o fato de eu não me permitir lidar com as minhas próprias perdas, a minha presença causava uma certa tensão - como se a qualquer momento eu pudesse desmoronar. Em um momento tão sensível, me sentia compelido a me fechar.
Consequentemente, a morte não tem espaço na cidade. Os cemitérios, ao meu ver, são grandes vazios. Espaços dotados de uma energia negativa, locais de chorar, de experiências frias, impessoais e pesadas.
Essas sensações me contagiaram ao ponto que proponho, neste trabalho de conclusão de curso, o projeto de uma necrópole que, ao mesmo tempo que traz dignidade aos que partem, traz conforto aos corações dos ficam. Um espaço que é, muito antes de pertencente aos mortos, de ocupação dos vivos.
A morte trata da finitude do homem, certeza de um fim. Ainda que não se saiba o que há depois deste fim, as arquiteturas funerárias tratam de um ponto de inflexão entre esses dois mundos: material e imaterial. O projeto que aqui toma forma, muito mais do que espacialidade, tratará a discussão sobre este fenômeno que negamos. Propõem-se uma soleira, um local de transição entre duas realidades, que faz pensar e refletir a certeza do fim da vida.

Neste trabalho ressalto o papel fundamental das universidades públicas na transformação social necessária na inserção da Terceira Idade na comunidade. A extensão universitária é um importante instrumento de desenvolvimento social. O idoso precisa ser valorizado como agente participativo e incluído no âmbito universitário. Portanto decidi trabalhar com o Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC (NETI), valorizando o programa proposto por eles. Esse programa vem revolucionando a vida de muitos idosos, contribuindo para a área da gerontologia e levando conhecimento e cultura para a comunidade.

O projeto é um novo edifício para o NETI, localizado na "Praça do Convivência", área atualmente ocupada pelo prédio da Imprensa Gráfica. Com uma dimensão muito maior do que o prédio atual do NETI, a nova sede conseguirá abrigar em seus ambientes todas as demandas do programa. O edifício proposto atende às funções administrativas e diretivas do NETI, porém possui também diversos ambientes abertos à comunidade da UFSC. A construção prioriza a acessibilidade, qualidade de aprendizado, permanência dos usuários, descobertas e integração dos alunos. Além dos espaços de aula e administração do NETI o edifício apresenta uma infraestrutura abundante, com espaços de uso coletivo amplos e abertos. Possui salas flexíveis que poderão ser utilizadas, também, por outros centros da UFSC. O edifício funciona como uma extensão da “Praça do Convivência” e busca por uma conexão direta com o entorno, requalificando os espaços e revitalizando a Praça.

Durante a infância somos constantemente estimulados a desvendar nossos sentidos, ampliar nossas percepções, “conhecer o mundo”. Sob a assertiva de que já absorvemos o suficiente, vamos, pouco a pouco, desconhecendo-nos. Não tiramos mais os sapatos para pisar a areia, nem pintamos com os dedos para não sujar os pés ou as mãos. Por julgar já conhecer, não nos permitimos  sentir, mais uma vez, o aroma da flor, a textura áspera da pedra. Ao acompanhar a produção arquitetônica atual, seus rumos e tendências, deparo-me com uma Arquitetura sobretudo visual, que visa sua propagação nas mídias de massa através de fotos - vistas parciais - que, por sua vez, são estáticas, ainda que a Arquitetura manifeste-se, essencialmente, em sua fruição dinâmica. O que compreendemos como determinado objeto é, na verdade, uma coletânea de diferentes vistas - adumbrações - as quais nos conferem uma ideia do todo. A cidade é, portanto, "um objeto que nunca foi e nunca será visto em sua inteireza por ninguém" (ARNHEIM). A vivacidade altera constantemente a conformação do espaço público, por intervenção das pessoas, dos eventos e de suas respectivas apropriações. Na proposta, criam-se novas vistas parciais à cidade por meio das experiências.

O tema parte da ideia de acolher pacientes e acompanhantes de outros municípios que vêm à Florianópolis em busca de tratamento. Estes pacientes se deslocam de suas casas e, ao chegarem, ficam desamparados. Por isso muitos permanecem na sala de espera da emergência, já que não têm para onde ir. É importante que estes pacientes e seus acompanhantes encontrem não somente apoio médico, mas também emocional, e neste sentido, o objetivo deste trabalho é acolher.

O projeto arquitetônico deve proporcionar esse sentimento de acolhimento, através de ambientes qualificados e espaços pensados diretamente para o seu usuário. A edificação será banhada de luz, abrindo-se para agradáveis jardins, que conformarão diferentes espaços. O programa inicia pelo ambiente do acolhimento dia, para receber os pacientes que precisam esperar as vans de retorno às suas cidades, mas não precisarão dormir na casa de acolhimento. Nesse caso, a recepção irá orientá-los para que possam utilizar espaços como cozinha, biblioteca, sala de informática e brinquedoteca, assim como conversar com uma assistente social, caso necessário. Além disso, esse ambiente contará com uma sala de descanso para os motoristas das vans. Na parte mais privativa será a casa de apoio com dormitórios, lavanderia e espaços de estar para pacientes e/ou acompanhantes que precisarem de hospedagem. Ademais, é necessário dormitório para os funcionários de plantão e áreas de manutenção da casa.

É importante que o usuário possa escolher o que precisa, desde um espaço de integração social a um ambiente mais introspectivo. Um abrigo confortável destinado a acolher e orientar o paciente e seus acompanhantes.

"Ao contrário do que alguns possam pensar, ao meu ver, a criança não é uma página em branco – sobre a qual adultos e sistema educacional possam escrever suas próprias leis e percepções – mas sim, um livro inteiro, cheio de desenhos, frases, pensamentos, lições, criações e também páginas em branco. É preciso construir uma estrutura que esteja preparada para receber esse ser, que é único em cada ação. Que responde cem vezes cem perguntas de cem formas diferentes. Mas, infelizmente, na maior parte do tempo, esbarra em uma estrutura que não está preparada para recebê-lo. Acaba então, por esquecer da sua individualidade e potencial e passa a desempenhar um papel muito mais passivo do que ativo na sua própria história." 

Para a parcela da população que recebe até três salários mínimos, o acesso à moradia é restrito e as habitações geralmente localizam-se na periferia. O programa Minha Casa Minha Vida ampliou o acesso da população de baixa renda à moradia própria, mas poucas mudanças aconteceram em relação à inserção destas habitações, geralmente afastadas dos centros urbanos. Enquanto isso, a especulação imobiliária segue seu crescimento e o interesse de poucos, mas influentes, continua sendo privilegiado. Em Maringá não é diferente e não existe investimento para a permanência desta população em áreas centrais. Sendo assim, o projeto de habitação de aluguel social surge como uma forma de permitir o acesso da população à cidade, cujo direito é negligenciado, ampliando a relação destas pessoas com a localidade e sua infraestrutura.

As cidades porcionam importantes interações sociais para a vida dos usuários, permitindo grande troca de conhecimentos, culturas e miscigenação. Desse modo, precisam ser ativas, acessíveis, seguras e propícias ao desenvolvimento natural de diversas atividades. 

Assim, desenvolve-se um projeto para a crascente área do antigo matadouro no Estreito, que seja catalisador no processo de inclusão social e qualificação urbana do bairro, criando unidades habitacionais, empregos e espaços públicos coletivos, a fim de evitar a gentrificação e auxiliar na geração de urbanidade do local.

Palavras chaves: Estreito, Qualificação Urbana, Mercado Público, Aluguel Social